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Aula 07 Noções de Direito Administrativo p/ INSS - Técnico do Seguro Social - Com videoaulas - 2016 Professor: Daniel Mesquita Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita AULA 07: Lei n. 8.112/90: Provimento, vacância e estágio probatório. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO À AULA 07 1 2. REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS 2 2.1. ESTABILIDADE, ESTÁGIO PROBATÓRIO E PERDA DO CARGO 4 2.2. ESTÁGIO PROBATÓRIO 10 2.3. FORMAS DE PROVIMENTO DOS CARGOS PÚBLICOS 15 2.4. VACÂNCIA 41 2.5. REMOÇÃO 44 2.6. REDISTRIBUIÇÃO 48 2.7. SUBSTITUIÇÃO 52 3. RESUMO DA AULA 54 4. QUESTÕES 67 1. REFERÊNCIAS 74 1. Introdução à aula 07 Bem vindos à nossa aula 07, de Direito Administrativo para o concurso do INSS ± Técnico de Seguro Social. Nesta aula abordaremos a matéria ³Regime jurídico único: provimento, vacância, remoção, redistribuição e substituição;´ Essa aula foi inteiramente atualizada e bombada de informações relevantes para a sua prova! Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Não se esqueça que, ao final, você terá um resumo da aula e as questões tratadas ao longo dela. Use esses pontos da aula na véspera da prova! Chega de papo, vamos a luta! 2. Regime Jurídico dos Servidores Públicos A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão instituir, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da Administração Pública direta, das autarquias e das fundações públicas. Veja o art. 39 da CF: Essa é a redação original do texto constitucional e significa que as pessoas da Administração Direta e Indireta precisavam uniformizar o regime para o seu quadro de pessoal, aplicando um único regime para determinada ordem política. Esse dispositivo foi alterado pela EC 19/98, para afirmar que não era obrigatório o regime jurídico único, passando a admitir diversos regimes jurídicos distintos para os servidores de um mesmo ente público (União, Estados e Municípios). Com isso, a definição do regime dependia da previsão da lei de criação de cada um dos cargos. Importante ressaltar que essa escolha de regime só era permitida às pessoas jurídicas de direito público, devendo os servidores das pessoas jurídicas de direito privado submeter-se ao regime da CLT necessariamente. Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Contudo, o Supremo Tribunal Federal, no dia 2 de agosto de 2007, concedeu medida cautelar na ADI nº 2135 e suspendeu, até decisão final da ação, a eficácia da nova redação do dispositivo para manter a redação original da Constituição, conforme transcrito acima. Assim, atualmente, a possibilidade de regime múltiplo, de escolha de regime jurídico distinto para cargos na mesma pessoa jurídica, também já não é mais possível, ao menos por enquanto. Os atos praticados com fundamento em leis eventualmente editadas no período compreendido entre a promulgação da EC 19/98 e a declaração de inconstitucionalidade pelo STF devem ser considerados válidos, até o julgamento definitivo da ADIN, pois o Supremo Tribunal decidiu com efeitos ex nunc, ou seja, a decisão de inconstitucionalidade proferida pelo STF não anula os atos embasados por leis editadas anteriormente com fundamento na redação do art. 39, dada pela EC 19/98. O regime jurídico único e geral dos servidores civis no âmbito federal é regulado pela Lei n. 8.112/90�� GHQRPLQDGD� ³(VWatuto dos Servidores Públicos Civis da União´. Vamos entrar, a partir de agora, fundo na Lei n. 8.112/90. LEMBRETE IMPORTANTE!!! Em relação ao regime estatutário, não se esqueça que o STF já reconheceu não existir direito adquirido à manutenção do regime jurídico, ou seja, ressalvadas as pertinentes disposições constitucionais impeditivas, o Estado pode alterar, por edição de uma lei, o regime jurídico de seus servidores, inclusive suprimindo benefícios e vantagens. Para deixar mais claro, vamos exemplificar: um servidor federal submetido à Lei nº 8.112/90 foi investido em cargo público no ano de 1995, época em que a referida lei lhe garantia um adicional por tempo Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita de serviço; posteriormente, em 2001, a citada vantagem é revogada; nesse caso, o servidor deixa de receber o adicional em questão nos anos posteriores à alteração legal, reconhecendo-se seu direito apenas em relação ao já incorporados à sua remuneração até a data de revogação do benefício. 2.1. Estabilidade, estágio probatório e perda do cargo A estabilidade tem como finalidade principal assegurar aos ocupantes de cargos públicos de provimento efetivo uma expectativa de permanência no serviço público, desde que adequadamente cumpridas suas atribuições. Consiste em uma garantia constitucional de permanência no serviço público (e não no cargo). Efetividade x Estabilidade x Vitaliciedade: Como orienta a própria jurisprudência do STF, não há que se confundir efetividade com estabilidade. Aquela é atributo do cargo e não do servidor público, referindo-se à forma de provimento dependente de concurso público; trata-se de uma das condições para que o servidor adquira a estabilidade. Já a estabilidade (atributo do servidor) é aderência, integração no serviço público, depois de preenchidas determinadas condições fixadas em lei, e adquirida pelo decurso de tempo. O servidor estável pode ser desligado do cargo por meio de processo administrativo em que assegurado o contraditório, por decisão judicial, por avaliação periódica de desempenho ou por excesso de despesa com pessoal (RE 167.635, STF ± Segunda Turma, Rel. Min. Maurício Corrêa, DJ: 07.02.97). Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Ainda, a vitaliciedade não se confunde com os institutos mencionados, sendo uma garantia de permanência no serviço público mais segura do que a estabilidade, já que o agente público só pode ser desinvestido por processo judicial transitado em julgado. É assegurada a alguns agentes públicos selecionados em razão da natureza o cargo que ocupam, como, por exemplo, os Magistrados, Membros do MP, Ministros e Conselheiros dos Tribunais de Contas. 1) Segundo entendimento sedimentado na Súmula nº 11 do STF, a vitaliciedade não impede a extinção do cargo, ficando o funcionário em disponibilidade, com todos os vencimentos. 2) Além disso, a Súmula nº 36 do STFestabelece que o servidor vitalício está sujeito à aposentadoria compulsória, em razão da idade. 