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Aula 03 Parte 01

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LEI ORGÂNICA DO DF PARA O CONCURSO DE ACI/2014 
PROFESSOR: MARCELO KESSLER 
 
1 
www.pontodosconcursos.com.br 
Olá Pessoal! 
 
A aula de hoje será um pouco mais curta que o normal, 
visto que ela foi dividida em duas. Da mesma forma, nossa bateria de 
exercícios será um pouco menos extensa, uma vez que ficamos res-
tritos apenas à Fiscalização Contábil e Financeira do DF. 
Mas acredito que vocês gostarão da divisão que fize-
mos, uma vez que será possível revisar diversos conceitos de contro-
le externo que fatalmente estarão na nossa prova! 
Então deixemos de conversa fiada e vamos à luta! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEI ORGÂNICA DO DF PARA O CONCURSO DE ACI/2014 
PROFESSOR: MARCELO KESSLER 
 
2 
www.pontodosconcursos.com.br 
Aula 03 – parte 01 
Título III – Da Organização dos Poderes 
Disposições gerais; 
Poder Legislativo (Fiscalização Contábil e Financeira); 
 
 
ORGANIZAÇÃO DOS PODERES 
 
Disposições Gerais 
As disposições gerais da organização dos Poderes do DF 
limitam-se a um artigo e dois parágrafos. Embora seja pequena a 
disciplina dada pela LODF sobre o assunto, o conteúdo desses dispo-
sitivos é de grande importância. Vejamos o que eles dispõem: 
 
Art. 53. São Poderes do Distrito Federal, independentes 
e harmônicos entre si, o Executivo e o Legislativo. 
§ 1º É vedada a delegação de atribuições entre os Po-
deres. 
§ 2º O cidadão, investido na função de um dos Poderes, 
não poderá exercer a de outro, salvo as exceções pre-
vistas nesta Lei Orgânica. 
 
Notem que a LODF fala que “São Poderes...”. Na ver-
dade, o Poder é uno, indivisível, não havendo que se falar de mais 
de um Poder. 
O que existe de fato é uma divisão das funções estatais 
(legislar, julgar e administrar). Essas funções são divididas entre os 
órgãos das unidades da federação (aqui chamado de Poderes). E por 
que essa divisão? Porque na época do Absolutismo, quando todas as 
funções estatais estavam centralizadas em um único órgão (no caso, 
o rei), a população sofria com diversos excessos, uma vez que não 
havia controle sobre as normas editadas, tampouco sobre a forma de 
aplicação, sendo possível ao monarca fazer, literalmente, qualquer 
coisa. 
A partir dessa situação, surgiu a teoria da tripartição 
dos Poderes (das funções estatais, mais precisamente), de forma que 
Notem que não há Judiciá-
rio Distrital. Lembram da 
“autonomia parcialmente 
tutelada pela União”? A expli-
cação será finalmente vista 
com detalhes na próxima 
aula. 
LEI ORGÂNICA DO DF PARA O CONCURSO DE ACI/2014 
PROFESSOR: MARCELO KESSLER 
 
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as atribuições de legislar, julgar e administrar ficassem distribuídas 
entre diferentes órgãos independentes e harmônicos entre si. Dessa 
forma, não haveria mais abusos por parte de quem está no comando, 
pois cada um dos Poderes (ou órgãos competentes por uma das fun-
ções típicas de Estado) fiscalizaria a atuação dos outros, o que cha-
mamos de teoria dos freios e contrapesos. Mas tudo isso é as-
sunto para o Direito Constitucional. 
Pessoal... como a expressão da tripartição dos Poderes 
já está consagrada, vamos utilizá-la ao longo de nossa aula. Inclusi-
ve, se um item falar sobre divisão dos Poderes, não se preocupem na 
hora de marcar o gabarito. Embora a questões sobre a unicidade e a 
indivisibilidade do Poder já tenham sido abordadas em prova, o exa-
minador sempre deixa bem claro o que ele está querendo nesse tipo 
de questão, não sendo motivo para vocês se preocuparem. 
Para a nossa prova, é importantíssimo que vocês notem 
que os Poderes do DF são o Executivo e o Legislativo, não haven-
do a figura do Judiciário Distrital. E o TJDFT? Na próxima aula ve-
remos que ele é mantido pela União, ou seja, compõe o judiciário fe-
deral. 
O § 1º também é bastante importante. Não há a possi-
bilidade de delegação de atribuições entre o Executivo e o Legislativo 
Distrital. Não estamos falando aqui das funções atípicas de cada Po-
der, como visto na primeira aula, mas sim das funções típicas mes-
mo. Nem o Governador poderia delegar à CLDF o comando e a admi-
nistração de suas Secretarias de Estado, tampouco a CLDF poderia 
delegar ao governador o poder de editar uma lei. 
Mas Marcelo, e as leis delegadas? 
As leis delegadas são uma exceção à vedação de dele-
gação de atribuições entre os poderes que existe apenas na União. 
Da mesma forma que não existe previsão para o governador editar 
Medidas Provisórias, também não há dispositivo da LODF que preveja 
a possibilidade de a CLDF delegar ao Governador a edição de leis so-
bre qualquer matéria. Portanto, não existe a figura das leis dele-
gadas no DF e é estritamente vedada a delegação de atribui-
ções entre os Poderes. 
LEI ORGÂNICA DO DF PARA O CONCURSO DE ACI/2014 
PROFESSOR: MARCELO KESSLER 
 
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Para encerrar, o §2º traz mais uma vedação, bem como 
indica a existência de exceções. Vejamos quais são essas exceções: 
Art. 64. Não perderá o mandato o Deputado Distrital: 
I - investido na função de Ministro de Estado, Secretá-
rio-Executivo de Ministério ou equivalente, Secretário 
de Estado, Administrador Regional, Chefe de Missão Di-
plomática Temporária ou dirigente máximo de Autar-
quia, Fundação Pública, Agência, Empresa Pública ou 
Sociedade de Economia Mista pertencentes à Adminis-
tração Pública Federal e Distrital; 
 
Então é simples. Via de regra, alguém que ocupa uma 
função em um dos Poderes não poderá exercer função no outro Po-
der. No caso específico de deputado distrital convidado a ocupar 
cargo de Ministro ou Secretário de Estado, dirigente máximo de Au-
tarquias, Fundações, Empresas Públicas etc., ele poderá licenciar-se 
para ocupar o cargo no Executivo. Nessas situações, assumirá o su-
plente do deputado, sendo permitido ao titular o retorno à sua função 
de deputado, desde que renuncie ao cargo ocupado no Executivo. 
 
Da Fiscalização Contábil e Financeira 
Chegou a hora de conhecer melhor o que o Tribunal de 
Contas do DF faz. Agora vocês saberão exatamente com o que vão 
trabalhar. Como eu disse no começo da aula, talvez não fosse neces-
sária uma abordagem tão detalhada do tema nas aulas de Lei Orgâni-
ca, mas como esse é um assunto que pode ser cobrado em Direito 
Constitucional, Direito Administrativo, LODF e Controle Externo, re-
solvi dedicar um pouco mais de tempo a este tópico. 
Lógico que não tenho a menor pretensão de substituir 
os professores das matérias acima elencadas. A intenção aqui é que 
vocês vejam novamente os assuntos que estão estudando nas outras 
disciplinas, de forma mais aprofundada do que precisariam para a 
prova de LODF, mas talvez com menos detalhes que o necessário pa-
ra a prova de Controle Externo. Então vamos lá, artigo por artigo, 
inciso por inciso... 
Art. 77. A fiscalização contábil, financeira, orçamentá-
ria, operacional e patrimonial do Distrito Federal e das 
entidades da administração direta, indireta e das fun-
LEI ORGÂNICA DO DF PARA O CONCURSO DE ACI/2014 
PROFESSOR: MARCELO KESSLER 
 
