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Trabalho 1 - Saneamento básico... Porto alegre

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UNIVERSIDADE DE UBERABA
DOUGLAS ELIAS RODRIGUES
WÉVERTON LUCAS ALVES SANTOS
SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE – TEÓRICA.
UBERABA-MG
2013
UNIVERSIDADE DE UBERABA
DOUGLAS ELIAS RODRIGUES
WÉVERTON LUCAS ALVES SANTOS
SANEAMENTO BÁSICO: DOENÇAS VINCULADAS A FALTA DE INFRAESTRUTURA SANITÁRIA
CIDADE EM ESTUDO: PORTO ALEGRE
Trabalho apresentado à Universidade de Uberaba, como parte das exigências à conclusão da disciplina de Saúde, Segurança e Meio Ambiente – Teórica, do sexto semestre dos cursos de Engenharia Civil.
Orientador: Prof. Valter Machado da Fonseca.
UBERABA-MG
2013
RESULMO:
 	O saneamento básico e o maior desafio a ser enfrentado por todos os países emergentes. O crescimento rápido das cidades, indústrias, movimentação de pessoas, dificultam a realização de obras necessárias de urbanização e infraestrutura das cidades. Sendo que obras de saneamento são as que propiciam uma melhor qualidade de vida, atuações das empresas, assim se apresentando a base para o funcionamento das cidades. No Brasil, questão relacionada à infraestrutura move todas as politicas publicas nacionais. A função desse trabalho e de tentar mostrar toda a importância do saneamento básico na qualidade de vida da sociedade, o nível de infraestrutura disponibilizada no Brasil, as doenças que afligem a população que podem ser evitadas e prevenidas, além de termos como exemplo para um estudo, a cidade de Porto Alegre. Com observação de diversos dados e pesquisa, buscamos enfatizar o problema. O resultado dessa discussão é a de que o Brasil, levando em consideração todas as regiões, está num estado gravíssimo, sendo que menos de 80% da população é atendida por uma rede de saneamento, porem, que apresenta falhas. Estados das regiões norte e nordeste são as que mais sofrem. Contudo, ainda temos cidades que possam ser usadas como exemplo, o que é o caso, para as capitais, a cidade de 	Porto Alegre, onde desde sua criação obteve politicas publicas diretamente relacionadas à infraestrutura sanitária. Resultado disto, que mesmo com o crescimento rápido e constante da cidade, o crescimento dos problemas das metrópoles (criminalidade, favelas, focos de poluição, etc.), a cidade ainda consegui implantar e ordenar esse crescimento.
Palavras chave: Saneamento básico, Saúde, Porto Alegre.
SUMÁRIO:
INTRODUÇÃO.............................................................................................................5 
SANEAMENTO BÁSICO
Saneamento Básico no Brasil .......................................................................................... 6
	Problemas a serem enfrentados ......................................................................... 6
Saneamento Básico e Saúde ............................................................................................ 8
	Doenças vinculadas ........................................................................................... 8
	Preocupação nacional ........................................................................................ 9
CIDADE EM ESTUDO: PORTO ALEGRE
Origem e Desenvolvimento ............................................................................................11
Básico: água, saneamento, energia, habitação ................................................................13
CONCLUSÃO..............................................................................................................15
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 16
INTRODUÇÃO:
	O objetivo desse trabalho e relatar a importância do saneamento básico na qualidade de vida da população. Além de analisar as consequências do descaso e falta de ações preventivas de inúmeras doenças relacionadas à infraestrutura sanitária. 
	Vários estudos já revelaram a lentidão com que avançam os serviços de água, coleta e tratamento de esgotos no Brasil e constatam que a tão sonhada universalização dos serviços não acontecerá sem um maior engajamento e comprometimento dos governos federal, estaduais e municipais. 
	Um exemplo é o estudo feito pelo Instituto Trata Brasil, que considera várias informações fornecidas pelas operadoras de saneamento presentes em cada um dos municípios brasileiros. Os dados são retirados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS, elaborado no âmbito do Programa de Modernização do Setor Saneamento (PMSS), vinculado à Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades. Entre as variáveis estão população, fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, investimentos, entre outras. Até 2011, o Ranking do Trata Brasil considerava em sua metodologia, municípios com mais de 300 mil habitantes, o que correspondia a 81 dos municípios brasileiros. A metodologia foi aplicada aos 100 maiores municípios do Brasil em termos de população.