3) 6~PXOD�Q����GR�67)��³'HVPHPEUDPHQWR�GH�VHUYHQWLD�GH�MXVWLoD� QmR�YLROD�R�SULQFtSLR�GH�YLWDOLFLHGDGH�GR�VHUYHQWXiULR�´ Você sabia que existem duas modalidades de estabilidade no serviço público? Não!? Então preste atenção nelas: a) a prevista no art. 41 da CF, cuja condição primordial para sua aquisição é a nomeação em caráter efetivo por meio de concurso público; b) a prevista no art. 19 do ADCT, que é um favor concedido àquele servidor titular de cargo ou emprego admitido sem concurso público há pelo menos cinco anos continuados antes da promulgação da Constituição, não se admitindo o cômputo do tempo prestado em entes diferentes (OBS: não se aplica aos ocupantes de cargos, funções e empregos de confiança ou em comissão). (VVH�p�R�IDPRVR�³WUHP�GD�DOHJULD´���� Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Porém, vamos ater nossos estudos na primeira modalidade, já que a segunda é uma situação anômala. A redação original do art. 41 da Constituição Federal previa que eram estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os servidores nomeados em virtude de concurso público. Assim, abrangia os servidores da Administração Pública direta, autárquica e fundacional, pessoas jurídicas de direito público, independentemente de serem eles titulares de cargo público ou emprego público. Porém, não abrangia os empregados de entes governamentais de direito privado. Isso não vale mais!!! Por isso risquei as expressões acima! Com o advento da EC nº 19, de 04.06.1998, o referido dispositivo foi alterado e passou a abranger somente os servidores titulares de cargo público, ou seja, dessa data em diante, os empregados públicos, mesmo que admitidos por meio de concurso, não têm mais direito à estabilidade. Portanto, Somente os servidores titulares de cargos de provimento efetivo nomeados em virtude de concurso público podem adquirir estabilidade. O exercício de cargos em comissão não gera direito a estabilidade. Além disso, a partir da EC nº 19/1998, a estabilidade passou a ser conferida somente após três anos de efetivo exercício e não mais dois anos apenas. E como ficou a situação de quem tinha dois anos completos na data da promulgação da EC 19/98 ou os que tinham emprego público e não cargo, professor? O art. 28 da EC nº 19/98 assegurou aos servidores, nesse caso, titulares de cargo e emprego públicos, em estágio probatório na data de Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita sua edição, o direito de adquirir a estabilidade com somente dois anos de exercício, conforme garantia a redação original do art. 41 da CF. Ademais, a nova redação passou a exigir outros requisitos além da prévia aprovação em concurso público. A partir da EC nº 19/1998, passou a ser condição para a aquisição da estabilidade a aprovação do servidor em uma avaliação especial de desempenho feita por comissão instituída para esse fim (art. 42, §4º, CF). OBS: o STJ já teve oportunidade de decidir que é pressuposto dessa avaliação especial de desempenho o efetivo exercício do cargo, não se computando períodos de afastamento. Essa avaliação tem como objetivo exaltar a eficiência dos servidores públicos, devendo observar as regras previstas na lei de cada carreira. Importante lembrar também que, conforme orientação do STJ, a falta de norma regulamentadora não pode impedir o servidor de adquirir o seu direito. A partir do acréscimo desse §4º ao art. 41, CF, pela EC nº 19/98, podemos afirmar que não existe mais no Brasil a possibilidade de aquisição de estabilidade por mero decurso de prazo, como anteriormente era a regra. A partir da EC nº 19/98, passaram a ser requisitos concomitantes para aquisição de estabilidade: 1. concurso público; 2. cargo público de provimento efetivo; 3. três anos de efetivo exercício; Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 4. aprovação em avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. A respeito da perda do cargo, a partir da EC nº 19/98, verifica- se que passam a ser 4 as hipóteses de rompimento não voluntário do vínculo funcional do servidor já estável, expressas no texto constitucional (art. 41, §1º e art. 169, §4º): 1. sentença judicial transitada em julgado; 2. processo administrativo, desde que assegurados o contraditório e a ampla defesa; 3. insuficiência de desempenho, verificada mediante avaliação periódica, na forma de lei complementar, assegurados também o contraditório e a ampla defesa; 4. excesso de despesa com pessoal. A dispensa por excesso de despesa com pessoal pode ser feita indiscriminadamente? Não! Somente se as medidas de redução, em pelo menos 20%, das despesas com cargos em comissão e funções de confiança e de exoneração dos servidores não estáveis não forem suficientes para assegurar a adequação das despesas aos limites fixados na lei complementar poderá, então, o servidor estável perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. Nesse caso, conceder-se-á ao servidor exonerado uma indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço e torna-se obrigatória a extinção do cargo por ele ocupado, Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita vedando-se a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de 4 anos. Em todas as hipóteses de extinção do vínculo com a Administração, o ato deve ser cuidadosamente motivado e observado o devido processo legal, já que atinge diretamente a órbita do servidor, devendo ele ter direito a contraditório e ampla defesa. Caso contrário, a dispensa representará ato arbitrário, ilegal, devendo ser objeto de anulação. 1. (CESPE ± 2015 ± MPU - Técnico do MPU - Segurança Institucional e Transporte) Acerca do regime jurídico dos servidores públicos federais, julgue o item subsequente. O servidor público federal estável, habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo, só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado. Observe o art. 41 da lei 8.112/90: Art. 41. O servidor público estável só perderá o cargo: I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. Gabarito ± Certo. 2. (CESPE -2014/ MTE/ Agente Administrativo) Acerca da disciplina do funcionalismo público no Brasil, julgue os itens subsequentes no que tange à disciplina constitucional e à Lei n.º 8.112/1990. Apenas por DireitoAdministrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita meio de prévia aprovação em concurso de provas ou de provas e títulos, poderá o cidadão brasileiro ter acesso aos cargos e empregos públicos. Segundo artigo 37, inciso II, da Constituição Federal: a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração Sendo assim, o item está incorreto, pois os cargos em comissão não necessitam de concurso. Gabarito: Errado 2.2. Estágio probatório O estágio probatório (em algumas carreiras, denominado estágio confirmatório) e a estabilidade são institutos jurídicos distintos. A estabilidade é um direito constitucional para quem possui cargo público efetivo e será adquirida após três anos de efetivo exercício. A aprovação no estágio probatório é um dos requisitos para aquisição da estabilidade, não se confundindo os institutos. No estágio probatório são realizadas avaliações periódicas para avaliar se o servidor se adaptou ao serviço público ou não. Nessas avaliações, serão analisadas sua aptidão e capacidade para o desempenho do cargo, observados os seguintes fatores: 1) assiduidade; 2) disciplina; 3) capacidade de iniciativa; Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 4) produtividade; 5) responsabilidade. O Superior Tribunal de Justiça (MS 12.523) sedimentou o entendimento de que o período do estágio probatório deve ser o mesmo da estabilidade, ou seja, 3 (três) anos. Apesar de serem institutos diferentes, buscam o mesmo objeto, devendo, portanto, ter o mesmo tratamento. Quatro meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissão constituída para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores expostos acima. O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação. Entretanto, somente poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. Se o servidor for reprovado no estágio probatório (ou experimental), caberá exoneração de ofício, desde que assegurado ao interessado o direito de defesa, consoante entendimento consagrado pelo STF (AI 623854). Para os servidores públicos que estão durante o período de prova, durante o estágio probatório, a dispensa deve ser motivada e observado sempre o devido processo administrativo, Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita respeitados o contraditório e a ampla defesa, sob pena de nulidade do ato. CUIDADO!!! E se o servidor não aprovado no estágio probatório for estável??? Ele será reconduzido ao cargo anteriormente ocupado. Se esse cargo encontrar-se provido, o servidor será aproveitado em outro. Conforme entendimento do STF, a simples circunstância do servidor público estar em estágio probatório não é justificativa para demissão com fundamento na sua participação em movimento grevista por período superior a 30 dias. A ausência de regulamentação do direito de greve não transforma os dias de paralisação em movimento grevista em faltas injustificadas (RE 226966/RS, STF-Primeira Turma, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento: 11.11.2008, DJe: 157, 21.08.2009). Vale lembrar, ainda, que, com base na Súmula nº 22 do STF, o estágio probatório não protege o funcionário contra a extinção do cargo. Por fim, uma informação MUITO IMPORTANTE: as licenças e os afastamentos que o servidor em estágio probatório pode gozar. É isso mesmo, o servidor em estágio probatório, como ele está em período de prova, ele não pode gozar de todos os direitos de um servidor público já aprovado no estágio probatório. Veja a lista das licenças que você terá direito assim que ingressar no concurso público: a) por motivo de doença em pessoa da família; Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita b) por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; c) para tratamento da própria saúde; d) para o serviço militar; e) atividade política; f) exercício de mandato eletivo; g) para estudo ou missão no exterior h) para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou coopere i) curso de formação decorrente de aprovação em concurso público para outro órgão da administração pública federal. Antes de ir para as questões, leia com atenção os seguintes dispositivos da Lei n. 8.112/90, relativos ao estágio probatório: Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores: (Vide EMC nº 19): AGORA SÃO 3 ANOS!!! I - assiduidade; II - disciplina; III - capacidade de iniciativa; IV - produtividade; V- responsabilidade. § 1o 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissão constituída para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V do caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008 § 2o O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no parágrafo único do art. 29. § 3o O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 6, 5 e 4, ou equivalentes. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 4o Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidasas licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na Administração Pública Federal. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 5o O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1o, 86 e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de formação, e será retomado a partir do término do impedimento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 3. (CESPE ± 2013 ± TRT10ª região- Técnico Judiciário) Os servidores ocupantes de cargo em comissão, declarado em lei de livre nomeação e exoneração, desde que não ocupem também cargo efetivo, submetem- se ao regime geral de previdência social. O Art. 40, § 13 dispõe que: Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social. Chamamos atenção para o fato de que o regime próprio de previdência dos servidores públicos, no âmbito das pessoas federativas, abrange tão só os ocupantes de cargos EFETIVOS, ou seja, não alcança os que ocupem, EXCLUSIVAMENTE, cargos em comissão ou temporários, que estarão ligados ao Regime GERAL de Previdência Social. Item Correto! Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 2.3. Formas de provimento dos cargos públicos Provimento é o ato administrativo por meio do qual é preenchido o cargo público, com a designação de seu titular; é atribuir um cargo a uma determinada pessoa. Os cargos públicos podem ser de provimento efetivo ou de provimento em comissão. E como será feito o provimento do cargo público?? Mediante ato da autoridade competente de cada Poder. São várias as formas de provimento, veremos todas as previstas na Lei n. 8.112/90 abaixo. Mas, saiba desde já que a forma originária de provimento é a nomeação. Assim, nunca perca de vista essa relação: PROVIMENTO ± NOMEAÇÃO! Depois que você é nomeado para um cargo público é que você vai ser investido nesse cargo e essa investidura se dá com a posse. INVESTIDURA ± POSSE! Não esqueça e não confunda!!! Com a nomeação tem-se o provimento e com a posse faz-se a investidura!!! A investidura em cargo público ocorrerá com a posse (art. 7º da Lei n° 8.112/90). A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei. Portanto, a posse nada mais é que a aceitação das atribuições do cargo pelo servidor e o momento em que se forma a relação jurídica com a Administração, o vínculo estatutário, que se denomina investidura. Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Contudo, muita atenção, só se pode falar em posse nos casos de provimento de cargo por nomeação (nas demais formas de provimento não há posse). Inclusive, segundo a jurisprudência do STF, o servidor público nomeado para um cargo goza do direito subjetivo à posse, conforme dispõe a Súmula nº 16. A Lei n° 8.112/90 afirma que são requisitos básicos para a investidura em cargo público: x a nacionalidade brasileira; x o gozo dos direitos políticos; x a quitação com as obrigações militares e eleitorais; x o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; x a idade mínima de dezoito anos; x aptidão física e mental. O rol descrito acima não exaustivo, já que as atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos, desde que estabelecidos em lei. Com a leitura atenta desses requisitos básicos, você pode me fazer duas perguntas: E o exame psicotécnico, não é requisito, professor? E os estrangeiros, podem ser servidores públicos? A primeira pergunta tem sua resposta na Súmula nº 686 do STF, segundo a qual, só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público. Assim, se não houver previsão legal de que para entrar naquele cargo será necessário realizar o psicotécnico, o órgão não poderá incluir esse exame dentre as fases do concurso. Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Com relação ao estrangeiro, em regra, ele não pode ocupar cargos públicos. A lei só ressalva a situação do professor, técnico ou cientista nas universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais. Ainda com relação ao provimento, não podemos nos esquecer da situação dos portadores de deficiências. Quanto a eles, o art. 37, VIII, da Constituição Federal, dispõe que a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para essas pessoas e definirá os critérios de sua admissão. A Lei nº 8.112/90 prevê esse percentual da seguinte forma, em seu art. 5º: Veja que a lei autoriza a reserva de até 20% das vagas aos portadores de necessidades especiais. Para a Súmula nº 377 do STF, o portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas reservadas aos deficientes. Aqui você já deve ir se preparando, meu amigo, não para o concurso, mas para saber o que você deverá fazer depois que for aprovado! § 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso. Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Depois de sua nomeação, publicada no diário oficial, você terá 30 dias para tomar posse. Descumprido esse prazo, a sua nomeação será tornada sem efeito. Se você quiser, você poderá passar uma procuração específica para alguém fazer isso por você (mas você não vai perder esse gostinho, não é?) No ato da posse, você deverá apresentar: a) declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio; e O objetivo dessa declaração é acompanhar sua evolução patrimonial que, em caso de desproporcionalidade, pode caracterizar improbidade administrativa. b) declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública. Isso para evitar acumulações ilegais. Além disso, antes de tomar posse você deverá se submeter a uma inspeção médica oficial. Você só vai ser empossado se for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo. Depois da nomeação e da sua posse, você vai entrar em exercício. No exercício, você vai, efetivamente, meter a mão na massa! O prazo para você entrar em exercício será de 15 dias, contados da data da posse. E se você descumprir esse prazo?Meu amigo, aí você fará a maior ca.... de sua vida! Pois o servidor que não cumpre o prazo para entrar em exercício é exonerado do cargo (ou tornada sem efeito a designação para a função de confiança). Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita No caso daquele que foi designado para função de confiança, o exercício não é em 15 dias, mas no mesmo dia da publicação do ato de designação, sob pena de o ato ficar sem efeito. Estando o servidor impedido em razão de licença ou afastamento, a entrada em exercício deve ocorrer no primeiro dia após o término do impedimento, que não pode exceder 30 dias. No caso de servidor que tenha exercício em outro município em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório, terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede. Temos a seguinte sequência para o provimento em cargo efetivo: Prazos para o exercício, depois de tomar posse: Regra geral 15 dias Função de confiança Mesmo dia da designação Exercício em outro município De 10 a 30 dias Não vá para a prova sem ler com ATENÇÃO MÁXIMA os seguintes dispositivos da Lei n. 8.112/90: Concurso ± nomeação ± 30 dias para posse ± posse ± 15 dias para exercício ± exercício. Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei. § 1o A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento. § 2o Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do ato de provimento, em licença prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do art. 102, o prazo será contado do término do impedimento. § 3o A posse poderá dar-se mediante procuração específica. § 4o Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação. § 5o No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública. § 6o Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo previsto no § 1odeste artigo. Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial. Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo. Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança. § 1o É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse. § 2o O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua designação para função de confiança, se não entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18. § 3o À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe exercício. § 4o O início do exercício de função de confiança coincidirá com a data de publicação do ato de designação, salvo quando o servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o término do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da publicação. Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no assentamento individual do servidor. Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao órgão competente os elementos necessários ao seu assentamento individual. Aprofundando no estudo do provimento, devemos estudar ainda que ele pode ser originário ou derivado. Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 1. Provimento ORIGINÁRIO (também denominado autônomo): preenchimento de classe inicial de cargo não decorrente de qualquer vínculo anterior entre o servidor e a administração. Para os cargos efetivos, depende sempre de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos. A única forma de provimento originário é a nomeação. 2. Provimento DERIVADO: preenchimento de cargo decorrente de vínculo anterior entre o servidor e a administração. Nesse caso, não há concurso público ou nomeação. As formas de provimento derivado são: promoção, readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração e recondução (cada uma delas será abordada abaixo). Conforme leciona Fernanda Marinela, esse provimento pode ser: a) Vertical: atribuição de um novo cargo a um servidor, dentro da mesma carreira, mas que representa uma progressão funcional, uma ascensão em sua vida profissional. Atualmente, a única forma de provimento derivado vertical é a promoção, já que a ascensão (também chamada de transposição ou acesso) foi revogada, pois permitia o provimento do servidor público para um cargo de uma carreira diferente da sua, sem prévia aprovação em concurso público. b) Horizontal: ocorre a mudança de cargo que não caracteriza progressão, crescimento profissional. Atualmente, a única forma de provimento derivado horizontal é a readaptação, já que a transferência (passagem do servidor estável de cargo efetivo para outro de igual denominação, pertencente Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita a quadro de pessoal diverso, de órgão ou instituição do mesmo Poder) foi revogada. c) Por reingresso: garante o retorno do servidor por meio de reintegração, recondução, reversão e aproveitamento. O provimento ainda pode ser classificado, quanto à sua durabilidade, em efetivo, vitalício e em comissão. 1. Provimento EFETIVO: faz-se em cargo público, mediante nomeação por concurso público, assegurando ao servidor, após 3 anos de exercício, o direito de permanência no cargo (estabilidade), do qual só pode ser destituído por sentença judicial, por processo administrativo em que seja assegurada ampla defesa ou por procedimento de avaliação periódica de desempenho, também assegurado o direito de ampla defesa. 2. Provimento VITALÍCIO: faz-se em cargo público, mediante nomeação, assegurando ao funcionário o direito à permanência no cargo, do qual só pode ser destituído por sentença judicial transitada em julgado. OBS: somente é possível com relação a cargos que a Constituição Federal define como de provimento vitalício, uma vez que a vitaliciedadeconstitui exceção à regra geral da estabilidade. Na CF/88, são vitalícios os cargos dos membros da Magistratura, do Tribunal de Contas e do Ministério Público. 