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dações instituídas ou mantidas pelo Poder Público, 
quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, apli-
cação de subvenções e renúncia de receitas, será exer-
cida pela Câmara Legislativa, mediante controle ex-
terno, e pelo sistema de controle interno de cada 
Poder. 
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física 
ou entidade pública que utilize, arrecade, guarde, ge-
rencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos 
ou pelos quais o Distrito Federal responda, ou quem, 
em nome deste, assuma obrigações de natureza pecu-
niária. 
Notem que a fiscalização contábil, financeira, patrimo-
nial, operacional e orçamentária (C-O-F-O-P) de toda aAdministra-
ção Pública Distrital (direta e indireta) será exercida pela Câmara Le-
gislativa e pelo sistema de controle interno de cada Poder. 
A Câmara Legislativa fica responsável pelo Controle Ex-
terno, ficando o controle interno sob responsabilidade do sistema de 
controle interno que cada Poder deve manter. 
E o que será observado pelos controles interno e exter-
no? A legalidade, a legitimidade, a economicidade, a aplicação 
de subvenções e a renúncia de receitas. Muitos se lembram dos 
três primeiros aspectos observados pelos sistemas de controle, mas 
acabam se esquecendo dos dois últimos itens. Portanto, não esque-
çam: para a nossa prova, tão importante quando a legalidade, a legi-
timidade e a economicidade dos atos, são os aspectos da aplicação de 
subvenções e as renúncias de receitas. 
O dever de prestar contas é um dos princípios sensíveis 
previstos na constituição federal, e sua inobservância (a depender da 
autoridade que não prestar contas) é hipótese de intervenção. Do pa-
rágrafo único do art. 77, temos que todos aqueles que guardem, ad-
ministrem, gerenciem, arrecadem ou utilizem (G-A-G-A-U) bens pú-
blicos deverão prestar contas. 
Art. 78. O controle externo, a cargo da Câmara Le-
gislativa, será exercido com auxílio do Tribunal de 
Contas do Distrito Federal, ao qual compete: 
Primeiramente, guardem para sempre que o titular do 
Controle Externo no DF é a Câmara Legislativa. Aqui temos mera re-
produção da norma constitucional, que prevê que o titular do Contro-
Pessoas e entidades privadas 
também deverão prestar con-
tas caso guardem, utilizem, 
gerenciem ou arrecadem di-
nheiro público. Ex. Caso o 
BRB, empresa pública distrital, 
repasse verba para um jornal, 
a fim de patrocinar uma corri-
da de rua, este jornal deverá 
prestar contas dos recursos 
recebidos. O mesmo vale para 
verbas repassadas por meio 
de convênios. 
LEI ORGÂNICA DO DF PARA O CONCURSO DE ACI/2014 
PROFESSOR: MARCELO KESSLER 
 
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le Externo na esfera federal é o Congresso Nacional. Todavia, muita 
gente escorrega na hora da prova e pensa que o titular do controle 
externo, em cada esfera, é o respectivo Tribunal de Contas. 
Os Tribunais de Contas são, na verdade, órgãos auxilia-
res ao Poder Legislativo. Isso não significa, de forma alguma, que 
eles são subalternos ao Poder Legislativo. Tanto é que os Tribunais de 
Contas retiram suas competências diretamente do texto constitucio-
nal, não cabendo ao Legislativo determinar aos TCs aquilo que não 
consta do Texto Maior. Nesse sentido, se pronunciou o STF em sede 
da ADI nº 4.190, senão vejamos: 
Os Tribunais de Contas ostentam posição eminente na 
estrutura constitucional brasileira, não se achando 
subordinados, por qualquer vínculo de ordem hie-
rárquica, ao Poder Legislativo, de que não são ór-
gãos delegatários nem organismos de mero assessora-
mento técnico. A competência institucional dos Tribu-
nais de Contas não deriva, por isso mesmo, de dele-
gação dos órgãos do Poder Legislativo, mas traduz 
emanação que resulta, primariamente, da própria 
Constituição da República. 
 IMPORTANTE 
Câmara Legislativa: Titular do Controle Externo 
Tribunal de Contas: órgão auxiliar à CLDF no exercício do Contro-
le Externo 
 
Agora sim, vamos ver as competências do Tribunal de 
Contas do DF, elencadas nos incisos do art. 78: 
I - apreciar as contas anuais do Governador, fazer 
sobre elas relatórios analíticos e emitir parecer prévio 
no prazo de sessenta dias, contados do seu recebimen-
to da Câmara Legislativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEI ORGÂNICA DO DF PARA O CONCURSO DE ACI/2014 
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II - julgar as contas: 
a) dos administradores e demais responsáveis por di-
nheiros, bens e valores da administração direta e indi-
reta ou que estejam sob sua responsabilidade, incluídos 
os das fundações e sociedades instituídas ou mantidas 
pelo Poder Público do Distrito Federal, bem como da-
queles que derem causa a perda, extravio ou outra ir-
regularidade de que resulte prejuízo ao erário; 
b) dos dirigentes ou liquidantes de empresas incorpo-
radas, extintas, liquidadas ou sob intervenção ou que, 
de qualquer modo, venham a integrar, provisória ou 
definitivamente, o patrimônio do Distrito Federal ou de 
outra entidade da administração indireta. 
c) daqueles que assumam obrigações de natureza pe-
cuniária em nome do Distrito Federal ou de entidade da 
administração indireta; 
d) dos dirigentes de entidades dotadas de personalida-
de jurídica de direito privado que recebam contribui-
ções, subvenções, auxílios e afins, até o limite do pa-
trimônio transferido. 
 
Deixei esses dois primeiros incisos para análise conjun-
ta porque eles são dos mais cobrados em prova, por isso é importan-
te que vocês entendam a diferença entre os dois. 
As contas do Governador, chamadas de governo, são 
julgadas pela Câmara Legislativa, conforme vimos na nossa aula 
demonstrativa. Todavia, antes de julgar as contas do Representante 
do Executivo Distrital, a CLDF encaminha a documentação ao TCDF 
que, no prazo de sessenta dias, as aprecia e sobre elas emite um 
parecer prévio. 
Já as contas de todos os outros que GUARDEM, ARRE-
CADEM, GERENCIEM, ADMINISTREM ou UTILIZEM bens públicos dis-
tritais, sejam eles da Administração Direta ou Indireta, sejam da es-
fera pública ou privada, serão julgadas pelo TCDF. 
Contas do Governador 
Contas dos demais Administra-
dores, bem como aqueles que 
GAGAU bens distritais 
Julgadas pela CLDF; 
Apreciadas pelo TCDF que, no prazo de 
60 dias, emite parecer prévio sobre 
elas. 
Julgadas pelo TCDF 
Chamo atenção para 
a expressão “até o 
limite do patrimô-
nio transferido.” 
Se uma entidade 
privada receber de-
terminada quantia 
por convênio, por 
exemplo, apenas a 
prestação de contas 
desses recursos será 
julgada pelo TCDF. 
LEI ORGÂNICA DO DF PARA O CONCURSO DE ACI/2014 
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III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos 
atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na 
administração direta e indireta, incluídas as fun-
dações instituídas e mantidas pelo Poder Público, 
excetuadas as nomeações para cargo de provi-
mento em comissão, bem como a das concessões 
de aposentadorias, reformas e pensões, ressalva-
das as melhorias posteriores que não alterem o 
fundamento legal do ato concessório; 
 
Pessoal... esse é um dos incisos mais confusos de toda 
a LODF (e também da CF, já que é norma de reprodução obrigatória). 
Os atos de admissão e as concessões de aposentadori-
as, pensões e reformas, são o que chamamos de ato complexo, ou 
seja, aquele que somente se aperfeiçoa após a manifestação de duas 
vontades. Dessa forma, após o órgão/entidade admitir ou conceder 
aposentadoria, reforma ou pensão ao seu servidor, o ato deverá pas-
sar pelo Tribunal de Contas para seja apreciado para fins de regis-
tro. 
Mas como eu disse, esse dispositivo é muito confuso, 
com exceções no seu meio e fim. Para esclarecer a questão, vamos 
separar o que é e o que não é apreciado pelo TCDF. 
APRECIA PARA FINS DE REGISTRO NÃO APRECIA 
a legalidade da admissão de pessoal, a 
qualquer título, na administração direta e 
indireta, incluídas as fundações instituídas 
e mantidas pelo Poder Público; 
a legalidade das concessões de aposenta-
dorias, reformas e pensões. 
as nomeações para cargo de provimento 
em comissão; 
no que diz respeito às concessões de 
aposentadoria, reforma e pensão, as 
melhorias posteriores que não alte-
rem o fundamento legal do ato con-
cessório. 
 
Sobre o tema, é importantíssimo que vocês conheçam a 
Súmula Vinculante nº 3 do STF. Não trataremos da referida Súmu-
la em nosso curso, mas tenhocerteza que ela será adequadamente 
abordada no curso de controle externo. 
 
