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1 ATUALIZAÇÃO DIFUSOS E COLETIVOS – MARÇO/2017 ESCLARECIMENTOS Olá! Você está recebendo a primeira atualização do Caderno Sistematizado de Direitos Difusos e Coletivos, do ano de 2017. Nesta atualização, incluímos alguns pontos abordados nas novas aulas do Prof. Fernando Gajardoni e do Prof. Landolfo de Andrade. As atualizações são uma cortesia, por isso são enviadas de forma separada, indicando exatamente os pontos que foram alterados e/ou inseridos em seu caderno. Não enviamos o caderno integral. Destacamos, a fim de que não haja dúvidas futuras, que estamos reformulando a estrutura de todos os nossos cadernos (ex.: nova disposição de itens, novo design), mas tudo que for inserido de conteúdo será enviado em nossas atualizações. Estamos juntos! Bons estudos!! 2 PÁGINA 14 – Incluímos no final do item 3.1.2, a seguinte observação. 3.1.2. Processo coletivo PASSIVO (...) Por fim, não havendo representante adequado, não será cabível. Atenção! Admitindo-se a ação coletiva passiva, se ficar demostrado que o sindicato, a associação de moradores, a decisão do processo irá atingir todos os indivíduos, mesmo os que não fazem parte da associação ou do sindicato. Alguns autores sustentam que os arts. 554 e 565, §2º, do CPC/2015 seriam exemplos de ações coletivas passivas, pois determinam a intimação do MP e da DP, atuariam como porta-voz da comunidade demandada. Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados. § 1o No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública. § 2o Para fim da citação pessoal prevista no § 1o, o oficial de justiça procurará os ocupantes no local por uma vez, citando-se por edital os que não forem encontrados. § 3o O juiz deverá determinar que se dê ampla publicidade da existência da ação prevista no § 1o e dos respectivos prazos processuais, podendo, para tanto, valer-se de anúncios em jornal ou rádio locais, da publicação de cartazes na região do conflito e de outros meios. Art. 565. No litígio coletivo pela posse de imóvel, quando o esbulho ou a turbação afirmado na petição inicial houver ocorrido há mais de ano e dia, o juiz, antes de apreciar o pedido de concessão da medida liminar, deverá designar audiência de mediação, a realizar-se em até 30 (trinta) dias, que observará o disposto nos §§ 2o e 4o. § 2o O Ministério Público será intimado para comparecer à audiência, e a Defensoria Pública será intimada sempre que houver parte beneficiária de gratuidade da justiça. 3 PÁGINA 15 – Incluímos a seguinte observação no item 4., antes da análise de cada princípio. 4. PRINCIPAIS PRINCÍPIOS DE DIREITO PROCESSUAL COLETIVO (....) Alguns princípios são expressos, seja na legislação coletiva ou em outra normativa. Havendo, também, princípios implícitos, os quais decorrem do sistema de processo coletivo adotado no Brasil. (....) 4 PÁGINA 17 – Incluímos os seguintes complementos: 4.2. PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DA EXECUÇÃO COLETIVA (LAP, ART. 16; LACP, ART. 15) (...) Para os colegitimados é faculdade a execução, mas para o MP é dever. Estes artigos aplicam-se aos direitos difusos e coletivos. Em relação aos direitos individuais homogêneos, aplica-se a regra própria prevista no art. 100 do CDC. 5 PÁGINA 19 – O prazo do exemplo foi corrigido. Bem como incluímos novo subitem (comunicação para o ajuizamento) 4.6.2. Flexibilização das regras procedimentais (...) Exemplo de flexibilização: Pelo CPC, as partes têm prazo de 15 dias para se manifestar sobre perícia. Na tutela coletiva, o juiz pode tranquilamente dilatar esse prazo. 