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Parametros Fisicos Quimicos na cricao de telapia

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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE 
ESCOLA SUPERIOR DE DESENVOLVIMENTO RURAL 
DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO AGRÁRIA 
 
Tema 
Avaliação da Influência dos parâmetros físico-químicos da água no 
desempenho produtivo da Tilápia nilótico em diferentes ambientes de cultivo 
(lagoa e em tanque terra) na Empresa XIHAHA Lda. em Vilanculos 
Curso: Licenciatura em Produção Animal 
 
Autor: 
Machamacha, Alberto Filipe 
 
 
Vilankulo, Maio 2014 
Temperatura 
Oxigénio Ph e Salinidade Transparência 
Alberto Filipe Machamacha 
 
 
 
Tema 
 
Avaliação da Influência dos parâmetros físico-químicos da água no 
desempenho produtivo da Tilápia nilótico em diferentes ambientes de 
cultivo (lagoa e em tanque terra) na Empresa XIHAHA Lda. em 
Vilanculos 
 
 Protocolo de culminação apresentado no 
Departamento de Produção Agrária para 
obtenção do grau de Licenciatura em 
Produção Animal. 
 
 
 Supervisora: 
 Drª: Adahi Rosales Velez 
Co-Supervisor: 
Drº: Esnaider Rodriguez 
 
 
 
 
 
UEM – ESUDER 
Vilankulo 2014 
 
 
 
 
INDICE 
Conteúdo Página 
Agradecimentos………………………………………………………………………….i 
Lista de Ilustrações de Tabelas e Gráficos ……………………………………………...ii 
Listade Ilustrações de Figuras…………………………. …………………. …………. iii 
Lista de Abreviaturas, Siglas e Símbolos………………………………………… ….iv 
Glossário……………………………………………………………………………….. .v 
Resumo……………………………………………………………………… ………....vi 
1.INTRODUÇAO………………………………………….…………………………….1 
1.1 Problema……………………………………………………………………………..3 
1.2. Justificativa…………………………………………………. ………………….…..3 
1.3. Objectivo geral……………………………………………………………………...4 
1.4. Hipóteses……………………………………………………………………………4 
2. REVISÃO BIBLIORAFICA………………………………………………………….5 
2.1. Descrição e características gerais da Tilapia nilotica……………………………….5 
2.2. Características produtivas ou zootécnicas…………………………………………..6 
2.3. Parâmetros físico-químicos da água na criação da tilápia nilótica ………………...6 
2.3.1. Físicos…………………………………………………………………………….6 
2.3.1.1. Temperatura…………………………………………………………………….6 
2.3.1.1.1. Sintomas da ocorrência de problemas com a temperatura……………………7 
2.3.2. Transparência………………………………………….………………………….8 
2.4. Químicos……………………………………………………………………………8 
2.4.1. Oxigénio…………………………………………………………………………..8 
2.4.1.2. Causas da diminuição das concentrações de oxigénio dissolvido em viveiros…9 
2.4.1.3. Sintomas da queda das concentrações de oxigénio dissolvido nos viveiros, na 
criação da tilápia nilótica……………………………………………………………....10 
2.4.1.4. Medidas de controle…...……………………………………………………….10 
2.5. Salinidade………………………………………………………………………….11 
2.6. pH (Potencial Hidrogeniônico)…………………………………………………….11 
3. METODOLOGIA……………………………………………………………………12 
3.1. Descrição da área de estudo……………………………………………………….12 
3.1.1. Clima e Solo………………………………………………………………….….12 
3.2. Matérias e Métodos………………………………………………………………..13 
 
 
3.2.1. Definição da amostra…………………………………………………………….13 
3.2.2. Técnicas de colectas de dados e métodos usados………………………………..14 
3.2.2.1. Determinação dos parâmetros…………………………………………………14 
3.2.2.2. Biometrias……………………………………………………………………...15 
3.2.2.3. Análise estatística……………………………………………………………...17 
3.2.2.4. Comparação dos resultados de parâmetros físico-químicos da Lagoa e Tanque 
terra…………………………………………………………………………………….17 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO……………………………………………………18 
4.1. Parâmetros Físico-químicos…………………………………………………….....18 
4.1.1. Temperatura……………………………………………………………………...18 
4.1.2. pH da água da lagoa e do tanque terra……………………………………….......21 
4.1.3. Oxigénio da água da lagoa…………………………………………………….....23 
4.1.4. Oxigénio no tanque……………………………………………………………....25 
4.1.5. Transparência da água do tanque terra………………………………………..... 26 
4.1.6. Salinidade da água da lagoa e tanque terra……………………………………....26 
4.2. Parâmetros Produtivos……………………………………………………………..27 
4.2.1. Comprimento ou tamanho (mm) dos peixes na lagoa……………………….......27 
4.2.2. Comprimento ou tamanho (mm) dos peixes na tanque………………………….28 
4.2.3. Comparaçao dos resultados de crescimento em comprimento, (mm) usando teste 
de t-student……………………………………………………………………………..28 
4.2.5. Peso vivo dos peixes na lagoa em gramas……………………………………….30 
4.2.6. Peso vivo dos peixes na lagoa em gramas……………...………………………..31 
4.2.7. Comparação do peso vivo obtido na lagoa assim como no tanque (gramas) 
………………………………………………………………………………………… 32 
5. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÃO……………………………………………...36 
5.1. Conclusão………………………………………………………………………….36 
5.2. Recomendações……………………………………………………………………37 
6. BIBLIOGRÁFIA…………………………………………………………………….38 
 
 
 
Declaração 
Eu Alberto Felipe Machamacha, declaro por minha honra, que o presente trabalho é fruto 
de estudo individual, em conformidade com metodologia descrita e as referências 
bibliográficas mencionadas e que não foi usado para outros propósitos, em outras instituição 
de ensino que não seja para a minha candidatura ao grau de licenciatura em Produção 
Animal. 
 
 
 
Vilanculos, aos ____ de_________________ de 2014 
 __________________________ 
 (Alberto Filipe Machamacha) 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
Aos meus pais, Filipe Machamacha e Prisca Sairosse, por existirem, pelo amor 
incondicional e 
dedicação em todos os momentos da minha vida; aos meus irmãos pelo carinho; aos meus avos 
por sempre estar ao meu lado e aos amigos pelo apoio, amor e incentivo durante esta etapa de 
minha vida. 
 
Aos meus avós, Sairrosse Mhukuta e Meguia , que de forma simples ensinaram-me que a 
pessoa é feita de carácter e atitude. 
Dedico… 
I 
 
AGRADECIMENTOS 
 
A Deus, por tudo. 
A minha supervisora, Drª: Adahi Rosales Veleze ao meu Co-Supervisor Drº Esneider pelos 
ensinamentos, conselhos, apoio, incentivo, dedicação, compreensão, amizade e colaboração 
para a realização deste trabalho. 
 
Ao Drº Alcides, pela ajuda na parte estatística do trabalho. Ao dr. Mataca a quem 
agradeço, pela ajuda, juntos na elaboração do tema. Á todos docentes da UEM-ESUDER, pela 
formação muito obrigado. 
 
Aos trabalhadores da empresa Xibaha, em especial ao Manuel Macucule e meus colegas 
Chaneta Domingos e Aguinaldo Quêco pela força e apoio no concerto das hapas, nas incansáveis 
biometrias e no arraçoamento, quando foi necessário de se dispor para alimentar os peixes, 
mesmo nos dias que não estivesse. 
Ao meu colega e irmão Zito Fulede pela amizade, força, apoio e confiança depositada em 
mim, durante a nossa vida em vilanculos. 
Aos amigos e colegas do curso de Produção Animal, em especial aos de grupo de estudo: 
Cornelio Machungo, Adelino Chambo, Macajo, Sebastiana pela agradável convivência, 
confraternizações e festas, pois sem eles a vida académica não teria graça. 
 
Ao Graciel Lobo, a Júlia, a dona Ester, a Teresa Sábado, pela amizade muito obrigado. 
 
E especialmente a Deus, que sempre deu forças para vencer os obstáculos em toda minha 
vida, principalmente na fase conclusiva deste trabalho.Enfim, agradeço a todos que encontrei nesta caminhada, mesmo que não tenha mencionado 
e de alguns nem recorde os nomes, rostos ou actos... 
 
...Todos os encontros proporcionaram mudanças em minha vida, portanto... 
Muito obrigada a todos! 
II 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
 Tabelas 
Tabela nº1:Ilustra dados da temperatura na Lagoa………………………………………………………………18 
Tabela nº 2: Ilustra dados da temperatura no tanque…………………………………………………………….20 
Tabela nº 3: ilustra dados do pH lagoa…………………………………………………………………………..21 
Tabela nº 4: Ilustra dados do pH no Tanque………………………………………………………………….....22 
Tabela nº 5: Demonstra dados de Oxigeno na Lagoa……………………………………………………………23 
Tabela nº 6: Ilustra dados de Oxigeno no tanque…………………………………………. ………………. …..25 
Tabela nº 7: Ilustra o crescimento em Comprimento ou tamanho (cm) dos peixes criados na 
lagoa………………………………………………………………………………………………………………28 
Tabela nº 8: Ilustra o crescimento em comprimento ou tamanho (cm) dos peixes criados no 
tanque……………………………………………………………………………………………………………..29 
Tabela nº 9: Ilustra a comparação dos resultados de crescimento em tamanho ou comprimento 
(mm) dos peixes em dois meios usando teste de t-student………………………………………. …. ……. …...30 
Tabela nº 10: Demonstra os resultados do peso vivo dos peixes obtidos na lagoa em gramas (g) 
usando teste de t-student………………………………………………………………………………………….31 
Tabela nº 11: Demonstra os resultados do peso vivo dos peixes obtidos no tanque em gramas (g) 
usando teste de t-student………………………………………………………………………………….............32 
Tabela nº 12: Ilustra os resultados comparativos do peso vivo obtidos em dois meios de 
Cultivo……………………………………………………………………………………………………………33 
 Gráficos 
 
Gráfico nº 1: ilustra a representação gráfica do peso vivo…………………………………………………...….34 
Gráfico nº 2: Demonstra a representação gráfica do ganho em peso dos……………………………………….35 
III 
 