 
As aposentadorias, pen-
sões e reformas a que se 
refere o dispositivo são 
aquelas de servidores pú-
blicos, vinculadas ao Regi-
me Próprio de previdência. 
As aposentadorias, refor-
mas e pensões vinculadas 
ao INSS (dos empregados 
públicos) não são aprecia-
das pelos Tribunais de 
Contas. 
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PROFESSOR: MARCELO KESSLER 
 
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IV - avaliar a execução das metas previstas no plano 
plurianual, nas diretrizes orçamentárias e no orçamento 
anual; 
V - realizar, por iniciativa própria, da Câmara Le-
gislativa ou de alguma de suas comissões técnicas 
ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza 
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patri-
monial, nas unidades administrativas dos Poderes 
Executivo e Legislativo do Distrito Federal: 
a) da estimativa, lançamento, arrecadação, recolhimen-
to, parcelamento e renúncia de receitas; 
b) dos incentivos, transações, remissões e anistias fis-
cais, isenções, subsídios, benefícios e afins, de natureza 
financeira, tributária, creditícia e outras concedidas pelo 
Distrito Federal; 
c) das despesas de investimento e custeio, inclusive à 
conta de fundo especial, de natureza contábil ou finan-
ceira; 
d) das concessões, cessões, doações, permissões e 
contratos de qualquer natureza, a título oneroso ou 
gratuito, e das subvenções sociais ou econômicas, dos 
auxílios, contribuições e doações. 
e) de outros atos e procedimentos de que resultem va-
riações patrimoniais; 
 
Sobre o inciso V, não vejo necessidade de falarmos so-
bre todas as suas alíneas. Notem que todos os itens se referem à fis-
calização COFOP (contábil, operacional, financeira, orçamentária e 
patrimonial) da Administração Pública Distrital. Chamo atenção ape-
nas para dois pontos: 
� Não é possível que parlamentar, isoladamente, de-
termine a realização de ações fiscalizatórias por parte 
do TCDF. A LODF reservou tal prerrogativa à CLDF (na 
figura de seu presidente), às suas comissões técnicas 
e às suas comissões de inquérito. 
� Apenas unidades administrativas dos Poderes Executi-
vo e Legislativo do Distrito Federal estão sujeitas à 
fiscalização do TCDF. O TJDFT, por ser órgão federal, 
fica sujeito à fiscalização do CNJ e do TCU. 
 
Passemos ao próximo inciso: 
VI - fiscalizar as aplicações do Poder Público em empre-
sas de cujo capital social o Distrito Federal participe de 
Essa competência prescinde de 
maiores comentários. Chamei 
atenção para ela porque, embora 
o TCU realize tal ação fiscalizado-
ra, não existe dispositivo corres-
pondente na CF. Assim, conside-
rando que as diferenças entre a 
LODF e a CF são constantemente 
abordadas em prova, é bom que 
vocês tenham em mente esse 
dispositivo. 
F
is
ca
li
za
çã
o
 
C
-O
-F
-O
-P
 
LEI ORGÂNICA DO DF PARA O CONCURSO DE ACI/2014 
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forma direta ou indireta, nos termos do respectivo ato 
constitutivo; 
 
Este dispositivo é similar ao inciso da CF que permite 
ao TCU fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de 
cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos 
termos do tratado constitutivo. Chamo atenção para um ponto cos-
tumeiramente cobrado em provas: A TERRACAP, empresa pública 
pertencente à Administração Pública Distrital, tem seu capital parti-
lhando entre dois entes federados: 51% do capital pertence ao DF e 
os 49% restantes pertencem à União. Pegunta: o TCU tem jurisdição 
sobre a TERRACAP? NÃO! O STF já se pronunciou no sentido de que 
a TERRACAP está sob jurisdição apenas do TCDF! Guardem isso! 
 
ATENÇÃO! 
Embora 49% do capital da TERRACAP pertença à União, a referida 
empresa pública não está sob jurisdição da Corte de Contas Federal, 
cabendo à CLDF, com auxílio do TCDF, exercer o controle ex-
terno sobre ela! 
 
 
VII - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repas-
sados ao Distrito Federal ou pelo Distrito Federal, me-
diante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos 
congêneres; 
 
Chamo atenção desse dispositivo por uma sutil diferen-
ça entre seu paralelo constante da CF. Enquanto ao TCU compete a 
fiscalização dos recursos repassados pela União mediante convênios, 
acordos e outros ajustes, ao TCDF compete fiscalizar os recursos re-
passados e recebidos (“repassados ao DF ou pelo DF”) mediante 
os referidos instrumentos. 
Dessa forma, caso a União repasse recursos ao DF por 
meio de um convênio, por exemplo, o órgão ou entidade distrital 
convenente (aquele que recebe os recursos do convênio) será fiscali-
zado, no que diz respeito aos recursos recebidos, pelo Tribunal de 
Contas da União e pelo Tribunal de Contas do DF. 
 
LEI ORGÂNICA DO DF PARA O CONCURSO DE ACI/2014 
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VIII - prestar as informações solicitadas pela Câmara 
Legislativa ou por qualquer de suas comissões téc-
nicas ou de inquérito sobre a fiscalização contábil, fi-
nanceira, orçamentária, operacional e patrimonial e so-
bre resultados de auditorias e inspeções realizadas; 
 
Sobre o inciso VII, é importante apenas que vocês sai-
bam que o Tribunal tem que prestar informações à CLDF sempre que 
solicitado. Novamente, chamo atenção para quem tem a competência 
de requisitar tais esclarecimentos: a CLDF (na pessoa de seu presi-
dente), suas comissões técnicas e suas comissões de inquérito. Isso 
significa que caso um deputado, isoladamente, solicite tais es-
clarecimentos, o TCDF não estará obrigado a atendê-lo. 
IX - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade 
de despesa ou irregularidade de contas, as sanções 
previstas em lei, a qual estabelecerá, entre outras co-
minações, multa proporcional ao dano causado ao erá-
rio; 
 
Nenhuma novidade no inciso IX. Está na LODF apenas 
para confirmar a função sancionadora do TCDF. O legislador ainda 
preocupou-se em prever a existência de multa proporcional ao dano 
causado, as quais correspondem, via de regra, à maior sanção finan-
ceira possível no âmbito dos Tribunais de Contas. 
Agora vamos ter que analisar conjuntamente um bloco 
de dispositivos, posto que eles estão intimamente relacionados: 
X - assinar prazo que o órgão ou entidade adote as 
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, 
verificada a ilegalidade; 
XI - sustar, se não atendido, a execução do ato impug-
nado, comunicando a decisão à Câmara Legislativa; 
XII - representar ao Poder competente sobre irregulari-
dades ou abusos apurados; 
XIV - apreciar e apurar denúncias sobre irregularidades 
e ilegalidades dos atos sujeitos a seu controle. 
§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será 
adotado diretamente pela Câmara Legislativa, que 
solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as me-
didas cabíveis. 
§ 2º Se a Câmara Legislativa ou o Poder Executivo, no 
prazo de noventa dias, não efetivar as medidas previs-
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tas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá da ques-
tão. 
 
Os dispositivos supra transcritos tratam de duas hipó-
teses diferentes: o procedimento do TCDF quando verificada ilegali-
dade em ato praticado por qualquer de seus jurisdicionados e o pro-
cedimento adotado quando verificada ilegalidade em contrato firma-
do pelos mesmos. 
Quando se tratar de ato, o TCDF informará sobre as 
ilegalidades verificadas à jurisdicionada e fixará prazo para que ela 
adote as medidas cabíveis ao exato cumprimento da lei. Caso a juris-
dicionada não proceda às medidas necessárias, o próprio TCDF sus-
tará o ato ilegal, comunicando sobre sua ação àCLDF. 
Já no caso de contratos, verificada a ilegalidade, o 
TCDF também fixará prazo para que a jurisdicionada adote as medi-
das pertinentes. Caso a ilegalidade não seja sanada, o TCDF não po-
derá sustar de imediato o ato. O Tribunal comunicará à CLDF, que 
solicitará ao Poder Executivo que adote as medidas cabíveis. Se após 
90 dias a situação não for resolvida (seja por inércia da CLDF, seja 
por inércia do Poder Executivo), o TCDF resolverá sobre a questão – e 
aí sim, poderá sustar o contrato, caso entenda ser pertinente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ILEGALIDADE 
ATO CONTRATO 
TCDF fixa prazo para que o Exe-
cutivo adote as medidas no 
sentido de regularizar o ato. 
Caso a situação não seja 
regularizada, o TCDF sustará 
o ato. 
TCDF comunica a CLDF. 
CLDF solicitará que o Executivo 
adote as medidas necessárias a 
regularização do contrato. 
Se a irregularidade não for 
solucionada o TCDF resol-
verá sobre a questão. 
90 dias 
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Só mais uma observação sobre esses dispositivos. O 
Tribunal poderá agir cautelarmente, ou seja, poderá emitir determi-
nações (inclusive suspender cautelarmente as ações do Executivo) 
antes mesmo de fixar o prazo para adoção das medidas por parte do 
órgão responsável pelo ato. Em se tratando de contrato, ele determi-
nará que o órgão suspenda cautelarmente a avença. 
§ 3º O Tribunal encaminhará à Câmara Legislativa, 
trimestral e anualmente, relatório circunstanciado e 
demonstrativo das atividades internas e de controle ex-
terno realizadas. 
§ 4º Nos casos de irregularidade ou ilegalidade consta-
tados, sem imputação de débito, em que o Tribunal 
de Contas do Distrito Federal decidir não aplicar o 
disposto no inciso IX deste artigo, deverão os res-
pectivos votos ser publicados juntamente com a ata da 
sessão em que se der o julgamento. 
§ 5º As decisões do Tribunal de Contas do Distrito Fe-
deral de que resultem imputação de débitos ou multa 
terá eficácia de título executivo. 
 