4.6.3. Comunicação para o ajuizamento O art. 139, X, do CPC/2015 e o art. 7º da LACP, afirmam que os juízes, ao tomarem conhecimento de fatos que recomendem o ajuizamento de uma ação coletiva, deve encaminhar cópias para os legitimados, a fim de que tomem medidas a bem do interesse social. Art. 139, X - quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas, oficiar o Ministério Público, a Defensoria Pública e, na medida do possível, outros legitimados a que se referem o art. 5o da Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985, e o art. 82 da Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, para, se for o caso, promover a propositura da ação coletiva respectiva. Ressalta-se o art. 7º da LACP refere-se apenas ao MP, mas o juiz irás analisar o caso concreto. Por exemplo, tratando-se de hipossuficiente deve encaminhar à DP. Art. 7º Se, no exercício de suas funções, os juízes e tribunais tiverem conhecimento de fatos que possam ensejar a propositura da ação civil, remeterão peças ao Ministério Público para as providências cabíveis. 6 TEMA: AÇÃO CIVIL PÚBLICA Incluímos alguns pontos neste tema. PÁGINA 80 – referência à súmula 489 e ao cancelamento da súmula 470. 12.1.2. Histórico sumular (...) Súmula 489 do STJ: refere-se à prevalência da competência federal no caso de continência. STJ Súmula 489 Reconhecida a continência, devem ser reunidas na Justiça Federal as ações civis públicas propostas nesta e na Justiça estadual. Súmula 183 do STJ. Foi cancelada (referia-se à competência). Súmula 470 do STJ. Foi cancelada, refere-se à falta representação adequada do MP para cobrança de DPVAT. O STF entendeu pela representação adequada do MP. PÁGINA 80 – antes do item objeto, foi incluído o item “Distinções” 12.2. DISTINÇÕES 12.2.1. AÇÃO CIVIL PÚBLICA X AÇÃO COLETIVA Vários autores afirmam que ACP é diferente de ação coletiva, tendo em vista que ação coletiva está prevista no CDC e tutela direitos individuais homogêneos. Apegam-se ao fato de que o art. 1º da LACP prevê apenas a tutela de direitos difusos e coletivos propriamente ditos. Outra parte da doutrina, sustenta que a expressão ação coletiva é gênero, do qual as demais ações são espécies. Entendem que a tutela dos individuais homogêneos também é feita por meio de ACP, com base no art. 90 do CDC (primeiro fundamento) e, ainda, que não existe razão para separar o que é absolutamente igual (segundo fundamento). 12.2.2. AÇÃO CIVIL PÚBLICA X AÇÃO CIVIL DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA Para o STJ, a ação civil de improbidade administrativa é uma espécie de ACP, tanto que utiliza a denominação ação civil pública de improbidade administrativa. Há autores que sustentam a diferença entre ACP e ACIA, pois apresentam inúmeras diferenças, vejamos: 7 AÇÃO CIVIL PÚBLICA (ACP) AÇÃO CIVIL DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (ACIA) LEGITIMIDADE Vários, previstos no art. 5º. Apenas o MP e PJ lesada, previsto no art. 17. PROCEDIMENTO Rito comum Rito especial OBJETO Tutela difusos, coletivos e individuais homogêneos Tutela APENAS direitos difusos – probidade administrativa. SANÇÕES Não há, serve apenas para prevenir e reparar danos. Além de repararo dano, aplica sanção (direito administrativo punitivo). 12.2.3. AÇÃO CIVIL PÚBLICA X AÇÃO POPULAR A ação popular serve para tutela do patrimônio público, nos termos do art. 1º da Lei 4.717/67. Contudo, a LACP, entre os direitos tuteláveis, consta “outros direitos difusos e coletivos”, sendo possível que se tutele o patrimônio público por meio de uma ACP. Havendo correspondência de objeto. AP: Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos. LACP - Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados: l - ao meio-ambiente; ll - ao consumidor; IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo. V - por infração da ordem econômica; VI - à ordem urbanística. VII – à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos. VIII – ao patrimônio público e social. Parágrafo único. Não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficiários podem ser individualmente determinados.. 8 A prof. Ada afirma que, quando qualquer legitimado ajuíza uma ACP na defesa do patrimônio público, em verdade trata-se de uma espécie de ação popular, com legitimidade diferente. Deve-se adotar o regime jurídico da ação popular e não o regime da ação civil pública. Por isso, há quem sustente, que o MP pode propor ação popular. Gajardoni afirma que não, será uma ACP com regime de ação popular.
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