 
 LISTA DE FIGURAS 
 
 
 
Figura nº1: Hapa com peixe, povoado no tanque, fotografia tirada durante o experimento……13 
 
Figura nº 2: Hapa com peixe, povoada na lagoa, fotografia tirada durante o experimento.........14 
 
Figura nº 3: Salnometro usado, durante o experimento………………………………………...15 
 
Figura nº 4: Pesagem dos peixes, para obtenção do peso vivo, fotografia tirada durante o 
experimento………………………………………………………………………………………16 
 
Figura nº 5: Medição do peixe, para a obtenção do comprimento, fotografia tirada durante o 
experimento……………………………………………………………………………………...16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IV 
 
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SIMBOLOS 
 
 
°C Graus célsius 
Cv Coeficiente da variância 
Es.Dif Erro padrão da diferença 
°/ₒₒ Partes por milhares 
Cm Centímetros 
CO2 Dióxido de carbono 
et al e colaboradores 
ESUDER Escola Superior de Desenvolvimento Rural 
g Gramas 
g/l Gramas por litros 
Kg Quilogramas 
Ltd Companhia limitada 
mg Miligramas 
mg/ml Miligramas por mililitro 
ml Mililitro 
mm Milímetro 
nº Numero 
pH Potencial hidrogenionico 
UEM Universidade Eduardo Mondlane 
sp Espécie 
 
 
 
 
 
 
V 
 
GLOSSÁRIO 
 
 
Disco de Secchi _ Instrumento usado para medir a transparência da água e termos ideia 
daquantidade de algas existentes no tanque. 
 
Fictoplacton- são pequenas algas (microscopicas) variando de 0,2 á 2000 µm, e 
fotossintetizantes que vivem na água dando-a a cor verde. 
 
Salnometro - Aparelho ou instrumento usado para avaliar a densidade de uma solução salina. 
 
 Pecilotérmico - Animais que tem a temperatura corporal de acordo com o ambiente. 
 
Lagoa - É um corpo de água com pouco fluxo, mas geralmente sem água estagnada, podendo ser 
natural ou artificial, e é usualmente menor que um lago. 
 
Viveiro - Área compreendida dentro de certos limite, próprio para criação e reprodução de 
animais ou plantas. 
 
Temperatura - É a grandeza que caracteriza o estado térmico de um corpo ou sistema. 
 
Termómetro - Aparelho ou instrumento que serve para medir ou avaliar a temperatura. 
 
Alevinos - São peixes ricem saídos do ovo, ou peixes que acabaram de deixar a fase de larva, 
exactamente quando começam a se alimentar no ambiente externo. 
 
Oxigénio Dissolvido (OD) - quantidade de oxigénio presente na água e disponível para a 
respiração dos animais aquáticos. 
 
 
 
VI 
 
 RESUMO 
 
O presente trabalho foi realizado na unidade de produção de XIBAHA_Ltd, localizada na 
localidade de Pambarra, Posto Administrativo de Mapinhane, Distrito de Vilankulo, Província de 
Inhambane, no período de Dezembro de 2012 á Março de 2013. Teve como objectivo geral 
avaliar a influência de alguns dos factores físico-químicos da água (temperatura, oxigénio, pH, 
salinidade e a transparência) no desempenho produtivo da Tilápia oreochromis nilóticus em 
diferentes ambientes de cultivo (lagoa e em Tanque-terra de lona). Para execução do projecto foi 
necessária uma população de 500 alevinos, de 60 dias de idade, sexualmente revertidos com peso 
médio inicial de 0,2 gramas (g). Os alevinos, foram monitorados numa hapa-polietilénica de 
2x4m2 num grupo de 250 indivíduos por cerca de 75 dias, no tanque assim como na lagoa. A 
alimentação era fornecida as 8, 12 e 16 horas. A quantidade de ração fornecida foi em torno de 
4% do peso vivo, sendo na obtenção do peso vivo usou se uma balança electrónica com precisão 
de 0,1g da marca Sf-400 electronic compact scale. O controlo dos parâmetros (pH, Temperatura, 
Salinidade) era realizada 2 vezes/dia, as 6h e 16h através do pH-test, termómetro de bulbo de 
mercúrio, salnometro, respectivamente. O oxigénio dissolvido foi medido através de um kit de 
oxigénio dissolvido, a cada três dias consecutivos por semana no período das 6 e16 horas, para a 
transparência da água foi usado o disco de Secchi, onde as leituras foram feitas diárias as 6 horas 
e as 16 horas somente no tanque. Durante o período experimental, a temperatura média da água 
na lagoa foi de 27.4 ºC tendo oscilado entre 23 á 32 ºC, sendo a média de 26,1ºC às 6h, e 28,8ºC 
às 16h, a média geral da temperatura no tanque foi de 27.5, sendo a média de 26,5ºC às 6h, e 
28,5ºC às 16h, para o pH, os resultados mostram média nas manhas de 7,1 e a tarde 7,5 com a 
média geral de 7,3 e ao oxigénio dissolvido (OD) registados na lagoa confere uma média nas 
manhas de 2.45 mg/l e a tarde 3.5 mg/l com a média geral de 2.75 mg/l, ao oxigénio dissolvido 
(OD) registados no tanque confere uma media nas manhas de 2.33 e a tarde 3.43 com a média 
geral de 2.88 mg/l. Em relação ao crescimento em comprimento tiveram maior valor final os 
peixes criados no tanque que variou de 53.2 mm á 113.3 mm, contra 52 mm á 96,7mm, dos 
peixes na lagoa da 1ª á 5ª biometria respectivamente. O ganho de peso final foi 20.67 gramas no 
tanque e 11.76 gramas, concluindo se que a temperatura, oxigénio e transparência foram os 
parâmetros que influenciaram negativamente no desempenho, e o melhor desempenho produtivo 
foi observado em peixes povoados no tanque terra revestido de lona. 
 
Por: Machamacha, Alberto Filipe, Licenciatura em Produção Animal, UEM-ESUDER, 2014 
1 
Avaliação da influência dos parâmetros físico-químicos da água no desempenho produtivo da Telápia 
nilótico em diferentes ambientes de cultivo (lagoa e em tanque terra) na Empresa XIBAHA Lda. em 
Vilanculos 
2014 
1. INTRODUÇÃO 
A actividade da piscicultura pode ser uma alavanca de desenvolvimentosocial e 
económico para os criadores, promovendo a criação de postos de trabalhos gerando 
empregos directos e indirectos e pela relação harmónica com outras actividades 
(INAQUA, 2011). 
Pode também, aumentar a produção de alimentos de alto valor nutritivo a partir da 
agregação de diferentes resíduos agro-pecuários, como ração na aquacultura, além de 
proporcionar ao piscicultor rentabilidade, com ganhos para a economia regional e 
qualidade de vida para a sociedade (INAQUA, 2011). 
A piscicultura é uma actividade de extrema importância económica quando 
acompanhada de conhecimentos tecnológicos e científicos sobre o controlo de 
parâmetros físico-químicos (pH, O2, Temperatura, Salinidade, e a Transparência) da 
água por onde o peixe se encontra a desenvolver (DE OLIVEIRA, 2011). 
Avaliar e monitorar os parâmetros físico-químicos é fundamental para o êxito da 
actividade piscícola em qualquer sistema de produção de peixes, evitando muitas vezes 
a ocorrência de grandes prejuízos por desequilíbrios no meio onde vivem os peixes 
(HEIN, 2006). 
 Entretanto, a importância de cada parâmetro, o método de determinação e a 
frequência do monitoramento dependem do sistema de produção e da espécie a ser 
cultivada (SILVA et al., 2007). 
As oscilações nos diversos parâmetros imunológicos dos viveiros de piscicultura 
definem, em linhas gerais, as condições da qualidade da água para a produção do 
plâncton, interferindo na capacidade de produção, bem como na qualidade dos 
organismos produzidos (DO CARMO et al., 2007). 
Portanto, os desempenhos óptimos em tilapicultura vão variar conforme o estágio 
de cultivo, qualidade e quantidade do alimento, características biológicas da espécie e 
características físico-químicas do meio aquático, entre outros associados às boas 
práticas de maneio (FILHO, 2008). 
 
De acordo com HENDERSON (2006), “citado” por AMANCIO, (2011) as taxas 
de crescimento apresentadas por uma espécie podem variar consideravelmente entre 
habitats. Os peixes, para expressarem seu máximo crescimento, possuem zona de 
conforto para temperatura, salinidade, oxigénio, pH, e outros parâmetros. 
 
Por: Machamacha, Alberto Filipe, Licenciatura em Produção Animal, UEM-ESUDER, 2014 
2 
Avaliação da influência dos parâmetros físico-químicos da água no desempenho produtivo da Telápia 
nilótico em diferentes ambientes de cultivo (lagoa e em tanque terra) na Empresa XIBAHA Lda. em 
Vilanculos 
2014 
 