	 Tentamos, ainda, relatar as doenças relacionadas ao saneamento precário ou a sua falta. Temos que, doenças de fáceis prevenções levam a milhares de mortes todos os anos em nosso país. Além de que crescimento desordenado das cidades dificulta a implantação de obras adequadas pra estes fins.
 	Usamos como cidade para estudo Porto Alegre, que, por sua vez, é um exemplo entre as capitais e metrópoles, com uma rede muito bem sucedida de saneamento básico. Abordamos o desenrolar do crescimento urbano de Porto Alegre, desde sua criação a ações realizadas na atualidade. E verificado que é umas das cidades com um dos melhores índices de desenvolvimento humano e no numero de obras em infraestrutura. Tendo desde sua criação, politicas públicas que assumem este papel.
DESENVOLVIMENTO
SANEAMENTO BÁSICO
	Saneamento básico é o conjunto de medidas adotadas em uma região, em uma cidade, para melhorar a vida e a saúde dos habitantes impedindo que fatores físicos de efeitos nocivos possam prejudicar as pessoas no seu bem-estar físico, mental e social.
	O abastecimento de água potável, o esgoto sanitário, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos e drenagem das águas pluviais são o conjunto de serviços de infraestruturas e instalações operacionais que vão melhorar a vida da comunidade. É importante a preocupação dos governantes garantirem o bem estar e a saúde da população desde que também sejam tomadas medidas para educar a comunidade para a conservação ambiental.
Saneamento básico no Brasil
	Um dos problemas mais graves nas grandes periferias do Brasil é justamente a falta do saneamento básico e é este um dos fatores mais importantes da saúde porque de acordo com o meio onde vivem podem contrair e transmitir muitas doenças, inclusive, por exemplo, doenças respiratórias, vermes e tantas outras. Portanto o acesso à água potável e algumas condições de higiene, muitas doenças podem ser evitadas diminuindo assim o custo com tratamentos.
	O investimento no saneamento básico é crucial na sociedade, já que cada R$ 1 investido em saneamento equivale a uma economia de R$ 4 na área de saúde, porque o saneamento básico representa medidas de prevenção.
	Além disso, outro fator importante do saneamento básico é a sua capacidade de criação de trabalho. Em 2010, este setor criou 64 mil postos de trabalho, o que significa um total de 671 mil empregos criados direta ou indiretamente pelo setor.
	Em 2004, segundo uma pesquisa conduzida pela Organização Mundial de Saúde, só no Brasil existiam 13 milhões de pessoas que não tinham acesso a um banheiro.
Problemas a serem enfrentados
	O modelo de urbanização brasileiro produziu nas últimas décadas, cidades caracterizadas pela fragmentação do espaço, pela exclusão social e territorial. O desordenamento do crescimento periférico associado à profunda desigualdade entre áreas pobres, desprovidas de toda a urbanidade, e áreas ricas, nas quais os equipamentos urbanos e infraestruturas se concentram, aprofunda essas características, reforçando a injustiça social de nossas cidades e inviabilizando a cidadepara todos.
	Grande parcela das cidades brasileiras abriga algum tipo de assentamento precário, normalmente distante, sem acesso, desprovido de infraestruturas e equipamentos mínimos. Na totalidade das grandes cidades essa são a realidade de milhares de brasileiros, entre eles os excluídos dos sistemas financeiros formais da habitação e do acesso à terra regularizada e urbanizada, brasileiros que acabam ocupando as chamadas áreas de risco, como encostas e locais inundáveis. Por outro lado, em muitas cidades, principalmente em suas áreas centrais, uma massa enorme de imóveis se encontra ociosa ou subutilizada, reforçando a exclusão e a criação de guetos – tanto de pobres que não dispõem de meios para se deslocar, quanto de ricos que temem os espaços públicos –, realidade que contribui para a violência, para a impossibilidade de surgimento da cidadania.
	O saneamento básico está entre os principais desafios que o próximo presidente da República e os futuros governadores terão que enfrentar. No Brasil, só 43,2% da população têm o esgoto coletado e apenas 34,6% dos dejetos recolhidos são tratados. Em relação ao abastecimento por água encanada, o cenário é melhor: 81,2% da população têm acesso. Mas, se recortarmos a Região Norte, o quadro volta a ficar ruim: 42,4% das pessoas não têm água tratada saindo da torneira de casa – pelo menos não fornecida pelas companhias de abastecimento.