Pessoal, não temos maiores esclarecimentos acerca dos 
demais dispositivos referentes à Fiscalização Contábil e Financeira. 
Dessa forma, vou apenas transcrevê-los com as observações que en-
tender pertinente. 
Art. 79. A Câmara Legislativa ou a comissão com-
petente, diante de indícios de despesas não autoriza-
das, ainda que sob forma de investimentos não pro-
gramados ou de incentivos, isenções, anistias, remis-
sões, subsídios ou benefícios de natureza financeira, 
tributária ou creditícia não aprovados, poderá solicitar à 
autoridade governamental responsável que, no prazo 
de cinco dias, preste esclarecimentos necessários. 
§ 1º Não prestados os esclarecimentos ou considerados 
estes insuficientes, a Câmara Legislativa ou a comis-
são competente solicitará ao Tribunal de Contas pro-
nunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de 
trinta dias. 
§ 2º Entendendo o Tribunal de Contas irregular a des-
pesa, a comissão competente, se julgar que o gasto 
possa causar dano irreparável ou grave lesão à econo-
mia pública, proporá à Câmara Legislativa sua susta-
ção, se ainda não realizado, ou seu reembolso devida-
mente atualizado monetariamente, consoante regras 
vigentes, se já efetuado. 
Não existe dispositivo 
similar a esse na CF. Tal 
medida tem a intenção 
de dar publicidade às 
deliberações do TCDF que 
“aliviem” para os respon-
sáveis, de forma a possibi-
litar maior controle social! 
Notem que em nenhu-
ma situação (exceto 
nas denúncias e repre-
sentações), poderá um 
parlamentar, isolada-
mente, solicitar que o 
TCDF adote medidas ou 
preste esclarecimentos. 
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§ 3º O Tribunal de Contas do Distrito Federal agirá de 
ofício ou mediante iniciativa da Câmara Legislativa, do 
Ministério Público ou das autoridades financeiras e or-
çamentárias do Distrito Federal ou dos demais órgãos 
auxiliares, sempre que houver indício de irregularidade 
em qualquer despesa, inclusive naquela decorrente de 
contrato. 
Art. 80. Os Poderes Legislativo e Executivo mante-
rão, de forma integrada, sistema de controle in-
terno com a finalidade de: 
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano 
plurianual, a execução dos programas de governo e dos 
orçamentos do Distrito Federal; 
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados 
quanto à eficácia e eficiência da gestão orçamentária, 
financeira, contábil e patrimonial nos órgãos e entida-
des da administração do Distrito Federal, e quanto à da 
aplicação de recursos públicos por entidades de direito 
privado; 
III - exercer o controle sobre o deferimento de vanta-
gens e a forma de calcular qualquer parcela integrante 
da remuneração, vencimento ou salário de seus mem-
bros ou servidores; 
IV - exercer o controle das operações de crédito, avais 
e garantias, bem como os dos direitos e haveres do 
Distrito Federal; 
V - avaliar a relação de custo e benefício das renúncias 
de receitas e dos incentivos, remissões, parcelamentos 
de dívidas, anistias, isenções, subsídios, benefícios e 
afins de natureza financeira, tributária, creditícia e ou-
tros. 
VI - apoiar o controle externo, no exercício de sua 
missão institucional. 
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao 
tomarem conhecimento de qualquer irregularida-
de, ilegalidade ou ofensa aos princípios do art. 37 
da Constituição Federal, dela darão ciência ao 
Tribunal de Contas do Distrito Federal, sob pena de 
responsabilidade solidária. 
§ 2º As contas públicas do Distrito Federal ficarão, du-
rante sessenta dias, anualmente, em local próprio da 
Câmara Legislativa à disposição de qualquer contribuin-
te para exame e apreciação e serão disponibilizadas de 
maneira permanente, atualizadas mensalmente, nos sí-
tios oficiais na internet do Poder Legislativo, do Poder 
Executivo e do Tribunal de Contas do Distrito Federal, 
recomendando-se a criação de sítios específicos na in-
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ternet para a publicação permanente das contas públi-
cas, de forma clara e compreensível ao cidadão. 
§ 3º Qualquer cidadão, partido político, associação 
ou entidade sindical é parte legítima para, na forma 
da lei, denunciar irregularidades ao Tribunal de Contas 
ou à Câmara Legislativa. 
§ 4º A prestação de contas anual do Governador e as 
tomadas ou prestações de contas anuais dos adminis-
tradores dos órgãos e entidades do Distrito Federal de-
verão ser acompanhadas de relatório circunstanciado 
do órgão de controle interno sobre o resultado das ati-
vidades indicadas neste artigo. 
Art. 81. O Tribunal de Contas do Distrito Federal pres-
tará contas anualmente de sua execução orça-
mentária, financeira e patrimonial à Câmara Le-
gislativa até sessenta dias da data da abertura da ses-
são do ano seguinte àquele a que se referir o exercício 
financeiro quanto aos aspectos de legalidade, legitimi-
dade e economicidade, observados os demais preceitos 
legais. 
 
 
Dos Tribunais de Contas 
Bom, como eu disse no começo da aula, estamos estu-
dando item por item referente ao controle externo porque o nosso 
curso é voltado para o TCDF. Mas em cursos para outros órgãos, não 
tenho dúvidas que essa seria a parte mais importante da seção refe-
rente à Fiscalização Contábil e Financeira. 
Nas questões sobre a LODF, o examinador adora explo-
rar questões sobre a composição do TCDF (e os requisitos para inves-
tidura no cargo de Conselheiro) e aquela diferenciação entre as com-
petências no Tribunal no que diz respeito às contas do Governador e 
às contas dos demais administradores públicos. Paranão esquecer-
mos a questão das contas, vamos relembrá-la: 
Contas do Governador 
Contas dos demais Administra-
dores, bem como aqueles que 
GAGAU bens distritais 
Julgadas pela CLDF; 
Apreciadas pelo TCDF que, no prazo de 
60 dias, emite parecer prévio sobre 
elas. 
Julgadas pelo TCDF 
 
IMPORTANTE! 
Guardem bem os legitima-
dos para apresentar de-
núncia ao TCDF ou à CLDF! 
IMPORTANTE! 
Artigo autoexplicativo, mas 
que merece muito desta-
que por ser dispositivo que 
não encontra similaridade 
com nenhum outro da CF. 
Atenção para ele! 
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Relembrada a diferença entre as ações do TCDF nos 
dois casos, podemos passar à análise da composição da Corte de 
Contas Distrital: 
Art. 82. O Tribunal de Contas do Distrito Federal, inte-
grado por sete Conselheiros, tem sede na cidade 
de Brasília, quadro próprio de pessoal e jurisdição em 
todo o território do Distrito Federal, exercendo, no 
que couber, as atribuições previstas no art. 96 da 
Constituição Federal. 
§ 1º Os Conselheiros do Tribunal serão nomeados entre 
brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos: 
I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco 
anos de idade; 
II - idoneidade moral e reputação ilibada; 
III - notáveis conhecimentos jurídicos, contábeis, 
econômicos e financeiros ou de administração pública; 
IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efe-
tiva atividade profissional que exija os conhecimentos 
mencionados no item anterior. 
 
Do caput do art. 82, destaco dois pontos: O Tribunal é 
sediado em Brasília, ou seja, apenas por meio de uma emenda à 
LODF a sede do Tribunal poderia ser alterada para uma das cidades 
satélites. Outra questão que acho importante ressaltar diz respeito ao 
número de conselheiros. Muitos de vocês devem estar acostumados 
com o número de Ministros do TCU – nove –, e têm de estar atentos 
para a diferença entre a Corte de Contas Federal e os Tribunais es-
taduais, os quais são compostos por 7 Conselheiros. 
Os incisos I a IV trazem exatamente as mesmas exi-
gências previstas na CF para o ingresso no cargo de Ministro do TCU, 
não merecendo maiores comentários. Destaco apenas que, assim 
como na CF, a LODF não exige formação específica para o cargo 
de Conselheiro, sendo necessário “apenas” que o pretendente à va-
ga comprove, no que diz respeito à sua competência, possuir notá-
veis conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou 
de administração pública. 
§ 2º Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Distrito 
Federal serão escolhidos: 
I – três pelo Governador do Distrito Federal, com a 
aprovação da Câmara Legislativa, sendo um de livre 
escolha, e dois alternadamente dentre auditores e 
Não há a necessi-
dade de que seja 
brasileiro nato! 
Basta que seja 
brasileiro, ainda 
que naturalizado. 
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membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indi-
cados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os crité-
rios de antiguidade e merecimento; 
II – quatro pela Câmara Legislativa. 
 