Além dos parâmetros de qualidade da água e ambiente de criação, o valor 
nutricional da ração também pode afectar o desempenho dos peixes (AMANCIO, 2011) 
É nesta vertente que o presente trabalho visa avaliar a influência dos parâmetros 
físico-químicos da água no desempenho produtivo da Tilápia (Oreochromis niloticus), 
em diferentes ambientes de cultivo (lagoa e em tanque terra) a fim de racionalizar o seu 
controlo em meios de cultivos sobre a criação da espécie e evitando assim fraco 
desempenho, consequentemente maior perca económica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por: Machamacha, Alberto Filipe, Licenciatura em Produção Animal, UEM-ESUDER, 2014 
3 
Avaliação da influência dos parâmetros físico-químicos da água no desempenho produtivo da Telápia 
nilótico em diferentes ambientes de cultivo (lagoa e em tanque terra) na Empresa XIBAHA Lda. em 
Vilanculos 
2014 
1.1 Problema 
Os parâmetros físico-químicos da água têm uma influência directa na criação do 
peixe em geral, sendo que estes influenciam na sobrevivência, crescimento e actuam no 
consumo do alimento predisponente e disponibilizado posteriormente (DE OLIVEIRA, 
2011). 
O desenvolvimento da aquacultura em Moçambique tem sido lento ao longo dos 
anos. Este facto é atribuído a uma série de constrangimentos relacionados com a 
incapacidade dos piscicultores em monitorar os parâmetros físico-químicos da água, 
maneio dos meios de cultivo, associado a fraca coordenação intersectorial, resultando 
em fraco desempenho produtivo (INAQUA, 2011). O desenvolvimento da Tilápia 
depende muito do ambiente de cultivo, visto que influencia no desempenho produtivo 
da tilapiacultura. Nesta vertente torna-se imprescindível e indispensável a avaliação dos 
parâmetros supra citados com vista a saber até que nível os mesmos influenciam no 
desempenho produtivo da espécie. 
1.2. Justificativa 
As condições inadequadas de maneio e monitoramento dos parâmetros da água 
resultam em prejuízos ao crescimento, reprodução, saúde, sobrevivência e qualidade dos 
peixes comprometendo o sucesso dos sistemas de produção. Á nível Mundial, nos 
países em via de desenvolvimento a actividade piscícola vem-se aumentando a sua 
prática a e em particular Moçambique, mas a população têm praticado de uma forma 
empírica o que não lhes faculta em rendimento e ganhos consideráveis, resumindo-se o 
fenómeno na falta de conhecimentos relacionados com vários factores dentre os quais 
merece referir os parâmetros físico-químicos que são preponderantes no desempenho de 
qualquer recurso pesqueiro. Por isso, monitorar os parâmetros físico-químicos da água 
nos meios de cultivos é de estrema importância para produzir peixes em quantidade e 
qualidade. Neste âmbito surge a necessidade da avaliação destes parâmetros em 
diferentes ambientes de cultivo de forma a ajudar aos piscicultores, a par da 
implementação da actividade com recursos predisponentes e uma vez determinados, 
analisados e comparados os parâmetros supracitados em conformidade com o ambiente 
ideal, sustentável e económico para o melhor desempenho da Tilápia nilótica. 
 
Por: Machamacha, Alberto Filipe, Licenciatura em Produção Animal, UEM-ESUDER, 2014 
4 
Avaliação da influência dos parâmetros físico-químicos da água no desempenho produtivo da Telápia 
nilótico em diferentes ambientes de cultivo (lagoa e em tanque terra) na Empresa XIBAHA Lda. em 
Vilanculos 
2014 
1.3.Objectivo geral 
 Avaliar a influência dos parâmetros físico-químicos da água (temperatura, oxigénio, 
pH, salinidade e a transparência) no desempenho produtivo da Tilápia oreochromis 
nilóticus em diferentes ambientes de cultivo (lagoa e em Tanque terra) na Empesa 
XIBAHA Lda Vilanculos. 
 
1.3.1. Objectivos específicos: 
 
 Determinar os parâmetros físico-químicos (temperatura, oxigénio, pH, salinidade e a 
transparência) dos ambientes de cultivo da Tilápia Oreochromis nilóticus na 
Empresa XIBAHA Lda (lagoa e tanque terra). 
 
 Analisar a influência dos parâmetros físico-químicos da água no desempenho 
produtivo da Tilápia Oreochromis nilóticus. 
 
 Comparar os parâmetros físico-químicos da lagoa e tanque terra. 
 1.4. Hipóteses 
 
1.4.1. Ho: Com conhecimento do controlo adequado dos parâmetros físico-químicos a 
serem analisados neste trabalho, na produção de tilápia nilótica em tanque- terra, supõe 
se colher os melhores resultados produtivos com os obtidos na lagoa, na Empresa 
XIBAHA Lda. 
1.4.2. Ha: Com conhecimento do controlo adequado dos parâmetros físico-químicos a 
serem analisados neste trabalho, na produção de tilápia nilótica em tanque- terra, que 
não haja diferença nos resultados produtivos com os obtidos na lagoa, na Empresa 
XIBAHA Lda. 
 
 
 
 
 
 
Por: Machamacha, Alberto Filipe, Licenciatura em Produção Animal, UEM-ESUDER, 2014 
5 
Avaliação da influência dos parâmetros físico-químicos da água no desempenho produtivo da Telápia 
nilótico em diferentes ambientes de cultivo (lagoa e em tanque terra) na Empresa XIBAHA Lda. em 
Vilanculos 
2014 
 
2. REVISÃO BIBLIOGRAFICA 
 
O avanço da tilapicultura no mundo inteiro está levando a uma intensificaçãodos 
cultivos, provocado principalmente pela maior procura pelo pescado, devido à qualidade 
saudável dessa carne e pela diminuição das custosas capturas marinhas (ANDREO et 
al., 2011). 
 
O sucesso da piscicultura está directamente relacionado com as propriedades 
físico-químicas do solo e da água onde está instalada. O efeito da qualidade da água na 
fisiologia dos peixes pode variar consideravelmente em função da espécie, do tamanho 
e da idade (MORI, 2012). 
 
Para se obter boa produção e garantir a saúde dos peixes, é preciso a manutenção 
de padrões adequados de qualidade da água e dos alimentos fornecidos aos peixes, para 
se evitar prejuízos financeiros (MORI, 2012). 
 
O desempenho produtivo pode variar devido a densidades diferentes, maneio 
alimentar e qualidade de água, valor nutricional da ração utilizada (TENÓRIO, 2004). 
O crescimento sofre variações decorrentes de factores intrínsecos (genética) e 
extrínsecos (decorrentes do ambiente) que proporcionam variações entre as fases da 
vida do animal e são medidos pelo peso e ganhos de peso nessas diferentes fases, 
baseado na multiplicação celular (hiperplasia) e no aumento do volume das células 
(hipertrofia) (OLIVEIRA, 2013). 
 
A compreensão dos processos envolvidos no crescimento, como mudanças de 
tamanho, forma e composição corporal dos peixes é fundamental para todos os aspectos 
da produção e as alterações dinâmicas que ocorrem no animal, conforme seu 
crescimento são bastante complexas (OLIVEIRA, 2013). 
2.1. Descrição e características gerais da Tilápia nilótica 
 
Tilápia é a denominação comum dada a uma variedade de espécies de peixes 
ciclídeos de origem africanos da família Cichlidae, com quatro espécies que se 
 
Por: Machamacha, Alberto Filipe, Licenciatura em Produção Animal, UEM-ESUDER, 2014 
6 
Avaliação da influência dos parâmetros físico-químicos da água no desempenho produtivo da Telápia 
nilótico em diferentes ambientes de cultivo (lagoa e em tanque terra) na Empresa XIBAHA Lda. em 
Vilanculos 
2014 
destacam na aquicultura mundial: a tilápia-do-Nilo (Oreochromis niloticus), a tilápia-
do-Moçambique (Oreochromis mossambicus), a tilápia-azul (Oreochromis aureus) e a 
tilápia-de-Zamzibar (Oreochromis urolepis hornorum) (HEIN, 2006; MASSAGO, 
2007; DE SOUSA, 2010; NAKANDAKAREV, 2010). 
 
2.2. Características produtivas ou zootécnicas 
 
É uma das espécies mais indicadas para a criação intensiva devido a sua alta e 
rápida taxa de crescimento, flexibilidade às mudanças ambientais, fácil reprodução e 
rusticidade, (DE SOUSA, 2010; WAMBACH, 2013). 
É conhecida também e considerada como um peixe magro pois apresenta 1,0 a 
2,0g de gordura, o que favorece seu processamento, tal como, salga, secagem e 
congelamento, além de possuir carne branca de textura firme e ausência de espinhos em 
“Y” (DE SOUSA, 2010). 
 
Outra característica é o hábito alimentar omnívoro, alimenta-se de algas, plantas 
aquáticas, pequenos invertebrados e detritos de matéria orgânica. De forma geral, pode 
ser considerada espécie oportunista, pois consome alguns ou todos os alimentos 
disponíveis (OLIVEIRA, 2010; MELO, 2012). 
 
É tolerante a condições ambientais adversas, como baixo oxigénio dissolvido (1 
mg/L), altos níveis de amónia tóxica (até 3,4 mg/L), pH entre 5 e 11 e faixa de 
temperatura ideal entre 27 e 32ºC (OLIVEIRA, 2010). 
2.3. Parâmetros físico-químicos da água na criação da Tilápia nilótica 
2.3.1.Físicos 
2.3.1.1.Temperatura 
 
Os peixes são animais pecilotérmicos, e quando a temperatura da água vária, todo 
metabolismo dos peixes é afectado, sendo que a cada 10°C de aumento da temperatura 
da água, o consumo de oxigénio dobra. Quando a temperatura cai, os peixes deixam de 
comer e diminuem bastante o seu ritmo biológico (DE MACÊDO, 2007; SCHUH, 
2002). 
 
 
Por: Machamacha, Alberto Filipe, Licenciatura em Produção Animal, UEM-ESUDER, 2014 
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Avaliação da influência dos parâmetros físico-químicos da água no desempenho produtivo da Telápia 
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Vilanculos 
2014 
A faixa ideal de temperatura para criação de tilápias é de 27 á 32ºC sendo que as 
tilápias reduzem rapidamente o consumo de ração em temperatura abaixo de 20 ºC e 
param de se alimentar em aproximadamente 16 ºC, enquanto severas mortalidades 
ocorrem em 12 ºC (PEREIRA, 2012). 
 
 A temperatura influência no metabolismo, na multiplicação, igualmente tem 
influência sobre o teor em oxigénio dissolvido e, por consequência, sobre a respiração 
dos peixes, dada a oxigenação da água depender de vários factores (DE MELO, 2009). 
 
O viveiro é um sistema biológico e por esta razão está directamente ligado às 
variações da temperatura da água. É a temperatura que determina a intensidade do 
metabolismo dos organismos vivos no viveiro (DE MELO, 2009; DE AZEVEDO, 
2012). 
2.3.1.1.1. Sintomas da ocorrência de problemas com a temperatura 
 
Segundo PEREIRA & SILVA 2012 são principais sintomas da ocorrência de 
problemas com a temperatura os seguintes: 
 Perda de apetite (peixes param de comer de uma hora para outra); 
 Perda do equilíbrio; 
 Mortalidade aguda (rápida, afectando a maior parte da população). 
 