	O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados de 2008 um pouco diferentes. Segundo a pesquisa do instituto, 45,7% das residências do país têm coleta de esgoto. Do total de esgoto coletado, 68,8% são tratados. O IBGE também mostra que 87,2% das casas têm água tratada.
	Para o ministério das Cidades os números do saneamento – tanto do SNIS, quanto do IBGE – mostram uma realidade anterior às obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Apesar disso, considera que mesmo esses dados demonstram que a situação tem melhorado e que a quantidade de esgoto coletado é “razoável”. “No caso do esgoto, a coleta é razoável, mas o tratamento é baixo. Mas, se a gente considerar a coleta e o tratamento, a gente supera os 50%”, afirmou Marcos Portes, ex-ministro da pasta, em entrevista à Agência Brasil.
	A Confederação Nacional dos Municípios, que representa os prefeitos de todo o país, apresenta número ainda mais dramáticos. Segundo Paulo Zilcoski seriam necessários R$ 220 bilhões para conseguir dar saneamento básico a todos os brasileiros. “Daqui há uns 40 anos talvez a gente consiga isso”. Para ele, não há dinheiro e que, portanto, os prefeitos não conseguem cumprir com a obrigação constitucional de programar as redes. “A titularidade disso é nossa, nós é que temos que fazer, mas não temos recursos”, justificou em encontro com o instituto Geodireito.
	O investimento compensa, segundo o professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília, Oscar Netto. Garante que os benefícios à saúde e ao meio ambiente trazidos pelo saneamento básico significam menos gastos nestas mesmas áreas depois. “Tratamento e coleta de esgoto podem representar uma parcela razoável do orçamento, mas se nós compararmos com os ganhos que vamos ter, é altamente compensatório. Na área de saúde, por exemplo, várias doenças que provocam faltas no trabalho estariam sendo evitadas com a instalação de saneamento”, disse em mesmo encontro.
	Segundo Netto, que já foi diretor da Agência Nacional de Águas, a população também precisa ser educada para entender a relação entre o saneamento e a qualidade de vida, de modo que possa valorizar as obras nestas áreas. Ele ressaltou que o Brasil está atrás de países com o mesmo grau de desenvolvimento econômico. “Quando a gente pensa no bem-estar da sociedade, ele é incompatível com esse nível de coleta e tratamento de esgoto que nós temos. E, na verdade, o desenvolvimento não é só econômico, ele tem que ser social e sustentável também”.
Saneamento básico e saúde
	A Organização Mundial de Saúde define o saneamento básico como "o controle de todos os fatores do meio físico do homem que exercem ou podem exercer efeito deletério sobre o seu bem-estar físico, mental ou social”. O saneamento básico tem como o seu principal objetivo zelar pela saúde do ser humano, tendo em conta que muitas doenças podem se desenvolver quando há um saneamento precário. Assim, as medidas de prevenção que visam promover a saúde do Homem, são as seguintes:
Abastecimento de água;
Manutenção dos sistemas de esgotos;
Coleta, remoção e destinação final do lixo;
Drenagem de águas pluviais;
Controle de insetos e roedores;
Saneamento dos alimentos;
Controle da poluição ambiental;
Saneamento da habitação, dos locais de trabalho e de recreação;
Saneamento aplicado ao planejamento territorial
Doenças vinculadas 
	Saneamento significa sanear, ou seja, “tornar saudável”. Portanto, o objetivo do saneamento é a promoção da saúde. 
	O que não passaria da população ter acesso à água boa, tratamento correto do esgoto (seja ele doméstico, industrial, hospitalar ou de qualquer outro tipo), destinação e tratamento do lixo, drenagem urbana, instalações sanitárias adequadas e promoção da educação sanitária (que inclui hábitos de higiene), entre outras ações.