Notem que aqui a LODF já está adequada à Súmula nº 
653 do STF, a qual dispõe que três dos Conselheiros dos Tribunais de 
Contas estaduais serão escolhidos pelo Governador e quatro serão 
escolhidos pelo Poder Legislativo Estadual. Para facilitar o entendi-
mento do dispositivo, vamos esquematizá-lo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
§ 4º Os Conselheiros do Tribunal de Contas terão as 
mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, 
vencimentos e vantagens dos Desembargadores 
do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, 
na forma da Constituição Federal, e somente poderão 
aposentar-se com as vantagens do cargo quando o ti-
verem exercido, efetivamente, por mais de cinco anos. 
§ 5º Os Conselheiros, nas suas faltas e impedimentos, 
serão substituídos por Auditores, na forma da lei. 
§ 6º O Auditor, quando em substituição a Conselheiro, 
terá as mesmas garantias, prerrogativas e impedi-
mentos do titular e, no exercício das demais atribui-
ções da judicatura, as de Juiz de Direito da Justiça do 
Distrito Federal e Territórios. 
§ 7º Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Distrito 
Federal farão declaração pública de bens, no ato da 
posse e no término do exercício do cargo. 
§ 8º Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Distrito 
Federal, nos casos de crime comum e nos de responsa-
bilidade, serão processados e julgados, originariamen-
te, pelo Superior Tribunal de Justiça. 
TCDF 
Livre escolha do 
Governador 
Um entre os auditores, 
escolhido pelo Governador 
Um entre os membros do 
MPjTCDF, escolhido pelo 
Governador 
Escolhido pela CLDF 
Escolhido pela CLDF 
Escolhido pela CLDF 
Escolhido pela CLDF 
Apenas uma observa-
ção: Esse auditor a 
que se refere o inciso 
não é aquele aprovado 
em concurso como o 
que alguns de vocês 
farão. Esse é o que 
chamamos de “auditor 
substituto de conse-
As escolhas do 
governador 
deverão ser 
aprovadas pela 
CLDF após 
sabatina 
Notem que, em substitui-
ção, o Auditor terá as mes-
mas garantias, prerrogati-
vas e impedimentos, mas 
não desfrutará das mesmas 
vantagens e vencimentos. 
§ defasado. Como vimos em 
aula anterior, os Conselhei-
ros farão declaração pública 
de bens por ocasião da pos-
se, no término do exercício 
do cargo e ANUALMENTE! 
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§ 9° É proibida a nomeação para o cargo de Conse-
lheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal de pes-
soa que tenha praticado ato tipificado como causa de 
inelegibilidade prevista na legislação eleitoral. 
Art. 83. Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Dis-
trito Federal ainda que em disponibilidade, não po-
derão exercer outra função pública, nem qualquer 
profissão remunerada, salvo uma de magistério, 
nem receber, a qualquer título ou pretexto, participação 
nos processos, bem como dedicar-se à atividade políti-
co-partidária, sob pena de perda do cargo. 
 
Pessoal, os cargos de Conselheiro e de Auditor são dos 
mais importantes da Administração Pública. Enquanto aquele que faz 
concurso para a magistratura ingressa como juiz substituto, o Auditor 
Substituto de Conselheiro (cargo sujeito à seleção por meio de con-
curso público de provas e títulos) ingressa na Administração Pública 
como titular do Tribunal Estadual. 
 
Conselheiro do TCDF = Desembargador do TJDFT 
Auditor do TCDF (substituto de Conselheiro) = juiz do TJDFT 
 
Dessa forma, assim como os membros do judiciário, os 
conselheiros não poderão exercer nenhuma outra função pública ou 
profissão remunerada, salvo a de magistério. Notem que nesta veda-
ção também está incluído todo e qualquer cargo político, não sendo 
permitido aos Conselheiros ingressar na carreira política. 
Art. 84. É da competência exclusiva do Tribunal de 
Contas do Distrito Federal: 
I - elaborar, aprovar e alterar seu regimento interno; 
II - organizar seus serviços auxiliares e prover os res-
pectivos cargos, ocupados aqueles em comissão prefe-
rencialmente por servidores de carreira do próprio tri-
bunal, nos casos e condições que deverão ser previstos 
em sua lei de organização; 
III - conceder licença, férias e outros afastamentos a 
Conselheiros e Auditores; 
IV - propor à Câmara Legislativa a criação, transforma-
ção e extinção de cargos e a fixação dos respectivos 
vencimentos; 
V - elaborar sua proposta orçamentária, observados os 
princípios estabelecidos na lei de diretrizes orçamentá-
rias. 
 
Relembrando que essa veda-
ção também se aplica a toda 
Administração Distrital, no 
quediz respeito aos cargos 
em comissão e funções de 
confiança. 
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O art. 84 traz os dispositivos que caracterizam a inde-
pendência do TCDF. Notem que compete exclusivamente ao Tribunal 
exercer a sua administração, cabendo a ele a iniciativa de leis que 
versem sobre seus cargos e os respectivos vencimentos. Também é 
de competência do TCDF a elaboração de sua proposta orçamentá-
ria... Pessoal, essa independência é extremamente importante, uma 
vez que ele é o órgão auxiliar de Controle Externo. 
Já imaginaram como seria se o Tribunal dependesse do 
Poder Executivo? Como as fiscalizações seriam feitas de forma impar-
cial se o Governador tivesse o poder de impedir ou dificultar o funcio-
namento do TCDF? Para evitar barganhas dessa espécie, a LODF, co-
piando o modelo constitucional de reprodução obrigatória, outorgou 
independência à Corte de Contas Distrital. 
Art. 85. Funcionará junto ao Tribunal de Contas o Minis-
tério Público, regido pelos princípios institucionais de 
unidade, indivisibilidade e independência funcional, com 
as atribuições de guarda da lei e fiscal de sua execução. 
Parágrafo único. A proibição de que trata o art. 82, § 
9°, aplica-se à nomeação do Procurador-Geral do Minis-
tério Público de Contas do Distrito Federal. 
Art. 86. Lei complementar do Distrito Federal disporá 
sobre a organização e funcionamento do Tribunal de 
Contas, podendo dividi-lo em câmaras e criar delega-
ções ou órgãos destinados a auxiliá-lo no exercício de 
suas funções e na descentralização dos seus trabalhos. 
 
Para finalizar, o Ministério Público junto ao Tribunal de 
Contas do Distrito Federal! A LODF foi bem econômica a respeito do 
assunto, apenas sobre os princípios regentes de sua atuação e da 
proibição à nomeação de pessoa que tenha praticado ato tipificado 
como causa de inelegibilidade prevista na legislação eleitoral exercer 
a função de Procurador-Geral do MPjTCDF. 
Sobre o MPjTCDF, a única coisa realmente importante 
para a prova de LODF é que, embora seja regido pelos mesmos coro-
lários do Ministério Público da União, o MPjCDF NÃO INTEGRA O 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO, tampouco o Ministério Público 
do Distrito Federal e Territórios. 
 
Lei Complementar 
nº 01/94, a Lei 
Orgânica do TCDF 
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 ≠ 
 
 
Marcelo, e por que a vedação à nomeação só vale para 
o Procurador-Geral? 
Simples: o ingresso no cargo de Procurador do 
MPjTCDF é feito mediante aprovação em concurso de provas e títulos. 
Assim, qualquer um que conseguir a aprovação (dentro do número de 
vagas, é claro) no concurso, poderá assumir o cargo, mesmo que te-
nha praticado ato tipificado como causa de inelegibilidade. Mas o Pro-
curador-Geral, que será um entre os Procuradores de carreira, só po-
derá ser um dos que tiverem “ficha limpa”! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ministério Públi-
co da União 
MP Federal 
MP Militar 
MP do Trabalho 
MP do DF e Territó-
 
MPjTCDF 
MP do DF e Territórios 
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Chegou ao fim a nossa aula quase que integralmente 
dedicada à fiscalização contábil e financeira do DF. Vocês vivenciarão 
isso no trabalho de vocês quando passarem no concurso! 
Então, por hoje é isso que temos! Passaremos agora ao 
resumo da aula e à resolução de mais uma bateria de exercícios. Hoje 
nossa lista de exercícios será um pouco menos extensa, visto que a 
aula foi dividida em duas partes. 
Em caso de dúvidas, sugestões e críticas sobre a aula 
ou sobre o curso, utilizem nosso fórum ou entrem em contato por 
meio do e-mail: 
marcelo.kessler@pontodosconcursos.com.br 
 
Abraços e bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RESUMO 
 
DISPOSIÇÕES GERAIS DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES: 
IMPORTANTE! 
 
São Poderes do DF o LEGISLATIVO e o EXECUTIVO. Não existe 
JUDICIÁRIO distrital! 
 