2.4.1.1.2. Medidas de controlo 
De acordo com OSTRENSKY& BOEGER (1998) é muito difícil controlar a 
temperatura da água dos viveiros, porque eles estão a céu aberto, expostos às variações 
climáticas, e haveria a necessidade de controlar-se grandes volumes de água, medida a 
ser adoptada para minimizar o problema é usar aeradores para acabar com a 
estratificação térmica (águas com diferentes temperaturas nos viveiros). 
 
De acordo com PEREIRA & SILVA (2012) controlar a taxa de renovação 
conforme a necessidade, aumentando a taxa de renovação se for necessário diminuir a 
temperatura, ou diminuindo essa taxa, caso seja preciso elevar a temperatura (partindo 
do princípio de que a temperatura da água que entra é menor do que a da água que já 
está dentro do ambiente de cultivo). 
 
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2.3.2. Transparência 
A transparência indica a qualidade da água em relação a presença do fictoplacton, 
onde a diminuição da transparência é devida a abundância de plâncton isto é a água é 
muito rica e a sua produtividade tende para o máximo (DE AGUIAR & SILVA, 2005). 
 
Se a transparência esta reduzida, a luz penetra poucos centímetros na coluna de 
água, não provendo condições para o desenvolvimento do fitoplâncton, ligado 
directamente à produção de oxigénio (DE AZEVEDO, 2012) 
 
 No entanto, as matérias orgânicas em suspensão, podem igualmente aumentar a 
turbídez e, neste caso, não só a luz penetra dificilmente na água como, ainda, as 
partículas em flutuação podem acumular-se nas brânquias originando, por asfixia, a 
morte dos peixes (DE AGUIAR & SILVA, 2005). 
2.4. Químicos 
2.4.1. Oxigénio 
A quantidade de oxigénio disponível na água é que determina a capacidade do 
viveiro em manter equilibrado (vivo) os peixes e os demais organismos. O oxigénio 
produzido e acumulado no viveiro durante o dia é consumido durante a noite (DE 
AGUIAR & SILVA, 2005). 
O Oxigénio é um dos componentes da água que mais varia durante o dia, sendo 
que para um bom desenvolvimento das Tilápias, são requeridos níveis mínimos de 2 
mg/l, sendo o ideal acima de 5 mg/l. A influência negativa podeadvir do porte de 
material inorgânico, exógeno que pode causar irritação e afectar a respiração branquial 
(CORREA et al., 2008). 
 
O oxigénio dissolve-se na água, daí o termo "oxigénio dissolvido". O ar que 
respiramos contém 20 por cento de oxigénio, mas apenas uma pequena fracção desse 
oxigénio pode ser retida pela água. Tanto que as concentrações de oxigénio dissolvido 
precisam ser medidas em partes por milhão ou mg/l (ALMEIDA, et al., 2011). 
 
O oxigénio dissolvido (mg/l) é o mais vital dos elementos necessários para a vida 
dos peixes e de qualquer organismo que respire nos viveiros (insectos, plâncton, 
 
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bactérias, plantas aquáticas). Sua concentração na água cai sempre que o consumo 
supera a produção (BACCARIN, 2002). 
 
O fitoplâncton tem um papel muito importante na produção de oxigénio, mas ele 
depende da luz para realizar a fotossíntese e produzir oxigénio. Com isso, as 
concentrações tendem a atingir seus valores máximos no período da tarde e mínimos 
durante a madrugada (FERREIRA, 2007). 
 
Quanto maior for a temperatura, menor será a quantidade de oxigénio que poderá 
ser dissolvido nela. Por isso, os problemas de falta de oxigénio ocorrerem com maior 
intensidade nos meses mais quentes do ano (ALAOR, 2006) 
2.4.1.2. Causas da diminuição das concentrações de oxigénio dissolvido em viveiros 
 
Segundo ALMEIDA et al., (2011) consideram principais causas da diminuição de 
oxigénio as seguintes: 
 Morte rápida de grandes quantidades do fitoplâncton existente no viveiro: ao 
morrer, o fitoplâncton será decomposto, num processo que consome grandes 
quantidades do oxigénio disponível na água; 
 Céu encoberto com dias sem vento ou longo período chuvoso havendo excesso de 
fitoplâncton nos viveiros: nesse caso, o fitoplâncton pára de produzir oxigénio e 
passa apenas a consumir, competindo com os peixes pelo oxigénio dissolvido; 
 Chuvas ou ventos fortes: nessas condições, a movimentação da água pode 
resplender a matéria orgânica que está depositada no fundo dos viveiros. Na coluna 
da água, parte do oxigénio dissolvido seria gasto na oxidação dessa matéria 
orgânica; 
 
De acordo com ANDREO et al., (2011) consideram também causas principais da 
diminuição de oxigénio: 
 Falha nos equipamentos de aeração: quando se coloca mais peixes por metro 
quadrado do que o ambiente comportaria naturalmente, há a necessidade de aeração 
dos viveiros; 
 
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 Excesso de alimento ou de fertilizantes orgânicos: todos esses compostos, inclusive 
a ração, são materiais de origem orgânica, ou seja, após colocados nos viveiros seus 
excessos serão decompostos e consumirão parte do oxigénio dissolvido. 
2.4.1.3. Sintomas da queda das concentrações de oxigénio dissolvido nos viveiros, 
na criação da Tilápia nilótica 
Os peixes param de alimentar-se; mudança na coloração da água, que passa de 
verde para castanho; peixes abrindo e fechando a boca na superfície e quando 
perturbados afundam mas logo retomam à superfície; peixes concentrados próximos à 
entrada de água do viveiro; peixes na superfície nas primeiras horas da manhã, mas nas 
áreas mais fundas do viveiro à tarde (DE AZEVEDO, 2012) 
 
2.4.1.4. Medidas de control 
 
Maneio adequado dos viveiros; suspensão da alimentação e da fertilização: 
quando encontrar indícios de que possam ocorrer problemas de falta de oxigénio, 
renova-se intensamente a água, cerca de 75 % (PAGGI, 2006). 
 
Infelizmente, devido a falhas na montagem dos projectos, grande parte dos 
produtores não tem água suficiente para lançar mão desse recurso. A renovação da água 
deve ser feita retirando-se a água pelo fundo e acrescentando-se água nova pela 
superfície (PAGGI, 2006). 
2.5. Salinidade 
Quanto a Salinidade as Telápias são eurialinas, ou seja, conseguem se adaptar a 
diferentes condições de salinidade. O sal comum amplamente usado em cultivo de 
peixes de água doce para reduzir a diferença osmótica entre o plasma do peixe e o 
ambiente, para impedir o stress de maneio e de transporte e algumas doenças, mas seu 
efeito sobre o crescimento é desconhecido (DE LOUVOR, 2008). 
Em água doce, os peixes lidam com uma rede de ganho de água e uma rede de 
perda de iões para o diluído meio externo ou de viver, o que lhe leva a excretar grande 
quantidade de urina diluída para eliminar o excesso de água e compensar a perda de iões 
pelas guerlas. A salinidade afecta a fisiologia osmoregulatoria e ionorrregulatoria dos 
peixes (DE LOUVOR, 2008; IGARASHI, 2009). 
 
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A salinidade interfere no crescimento, pois os peixes gastam energia para 
osmorregulação, devidos as diferentes concentrações osmóticas e iónicas entre o plasma 
do peixe e as do ambiente (HEIN, 2006). 
2.6. pH (Potencial hidrogeniónico) 
 
O pH (Potencial hidrogeniónico), actua directamente nos processos de 
permeabilidade da membrana celular, interferindo no transporte iónico intra-celular e 
extra-celular e entre organismos e o meio (DE AZEVEDO, 2012). 
Em linhas gerais, o pH é um parâmetro que está relacionado com a concentração 
de iões hidrogénio (H+) na água. Essa concentração é medida em unidades de pH, 
variando de zero até 14. Um valor de pH 7 significa que a água é neutra, enquanto com 
um valor pH abaixo de 7 é ácida e acima de 7 é básica (alcalina) (DO CARMO, 2007). 
 
O pH é importante porque quase todas as reacções ou fenómenos químicos que 
acontecem na água e também no interior das células dos seres vivos são influenciados 
pelo pH (CARRERA, 2010). 
 
Valores extremos podem danificar a superfície das brânquias, levando os peixes a 
morte, a oscilação diária do pH é regulada pela concentração de CO2 e proporcionando 
os peixes a diminuição de visibilidade (KUBITZA, 2009). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. METODOLOGIA 
3.1. Descrição da área de estudo 
 
O distrito de Vilankulos fica situado á norte da província de Inhambane, tendo 
como limites á norte o distrito de Inhassouro, á sul o distrito da Massinga, á oeste com 
os distritos de Mabote e Funhalouro e a este com o Oceano Índico. Conta com uma 
superfície de 5.867 km
2
 e uma população de 113.710 habitantes, o distrito de 
Vilankulos têm uma densidade populacional de 23,1 hat/km
2
 (MAE, 2005). 
3.1.1. Clima e Solo 
 
O clima é dominado por zonas do tipo tropical seco, no interior, e húmido, à 
medida que se vai em direcção a costa, com duas estações: a quente e a chuvosa que vai 
de Outubro a Março e a fresca de Abril a Setembro.O distrito apresenta temperaturas 
médias de 18 a 38ºC, com precipitação média anual (entre Outubro a Março) de 1500 
mm com maior incidência nos meses de Fevereiro e Março (MAE, 2005). A zona litoral 
possui solos acidentados e permeáveis que é favorável a prática da agricultura e a 
pecuária (MAE, 2005). 
 
O estudo foi realizado na empresa XIBAHA –Lda, localizada no circulo de 
Sumburane, na localidade de Pambarra, Posto Administrativo de Mapinhane, que dista a 
cerca de 45 km da vila sede do distrito. Tendo decorrido no período de Dezembro de 
2012 á Março de 2013. È uma empresa vocacionada na produção de alevinos para 
fornecimento a nível Nacional, também produz ração para peixes e recentemente com 
novos projectos no sector da engorda de peixes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3.2. Matérias e Métodos 
3.2.1. Definição da amostra 
 
Para execução do trabalho foi necessário uma população de 500 alevinos, de 60 
dias de idade, sexualmente revertidos com peso médio inicial de 0,2 gramas que foram 
povoados na lagoa e tanque-terra, divididos em 250 para tanque-terra e 250 para a 
lagoa, sendo povoados numa hapa-polietilénica de 2x4m
2
 nos dois meios. Antes do 
povoamento com alevinos de tilápia, procedeu-se à limpeza no tanque-terra de lona para 
o controle da qualidade da água. 
 