3. Provimento EM COMISSÃO: faz-se mediante nomeação para cargo público, independentemente de concurso e em caráter transitório. Somente é possível com relação aos cargos que a lei declara de provimento em comissão. Nesse ponto, importante a análise da Súmula nº 685 do STF: Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Diante da redação dessa súmula, duas outras formas de provimento derivado anteriormente previstas, a ascensão e a transferência, foram extintas. Veja, nesse sentido, a atual redação do art. 8º da Lei n° 8.112/90: Art. 8o São formas de provimento de cargo público: I - nomeação; II - promoção; III - ascensão;(Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) IV - transferência; (Execução suspensa pela RSF nº 46, de 1997) (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) V - readaptação; VI - reversão; VII - aproveitamento; VIII - reintegração; IX - recondução. Hoje fala-se também na inconstitucionalidade da transposição (alteração de denominação do cargo para equiparar a outro cargo de categoria superior), por essa mesma razão. Nos termos da jurisprudência do STF, é possível ao servidor estável aprovado para outro cargo, dentro do período de estágio probatório, optar pelo retorno ao antigo cargo, se assim desejar. Veja alguns tipos de provimento. Analisaremos cada um deles: x Nomeação: É a forma exclusiva de provimento originário. Podendo ser em caráter de comissão, tornando dispensável o concurso público. Ou pode ser por precedido de concurso, onde STF Súmula nº 685 É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita terá caráter efetivo. Com relação ao concurso, você deve se lembrar de que ele terá validade de até 2 anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período, e não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado. No que tange ao momento em que será praticada, a nomeação é um ato discricionário, porque cabe ao Administrador escolher o melhor momento, desde que respeitados o prazo de validade do concurso e a ordem de classificação dos candidatos. x Promoção: Refere-se ao progresso do servidor, ingressando numa posição mais elevada que a anteriormente ocupada, dentro da mesma carreira. Para ter esse direito, o servidor deverá preencher requisitos previstos em lei para cada carreira, podendo ter como base critérios de antiguidade ou merecimento. Como podemos ver, pressupõe a existência de cargos escalonados em carreira. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que promover o servidor. ATENÇÃO!!! Alguns estatutos de servidores fazem distinção entre promoção e progressão. Em regra, ocorre promoção quando o servidor muda de um cargo para outro, com conseqüente mudança de classe. Por outro lado, na progressão, ele mantém-se no mesmo cargo, tendo uma Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita mudança somente de padrão, com conseqüente acréscimo nos vencimentos. A EC nº 19/98 introduziu uma nova exigência como requisito para a promoção (art. 39, §2º, da CF): a participação em cursos de formação e aperfeiçoamento em escolas de governo. Porém, em razão das dificuldades da Administração Pública, prevalece a orientação para que essa regra só passe a ser aplicada depois que as escolas estiverem à disposição dos servidores, seja pela sua criação ou por meio da celebração de convênios com instituições especializadas. x Readaptação: Ocorre na situação em que o servidor ocupa cargo distinto do anterior, por ter adquirido alguma debilidade, necessitando de um novo cargo que se adeque a sua limitação. Ou seja, é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, verificada em inspeção médica. A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. Cuidado!!! Se a limitação gerar uma incapacidade para o serviço público, o servidor deverá ser aposentado e não readaptado. É instituto que se destina apenas aos servidores efetivos, não se estendendo aos ocupantes de função Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita comissionada, sem vínculo com a Administração Pública Federal (AgRg no REsp 749852/DF, STJ-Sexta Turma, Rel. Min. Paulo Gallotti, julgamento: 09.02.2006, DJ 27.03.2006). Vale lembrar da Súmula nº 566 do STF: ³(QTXDQWR� SHQGHQWH�� R� SHGLGR� de readaptação fundado em desvio funcional não gera direitos para o servidor, UHODWLYDPHQWH�DR�FDUJR�SOHLWHDGR´� Para decorar, grave essa imagem: fonte: www.trabalhosescolares.net Agora, leia a lei: Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica. § 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado. § 2o A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) x Reintegração: Quando o servidor estável é demitido e é comprovado que a sua demissão não foi válida (seja por decisão judicial ou administrativa), retornando a sua atividade, Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita com ressarcimento de todas as vantagens que possuía anteriormente. Caso o cargo que ocupava o reintegrado tenha sofrido alguma transformação, o seu retorno deve ocorrer para o cargo resultante da transformação. Na hipótese de o cargo ter sido extinto quando do retorno, o servidor ficará em disponibilidade. Se o cargo já estiver provido, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ouaproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade (perceba que o privilégio é para aquele que está sendo reintegrado!). Perceba que se trata de situação em que o servidor havia sido demitido, ou seja, aplicou-se a penalidade de demissão após instauração de processo administrativo disciplinar, e não exonerado. Daí, posteriormente, a demissão foi declarada inválida. ³Consoante entendimento do STJ, a anulação do ato de demissão do servidor, com a respectiva reintegração, tem como conseqüência lógica a recomposição integral dos direitos do servidor demitido, em respeito ao princípio da restitutio in integrum. A declaração de nulidade do ato de demissão deve operar efeitos ex tunc, ou seja, deve restabelecer exatamente o status quo ante, de modo a preservar todos os direitos do indivíduo atingido pela LOHJDOLGDGH´� �$J5J�QR�$J��������6&��67--Sexta Turma, Rel.ª Min.ª Jane Silva, julgamento 26.08.09, DJe: 15.09.2008). O marco inicial para contagem dos efeitos patrimoniais é a data de publicação do ato impugnado (MS 13193/DF, STJ-Terceira Seção, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgamento: 25.03.2009, DJe: 07.04.2009). Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Compete à Justiça Federal processar e julgar o pedido de reintegração em cargo público federal, ainda que o servidor tenha sido dispensado antes da instituição do regime jurídico único (Súmula nº 173 do STJ). Para se lembrar do que é a reintegração, grave essa imagem: Fonte: maxresdefault.jpg Agora, leia a lei: Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. § 1o Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31. § 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade. x Aproveitamento: Quando o servidor estável retorna a sua atividade e recebe os seus vencimentos conforme o seu cargo anterior que por algum motivo foi considerado extinto, ou de atribuição inapropriada. Garante ao servidor estável a possibilidade de retornar à atividade quando em disponibilidade e surgir uma vaga. Importante lembrar que disponibilidade é o ato pelo qual o Poder Público transfere para a inatividade remunerada, com Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita pagamento de vencimentos integrais do cargo (Súmula nº 358 do STF), servidor estável cujo cargo venha a ser extinto, declarada a sua desnecessidade ou, ainda, ocupado em decorrência de reintegração, sem que o desalojado pudesse ser reconduzido. Saiba que o aproveitamento é obrigatório, o que garante que o servidor não ficará indefinidamente em disponibilidade. Entretanto, à falta de lei, funcionário em disponibilidade não pode exigir, judicialmente, o seu aproveitamento, que fica subordinado ao critério de conveniência da administração. Além disso, o aproveitamento deve ocorrer em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, que é de 15 dias, salvo doença comprovada por junta médica oficial. Aqui uma imagem interessante: Fonte: indicae.blogspot.com ACOORRDDAA SERVIDOR! VOCÊ ESTAVA EM DISPONIBILIDADE, AGORA FOI APROVEITADO!! VAI TRABALHAR!!!! Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Agora, leia a lei: Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinará o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração Pública Federal. Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3o do art. 37, o servidor posto em disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão central do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC, até o seu adequado aproveitamento em outro órgão ou entidade. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial. x Reversão: é o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria (os motivos que justificavam a aposentadoria podem nunca ter existido e por erro ter sido concedido o benefício ou podem ter desaparecido por simples superação do servidor). É também o retorno à atividade do servidor estável, aposentado voluntariamente, que tenha requerido a reversão e desde que haja cargo vago, a aposentadoria tenha ocorrido nos 5 anos anteriores à solicitação e seja de interesse da administração. O servidor que retornar com esse fundamento perceberá, em substituição aos proventos de aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens pessoais. OBS: o servidor que for revertido a pedido somente terá os proventos calculados com base nas regras atuais se permanecer 5 anos no cargo. Nesses casos, o servidor deve retornar para o mesmo cargo (cargo de origem) ou para cargo resultante de eventual transformação. Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Se o cargo estiver ocupado, o servidor poderá exercer suas funções como excedente até que surja uma vaga. OBS: Atenção!!! Essa regra não se aplica à reversão a pedido porque a existência de cargo vago é uma condicionante para seu deferimento. O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para concessão da aposentadoria. Cuidado!!! Essa forma de reingresso não pode ser aplicada quando o servidor já tiver completado 70 anos, em razão da aposentadoria compulsória. Veja a imagem: fonte: marcioantoniassi.wordpress.com Agora, leia a lei: Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou II - no interesse da administração, desde que: a) tenha solicitado a reversão; b) a aposentadoria tenha sido voluntária; c) estável quando na atividade; d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação; e) haja cargo vago. § 1o A reversãofar-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação. § 2o O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita para concessão da aposentadoria. § 3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. § 4o O servidor que retornar à atividade por interesse da administração perceberá, em substituição aos proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria. § 5o O servidor de que trata o inciso II somente terá os proventos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo. § 6o O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo. Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade. x Recondução: A lei define de forma bem clara: Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de: I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; II - reintegração do anterior ocupante. Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, observado o disposto no art. 30. O servidor reconduzido em razão da reintegração do anterior ocupante do cargo não tem direito à indenização. Estando o dito cargo de origem ocupado, o servidor poderá ocupar um outro cargo equivalente que existir vago ou, em último caso, ficar em disponibilidade. 1) É reconhecida a possibilidade de recondução ao cargo de origem nas hipótese em que o servidor estável não tem mais interesse no novo cargo ocupado. Assim, desistindo do novo cargo durante o estágio probatório, poderá pedir a recondução e retornar ao cargo de origem. Esse pedido deve ser apresentado antes da conclusão do estágio Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita probatório do novo carho, porque enquanto ele não for confirmado, não estará extinta a situação anterior (MS 24543/DF, STF-Tribunal Pleno, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento: 21.08.2003, DJ: 12.09.2003 e MS 8339/DF, STJ-Terceira Seção, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, julgamento: 11.09.2002, DJ: 16.12.2002). 2) Os institutos da vacância e da recondução têm por finalidade garantir ao servidor público federal sua permanência na esfera do serviço público, sem, com isso, tolher o inalienável direito de buscar sua evolução profissional. Por isso, sob pena de afronta ao princípio da isonomia, deve a regra dos arts. 29, I, e 33, VIII, da Lei nº 8.112/90 ser estendida às hipóteses em que o servidor público pleiteia a declaração de vacância para ocupar emprego público federal, garantindo-lhe, por conseguinte, se necessário, sua recondução ao cargo de origem (Resp 817061/RJ, STJ-Quinta Turma, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgamento: 29.05.2008, DJ: 04.08.2008). 4. (CESPE ± 2015 - TRE-GO - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Acerca de ato administrativo e agentes públicos, julgue o item subsecutivo. Promoção e readaptação são formas de provimento em cargo público. 2� DUW�� �� HVWDEHOHFH� TXH�� ³$UW�� �R� 6mR� IRUPDV� GH� SURYLPHQWR� GH� FDUJR� S~EOLFR�� ,� - nomeação; II - promoção; V - readaptação; VI - reversão; VII - aproveitamento; VIII - reintegração; IX ± UHFRQGXomR´� Gabarito ± Certo. Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 5. (CESPE-2015-FUB-Assistente em Administração) Considere que determinado servidor público tenha sido investido em novo cargo, compatível com as suas limitações decorrentes de acidente de trânsito. Nessa situação, é correto afirmar que o referido servidor está em provimento originário. Este é um caso de readaptação, que é ocorre na situação em que o servidor ocupa cargo distinto do anterior, por ter adquirido alguma debilidade, necessitando de um novo cargo que se adeque a sua limitação. Lembre-se que a readaptação é uma forma de provimento derivado horizontal (ocorre a mudança de cargo que não caracteriza progressão, crescimento profissional. Atualmente, a única forma de provimento derivado horizontal é a readaptação). Gabarito: Errado. 