O DF não possuiu, em seu processo legislativo, as “LEIS DELEGA-
DAS”. Portanto, é vedada qualquer delegação de atribuições en-
tre os Poderes 
 
 
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL E FINANCEIRA 
Titularidade do Controle Externo 
Câmara Legislativa: Titular do Controle Externo 
Tribunal de Contas: órgão auxiliar à CLDF no exercício do Controle 
Externo 
 
Julgamento das Contas 
Contas do Governador 
Contas dos demais Administra-
dores, bem como aqueles que 
GAGAU (guardem, arrecadem, 
gerenciem, administrem e utili-
zem) bens distritais 
Julgadas pela CLDF; 
Apreciadas pelo TCDF que, no prazo de 
60 dias, emite parecer prévio sobre 
elas. 
Julgadas pelo TCDF 
 
 
 
 
 
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Atos sujeitos a registro 
APRECIA PARA FINS DE REGISTRO NÃO APRECIA 
a legalidade da admissão de pessoal, a 
qualquer título, na administração direta e 
indireta, incluídas as fundações instituídas 
e mantidas pelo Poder Público; 
a legalidade das concessões de aposenta-
dorias, reformas e pensões. 
as nomeações para cargo de provimento 
em comissão; 
no que diz respeito às concessões de 
aposentadoria, reforma e pensão, as 
melhorias posteriores que não alte-
rem o fundamento legal do ato con-
cessório. 
 
Terracap 
Embora 49% do capital da TERRACAP pertença à União, a referida 
empresa pública não está sob jurisdição da Corte de Contas Federal, 
cabendo à CLDF, com auxílio do TCDF, exercer o controle ex-
terno sobre ela! 
 
 
TCDF : ilegalidade em atos x ilegalidade em contratos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ILEGALIDADE 
ATO CONTRATO 
TCDF fixa prazo para que o Exe-
cutivo adote as medidas no 
sentido de regularizar o ato. 
Caso a situação não seja 
regularizada, o TCDF sustará 
o ato. 
TCDF comunica a CLDF. 
CLDF solicitará que o Executivo 
adote as medidas necessárias a 
regularização do contrato. 
Se a irregularidade não for 
solucionada o TCDF resol-
verá sobre a questão. 
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TCDF 
Legitimados para apresentar denúncia ao TCDF: 
§ 3º Qualquer cidadão, partido político, associação ou entidade sindi-
cal é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ao Tri-
bunal de Contas ou à Câmara Legislativa. 
 
Composição do TCDF: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Status de Conselheiro x Status de Auditor (substituto de Con-
selheiro) 
Conselheiro do TCDF = Desembargador do TJDFT 
Auditor do TCDF (substituto de Conselheiro) = Juiz do TJDFT 
 
Prestação de contas do TCDF 
Art. 81. O Tribunal de Contas do Distrito Federal prestará contas 
anualmente de sua execução orçamentária, financeira e pa-
trimonial à Câmara Legislativa até sessenta dias da data da aber-
tura da sessão do ano seguinte àquele a que se referir o exercício 
financeiro quanto aos aspectos de legalidade, legitimidade e econo-
micidade, observados os demais preceitos legais. 
 
 
 
 
 
Livre escolha do 
Governador 
Um entre os auditores, 
escolhido pelo Governador 
Um entre os membros do 
MPjTCDF, escolhido pelo 
Governador 
Escolhido pela CLDF 
Escolhido pela CLDF 
Escolhido pela CLDF 
Escolhido pela CLDF 
As escolhas do 
governador 
deverão ser 
aprovadaspela 
CLDF após 
sabatina 
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Ministério Público junto ao TCDF 
 
 
 ≠ 
 
 
Status Procurador do MPjTCDF: Procurador do Ministério Pú-
blico “comum” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ministério Públi-
co da União 
MP Federal 
MP Militar 
MP do Trabalho 
MP do DF e Territó-
 
MPjTCDF 
MP do DF e Territórios 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
(Cespe – TCDF/2012) Julgue os próximos itens, acerca da jurisdição e da 
Lei Orgânica do TCDF. 
1) A jurisdição do TCDF abrange tanto as pessoas físicas como as jurídi-
cas públicas e privadas que tenham recebido recursos públicos sob a 
responsabilidade do DF, podendo atingir os sucessores dos responsá-
veis por esses recursos. 
Item Certo: Como vimos na aula, a jurisdição do TCDF abrange todos 
aqueles que guardem, arrecadem, gerenciem, administrem e utilizem 
recursos distritais (GAGAU), sejam eles pessoas físicas, jurídicas públi-
cas, ou jurídicas privadas. Quanto à possibilidade de atingir os sucesso-
res dos responsáveis, também não há maiores complicações. Uma vez 
caracterizado o débito na gestão de um administrador público, sendo ele 
o responsável, seus sucessores poderão ser responsabilizados pelo res-
sarcimento, no limite do patrimônio transferido. Ou seja, caso o ges-
tor público responsável pelo débito venha a óbito, seus sucessores terão 
que ressarcir o Erário, mas só até o limite da herança deixada pelo su-
cessor. Essa possibilidade só existe em caso de débito, não sendo 
aplicável no caso de multas impostas pelo Tribunal. 
“Art. 78 (...) 
II - (...) 
d) dos dirigentes de entidades dotadas de personalida-
de jurídica de direito privado que recebam contribui-
ções, subvenções, auxílios e afins, até o limite do pa-
trimônio transferido.” 
 
2) De acordo com a Lei Orgânica do TCDF, é de competência desse tri-
bunal julgar as contas do governador do DF e elaborar relatório sinté-
tico a esse respeito, emitindo parecer definitivo, no qual o conselheiro 
relator — antes de se pronunciar sobre o mérito das contas — ordena 
a citação dos responsáveis. 
Item Errado: Essa aqui vocês têm que assim como vocês sabem os 
próprios nomes. A competência para julgar as contas do governa-
dor é da Câmara Legislativa. O Tribunal apenas emitirá parecer prévio 
sobre elas e as enviará à CLDF para julgamento. 
3) O presidente do TCDF é designado pelo governador do DF, a partir de 
lista tríplice enviada pela CLDF, formada por auditores externos do 
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TCDF ou profissionais de reconhecido conhecimento na área de admi-
nistração pública, contabilidade ou direito. 
Item Errado: Pessoal, vocês verão na segunda parte da nossa aula 3 
que não consta das competências do governador designar o presidente 
do TCDF. Tal medida, inclusive, feriria a independência entre os poderes. 
Pra falar a verdade, fica até difícil apontar um único erro no item, pois 
ele está totalmente incorreto. O presidente do TCDF é escolhido pelos 
próprios Conselheiros, em votação secreta, para mandado de dois anos. 
 
(Cespe – TCDF/2012) Com relação aos controles interno, externo, parla-
mentar, administrativo e judicial, julgue os itens subsequentes. 
4) De acordo com o princípio de autotutela e o sistema de controle exis-
tente, o Tribunal de Contas da União e o TCDF estão vinculados por 
uma relação de hierarquia, visando garantir o emprego efetivo do re-
curso público. 
Item Errado: Não há absolutamente nenhuma vinculação entre o TCU e 
o TCDF, principalmente hierárquica. O TCU é órgão Federal, responsável 
por auxiliar o Congresso Nacional no exercício do controle externo no 
âmbito da União. Já o TCDF é órgão distrital, responsável pelo auxílio no 
Controle Externo em âmbito Distrital. A esfera de competências de cada 
um dos órgãos é determinada pela origem dos recursos que serão fisca-
lizados 
 
(Cespe – TCDF/2012) Julgue os itens subsequentes, que versam sobre a 
organização do DF, conforme disposto em sua Lei Orgânica. 
5) Compete privativamente à CLDF apreciar e julgar, anualmente, as 
contas do TCDF. 
Item Certo: É exatamente isso. Diferentemente do que acontece em 
âmbito federal, aqui no DF a Corte de Contas distrital deverá prestar, 
anualmente, contas à Câmara Legislativa. Por ser um dos dispositivos 
constantes da LODF que não contém similar na CF, esse item pode ser 
(como já foi) explorado em prova. 
 
6) A Lei Orgânica do DF veda expressamente a designação para função 
de confiança e a nomeação para emprego ou cargo em comissão, in-
cluídos os de natureza especial, de pessoa que tenha praticado ato 
tipificado como causa de inelegibilidade prevista na legislação eleito-
ral. 
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Item Certo: Essa questão já foi trabalhada por nós em aula anterior. 
Mas optei por colocá-la aqui por causa da vedação existente no que diz 
respeito ao Presidente do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, 
lembram? 
 
 
Art. 85 (...) 
Parágrafo único. A proibição de que trata o art. 82, § 
9°, aplica-se à nomeação do Procurador-Geral do Minis-
tério Público de Contas do Distrito Federal. 
 
(Cespe – TCDF/2012) Com referência à parte geral do manual de audito-
ria do TCDF, julgue os itens que se seguem. 
7) As melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato 
concessório inicial para fins de registro de aposentadorias, reformas e 
pensões, não deverão ser objeto de exame do controle externo. 
Item Certo: Aqui está outra questão na qual vocês não podem ter dúvi-
das. Lembram aquele inciso bastante confuso que vimos na aula? Recor-
rendo ao nosso quadro, verificamos que as melhorias posteriores que 
não alteram o fundamento legal das concessões iniciais não serão apre-
ciados pelo TCDF! 
APRECIA PARA FINS DE REGISTRO NÃO APRECIA 
a legalidade da admissão de pessoal, a 
qualquer título, na administração direta e 
indireta, incluídas as fundações instituídas 
e mantidas pelo Poder Público; 
a legalidade das concessões de aposenta-
dorias, reformas e pensões. 
as nomeações para cargo de provimento 
em comissão; 
no que diz respeito às concessões de 
aposentadoria, reforma e pensão, as 
melhorias posteriores que não alte-
rem o fundamento legal do ato con-
cessório. 
 
