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Criação de Tambaqui

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Rodovia TO-050, Lot. Coqueirinho, Lt. 07
CURSO DE AGRONOMIA
Professor: Thiago Fontolan Tardivo
Acadêmica: Josiane Santana Dias
Manejo Alimentar de Tambaqui
Palmas, Tocantins
Unidade II - Rodovia TO-050, Lot. Coqueirinho, Lt. 07
Anatomia a fisiologia do tambaqui: 
O Tambaqui (Colossoma macropomum) é um peixe de escamas, pertencente à classe Actinopterygii, ordem Characiformes e família Characidae, ocorre naturalmente nas bacias do rio Amazonas e Orinoco. É uma espécie reofílica, de grande rusticidade e bastante resistente à hipóxia, suportando valores abaixo de 1 mg L-1 de oxigênio dissolvido na água graças à capacidade de expansão do lábio inferior em condições extremas de falta de oxigênio, que lhe permite captar e direcionar a água das camadas mais superficiais, rica em oxigênio, para as brânquias. Melhor crescimento é obtido em águas ácidas, com pH entre 4 e 6 , sendo a espécie resistente à ação tóxica da amônia (até 0,46 mg L-1 de amônia não ionizada). 
Possui um corpo romboidal, alto, achatado e serrilhado no peito, logo atrás da sua linha principal de dentes da mandíbula inferior, há dois dentes cônicos, enquanto na região pré-maxilar, ocorre uma segunda linha composta por quatro dentes, adaptada para quebrar as duras castanhas que fazem parte de sua dieta. A ocorrência de dentes abaixo daqueles aparentes e que periodicamente os substituem permite uma adequada manutenção da estrutura dentária da espécie. Os quatro arcos branquiais do tambaqui são compostos por numerosos e alongados rastros branquiais, típicos de espécies zooplanctófagas. O grande opérculo (característico do tambaqui) permite, ainda, um alto fluxo de água através das brânquias, potencializando a capacidade da espécie de capturar. 
 Em suas brânquias, podem ser observados espinhos longos e finos. Possui nadadeira adiposa curta, com raios na extremidade. Sua coloração é parda, na metade superior, e preta, na metade inferior do corpo, mas pode variar para mais clara ou mais escura dependendo da cor da água. Tem a carne bastante apreciada. Pode alcançar  90 cm  de comprimento e atingir 30 Kg. A espécie apresenta um estômago bem definido, alongado e bastante elástico, seguido por cecos pilóricos, em número de 43 a 75, os quais auxiliam na digestão dos alimentos. O intestino é relativamente comprido em relação ao corpo do animal, preenchendo cerca de 2 a 2,5 vezes o comprimento corporal. Dessa forma, o trato gastrintestinal do tambaqui pode ser morfologicamente dividido em cinco porções - esôfago, estômago, cecos pilóricos, intestino proximal e intestino distal - observando-se diferenças entre as mesmas quanto à predominância de enzimas digestivas sendo que a digestão concentra-se, principalmente, nos cecos pilóricos e intestino proximal.
Rações utilizadas durante as fases de cultivo (alevino até terminação)
Para a fase de alevinagem: Sugere-se uma alimentação entre 5 e 10% do peso vivo (BIOMASSA) com ração extrusada e posteriormente triturada 32% de proteína bruta (PB) e cerca de 3.500 kcal kg-1 de energia bruta, dividida em 4 refeições ao dia.
Para a fase de engorda: Sugere-se uma alimentação entre 1 e 5% do peso vivo (BIOMASSA) com ração extrusada contendo 28% proteína bruta digestiva e 3.000 kcal kg-1 de energia bruta, dividida em 4 refeições ao dia
Valores de literatura para o Fator de Conversão Alimentar da espécie: 
Tambaquis ainda pequenos (alevinos e juvenis até cerca de 100 g) devem ser alimentados próximo de 80 a 90% do máximo consumo, de modo a maximizar o ganho de peso. Tambaquis em fase de engorda (acima de 100 g a 2-3 kg) devem ser alimentados de forma restrita, próximo de 60 a 80% do máximo consumo voluntário. A conversão alimentar acumulada deve ser de 1,20: 1.