	A falta de tratamento de água, da coleta e destinação adequada do esgoto e do lixo, além da ausência de ações de educação ambientais permanentes junto à população, é responsável pela propagação de uma série de doenças. Elas interferem na qualidade de vida da população e até mesmo no desenvolvimento do país. E a maioria dessas doenças é de fácil prevenção, mas causam muitas mortes, como o caso da diarreia entre crianças menores de cinco anos no Brasil. Os índices de mortalidade infantil também estão associados ao acesso a serviços de água, esgoto e destino adequado do lixo.
 	As doenças são transmitidas pelo contato ou ingestão de água contaminada, contato da pele com o solo e lixo contaminados. A presença de esgoto, água parada, resíduos sólidos, rios poluídos e outros problemas também contribuem para o aparecimento de insetos e parasitas que podem transmitir doenças.
	É importante lembrar que os custos com prevenção dessas doenças são menores do que os que se tem com a cura e a perda de vidas por causa delas. Também se poderiam aperfeiçoar os gastos públicos com saúde se o dinheiro investido em tratamento de doenças vinculadas à falta de saneamento pudesse ser direcionado para outras questões.
Preocupação nacional
	A atualização do estudo “Esgotamento Sanitário Inadequado e Impacto na Saúde da População”, divulgado pelo Instituto Trata Brasil (fevereiro de 2013) revela que, após dois anos, continua forte a associação entre o saneamento básico precário, pobreza e índices de internação por diarreia. Um dos principais resultados do estudo realizado pela pesquisadora Denise Maria Penna Kronemberger mostra como o saneamento básico inadequado atinge as crianças entre zero a cinco anos.
	Segundo outra pesquisa, dessa vez, feita pelo IBGE, a população vem aumentando, o que requer investimentos em saneamento básico para suprir a crescente demanda. A taxa média geométrica de crescimento anual entre 2000 e 2010, é bastante variável entre os municípios analisados, segundo dados do IBGE. Em alguns casos chega a aproximadamente 3% ao ano (Ananindeua (PA)- 3,16% aa), em outros alcança em torno de 2% (Guarulhos (SP) – 2,15% aa e Sorocaba (SP) – 1,89% aa), em outros não alcança 1% ao ano (Petrópolis – 0,99% aa). A tabela 1 apresenta as taxas para alguns dos municípios mais populosos do país. Entre eles Manaus e Brasília foram os que mais cresceram com taxas acima de 2% aa, enquanto Porto Alegre e Belo Horizonte apresentaram as menores taxas (0,35% aa e 0,59% aa, respectivamente). 
	Mas será que o brasileiro conhece o tema 'Saneamento Básico' e a responsabilidade do Poder Público quanto a estes serviços?
Tabela 1 - Taxa média geométrica de crescimento anual dos 15 	municípios brasileiros mais populosos – 2000/2010.Fonte: IBGE.
	Com o objetivo de verificar o nível de conhecimento do brasileiro sobre os serviços de saneamento básico, mais especificamente sobre o acesso à água potável, coleta e tratamento dos esgotos, o Instituto Trata Brasil realizou junto com o IBOPE uma pesquisa de opinião. Realizada com 1008 pessoas em 26 grandes municípios - com população acima de 300 mil habitantes-, o estudo revelou que os brasileiros estão mais críticos e bem informados sobre o assunto. Vejam alguns resultados: 
81% dos entrevistados souberam relacionar saneamento com os quatro serviços da área (água, esgotos, resíduos sólidos e drenagem).
Quase metade dos entrevistados (47%) afirmou haver esgoto ou córrego correndo a céu aberto próximo da residência. 31% citaram o saneamento (Esgoto + Limpeza Pública + Coleta de Lixo + Abastecimento de água) como a área mais problemática, ficando atrás somente de saúde (61%), segurança (46%) e drogas (40%).
Metade dos entrevistados disse que se pudesse não pagaria para ter seu domicílio ligado à rede coletora de esgotos. Outros resultados explicam: Com relação à qualidade dos serviços, 58% afirmaram que o valor pago pela água / esgoto é caro em relação à qualidade do serviço prestado.
Sobre as melhorias nos serviços de saneamento no bairro onde moram, 41% afirmaram que houve melhora, 44% que permaneceram iguais e 11% que pioraram.
75% das pessoas afirmaram que, apesar dos problemas, não cobram melhorias nos serviços. 59% dos cidadãos afirmaram que mesmo quando foram feitas reclamações à Prefeitura ou empresa de água e esgotos reivindicando melhorias, nenhuma medida foi tomada.