(Cespe – TCDF/2013) De acordo com a Lei Orgânica do DF, julgue os 
itens a seguir, acerca da organização administrativa, da organização dos 
poderes e da política urbana no DF. 
8) A aprovação, pela CLDF, dos titulares para os cargos de conselheiros 
do TCDF se dará por escrutínio secreto, embora a arguição dos indi-
cados deva dar-se em sessão pública. 
Item Errado: Não bastasse a regra geral, que diz que as votações na 
CLDF serão ostensivas, a vimos na nossa aula inaugural que a LODF dis-
põe que, no caso específico da aprovação dos nomes indicados pelo Go-
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vernador para o cargo de Conselheiro do TCDF, a votação na CLDF será 
aberta, senão vejamos: 
“Art 60 
XVIII – aprovar previamente, em votação ostensiva, 
após argüição em seção pública, a escolha dos titulares 
do cargo de conselheiros do Tribunal de Contas do Dis-
trito Federal indicados pelo Governador;” 
 
(Cespe – TCDF/2013) No que se refere ao controle de constitucionalidade 
e ao controle exercido pelos TCs,julgue os itens a seguir. 
9) Embora os TCs não detenham competência para declarar a inconsti-
tucionalidade das leis ou dos atos normativos em abstrato, eles po-
dem, no caso concreto, reconhecer a desconformidade formal ou 
material de normas jurídicas com a CF, deixando de aplicar, ou pro-
videnciando a sustação, de atos que considerem inconstitucionais. 
Item Certo: Embora não conste expressamente da LODF, vocês estuda-
rão em Controle Externo, de acordo com entendimento do STF exarado 
por meio da Súmula nº 347, os Tribunais de Contas detêm competência 
para, no exercício de suas atribuições, apreciar a constitucionalidade 
das leis e atos do poder público. Trata-se de hipótese de controle inciden-
tal, sendo vedada, em qualquer hipótese, aos Tribunais de Contas 
realizar o controle de constitucionalidade abstrato de leis. 
 
(Cespe – TCDF/2013 - adaptada) Considerando a disciplina constitucio-
nal relativa aos TCs, julgue os itens subsecutivos. 
10) Os membros do MP junto ao TCDF ocupam cargos vitalícios, providos 
por concurso público específico; são titulares dos mesmos direitos 
atribuídos aos membros do MP comum e sujeitos às mesmas veda-
ções a que estes se submetem. 
Item Certo: Como eu disse na parte teórica da aula, o MP junto ao TCDF 
é regido pelos mesmos princípios que o MP “de verdade”. Seus procura-
dores também possuem os mesmos direitos e estão sujeitos às mesmas 
vedações. È quase tudo igualzinho... Mas não se esqueçam: o MPjTCDF 
não pertence ao Ministério Público “de verdade”, ou comum, como 
diz o item. 
 
11) As decisões dos TCs não são imunes à revisão judicial, mas, quando 
imputarem débito ou multa, constituirão título executivo extrajudicial. 
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Item Certo: Perfeita a redação do item. As decisões dos Tribunais de 
Contas estão sujeitas ao controle judicial, principalmente no que diz res-
peito à observância de aspectos processuais (contraditório, da ampla de-
fesa, proporcionalidade das penas, etc.). Por outro lado, as decisões que 
imputarem débito ou multa constituirão título executivo extrajudicial, ou 
seja, serão suficientes para que se proceda ao processo de execução. 
 
(Cespe – TCDF/2013 - adaptada)Julgue os próximos itens, que versam 
sobre o MP, o TCDF e o TCU. 
12) O conselheiro do TCDF, à semelhança do que ocorre com o procura-
dor-geral do DF, é indicado pelo presidente da República, e sua indi-
cação deve ser aprovada pela CLDF, em votação secreta, após argui-
ção pública. 
Item Errado: Outro item completamente errado. Os conselheiros do 
TCDF serão escolhidos da seguinte forma: 
Três pelo Governador, com aprovação da CLDF, 
sendo: Um de livre escolha + 1 entre os Auditores 
(aqueles substitutos de Conselehiro) + 1 entre os 
membros do MP; 
Quatro pela Câmara Legislativa. 
 
13) A apreciação de indício de irregularidade em contrato celebrado entre 
o governo do DF e um prestador de serviço cabe ao TCDF, de ofício 
ou mediante provocação da CLDF, do MP ou das autoridades financei-
ras e orçamentárias do DF ou dos demais órgãos auxiliares. 
Item Certo: exatamente o que dispõe o § 3º do art. 79, da LODF, ve-
jamos: 
“Art. 79 (...) 
§ 3º O Tribunal de Contas do Distrito Federal agirá de 
ofício ou mediante iniciativa da Câmara Legislativa, do 
Ministério Público ou das autoridades financeiras e or-
çamentárias do Distrito Federal ou dos demais órgãos 
auxiliares, sempre que houver indício de irregularidade 
em qualquer despesa, inclusive naquela decorrente de 
contrato.” 
 
14) Compete ao TCDF aplicar ao servidor público que cometer ilegalidade 
na execução de despesa a sanção de afastamento definitivo do cargo. 
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Item Errado: o TCDF até poderá declarar o responsável inabilitado para 
exercício de cargo em comissão ou função de confiança no âmbito da 
Administração Pública Distrital, mas não compete ao TCDF afastá-lo defi-
nitivamente do cargo, pois isso caracterizaria uma interferência em outro 
Poder. 
 
(Cespe – TCDF/2002) O controle externo, constitucionalmente definido, 
compreende a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e 
patrimonial relativa ao ente político e a suas entidades. Essa fiscalização, 
incluindo a aplicação das subvenções e a renúncia de receitas, abrange os 
aspectos de legalidade, legitimidade e também de economicidade, de ma-
neira que os atos administrativos, ainda que praticados segundo a lei e os 
regulamentos, podem vir a ser sancionados se forem antieconômicos. No 
âmbito do DF, o controle externo é de titularidade da Câmara Legislativa do 
DF (CLDF) e será exercido mediante o auxílio do TCDF, ao qual compete, 
em concreto, a realização das ações fiscalizatórias, a análise das contas 
anuais do governador do DF e o julgamento das contas dos administradores 
e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos distritais. 
Acerca das competências outorgadas ao TCDF e considerando as informa-
ções acima, julgue os itens seguintes. 
15) O TCDF, mediante parecer prévio, julgará as contas do governador 
do DF como sendo regulares, regulares com ressalvas ou irregulares, 
competindo, por sua vez, à CLDF o julgamento das contas do TCDF. 
Item Errado: Aposto que vocês já decoraram isso. O TCDF NÃO TEM 
COMPETÊNCIA PARA JULGAR AS CONTAS DO GOVERNADOR! 
 
(Cespe – TCDF/2002) Ao fixar as regras gerais acerca de competência, 
atribuições,composição e funcionamento do TCU, a Constituição da Repúbli-
ca definiu os parâmetros a serem seguidos pelos tribunais de contas dos 
estados e municípios. Considerando a jurisprudência do STF referente aos 
tribunais de contas e em particular ao TCDF, julgue os itens a seguir. 
16) O TCDF compõe-se de sete conselheiros, que deverão atender às exi-
gências fixadas na Lei Orgânica do Tribunal. Quatro conselheiros são 
escolhidos pela Câmara Legislativa e três, pelo governador. No caso 
dos conselheiros a serem escolhidos pelo governador, um será de sua 
livre escolha, um será escolhido entre os auditores e um entre os re-
presentantes do Ministério Público que atuam junto ao TCDF. 
Item Certo: perfeito! É exatamente isso! Praticamente uma aula de 
LODF, a qual assim dispõe sobre a composição do TCDF: 
“art. 82: (...) 
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§ 2º Os Conselheiros do Tribunal de Contas do 
Distrito Federal serão escolhidos: 
I – três pelo Governador do Distrito Federal, com a 
aprovação da Câmara Legislativa, sendo um de li-
vre escolha, e dois alternadamente dentre audito-
res e membros do Ministério Público junto ao Tri-
bunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, se-
gundo os critérios de antiguidade e merecimento; 
 
 
17) Se, para a execução de obra, o DF e a União celebrarem convênio pa-
ra o aporte de recursos federais e do próprio DF, conforme entendi-
mento pacífico do STF, a fiscalização da obra ficará limitada à atua-
ção do TCU. 
Item Errado: Pessoal, chamei a atenção disso para vocês durante a au-
la. No caso de convênio, o TCU fiscalizará sua execução, no que diz res-
peito aos recursos repassados pela União. Já o TCDF fiscalizará os recur-
sos distritais envolvidos e os também os recursos recebidos. Lembram-se 
do art. 78, VII? 
“Art. 78. O controle externo, a cargo da Câmara Legis-
lativa, será exercido com auxílio do Tribunal de Contas 
do Distrito Federal, ao qual compete: 
(...) 
VII - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos re-
passados AO Distrito Federal ou PELO Distrito Federal, 
mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instru-
mentos congêneres;” 
 
18) O TCDF não possuicompetência para julgar contas do governador do 
DF, nem do TJDFT. 
Item Certo: Novamente esse tema. A CLDF é o órgão competente 
pelo julgamento das contas do Governador, cabendo ao TCDF sobre 
elas emitir parecer prévio no prazo de 60 dias de seu recebimento. 
 