CA= Quantidade de ração fornecida (kg) /Biomassa final (kg) – biomassa inicial (kg)
Forma de arraçoamento:
Em tanques escavados o arraçoamento deve ser realizado sempre a favor do vento, fazendo com que as rações flutuem até o meio do tanque, evitando assim que se encostem à margem do tanque. É importante evitar a alimentação nos cantos do tanque; as rações encostam-se às margens com facilidade e os cantos possuem menor circulação de água (água de pior qualidade).
A adequada frequência de arraçoamento pode levar à menor variação no tamanho entre os peixes, o que facilita o manejo e a comercialização. Normalmente, adota-se como parâmetro o conceito de “biomassa”, que é traduzido pelo número estimado de peixes existentes no tanque multiplicado pelo seu peso médio. 
Para isso, é necessária uma avaliação periódica dos peixes, a cada 30 a 45 dias. A oferta diária de ração deve aumentar à medida que os peixes crescem. Sendo assim, essa quantidade deve ser ajustada em intervalos de 7 a 14 dias.
Cálculo do peso médio (PM) Biomassa:
PM = Peso total da amostra (g) / Número de peixes amostrados
Biomassa estimada (kg) – BE
BE = nº de peixes estocados x PM (g) /1000
GP = peso médio final (g) – peso médio inicial (g)
Controle e Boas práticas de Manejo do Tambaqui:
As BPM são propostas para assegurar o manejo adequado dos viveiros e outros sistemas de produção aquícola, isto inclui o uso correto de fertilizantes, rações, materiais para calagem e terapêuticos e, ainda, medidas de emergência em resposta a baixas concentrações de oxigênio dissolvido que causam grandes mortalidades. 
Nesse sentido, toda a propriedade onde é feita a produção deve ser mantida em ordem, segura e de forma ambientalmente responsável, isso inclui questões fundamentais, como por exemplo, o projeto da infraestrutura de produção visando a boa conservação da bacia hidrográfica e o uso racional dos recursos hídricos, a utilização de locais adequados para armazenamento de insumos e depósito de equipamentos, tanques para armazenamento de combustíveis e instalações para eliminação de resíduos. É importante dar ênfase ao monitoramento das fontes de abastecimento para assegurar sua qualidade e, simultaneamente, realizar o manejo adequado dos sedimentos do fundo dos viveiros e reservatórios. 
Obviamente, as BPM contribuirão para a conservação dos recursos naturais e para a redução da descarga de resíduos para o meio ambiente promovendo, portanto, a manutenção da qualidade nos corpos de água adjacentes aos sistemas de produção aquícola.
Referencia:
RODRIGUES,A.P. (28 de 03 de 2014).nutrição e alimentação do tambaqui (Colossoa macropomum). Acesso em 19 de mai. de 2017, disponível em: https://www.bdpa.cnptia.embrapa.br/consulta/busca?b=ad&id=986962&biblioteca=vazio&busca=986962&qFacets=986962&sort=&paginacao=t&paginaAtual
SANTOS, A.C .(2000-2018). Peixes de água doce do Brasil - Tambaqui (Colossoma macropomum). Acesso em 20 de mai. De 2017, disponível em: https://www.cpt.com.br/cursos-criacaodepeixes/artigos/peixes-de-agua-doce-do-brasil-tambaqui-colossoma-macropomum.
Izel. EMBRAPA.Circular Técnica 39.Produção Intensiva de Tambaqui em Tanques Escavados com Aeração. Manaus – AM. Agosto 2013. 6 p. Data de acesso:20 mai. 2017.Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/972469/1/CircTec39.pdf.
KUBITZA.f.(02-2012) TAMBAQUI alimentando com eficiência para reduzir custos. Acesso em 20 de mai. de 2017, disponível em: http://www.acquaimagem.com.br/docs/Pan129_Kub_tambaqui_alimentando_eficiencia.pdf.

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