Figura nº1: Hapa no tanque com peixe povoado, fotografia tirada durante o 
experimento. 
 
 
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Figura nº 2:Hapa na lagoa com peixe povoada, fotografia tirada durante o 
experimento. 
3.2.2.Técnicas de colectas de dados e métodos usados 
3.2.2.1. Determinação dos parâmetros 
 
Os dados dos parâmetros físico-químicos (pH, Temperatura, Salinidade) foram 
determinados através de pH-test, termómetro de bulbo de mercúrio e salnometro, 
respectivamente, sendo 2 vezes/dia as 6h e 16h. O oxigénio dissolvido foi medido 
através de um kit de oxigénio dissolvido, a cada três dias consecutivos por semana no 
período das 6 e das 16 horas. No final foi calculada a média de cada parâmetro que foi 
usada na comparação com a média referenciada na revisão bibliográfica. Para a 
transparência da água foi usado o disco de Secchi, onde as leituras foram feitas diárias 
as 6 horas e as 16 horas somente no tanque. 
 
 
 
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Figura nº 3: salnometro usado, durante o experimento. 
3.2.2.2. Biometria 
Trata-se da medição do peso (g) e do comprimento (cm) do peixe. Para tal o 
processo foi quinzenal, com uma escolha aleatória da amostra em 10% do Universo, o 
que corresponde a 25 peixes dos 250 do Universo, acompanhado com o registo de todas 
variáveis que forem obtidas através da cinta métrica e balança electrónica para a 
posterior avaliação. Os peixes das amostras foram pesados individualmente numa 
balança electrónica de precisão de 0,1 g da marca Sf-400 electronic compact scale, após 
a pesagem as tilápias eram colocados aos seus respectivos meios de cultivo. Com o 
registo dos dados das pesagens foram calculados a média dos pesos de cada tratamento 
para ajustar a taxa de alimentação a ser oferecida. 
Para a determinação dos parâmetros de crescimento ou produtivos (as taxas de 
crescimento em peso e comprimento, assim como o incremento em peso) relativo 
quinzenal da biomassa para cada peixe e sistema de criação, desde a primeira até a 
vigésima semana de idade foram processados mediante pacote estatístico. 
 
 
 
 
 
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Figura nº 4: Pesagem dos peixes para obtenção do peso vivo, fotografia tirada 
durante o experimento. 
 
 
Figura nº 5: Medição do peixe para a obtenção do comprimento, fotografia tirada 
durante o experimento. 
 
 
 
 
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3.2.2.3. Análise estatística 
A análise de variância (ANOVA), complementada pelo teste de t-student, ao nível 
de probabilidade de 5%, foi aplicada para comparar os efeitos sobre o crescimento em 
peso e comprimento, conversão alimentar (CORREIA et al., 2008). 
 
E para os gráficos usou se STATGRAPHICS XV. Também foi usado modelo 
matemático de crescimento desenvolvido pelo LEHMANN (1979), disponível em 
programa computacional e cujas equações principais são apresentadas em anexo. 
 
A partir dos parâmetros de crescimento calculados, foram desenvolvidas as curvas 
de crescimento, com respeito ao peso vivo e o ganho diário de peso vivo para cada 
peixe nos sistemas de criação estudados. 
3.2.2.4. Comparação dos resultados de parâmetros físico-químicos da lagoa e 
tanque terra 
 
Após o cálculo da média de cada parâmetro foram comparadas as médias dos 
resultados obtidos do experimento, com o padrão estabelecido pela literatura e 
analisados pela leitura das mesmas em conformidade com o comportamento do peixe 
em relação a cada ambiente de cultivo, em seguida fez-se a comparação e interpretação 
para com desempenho da espécie com vista a restabelecer o ambiente ideal e sustentável 
usando o mesmo sistema computacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4.RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Os resultados dos parâmetros analisados foram obtidos através da média 
quinzenal dos valores colectados. 
4.1.Parâmetros Físico-químicos 
4.1.1.Temperatura 
Durante o período experimental, a temperatura média geral da água na lagoa foi 
de 27,4 ºC tendo oscilado entre 23 á 32 ºC, sendo a média de 26,1ºC às 6h, e 28,8ºC às 
16h conforme mostra a tabela 1 abaixo, oscilando se do início ao final do experimento 
no período de manha. 
Tabela nº1: Ilustra dados da temperatura na Lagoa 
Semana Hora N 
𝒙 , 
˚C 
DP, 
mm 
CV, 
% Min Max Amplitude 
1 
6:00 7 26.00 ±1.41 5.44 24.00 28.00 4.00 
16:00 7 28.14 ±1.06 3.79 26.00 29.00 3.00 
2 
6:00 7 27.50 ±1.44 5.25 26.00 30.00 4.00 
16:00 7 29.21 ±1.14 3.93 28.00 31.00 3.00 
3 
6:00 7 25.28 ±1.35 5.34 23.00 26.50 3.50 
16:00 7 27.71 ±1.70 6.14 25.00 29.00 4.00 
4 
6:00 7 25.71 ±0.75 2.94 25.00 27.002.00 
16:00 7 27.14 ±0.74 2.75 26.00 28.00 2.00 
5 
6:00 7 26.78 ±1.47 5.48 25.00 29.00 4.00 
16:00 7 28.57 ±2.04 7.17 26.00 32.50 6.50 
6 
6:00 7 25.85 ±1.49 5.77 24.00 28.50 4.50 
16:00 7 27.57 ±1.45 5.27 24.50 28.50 4.00 
7 
6:00 7 25.00 ±1.53 6.11 24.00 28.00 4.00 
16:00 7 27.00 ±1.29 4.78 25.00 29.00 4.00 
8 
6:00 7 26.14 ±1.34 5.14 24.00 28.00 4.00 
16:00 7 27.85 ±1.34 4.83 26.00 30.00 4.00 
9 
6:00 7 26.14 ±.34 5.14 24.00 28.00 4.00 
16:00 7 27.14 ±1.34 4.95 25.00 29.00 4.00 
10 
6:00 7 27.14 ±0.75 2.75 26.00 28.00 2.00 
16:00 7 27.92 ±1.54 5.51 26.00 30.00 4.00 
 
 
 
Pode-se considerar que a temperatura manteve-se, durante a maior parte do 
experimento, dentro dos níveis de conforto para a espécie em cultivo, com excepção no 
período de manha a temperatura média influenciou os resultados ou seja os peixes 
 
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ficaram abaixo da zona de conforto térmico durante as manhas e nas tardes, com uma 
oscilação de 2 á 4 ºC proporcionando o consumo reduzido de alimento, 
consequentemente reduzindo assim o ganho de peso. 
 
MEDRI et al., (1998), em seu estudo, relata, que a espécie em estudo cresce 
melhor na faixa de temperatura de 27ºC a 32ºC, sendo a temperatura da água na faixa de 
30ºC é a que possibilita o máximo desenvolvimento e a maior eficiência metabólica 
para Tilápia. 
 
Estes autores enfatizam que, a temperatura é o principal factor extrínseco que 
influência o crescimento dos peixes e afecta a variação intra-específica de taxas de 
crescimentos dos peixes tende a seguir o ciclo das estações do ano, sendo mais rápido 
no verão e mais lento no inverno. 
De acordo com (DUARTE, 2011) os processos físicos e químicos que ocorrem na 
água estão intimamente ligados, não podendo ser vistos como processos independentes, 
uma vez que na água seus efeitos actuam dinamicamente interferindo nas concentrações 
e formas que as substâncias apresentam. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela nº 2: Ilustra dados da temperatura no tanque 
Semana Hora N 
𝒙 , 
mm 
DP, 
mm 
CV, 
% Min Max Amplitude 
1 
6:00 7 27.14 ±0.89 3.31 26.00 28.00 2.00 
16:00 7 30.00 ±1.52 5.09 28.00 32.00 4.00 
2 
6:00 7 28.21 ±1.07 3.80 27.00 30.00 3.00 
16:00 7 29.57 ±0.78 2.66 29.00 31.00 2.00 
3 
6:00 7 26.14 ±1.57 6.01 24.00 28.00 4.00 
16:00 7 27.71 ±2.06 7.42 25.00 31.00 6.00 
4 
6:00 7 26.14 ±0.69 2.63 25.00 27.00 2.00 
16:00 7 27.50 ±1.04 3.78 26.00 29.00 3.00 
5 
6:00 7 27.00 ±1.32 4.89 25.00 29.00 4.00 
16:00 7 29.14 ±1.62 5.57 27.00 32.00 5.00 
6 
6:00 7 26.42 ±1.69 6.41 24.50 29.00 4.50 
16:00 7 27.64 ±1.40 5.08 25.00 29.50 4.50 
7 
6:00 7 25.42 ±1.81 7.12 24.00 28.00 4.00 
16:00 7 27.14 ±1.34 4.95 25.00 29.00 4.00 
8 
6:00 7 25.85 ±1.34 5.20 24.00 28.00 4.00 
16:00 7 28.42 ±1.13 3.98 27.00 30.00 3.00 
9 
6:00 7 26.57 ±1.39 5.25 24.00 28.00 4.00 
16:00 7 28.71 ±2.05 7.16 26.00 32.00 6.00 
10 
6:00 7 26.28 ±1.79 6.84 24.00 29.00 5.00 
16:00 7 28.85 ±1.77 6.14 27.00 32.00 5.00 
 
Em relação, à temperatura no tanque a média geral foi de 27.5, sendo a média de 
26,5ºC às 6h, e 28,5ºC às 16h conforme mostra a Tabela 2. Pode-se considerar que a 
temperatura manteve-se, durante a maior parte do experimento, dentro dos níveis de 
conforto para a espécie. Conforme ilustra tabela 2 durante o período de cultivo no 
tanque não tiveram grandes oscilações devidos à renovação de água. 
 