A maioria dos entrevistados (68%) sabe que o Prefeito é o principal responsável pelos serviços da área de saneamento básico. No que se refere à fiscalização, a maior parte dos entrevistados (55%) diz caber também à Prefeitura e 18% ao governo do Estado. A Agência Reguladora, órgão realmente responsável, foi citada por apenas 1% dos entrevistados. 13% das pessoas não sabem.
CIDADE EM ESTUDO: PORTO ALEGRE
Origem e desenvolvimento
	A cidade de Porto Alegre tem como data oficial de fundação 26 de março de 1772, com a criação da Freguesia de São Francisco do Porto dos Casais, um ano depois alterada para Nossa Senhora da Madre de Deus de Porto Alegre. O povoamento, contudo, começou em 1752, com a chegada de 60 casais portugueses açorianos trazidos por meio do Tratado de Madri para se instalarem nas Missões, região do Noroeste do Estado que estava sendo entregue ao governo português em troca da Colônia de Sacramento, nas margens do Rio da Prata. A demarcação dessas terras demorou e os açorianos permaneceram no então chamado Porto de Viamão, primeira denominação de Porto Alegre.
	Em 24 de julho de 1773, Porto Alegre se tornou a capital da capitania, com a instalação oficial do governo de José Marcelino de Figueiredo. A partir de 1824, passou a receber imigrantes de todo o mundo, em particular alemães, italianos, espanhóis, africanos, poloneses, judeus e libaneses. Este mosaico de múltiplas expressões, variadas faces e origens étnicas, religiosas e linguísticas, faz de Porto Alegre, hoje com quase 1,5 milhão de habitantes, uma cidade cosmopolita e multicultural, uma demonstração bem sucedida de diversidade e pluralidade.
	O século XIX marcou o seu povo, após uma longa guerra por independência contra o Império Português. A chamada Guerra dos Farrapos se iniciou com um enfrentamento ocorrido na própria capital, nas proximidades da atual ponte da Azenha, no dia 20 de setembro de 1835. Mesmo sufocado, foi este conflito que gravou na história o mito do gaúcho e é até hoje cantado em hino, comemorada em desfiles anuais e homenageada com nomes de ruas e parques.
	Com o fim da Guerra dos Farrapos, a cidade retomou seu desenvolvimento e passa por uma forte reestruturação urbana nas últimas décadas do século XVIII, movida principalmente pelo rápido crescimento das atividades portuárias e dos estaleiros. O desenvolvimento foi contínuo ao longo do tempo e a cidade se manteve no centro dos acontecimentos culturais, políticos e sociais do país como terra de grandes escritores, intelectuais, artistas, políticos e acontecimentos que marcaram a história do Brasil.
	Na virada do século XX. Porto Alegre passou a ser imaginada como o cartão de visitas do Rio Grande do Sul, ideia alinhada com os propósitos do Positivismo, corrente filosófica abraçada pelos governos estadual e municipal, e por isso a cidade deveria transmitir uma impressão de ordem e progresso. 
	A fim de melhor controlar o processo de desenvolvimento, o município atraiu para si a responsabilidade sobre muitos serviços públicos, como o fornecimento de água encanada, iluminação, transporte, educação, policiamento, saneamento e assistência social, em um volume que ultrapassava em muito o hábito da época e superava o que faziam na mesma altura São Paulo e Rio de Janeiro. Contudo, o crescimento do funcionalismo público e a quantidade de obras demandaram recursos além das capacidades de arrecadação, e foram contraídos grandes empréstimos.
	Em 1940 o município contava com cerca de 390 mil habitantes e seus índices de crescimento eram positivos para a indústria, a construção civil, a educação, a saúde, a eletrificação, o saneamento, o movimento portuário, os transportes e as obras de urbanização. A ligação rodoviária e aérea com o centro do Brasil foi incrementada, e a rede ferroviária para o interior do estado se expandia. No encerramento dos anos 1950 foi implantado o primeiro Plano Diretor, composto com base na Carta de Atenas. Com este Plano, se acentuou a verticalização da cidade, fazendo Porto Alegre conhecer o maior crescimento edilício de sua história, o que alterou significativamente a morfologia urbana. 
Imagem: Obra de saneamento urbano no centro da cidade de Porto Alegre. Canalização do Canal sul, descrita no plano Direto de 1950.