6. (CESPE - 2015-TCU- Técnico Federal de Controle Externo) O prazo de validade de concurso público é de até dois anos, podendo ele ser prorrogado enquanto houver candidatos aprovados no cadastro de reserva. Com relação ao concurso, você deve se lembrar de que ele terá validade de até 2 anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período, e não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado. A aprovação é dentro do número de vagas, seria bom demais se fosse pelo número de aprovados no cadastro reserva, não é mesmo? Gabarito: Errado Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 7. (CESPE -2014- ANTAQ - Nível Superior) Reintegração é o retorno do servidor aposentado à atividade, no mesmo cargo em que tenha sido aposentado ou em cargo equivalente. Reversão: é o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria. Gabarito: Errado 8. (CESPE - 2012 - ANCINE - Técnico Administrativo) A investidura em cargo público ocorrerá com a nomeação do servidor, após aprovação em concurso público. Atenção!!! A investidura em cargo público ocorrerá com a posse (art. 7º da Lei n° 8.112/90). Gabarito:Errado. 9. (CESPE - 2012 - ANCINE - Técnico Administrativo) Após a investidura no cargo, se realizar tarefas além daquelas relacionadas ao seu cargo, o servidor poderá solicitar ao seu superior hierárquico alteração das suas atribuições, independentemente de manifestação favorável, em relação ao pleito, de autoridade maior. Como já falamos, a posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei. Gabarito: Errado. Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 10. (CESPE - 2013 - FUB - Assistente em Administração) Para os servidores públicos estáveis, uma das hipóteses de perda do cargo é a extinção deste. De acordo com o art. 41, III, da Constituição, caso extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor fica em disponibilidade, comremuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. Gabarito: Errado. 11. (CESPE - 2013 - FUB - Assistente em Administração) Por questão de soberania nacional, os estrangeiros não poderão ter acesso a cargos públicos de caráter efetivo, mas poderão exercer funções públicas para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. Em regra, o estrangeiro não pode ocupar cargos públicos. A lei só ressalva a situação do professor, técnico ou cientista nas universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais. Gabarito: Errado. 12. (CESPE - 2013 - TCE-RS - Oficial de Controle Externo) Professor estrangeiro que resida no Brasil e pretenda ocupar cargo público em universidade federal somente poderá atuar como professor visitante, visto que a investidura em cargo público é restrita a brasileiros natos ou naturalizados. Em regra, o estrangeiro não pode ocupar cargos públicos. Mas muita atenção quando aparecer a palavra SOMENTE. A Constituição Federal prevê em seu art. 37, I, que os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei. Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Uma lei que prevê a provimento de cargo público por estrangeiros é a 8.112/90. Em seu art. 5°�� � ��� GLVS}H� TXH� ³DV� XQLYHUVLGDGHV� H� instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei.". Gabarito: Errado. 13. (CESPE - 2013 - MPU - Técnico - Tecnologia da Informação e Comunicação) A Constituição Federal de 1988 (CF) não restringe o acesso aos cargos públicos a brasileiros que gozam de direitos políticos, admitindo que cargos, empregos e funções públicas sejam preenchidos por estrangeiros, na forma da lei. De fato, a CF não restringe o acesso aos cargos públicos a brasileiros que gozam de direitos políticos. Em seu art. 37, I, o acesso DRV�FDUJRV�S~EOLFRV�GH�HVWUDQJHLURV�³QD�IRUPD�GD�OHL´� Gabarito: Correto. 14. (CESPE - 2013 - MTE - Auditor Fiscal do Trabalho) Com referência ao processo administrativo e à Lei n.o 8.112/1990, cada um dos próximos itens apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva que deve ser julgada à luz do entendimento do STJ. Um servidor público federal foi demitido após o devido processo administrativo. Contra o ato de demissão ele ajuizou ação judicial, na qual obteve decisão favorável à sua reintegração no cargo, em decorrência da nulidade do ato de demissão. Nessa situação, o servidor reintegrado não terá direito ao tempo de serviço, aos vencimentos e às vantagens que lhe seriam pagos no período de afastamento. Vimos que quando o servidor estável é demitido é comprova que a sua demissão não foi valida (seja por decisão judicial ou Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita administrativa), retornando a sua atividade, com ressarcimento de todas as vantagens que possuía anteriormente. Ademais, a jurisprudência do STJ firmou-VH�QR�VHQWLGR�GH�TXH� ³R� VHUYLGRU�S~EOLFR� reintegrado ao cargo, em virtude da declaração judicial de nulidade do ato de demissão, tem direito aos vencimentos e às vantagens que lhe seriam pagos durante o período de afastamento". (STJ, REsp 1.372.643-AgRg/RJ, Rel. Min. Herman Benjamin). Gabarito: Errado. 15. (CESPE ± 2015 ± FUB - Conhecimentos básicos) Maria, servidora pública federal estável, integrante de comissão de licitação de determinado órgão público do Poder Executivo federal, recebeu diretamente, no exercício do cargo, vantagem econômica indevida para que favorecesse determinada empresa em um procedimento licitatório. Após o curso regular do processo administrativo disciplinar, confirmada a responsabilidade de Maria na prática delituosa, foi aplicada a pena de demissão. Considerando essa situação hipotética, julgue os itens a seguir, com base na legislação aplicável ao caso. Caso a penalidade aplicada seja posteriormente invalidada por meio de sentença judicial, Maria deverá ser reintegrada ao cargo anteriormente ocupado. Pessoal, observe o art. 28, da lei 8.112/90: Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens Gabarito ± Certo. 16. (CESPE ± 2014 ± MEC - Analista Processual) Embora a Constituição Federal não assegure o direito à estabilidade no serviço público ao servidor em estágio probatório, a demissão ou a exoneração Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita desse servidor não prescinde de processo administrativo no qual se apure a sua capacidade para o exercício do cargo. Pessoal, nada melhor do que o posicionamento do Supremo Tribunal Federal para respondermos essa questão não é mesmo? Sendo assim, veja as sumulas que contribuem para a assertiva acima: Súmula 20 ± ³e�QHFHVViULR�SURFHVVR�DGPLQLVtrativo, com ampla defesa, SDUD�GHPLVVmR�GH�IXQFLRQiULR�S~EOLFR�DGPLWLGR�SRU�FRQFXUVR´� Súmula 21 ± ³)XQFLRQiULR� HP� HVWiJLR� SUREDWyULR� QmR� SRGH� VHU� exonerado nem demitido sem inquérito ou sem as formalidades legais GH�DSXUDomR�GH�VXD�FDSDFLGDGH´� Deixo ainda a explicação para nunca mais confundirem: Prescindir = dispensar / Não prescindir = não dispensa. Gabarito ± Certo. 