Esta amplitude de variação (2 ºC) é adequada para o crescimento dos peixes e 
favorável de todas as actividades metabólicas que pudessem ocorrer neste ambiente 
(CARREIA et al., 2008) 
De acordo com CAMPECHE (2011), nas Tilápias a sua temperatura interna é 
regulada pela temperatura do ambiente, que tem profundo efeito soubre o crescimento, 
taxa de alimentação e metabolismo. 
 
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21 
Avaliação da influência dos parâmetros físico-químicos da água no desempenho produtivo da Telápia 
nilótico em diferentes ambientes de cultivo (lagoa e em tanque terra) na Empresa XIBAHA Lda. em 
Vilanculos 
2014 
A temperatura, provavelmente, poderá ter influenciado positivamente no 
desempenho produtivo dos peixes, povoados neste meio pois é um dos factores que 
directamente influência no teor de oxigénio dissolvido. 
4.1.2. pH da água da lagoa e do tanque terra 
 
Tabela nº 3: ilustra dados do pH lagoa 
Semana Hora N 𝒙 DP 
CV, 
% Min Max Amplitude 
1 
6:00 7 7.07 ±0.35 4.88 6.50 7.50 1.00 
16:00 7 7.71 ±0.40 5.15 7.00 8.10 1.10 
2 
6:00 7 7.79 ±0.39 5.05 7.00 8.00 1.00 
16:00 7 8.14 ±0.94 11.60 7.00 9.50 2.50 
3 
6:00 7 7.29 ±0.27 3.67 7.00 7.50 0.50 
16:00 7 7.50 ±0.41 5.44 7.00 8.00 1.00 
4 
6:00 7 7.29 ±0.27 3.67 7.00 7.50 0.50 
16:00 7 7.64 ±0.38 4.95 7.00 8.00 1.00 
5 
6:00 7 7.00 ±0.29 4.12 6.50 7.50 1.00 
16:00 7 7.50 ±0.41 5.44 7.00 8.00 1.00 
6 
6:00 7 7.00 ±0.29 4.12 6.50 7.50 1.00 
16:00 7 7.36 ±0.48 6.46 7.00 8.00 1.00 
7 
6:00 7 6.93 ±0.35 4.98 6.50 7.50 1.00 
16:00 7 7.29 ±0.39 5.40 7.00 8.00 1.00 
8 
6:00 7 7.29 ±0.39 5.40 7.00 8.00 1.00 
16:00 7 7.50 ±0.50 6.67 7.00 8.00 1.00 
9 
6:00 7 7.14 ±0.38 5.29 6.50 7.50 1.00 
16:00 7 7.43 ±0.61 8.18 7.00 8.50 1.50 
10 
6:00 7 7.14 ±0.38 5.29 6.50 7.50 1.00 
16:00 7 7.36 
± 
0.48 6.46 7.00 8.00 1.00 
 
Dado referente ao pH registado na lagoa segundo a tabela acima confere uma 
média nas manhas de 7,1 e a tarde 7,5, com a média geral de 7,3 o que significa que 
houve pouca variação, ou seja considerada boa para viveiros de piscicultura. 
 
O potencial hidrogeniónico, da água indica o grau de acidez, na escala que varia 
de 0 á 6.9, referindo a ácido, 7 ou neutro e alcalino ou base 7-14, sendo para obtenção 
de melhores resultados de engorda dos peixes a faixa de 6.5 á 8.5. 
 
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22 
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nilótico em diferentes ambientes de cultivo (lagoa e em tanque terra) na Empresa XIBAHA Lda. em 
Vilanculos 
2014 
Pode-se considerar que a pH manteve-se, durante a maior parte do experimento, 
dentro dos níveis de conforto para a espécie, mesmo com pequenas oscilações desta 
variável, os resultados permaneceram dentro da faixa ideal. 
Tabela nº 4: Ilustra dados do pH no Tanque 
Semana Hora N 𝒙 DP CV,% Min Max Amplitude 
1 
6:00 7 7.29 ±0.27 3.67 7.00 7.50 0.50 
16:00 7 7.21 
 
±0.27 3.70 7.00 7.50 0.50 
2 
6:00 7 7.43 ±0.61 8.18 7.00 8.50 1.50 
16:00 7 8.14 ±0.38 4.64 7.50 8.50 1.00 
3 
6:00 7 7.29 ±0.39 5.40 7.00 8.00 1.00 
16:00 7 7.79 ±0.49 6.27 7.00 8.50 1.50 
4 
6:00 7 7.00 ±0.29 4.12 6.50 7.50 1.00 
16:00 7 7.50 ±0.41 5.44 7.00 8.00 1.00 
5 
6:00 7 7.07 ±0.45 6.36 6.50 8.00 1.50 
16:00 7 7.43 ±0.84 11.28 6.50 9.00 2.50 
6 
6:00 7 6.93 ±0.53 7.71 6.50 8.00 1.50 
16:00 7 7.57 ±0.61 8.02 7.00 8.50 1.50 
7 
6:00 7 7.07 ±0.35 4.88 6.50 7.50 1.00 
16:00 7 7.36 ±0.63 8.52 6.50 8.502.00 
8 
6:00 7 7.00 ±0.41 5.83 6.50 7.50 1.00 
16:00 7 7.64 ±0.85 11.15 7.00 9.00 2.00 
9 
6:00 7 7.21 ±0.49 6.76 6.50 8.00 1.50 
16:00 7 7.21 ±0.39 5.45 7.00 8.00 1.00 
10 
6:00 7 7.43 ±0.84 11.28 6.50 9.00 2.50 
16:00 7 7.50 ±0.58 7.70 7.00 8.50 1.50 
 
Dado referente ao pH registados na lagoa segundo a tabela acima ilustrada 
confere uma média nas manhas de 7,1 e a tarde 7,5 com a média geral de 7,3 o que 
significa que houve pouca variação, ou seja considerada boa para viveiros de 
piscicultura. Pode-se considerar que a temperatura manteve-se, durante a maior parte do 
experimento, dentro dos níveis de conforto para a espécie. 
 
Com relação às medidas de pH, nota-se que, ao longo das horas, ocorreu oscilação 
desta variável, repetindo-se esta tendência durante os demais dias de amostragem. A 
ligeira elevação do pH pode ser relacionada à remoção do gás carbónico pelo uso na 
fotossíntese. Ao entardecer, o processo de fotossíntese cessa e o gás carbónico se 
acumula na água, promovendo acidez do meio e causando o declínio do pH (DO 
CARMO et al, 2007). 
 
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23 
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nilótico em diferentes ambientes de cultivo (lagoa e em tanque terra) na Empresa XIBAHA Lda. em 
Vilanculos 
2014 
Segundo Kubitza (2009) o pH da água de cultivo para a tilápia do Nilo deve ser 
mantido entre 6.5 a 8,5. Portanto os valores obtidos neste experimento estão dentro dos 
valores de conforto para a espécie e não apresentaram variações significativas, 
permanecendo dentro do padrão para o efeito de influência. 
4.1.3.Oxigénio da água da lagoa 
 
Tabela nº 5: Demonstra dados de Oxigeno na Lagoa 
Semana Hora N 𝒙 DP CV,% Min Max Amplitude 
1 
6:00 3 2.50 ±0.50 20.00 2.00 3.00 1.00 
16:00 3 2.83 ±0.29 10.19 2.50 3.00 0.50 
2 
6:00 3 2.67 ±0.58 21.65 2.00 3.00 1.00 
16:00 3 3.50 ±0.87 24.74 2.50 4.00 1.50 
3 
6:00 3 2.50 ±0.50 20.00 2.00 3.00 1.00 
16:00 3 3.00 ±0.50 16.67 2.50 3.50 1.00 
4 
6:00 3 2.17 ±0.29 13.32 2.00 2.50 0.50 
16:00 3 3.17 ±0.58 18.23 2.50 3.50 1.00 
5 
6:00 3 2.83 ±0.29 10.19 2.50 3.00 0.50 
16:00 3 3.50 ±0.50 14.29 3.00 4.00 1.00 
6 
6:00 3 1.67 ±0.29 17.32 1.50 2.00 0.50 
16:00 3 2.33 ±0.58 24.74 2.00 3.00 1.00 
7 
6:00 3 2.50 ±0.50 20.00 2.00 3.00 1.00 
16:00 3 2.67 ±0.29 10.83 2.50 3.00 0.50 
8 
6:00 3 2.67 ±0.58 21.65 2.00 3.00 1.00 
16:00 3 3.50 ±1.32 37.80 2.00 4.50 2.50 
9 
6:00 3 2.17 ±0.76 35.25 1.50 3.00 1.50 
16:00 3 2.83 ±0.76 26.96 2.00 3.50 1.50 
10 
6:00 3 2.83 ±0.29 10.19 2.50 3.00 0.50 
16:00 3 3.17 ±0.29 9.12 3.00 3.50 0.50 
 
Dado referente ao oxigénio dissolvido (OD) registados na lagoa segundo a tabela 
acima confere uma média nas manhas de 2.45 e a tarde 3.5 com a média geral de 2.75 
mg/l havendo pouca variação estando ao valor mínimo recomendado para viveiros de 
piscicultura. 
Segundo AYROZA (2009), a segunda maior razão para se usar aeradores é 
prevenir a falta de oxigénio dissolvido, pois a depressão deste gás é sob condições de 
altas temperaturas da água, ocorrendo um aumento incomum na actividade 
fotossintética, com um aumento na produção de oxigénio dissolvido durante o dia, 
seguido de uma redução ou completa exaustão durante a noite. 
 