	Fonte: DEP (Departamento de Esgotos Pluviais) - Porto Alegre.
	
	A segunda metade do século XX foi caracterizada por um acelerado crescimento urbano e populacional, e os sucessivos administradores se empenharam novamente em uma série de investimentos em obras públicas, enquanto a cidade via desaparecer, sob a onda do progresso, boa parte de suas edificações antigas. 
	Porto Alegre, nas últimas décadas, se tornou uma das grandes metrópoles brasileiras, internacionalizou sua cultura, se tornou um modelo de administração pública, dinamizou sua economia a ponto de se tornar uma das cidades com altos níveis de qualidade de vida, mas ao mesmo tempo passou a experimentar os problemas que afligem outros grandes centros urbanos do Brasil, com o surgimento de favelas, de dificuldades no trânsito e crescimento da poluição e dos índices de criminalidade.
Básico: água, saneamento, energia e habitação.
	Os serviços básicos de Porto Alegre estão em níveis muito superiores às outras capitais nacionais, apresenta condições satisfatórias particularmente nas áreas de energia elétrica e abastecimento de água. Dados do Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) indicam que, atualmente, Porto Alegre tem 100% da população atendida com água, com uma rede distribuidora de 3.716,52 km e uma capacidade de 193.890 m³ de armazenagem em reservatórios.
	 O lago Guaíba é o principal manancial de abastecimento de água de Porto Alegre. Entretanto, ele recebe poluição de várias naturezas, incluindo esgotos domésticos ‘in natura’ ou parcialmente tratados, além de efluentes industriais e agrícolas. O outro manancial importante é a Represa da Lomba do Sabão, localizada dentro do Parque Saint-Hilaire, constituindo uma reserva estratégica de água caso algum acidente ambiental venha a impedir temporariamente a utilização da água do Guaíba. Para tratar essas águas existem sete estações, e o DMAE também realiza um programa de educação ambiental sobre o correto uso da água e disposição do esgoto.
	Há 1.648 km de redes de coleta de esgoto e 12 estações de bombeamento. A população atendida por rede de esgoto cloacal e pluvial é de 56%e por rede mista é de 29%. A capacidade de tratamento do esgoto coletado é de até 27%, mas somente 20% são realmente tratados. A Prefeitura gastou, em 2009, 17% de sua receita em saneamento básico, representando mais de 500 milhões de reais. Recentemente foi lançado o Projeto Integrado Socioambiental, financiado em sua maior parte pelo BID e pela CEF, que visa ampliar a capacidade de tratamento de esgotos de 27% para 77%, com um investimento de 586,7 milhões de reais. A coleta de lixo é organizada pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), atendendo a 100% dos domicílios. O sistema é de coleta seletiva, boa parte do lixo seco é reciclada, parte dos resíduos alimentares é transformada em ração animal e outros resíduos são depositados em aterros sanitários. Contudo, os serviços de coleta são terceirizados e o atendimento nem sempre está dentro dos parâmetros exigidos, enfrentando-se também o problema da falta de conscientização de parte dos habitantes sobre a destinação adequada dos materiais descartados.
	A energia elétrica é fornecida pela Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE), do Grupo CEEE, concessionária dos serviços de distribuição de energia elétrica na região sul-sudeste do estado. Em 1991 99,5% dos domicílios eram servidos de eletricidade, e a empresa em anos recentes tem feito diversos investimentos para melhorar o atendimento e expandir a rede. Desde 1999, Porto Alegre dispõe de fornecimento de gás natural, vindo por gasodutos desde a Bolívia e Argentina.
	Como já foi citada, a construção civil se concentra atualmente no setor habitacional e o mercado imobiliário está em expansão. Havia em 1991, 380.987 domicílios registrados. A tendência atual é dos preços de aquisição de moradias caírem, bem como o número médio de habitantes por domicílio. 
	Por outro lado, a média de área ofertada por morador vem crescendo. A Prefeitura vem oferecendo uma série de incentivos e concedendo isenções fiscais para o estímulo à construção e aquisição de habitações populares, bem como tem procurado a regularização fundiária de vários assentamentos desordenados. Apesar dos progressos em termos de habitação, em 1991 ainda permanecia um déficit habitacional estimado em 96.945 moradias, e o problema das favelas continua sério, atingindo cerca de 20% da população, um terço deste percentual vivendo da triagem de lixo doméstico. Com o recuo na industrialização municipal e o declínio da atividade portuária, a questão tem piorado.