(Cespe – PGDF/2013) Acerca da disciplina constitucional e legal referente 
à composição dos cargos públicos, julgue os seguintes itens. 
19) Em razão do princípio da simetria, a Constituição estadual deve re-
produzir a CF em relação à norma que rege a composição do Tribunal 
de Contas da União. 
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Item Certo: Vimos que, enquanto o TCU possui 09 (nove) ministros, a 
própria constituição Federal, no Parágrafo Único de seu art. 75, determi-
na que os Tribunais de Contas estaduais terão 07 (sete) Conselheiros Tal 
norma deve ser observada por todos os TCs estaduais e pelo TCDF: 
“Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-
se, no que couber, à organização, composição e fiscali-
zação dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito 
Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Con-
tas dos Municípios. 
Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão 
sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão 
integrados por sete Conselheiros.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 
 
(Cespe – TCDF/2012) Julgue os próximos itens, acerca da jurisdição e da 
Lei Orgânica do TCDF. 
1) A jurisdição do TCDF abrange tanto as pessoas físicas como as jurídi-
cas públicas e privadas que tenham recebido recursos públicos sob a 
responsabilidade do DF, podendo atingir os sucessores dos responsá-
veis por esses recursos. 
2) De acordo com a Lei Orgânica do TCDF, é de competência desse tri-
bunal julgar as contas do governador do DF e elaborar relatório sinté-
tico a esse respeito, emitindo parecer definitivo, no qual o conselheiro 
relator — antes de se pronunciar sobre o mérito das contas — ordena 
a citação dos responsáveis. 
3) O presidente do TCDF é designado pelo governador do DF, a partir de 
lista tríplice enviada pela CLDF, formada por auditores externos do 
TCDF ou profissionais de reconhecido conhecimento na área de ad-
ministração pública, contabilidade ou direito. 
 
(Cespe – TCDF/2012) Com relação aos controles interno, externo, parla-
mentar, administrativo e judicial, julgue os itens subsequentes. 
4) De acordo com o princípio de autotutela e o sistema de controle exis-
tente, o Tribunal de Contas da União e o TCDF estão vinculados por 
uma relação de hierarquia, visando garantir o emprego efetivo do re-
curso público. 
 
(Cespe – TCDF/2012) Julgue os itens subsequentes, que versam sobre a 
organização do DF, conforme disposto em sua Lei Orgânica. 
5) Compete privativamente à CLDF apreciar e julgar, anualmente, as 
contas do TCDF. 
6) A Lei Orgânica do DF veda expressamente a designação para função 
de confiança e a nomeação para emprego ou cargo em comissão, in-
cluídos os de natureza especial, de pessoa que tenha praticado ato 
tipificado como causa de inelegibilidade prevista na legislação eleito-
ral. 
 
(Cespe – TCDF/2012) Com referência à parte geral do manual de audito-
ria do TCDF, julgue os itens que se seguem. 
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7) As melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato 
concessório inicial para fins de registro de aposentadorias, reformas e 
pensões, não deverão ser objeto de exame do controle externo. 
 
(Cespe – TCDF/2013) De acordo com a Lei Orgânica do DF, julgue os 
itens a seguir, acerca da organização administrativa, da organização dos 
poderes e da política urbana no DF. 
8) A aprovação, pela CLDF, dos titulares para os cargos de conselheiros 
do TCDF se dará por escrutínio secreto, embora a arguição dos indi-
cados deva dar-se em sessão pública. 
 
(Cespe – TCDF/2013) No que se refere ao controle de constitucionalidade 
e ao controle exercido pelos TCs, julgue os itens a seguir. 
9) Embora os TCs não detenham competência para declarar a inconsti-
tucionalidade das leis ou dos atos normativos em abstrato, eles po-
dem, no caso concreto, reconhecer a desconformidade formal ou 
material de normas jurídicas com a CF, deixando de aplicar, ou pro-
videnciando a sustação, de atos que considerem inconstitucionais. 
 
(Cespe – TCDF/2013 - adaptada)Considerando a disciplina constitucional 
relativa aos TCs, julgue os itens subsecutivos. 
10) Os membros do MP junto ao TCDF ocupam cargos vitalícios, providos 
por concurso público específico; são titulares dos mesmos direitos 
atribuídos aos membros do MP comum e sujeitos às mesmas veda-
ções a que estes se submetem. 
11) As decisões dos TCs não são imunes à revisão judicial, mas, quando 
imputarem débito ou multa, constituirão título executivo extrajudicial. 
 
(Cespe – TCDF/2013 - adaptada)Julgue os próximos itens, que versam 
sobre o MP, o TCDF e o TCU. 
12) O conselheiro do TCDF, à semelhança do que ocorre com o procura-
dor-geral do DF, é indicado pelo presidente da República, e sua indi-
cação deve ser aprovada pela CLDF, em votação secreta, após argui-
ção pública. 
13) A apreciação de indício de irregularidade em contrato celebrado entre 
o governo do DF e um prestador de serviço cabe ao TCDF, de ofício 
ou mediante provocação da CLDF, do MP ou das autoridades financei-
ras e orçamentárias do DF ou dos demais órgãos auxiliares. 
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14) Compete ao TCDF aplicar ao servidor público que cometer ilegalidade 
na execução de despesa a sanção de afastamento definitivo do cargo. 
 
(Cespe – TCDF/2002) O controle externo, constitucionalmente definido, 
compreende a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e 
patrimonial relativa ao ente político e a suas entidades. Essa fiscalização, 
incluindo a aplicação das subvenções e a renúncia de receitas, abrange os 
aspectos de legalidade, legitimidade e também de economicidade, de ma-
neira que os atos administrativos, ainda que praticados segundo a lei e os 
regulamentos, podem vir a ser sancionados se forem antieconômicos. No 
âmbito do DF, o controle externo é de titularidade da Câmara Legislativa do 
DF (CLDF) e será exercido mediante o auxílio do TCDF, ao qual compete, 
em concreto, a realização das ações fiscalizatórias, a análise das contas 
anuais do governador do DF e o julgamento das contas dos administradores 
e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos distritais. 
Acerca das competências outorgadas ao TCDF e considerando as informa-
ções acima, julgue os itens seguintes. 
15) O TCDF, mediante parecer prévio, julgará as contas do governador 
do DF como sendo regulares, regulares com ressalvas ou irregulares, 
competindo, por sua vez, à CLDF o julgamento das contas do TCDF. 
 
(Cespe – TCDF/2002) Ao fixar as regras gerais acerca de competência, 
atribuições,composição e funcionamento do TCU, a Constituição da Repúbli-
ca definiu os parâmetros a serem seguidos pelos tribunais de contas dos 
estados e municípios. Considerando a jurisprudência do STF referente aos 
tribunais de contas e em particular ao TCDF, julgue os itens a seguir. 
16) O TCDF compõe-se de sete conselheiros, que deverão atender às exi-
gências fixadas na Lei Orgânica do Tribunal. Quatro conselheiros são 
escolhidos pela Câmara Legislativa e três, pelo governador. No caso 
dos conselheiros a serem escolhidos pelogovernador, um será de sua 
livre escolha, um será escolhido entre os auditores e um entre os re-
presentantes do Ministério Público que atuam junto ao TCDF. 
17) Se, para a execução de obra, o DF e a União celebrarem convênio pa-
ra o aporte de recursos federais e do próprio DF, conforme entendi-
mento pacífico do STF, a fiscalização da obra ficará limitada à atua-
ção do TCU. 
18) O TCDF não possui competência para julgar contas do governador do 
DF, nem do TJDFT. 
 
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(Cespe – PGDF/2013) Acerca da disciplina constitucional e legal referente 
à composição dos cargos públicos, julgue os seguintes itens. 
19) Em razão do princípio da simetria, a Constituição estadual deve re-
produzir a CF em relação à norma que rege a composição do Tribunal 
de Contas da União. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
1 – C 7 – C 13 – C 19 – C 
2 – E 8 – E 14 – E 
3 – E 9 – C 15 – E 
4 – E 10 – C 16 – C 
5 – C 11 – C 17 – E 
6 – C 12 – E 18 – C

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