Por: Machamacha, Alberto Filipe, Licenciatura em Produção Animal, UEM-ESUDER, 2014 
24 
Avaliação da influência dos parâmetros físico-químicos da água no desempenho produtivo da Telápia 
nilótico em diferentes ambientes de cultivo (lagoa e em tanque terra) na Empresa XIBAHA Lda. em 
Vilanculos 
2014 
O oxigénio dissolvido apresentou concentrações superiores ao valor crítico para o 
cultivo da tilápia, acima de 1 mg/l. 
O baixo teor de oxigénio dissolvido, durante o cultivo pode estar relacionado ao 
aumento do aeraçoamento constante da água resultando na maior disponibilização deste 
nutriente originada, em função da baixa densidade populacional existente. Não foi 
observado decréscimo do oxigénio dissolvido, no entanto a baixa concentração desta 
variável provavelmente deve-se a maior aeracão constante da agua e posterior menor 
produção de fitoplacton (SANTOS, 2008; MILLAN, 2009) 
Em situações de cultivo semelhantes às deste estudo, PIERETTI (2008) obtive 
bom nível do oxigénio dissolvido ao longo do experimento, com o aumento da 
biomassa, mas que pode ser sustentado pelo uso de aeradores, que não foram 
observados neste trabalho. 
 SILVA et al. (2002), que também observaram queda de OD, encontraram valores 
entre 1,4 á 5,2 mg/L, em criação de tilápia em sistema raceway submetidas a diferentes 
densidades de estocagem e trocas de água, 
Segundo AQUICULTURA-PRODUCÃO-INTENSIVA SNATURAL (2014) 
consideram que em lagoas naturais observa se presença de níveis O2 (3 a 5 mg/litro) 
apenas nos primeiros metros, caindo rapidamente para zero abaixo dos 3 metros de 
profundidade devido à existência da aeração superficial e à produção de O2 via 
microrganismos fotossintetizantes nesta zona. 
Os peixes procuram oxigénio dependendo da espécie, da temperatura, da idade e 
da actividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por: Machamacha, Alberto Filipe, Licenciatura em Produção Animal, UEM-ESUDER, 2014 
25 
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Vilanculos 
2014 
4.1.4. Oxigénio no tanque 
 
Tabela nº 6: Ilustra dados de Oxigénio no tanque. 
Semana Hora N 𝒙 DP CV,% Min Max Amplitude 
1 
6:00 3 1.83 ± 0.29 15.75 1.50 2.00 0.50 
16:00 3 3.50 ± 0.87 24.74 2.50 4.00 1.50 
2 
6:00 3 2.00 ± 0.50 25.00 1.50 2.50 1.00 
16:00 3 3.50 ± 1.32 37.80 2.50 5.00 2.50 
3 
6:00 3 2.67 ± 0.58 21.65 2.00 3.00 1.00 
16:00 3 4.50 ± 1.32 29.40 3.50 6.00 2.50 
4 
6:00 3 2.33 ± 0.76 32.73 1.50 3.00 1.50 
16:00 3 3.33 ± 1.15 34.64 2.00 4.00 2.00 
5 
6:00 3 2.13 ± 0.32 15.07 1.90 2.50 0.60 
16:00 3 2.83 ± 0.29 10.19 2.50 3.00 0.50 
6 
6:00 3 2.17 ± 0.29 13.32 2.00 2.50 0.50 
16:00 3 2.83 ± 0.58 20.38 2.50 3.50 1.00 
7 
6:00 3 2.50 ± 0.50 20.00 2.00 3.00 1.00 
16:00 3 3.17 ± 0.76 24.12 2.50 4.00 1.50 
8 
6:00 3 2.33 ± 0.29 12.37 2.00 2.50 0.50 
16:00 3 3.33 ± 0.29 8.66 3.00 3.50 0.50 
9 
6:00 3 2.67 ± 0.58 21.65 2.00 3.00 1.00 
16:00 3 3.83 ± 1.26 32.83 2.50 5.00 2.50 
10 
6:00 3 2.67 ± 0.29 10.83 2.50 3.00 0.50 
16:00 3 3.50 ± 0.50 14.29 3.00 4.00 1.00 
 
Dado referente ao oxigénio dissolvido (OD) registados no tanque segundo a tabela 
confere uma média nas manhas de 2.33 e a tarde 3.43com a média geral de 2.88 mg/l 
havendo pouca variação estando ao valor mínimo recomendado para viveiros de 
piscicultura. 
 
As concentrações de oxigénio dissolvido neste trabalho foram em alguns 
momentos abaixo do recomendado, o que pode ter influenciado no desempenho do 
crescimento dos peixes, pois o consumo de ração baixou e consequentemente o 
crescimento dos peixes baixou. 
 
A presença de oxigénio dissolvido na água (OD) é fundamental para o 
desenvolvimento dos peixes; teores entre 0 e 1 mg/litro são letais, entre 2,5 e 3,5 os 
peixes sobrevivem sem stress, e acima de 4,5 mg/litro o aproveitamento da ração é 
melhor, as doenças são raras e a água mais melhor. 
 
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26 
Avaliação da influência dos parâmetros físico-químicos da água no desempenho produtivo da Telápia 
nilótico em diferentes ambientes de cultivo (lagoa e em tanque terra) na Empresa XIBAHA Lda. em 
Vilanculos 
2014 
De acordocom a AQUICULTURA-PRODUCÃO-INTENSIVA SNATURAL 
(2014) Concentração ideal de OD no tanque é em torno de 5 mg/l, suficiente para as 
actividades dos peixes, oxidação da matéria orgânica e desenvolvimento dos 
microrganismos, o que não foi observado este nível de oxigénio dissolvido nesse 
estudo, apesar da constante mudança da água conforme recomenda a literatura. 
 
Segundo AMANCIO (2011), considera que o oxigénio tem influência directa 
sobre a taxa de ingestão de alimentos pelos peixes, tomando como base, valor elevados 
registados de oxigénio dissolvido verificado no tanque, em relação a lagoa, podem ter 
influenciado o melhor desempenho dos peixes. 
4.1.5. Transparência da água do tanque terra 
 
As médias de transparência da água do tanque variaram de 20 a 45 cm, o que 
demonstra a produção razoável de fitoplâncton no tanque, e a presença de oxigénio 
disponível suficiente para o bom desenvolvimento dos peixes, que é acima de 20 cm e 
abaixo 50cm. 
4.1.6. Salinidade da água da lagoa e do tanque terra 
 
Os valores médios da salinidade da água no tanque, assim como na lagoa 
mantiveram quase constate abaixo de 1‰ conforme os dados registados, o que 
demonstra, a estando ao valor mínimo recomendado para viveiros da Tilápia nilótica 
que desenvolve-se melhor a níveis baixos de salinidade e para o bom desenvolvimento 
dos peixes, menor que 0.5 á 1.0 ppt (peixes água doce) que são resultados similares a 
deste estudo. 
 
De acordo com MENDES et al.,(2010), a tilápia em água doce zero ‰ obtêm 
melhores resultados quando comparado ás submetidas a salinidades de 5 á 30‰. 
Em seu trabalho, avaliação da influencia da salinidade no desempeho da telapia, 
MENDES et al.,(2010), verficou uma tendência de decréscimo do comprimento com o 
aumento da salinidade, o peso final das tilápias quando submetidas à salinidade,sendo 
que o peso e o comprimento final são influenciados negativamente pelo aumento da 
salinidade. 
 
 
 
Por: Machamacha, Alberto Filipe, Licenciatura em Produção Animal, UEM-ESUDER, 2014 
27 
Avaliação da influência dos parâmetros físico-químicos da água no desempenho produtivo da Telápia 
nilótico em diferentes ambientes de cultivo (lagoa e em tanque terra) na Empresa XIBAHA Lda. em 
Vilanculos 
2014 
Segundo ALMEIDA et al., (2011) ,ao avaliar o desempenho zootécnico do peixe 
Oreochromis niloticus em águas em diferentes salinidades de 0
0
/00 a 35
0
/00 de água doce 
e salgadas, obtive maior média de crescimento em peso os peixes submetidos a ao zero 
0
/00 e os com 20 
0
/00 com o menor crescimento, resultados estes que são diferentes,ao 
obtidos neste trabalho. 
4.2. Parâmetros Produtivos 
 
4.2.1. Comprimento ou tamanho (mm) dos peixes na lagoa 
Tabela nº 7: ilustra o crescimento em Comprimento ou tamanho (cm) dos peixes 
criados na lagoa. 
Parámetros 
Biometrias 
1 2 3 4 5 
Contagem (n) 10 10 10 10 10 
Media, mm 52.00 66.40 76.40 84.30 96.70 
Desvio padrão, mm ± 2.11 ± 4.59 ± 4.27 ± 5.37 ± 4.52 
Coeficiente de Variância, % ± 4.05 ± 6.93 ± 5.59 ± 6.30 ± 4.68 
Mínimo, mm 50.00 60.00 72.00 75.00 90.00 
Máximo, mm 56.00 75.00 85.00 92.00 103.00 
Amplitude, mm 6.00 15.00 13.00 17.00 13.00 
 
A tabela acima representa a evolução do crescimento em comprimento da tilápia 
O.niloticus, durante o tempo de criação na lagoa, sendo estes resultados com uma 
tendência para o crescimento em comprimento, não muito elevado. 
 
De acordo com a tabela nº 7 os resultados mostram que a media do crescimento 
dos peixes na lagoa durante o experimento variou de 52 mm a 96,7 mm, da 1ª á 5ª 
biometria respectivamente. 
Esta diferença em relação ao crescimento em comprimento pode ser atribuída às 
diferenças, da temperatura média que foi maior no tanque, a média do oxigénio 
dissolvido, o que provavelmente contribuiu ao baixo crescimento. 
 
 
Por: Machamacha, Alberto Filipe, Licenciatura em Produção Animal, UEM-ESUDER, 2014 
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2014 
 
4.2.2. Comprimento ou tamanho (cm) dos peixes no tanque 
Tabela nº 8: ilustra o crescimento em comprimento ou tamanho (cm) dos peixes 
criados no tanque. 
 