CONCLUSÃO:
	Saneamento básico é o conjunto de medidas adotadas para melhorar a vida e a saúde dos habitantes. É importante a preocupação dos governantes garantirem o bem estar e a saúde da população. É um dos problemas mais graves nas grandes periferias do Brasil é justamente a falta do saneamento básico.
	Temos que o Brasil é um exemplo drástico de mau funcionamento deste setor, uma vez que, milhares morrem ao relento. Obras de infraestrutura estão hoje sendo realizadas tendo em vista tamanho horror. Além de toda a preocupação que lhe rodeia. Porém, com toda a importância do saneamento, grande parte da população brasileira pouco se importa e busca informações sobre este assunto. O que agrava ainda mais os problemas providos. 
	Exemplos como o de Porto Alegre, têm sido tomados para uma melhor prestação de serviço a sociedade. Mesmo tendo alguns problemas, estes já são facilmente resolvidos pelo planejamento existente a varias décadas, e não, por poucos anos como na maioria das cidades.
	 Conclui-se, então, este trabalho, tentando demostrar toda a importância do saneamento básico para todos afim de uma melhor condição de vida para todos. Há a obrigatoriedade de cobrarmos fortemente de nossos governantes, ações que nos propicia viver melhor. Nasce, assim, que nossa futura graduação seja fundamental para um desenvolvimento de obras voltadas para o bem estar geral.
	Logo, não podemos mais, ter nossa sociedade sofrendo, sendo destruída, mutilada e aniquilada por um problema tão banal e de tão fácil prevenção.
	
REFERÊNCIA: 
IBOPE (inst.). A percepção da população quanto ao Saneamento Básico e a responsabilidade do Poder Público. Ibope, São Paulo: 2012. Disponível em <http://www.tratabrasil.org.br>. Acesso em set. 2013. 
INSTITUTO GEODIREITO (inst.). Saneamento Básico: Um Problema a Ser Enfrentado Pelos Futuros Governantes. São Paulo: 2012. Disponível em <http://www.geodireito.com>. Acesso em set. 2013.
INSTITUTO HUMANISTA UNISINOS (inst.). O saneamento básico não é uma prioridade brasileira: Entrevista especial com Edison Carlos. Unisinos; Porto Alegre: 2012. Disponível em <http://www.ihu.unisinos.br>. Acesso em set. 2013.
KRONEMBERGER, Denise. Análise dos Impactos na Saúde e no Sistema Único de Saúde Decorrente de Agravos Relacionados a um Esgotamento Sanitário Inadequado dos 100 Maiores Municípios Brasileiro no Período 2008-2011. Trata Brasil; São Paulo: 2013. Disponível em <http://www.tratabrasil.org.br>. Acesso em set. 2013.
MINISTERIO DAS CIDADES (gov.). Programas Urbanos. Ministério das Cidades; Brasília: 2013. Disponível em <http://www.cidades.gov.br>. Acesso em set. 2013.
PREFEITURA DE PORTO ALEGRE (gov.). Cidade: Origem e Historia. Prefeitura de Porto Alegre; Porto Alegre: 2010. Disponível em <http://www2.portoalegre.rs.gov.br>. Acesso em set. 2013.
RODRIGUES, Cris. Prefeitura de Porto Alegre: Ideologia de Periferia. Somos Andando; Porto Alegre: 2011. Disponível em <http://somosandando.com.br>. Acesso em set. 2013.
SANEPAR (inst.). Sanepar Educando: Doenças Relacionadas à Falta de Saneamento Básico. Sanepar; Curitiba: 2010. Disponível em <http://educando.sanepar.com.br>. Acesso em set. 2013.
SPITZCOVSK, Débora. Esgoto precário. Planeta Sustentável. São Paulo: 2013. Disponível em < http://planetasustentavel.abril.com.br>. Acesso em set. 2013.
TRATA BRASIL (inst.). Saneamento é Básico: Manifesto Pelo Saneamento Básico. Trata Brasil; São Paulo: 2010. Disponível em <http://www.tratabrasil.org.br>. Acesso em set. 2013.

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