17. (CESPE ± 2014 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor de Orçamento e Fiscalização Financeira) Com referência aos agentes públicos e ao regime jurídico que regulamenta as relações entre os servidores públicos e a administração, julgue o item que segue. Considere a seguinte situação hipotética. Um servidor público federal efetivo, destro, cuja principal tarefa estava relacionada à montagem manual de documentação em processos de compras públicas, após se envolver em acidente, sofreu amputação da mão direita, e isso inviabilizou a prática da atividade até então exercida por ele. Nessa situação hipotética, em seu retorno ao trabalho, o referido servidor deverá ser redistribuído. Essa questão é muito boa de se responder pessoal. Observem o diz o art. 24 da lei 8.112/90: Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica. Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita § 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado. § 2o A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e,na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. Gabarito ± Errado. 18. (CESPE ± 2014 ± SUFRAMA - Nível Superior) Julgue o item que se segue, relativos aos agentes públicos, aos poderes administrativos e à responsabilidade civil do Estado. Se um candidato lograr êxito em concurso público, mas, dias antes da posse, for acometido por dengue que o impossibilite de comparecer pessoalmente para o referido ato, a posse poderá dar-se mediante procuração específica firmada pelo candidato. Essa questão já caiu muito em concurso público e se cair na sua prova, você não vai errar não é mesmo? Então leia atentamente o art. 13 da lei 8.112/90 que estabelece: Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei. § 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 2º Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do ato de provimento, em licença prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do art. 102, o prazo será contado do término do impedimento. § 3º A posse poderá dar-se mediante procuração específica. Gabarito ± Certo. 19. (CESPE ± 2014 - PGE-BA - Prova: Procurador do Estado) De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), a administração pública está obrigada a nomear candidato aprovado em concurso público dentro do número de vagas previsto no edital do certame, ressalvadas situações excepcionais dotadas das características de superveniência, imprevisibilidade e necessidade. Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Essa questão está de acordo com o entendimento do STF, na súmua nº 15, que dispões da seguinte forma: Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem o direito à nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da classificação. Gabarito ± Certo. 2.4. Vacância De acordo com a visão Di PieWUR�³e�R�IDWR�DGPLQLVWUDWLYR-funcional que indica que determinado cargo público não está provido, ou em RXWUDV�SDODYUDV�HVWi�VHP�WLWXODU�´ O servidor, por não ocupar mais o seu cargo, torna-o vago, colocando a disposição de outra pessoa. Exemplos de vacância seria a exoneração, a demissão, a promoção (considerando, por óbvio, o cargo anteriormente ocupado), readaptação, aposentadoria, posse em outro cargo não passível de acumulação e o falecimento. 1) Exoneração: ocorre quando a dissolução do vínculo entre o servidor e a administração se dá SEM caráter punitivo. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor ou de ofício. Será de ofício em 2 casos: a) Não satisfeitas as condições do estágio probatório; b) Quando o servidor, tendo tomado posse, não entra em exercício no prazo legal (em regra, 15 dias). No caso de cargo em comissão ou função de confiança, a exoneração/dispensa dar-se-á a juízo da autoridade competente (é a chamada exoneração ad nutum, já que independe de qualquer motivação) ou a pedido do próprio servidor. Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 2) Demissão: forma de penalidade disciplinar, aplicável nas situações previstas no art. 132 da Lei nº 8.112/90. Quando a conduta motivadora do agente importar em lesão aos cofres públicos, aplicação irregular de dinheiro público, corrupção ou improbidade administrativa, a demissão será seguida da indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário. 3) Promoção: vista anteriormente como uma das formas de provimento derivado vertical; uma vez promovido o servidor, abre-se vaga para o cargo anteriormente ocupado. No âmbito federal, caberá à lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública Federal estabelecer os requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção. 4) Readaptação: vista anteriormente como uma das formas de provimento derivado por reingresso; o servidor readaptado passará a ocupar um cargo semelhante, respeitando suas novas limitações, deixando o anterior vago para ser ocupado por outro servidor que preencha os requisitos de capacidade física ou mental. 5) Aposentadoria: ocorre quando o servidor passa para a inatividade, configurando um direito do servidor, desde que preenchidos os requisitos específicos para cada caso. Modalidades: voluntária; compulsória; por invalidez permanente; e especial. 6) Posse em outro cargo inacumulável: a regra é que o servidor público não pode cumular dois ou mais cargos, sob pena de ser aplicada a penalidade de demissão ou de ser exonerado (no caso de boa fé do servidor). Portanto, quando Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita ele toma posse em outro cargo, deverá pedir a vacância no anterior. 7) Cuidado!!! Existem 3 exceções, previstas no art. 37, inciso XVI, da CF, em que é permitida a cumulação de dois cargos, desde que haja compatibilidade de horários e seja observado o teto remuneratório: a) dois cargos de professor; b) cargo de professor e cargo técnico ou científico; c) dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas. 8) Falecimento: hipótese gerada pelo óbito do servidor. 20. (CESPE ± 2015 ± MPU - Técnico do MPU - Segurança Institucional e Transporte) Acerca do regime jurídico dos servidores públicos federais, julgue o item subsequente. O servidor ocupante de cargo em comissão pode ser exonerado a qualquer momento, independentemente de motivação. Pode sim, e como vimos, no caso de cargo em comissão ou função de confiança, a exoneração/dispensa dar-se-á a juízo da autoridade competente (é a chamada exoneração ad nutum, já que independe de qualquer motivação) ou a pedido do próprio servidor. Gabarito ± Certo. 21. (CESPE ± 2014 ± ANTAQ - Conhecimentos Básicos - Cargos 5 e 6) Com relação aos agentes públicos, julgue os itens a seguir. Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 07 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 75 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita É prevista, no texto constitucional, a hipótese de exoneração de servidor estável por excesso de despesa com pessoal. Observe abaixo as formas de perda de cargo do servidor: 1 - Sentença judicial transitado em julgado; 2 - Processo Administrativo ± PAD; 3 - Avaliação periódica de desempenho; 4 - Despesa de pessoal. Gabarito ± Correto. 2.5. Remoção Primeiramente, importante tomar cuidado para não confundir formas de provimento, que acabamos de analisar, com formas de deslocamento, em que não
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