Conforme ilustra a tabela 7 acima, os resultados mostram claramente que a media 
do crescimento dos peixes criados no tanque durante o experimento variou de 53.2 mm 
a 113.3 mm, da 1ª á 5ª biometria respectivamente, o que corresponde a um crescimento 
de 60.3 mm. 
Em situações de cultivo semelhantes às deste estudo, MASSAGO (2007) ao 
verificar o desempenho inicial de quatro linhagens comerciais de Oreochromis 
nilóticus, com ênfase no crescimento em comprimento em juvenis de aproximadamente 
1 g, revertidos sexualmente, criados durante 120 dias, obteve melhor desempenho, o 
que pode ser explicado pelo teor de oxigênio dissolvido na água e pela temperatura, 
aliados ao nível da qualidade da ração fornecida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parámetros 
Biometrias 
1 2 3 4 5 
Contagem (n) 10 10 10 10 10 
Media, mm 53.20 72.70 91.20 100.90 113.30 
Desvio padrão, mm ± 3.01 ± 5.39 ± 5.07 ± 2.72 ± 6.96 
Coeficiente de Variância, % ± 5.66 ± 7.42 ± 5.56 ± 2.70 ± 6.14 
Mínimo, mm 50.00 65.00 85.00 96.00 102.00 
Máximo, mm 58.00 82.00 100.00 104.00 121.00 
Amplitude , mm 8.00 17.00 15.00 8.00 19.00 
 
Por: Machamacha, Alberto Filipe, Licenciatura em Produção Animal, UEM-ESUDER, 2014 
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4.2.3. Comparação dos resultados de crescimento em comprimento, (mm) usando 
teste de t-student. 
 
Tabela nº 9: ilustra a comparação dos resultados de crescimento em tamanho ou 
comprimento (mm) dos peixes em dois meios usando teste de t-student. 
Biometria Lagoa Tanque ES.Dif 
1 52.00* 53.20
*
 ± 1.62 
2 66.40
*
 72.70** ± 3.16 
3 76.40
*
 
91.20** ± 2.96 
4 84.30
*
 100.90** ± 2.56 
5 96.70
*
 
113.30** ± 3.63 
(*, **) Diferenças na mesma linha, diferem estatisticamente pelo teste de t-student para P≤0.05 
Os resultados da tabela acima mostram que a partir da 2ª biometria ouve diferença 
significativa para p≤0.05 de 66.4 mm contra 72.7 mm que corresponde 6.3 mm de 
diferença sendo até ao final de estudo com 96.7 mm contra 113 mm na lagoa e tanque 
respectivamente. A diferença foi de 16.6 mm de comprimento no final. 
A água da lagoa de Gombene (local de estudo) apresenta-se com uma boa 
incidência de luz, mas com uma alta transparência, o que pode estar favorecendo em 
fraco desenvolvimento de algas em toda a superfície, contribuindo dessa forma com 
fraco nível de fitoplancton alimento natural disponível para os peixes. 
 
Embora, com mais dias de estudo, em estudo similar a deste trabalho GOMES 
(2010), , em 140 dias, os peixes tiveram o maior e menor desempenho em peso médio 
obtendo 52,18g e 24,16g, respectivamente. Resultados estes que são superiores aos 
obtidos nessse estudo. 
Provavelmente o parâmetro mais crítico para o cultivo de peixes seja o teor de 
oxigénio dissolvido. O nível de oxigénio dissolvido deste estudo, podem ter levado a 
uma redução no consumo alimentar, consequentemente queda no ritmo de crescimento. 
 
 
 
 
 
 
 
Por: Machamacha, Alberto Filipe, Licenciatura em Produção Animal, UEM-ESUDER, 2014 
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4.2.5. Peso vivo dos peixes na lagoa em gramas (g) 
 
Tabela nº 10: Demonstra os resultados do peso vivo dos peixes obtidos na lagoa em 
gramas (g) usando teste de t-student 
 
Parámetros 
Biometrias 
1 2 3 4 5 
Contagem (n) 25 25 25 25 25 
Media (g) 2.13 4.28 6.82 9.65 13.89 
Desvio padrão ±0.13 ±0.24 ±0.34 ± 0.42 ± 0.68 
Coeficiente de Variância 
 
±5.98 
 
±5.71 
 
±5.05 
 
± 4.36 
 
± 4.89 
Mínimo 1.93 3.93 6.42 8.93 12.99 
Máximo 2.25 4.53 7.42 10.17 14.74 
Amplitude, mm 0.32 0.60 1.00 1.24 1.75 
 
De acordo com os resultados biométricos demonstrados na Tabela acima 
confirmam o potencial de crescimento ou ganho de peso médio durante o período de 
cultivo obtido na lagoa, de 2.13 gramas no inicio ate 13.89 gramas no final do 
experimento, que corresponde a 11.76 gramas de peso vivo durante o cultivo. Segundo 
dados da temperatura média os peixes ficaram abaixo da zona de conforto térmico 
durante as manhãs e nas tardes, com uma oscilação de 2 á 4 ºC proporcionando assim 
consumo de alimento baixo, consequentemente reduzindo o ganho de peso. 
 
O parâmetro mais crítico para um cultivo de peixes é o teor de oxigénio dissolvido, a 
temperatura, a qualidade da ração. (SARAIVA, 2004). 
4.2.6. Peso vivo dos peixes no tanque, em gramas (g) 
 
Tabela nº 11: Demonstra os resultados do peso vivo dos peixes obtidos no tanque 
em gramas (g) usando teste de t-student 
Parâmetro 
Biometrias 
1 2 3 4 5 
Contagem (n) 25 25 25 25 25 
Media, g 2.13 5.59 11.96 16.09 22.80 
Desvio padrão, g ±0.14 ±0.19 ±0.34 ±0.36 ±0.53 
Coeficiente de Var., % ±6.44 ±3.47 ±2.88 ±2.22 ±2.34 
Mínimo, g 1.97 5.39 11.56 15.4 21.82 
Máximo, g 2.33 5.89 12.56 16.59 23.52 
Amplitude, mm 0.36 0.5 1.0 1.19 1.70 
 
De acordo com os resultados biométricos demonstrados na Tabela acima 
confirmam o potencial de crescimento ou ganho de peso médio durante o período de 
 
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cultivo obtido no tanque, de 2.13 gramas no inicio ate 22.8 gramas no final do 
experimento, que corresponde a 20.67 gramas de peso vivo durante o cultivo. 
Pelos resultados obtidos constatou se que é possível obter desempenho produtivo 
dentro de15 dias obter 2 vezes mais o ganho de peso em tanque terra com lona em 
relação a logoa, sugerindo á como melhor ambiente de cultivo para a telapia, pois é 
mais fácil monitorar os parâmetros físico-químicos da água. 
4.2.7. Comparação do peso vivo obtido na lagoa assim como no tanque (gramas). 
 
Tabela nº 12: ilustra os resultados comparativos do peso vivo obtidos em dois 
meios de cultivo 
Parâmetro Lagoa Tanque ES.Dif 
Peso inicial, g 2.13* 2.13** ± 0.08 
Peso final,g 13.89
*
 22.80** ± 0.38 
Ganho de peso, g 11.76
*
 20.67** ± 0.35 
Consumo, g 20.60
*
 32.70** ± 0.81 
Conversão alimentar, kg alimento x kg peso 0.571
*
 0.634** ± 0.02 
(*,**)Letras diferentes na mesma linha diferem estatisticamente pelo teste de t-student para P≤0,05. 
Os dados de crescimento em peso viso que inclui peso inicial e final, ganho de 
peso, consumo, e conversão alimentar apresentaram diferença estatística significativa 
para P≤0.05. 
Os resultados da tabela acima mostram que ouve diferença de peso vivo, até ao 
final de estudo com 13,89 gramas contra 22,8 gramas na lagoa e tanque 
respectivamente. Com um ganho de peso de 11,76 gramas e 20,67. A diferença final foi 
de 8.91 gramas tanto em peso vivo, assim como em ganho de peso. A conversão 
alimentar de 0.57 e 0.63 na lagoa e tanque respectivamente. 
Embora tenha ocorrido diferença estatística para ganho de peso e para consumo 
de ração, a conversão alimentar (CA), verifica se que os valores de CA determinados 
nesse trabalho estão próximos dos propostos por KUBITZA (2009), para peixes em fase 
de recria e recria, a qual deve estar por volta de 1,3:1. 
O baixo desempenho dos peixes criados na lagoa, provavelmente, pode estar 
associado aos valores da temperatura que permaneceram, oscilando no período de 
manhã, estando abaixo da faixa de conforto térmico para as tilápias de 27 á 32ºC. 
 
 
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nilótico em diferentes ambientes de cultivo (lagoa e em tanque terra) na Empresa XIBAHA Lda. em 
Vilanculos 
2014 
 
 
Gráfico nº 1: ilustra a representação gráfica do peso vivo 
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
Idade, dias
0
50
100
150
200
250
300
350
400
P
es
o,
 g
 Lagoa
 Tanque
 
Conforme ilustra o gráfico acima os resultados referentes ao peso vivo mostram 
que com 120 dias de idade nas condições de cultivo submetidos os peixes tiveram um 
ganho de peso de até 23 gramas, no tanque contra, mais ao menos 14 gramas na lagoa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Vilanculos 
2014 
Gráfico nº 2: Demonstra a representação gráfica do ganho em peso dos peixes. 
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
Idade, dias
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
1.2
1.4
1.6
1.8
G
an
ho
 d
e 
pe
so
, g
 Lagoa
 Tanque
 
 Feita analise gráfica os resultados referentes ao ganho de peso mostram que com 
120 dias de idade nas condições de cultivo submetidos os peixes tiveram um ganho de 
peso de até 0.3 gramas, na lagoa contra 0.6 gramas no tanque. 
O ganho de peso médio durante o período de cultivos obtidos pelos peixes, 
demonstrados no gráfico 2 confirma o potencial de crescimento elevado no 
tanque em relação a lagoa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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nilótico em diferentes ambientes de cultivo (lagoa e em tanque terra) na Empresa XIBAHA Lda. em 
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Gráfico nº 3: ilustra a comparação do crescimento em comprimento 
1 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
Idade, dias
0
20
40
60
80
100
120
140
160
C
om
pr
im
en
to
, m
m
 Lagoa
 Tanque
 
Feita análise gráfica, do gráfico a acima ilustrada, o resultado referente ao 
crescimento mostram que com 120 dias, de idade nas condições de cultivo submetidos 
os peixes cresceram, até 100 mm, de comprimento na lagoa contra 140 mm no tanque, 
mostrando claramente o maior crescimento dos peixes criados no tanque. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÃO 
5.1. Conclusão 
De acordo com as condições

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