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trabalho de conclusao de curso 1 e 2 parte ANDRESSA (1)

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O GRANDE DESAFIO DO EDUCADOR NA INCLUSAO E NO APRENDIZADO DO ALUNO COM SINDROMEDE DONW NO ENSINO REGULAR
campinas
2018
 
 aNDRESSA PALOMA ANDRADE DE SOUZA
GRANDE DESAFIO DO EDUCADOR NA INCLUSAO E NO APRENDIZADO DO ALUNO COM SINDROMEDE DONW NO ENSINO REGULAR
 
Projeto apresentado ao Curso de Pedagogia da Instituição Fac 3 – Anhanguera de Campinas. Orientador: Aglay Sanches Fronza Martins
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO....................................................................................................... 
CAPÍTULO I – Trajetória da Educação Especial .................
1.1 - A educação para todos ............................................................................................................
1.2 - Legislação brasileira ......................................................................................................
1.3 - Inclusão escolar ..................................................................................
CAPÍTULO II – SÍNDROME DE DOWN: UM NOVO OLHAR DEPOIS DE CONHECER ....................................................................... 
2.1 – A Síndrome de Down ............................................................................................................
2.2 a criança com síndrome de Down .......................................................
2.3 – O desenvolvimento da criança com Síndrome de Down ............................ 
CAPÍTULO III – A EDUCAÇÃO DA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN:
INTERAÇÃO ESCOLA E FAMÍLIA ........................................................................................................
3.1 – A família como primeiro relacionamento social da criança .........................................................................................................
3.2 – Escola: Como o professor é capacitado para educação de crianças com Down....................................................................................
3.3 – Interação escola x família : Inclusão e seus desafios ......................................................................................................
INTRODUÇAO
 
 Este trabalho tem por finalidade apontar o meio desafiador que um profissional da educação enfrenta na inclusão de uma criança com Síndrome de Down, trazendo a realidade a falta de materiais adaptados e o próprio suporte escolar para serem utilizados no aprendizado e desenvolvimento desta criança em sala de aula.
 Entende-se que a inclusão é um assunto desafiador e complexo, principalmente quando se ressalta incluir especificadamente algum tipo de deficiência, tendo por finalidade apontar as principais dificuldades que o profissional da educação enfrenta na inclusão de uma criança com Síndrome de Down no Ensino Fundamental, trazendo a realidade a falta de materiais adaptados e o próprio suporte escolar para serem utilizados no aprendizado e desenvolvimento desta criança em sala de aula.
Considerando que este tema foi abordado para identificar se as escolas estão totalmente preparadas para inserir estes alunos e também intender se a inclusão de crianças portadoras de Síndrome de Down em sala, agregará em sua aprendizagem e desenvolvimento, investigando quais atividades são realizadas ou podem ser elaboradas pelo educador nas escolas de Ensino Fundamental. 
Pessoas com necessidades especiais sempre fizeram parte do mundo, as sociedades, as pessoas são os que sempre fizeram questão de não enxergar o deficiente, e diante da compreensão de que grande parte da sociedade ainda não conhece a realidade da pessoa com síndrome de Down e não está preparada para conviver com essa diferença, constata-se que a falta de informação contribui diretamente para sua exclusão social. 
Analisando-se que a inclusão não acontece automaticamente, pois além do suporte escolar as escolas contam como auxílio familiar. O posicionamento da escola como um todo é um fator significativo nesse processo de desenvolvimento, para os pais a insegurança e o preconceito, e para os professores um desafio ao incluir estes alunos, levando-os a estar inseguros e apreensivos de início, porém pesquisas demonstram que a maioria dos professores tem ferramentas necessárias para entender as necessidades específicas dessas crianças e são capazes de ensiná-las efetivamente com sensibilidade, suporte escolar, familiar e o principal com amor.
Com a obrigatoriedade e igualdade a inclusão deve acontecer em todas as instituições públicas e particulares, estando de portas abertas aos alunos com necessidades especiais e se adequando para um melhor desenvolvimento e aprendizado do mesmo, dessa forma é de extrema importância a participação da família em sua inclusão na educação , portanto objetivo deste texto é descrever os avanços e desafios da inserção das crianças com Síndrome de Down na educação .
Para entender melhor o processo de inclusão e os desafios enfrentados pela escola, as leis e a Síndrome de Down, este foi trabalho dividido em partes que não se fragmentam, mas se completam para o entendimento da inclusão da criança na rede de ensino, a primeira parte diz respeito ao direito de ser, estar e pertencer da criança com Síndrome de Down apresentando a trajetória, o conceito de educação para todos; as leis e documentos internacionais e da legislação brasileira; e a inclusão escolar como um olhar desafiador. 
 A segunda parte constou em apresentar a Síndrome de Down, suas características físicas, o seu desenvolvimento e a linguagem da criança com Síndrome de Down com um olhar de conhecer, e a terceira e última parte se refere à relevância da educação da pessoa com a síndrome num movimento de interação escola e família na construção do sujeito.
 Acredita-se que a inclusão da criança com Síndrome de Down seja um desafio, mas impossível jamais . Pois, conhecer a proposta de inclusão e a Síndrome de Down é que faz toda a diferença no momento de educar para proporcionar maior qualidade de vida para essas pessoas e entender o quanto vale apena investir para que eles tenham um futuro brilhante como todos o que buscam e tem esta perspectiva de uma vida melhor. 
CAPÍTULO I – Trajetória da Educação Especial
1.1 Educação para todos
A Educação Especial trata-se de portadores de necessidades educativas especiais, todas as pessoas que precisam de recursos e procedimentos especiais durante o seu processo de ensino e aprendizagem na escola, que são portadores de deficiência sensorial (auditiva e visual), deficiência motora, deficiência cognitiva, doenças crônicas, transtornos de personalidade, autismo, psicoses e Síndrome de Down.
Na antiguidade não havia respeito algum pelo portador desnecessidades especiais, ao contrário, eram tratados como total descaso e abandono, as pessoas faziam questão de não enxergar. Esses indivíduos viviam em condições de descaso e a grande maioria era abandonado ou rejeitado também pela própria família. Não existia nenhuma preocupação com a integração desses seres humanos. Segundo (BUSCAGLIA, 1993 apud GORDON, 1974, p. 21):
É a sociedade que cria os incapazes. Enquanto a maior parte das deficiências, é o produto do nascimento e de acidentes, o impacto debilitante na vida das pessoas frequentemente não é resultado tanto da “deficiência” quanto da forma como os outros definem ou tratam os indivíduos. Encarceramos centenas de milhares de pessoas com necessidades especiais em instituições de custodia. Mesmo aqueles afortunados o bastante para receber serviços nacomunidade em geral encontram-se em ambiente segregadores [...].
Na Idade Moderna quando surgiram as primeiras universidades, só eram permitidos ensinamentos da Igreja por teólogos e sacerdotes, pensava-se que se alguém nascesse portador de alguma deficiência era nomeado como maldição vinda do céu . E foi nesta época que os portadores de necessidades especiais saíram do anonimato passando a ser cuidado como ato de caridade pelas igrejas. Eles eram obrigados a viver separado dasociedade , longe de suas famílias por serem considerados diferentes e incapazes.
A inclusão de um criança portadora de necessidades especiais no ensino regular é garantida por lei; mas atualmente, as instituições não tem priorizado isto nem deixado como uma fixação de que o individuo portador deve permanecer em presença escolar em espaços de integração , pois a exclusão ocorre também através da “inclusão” no ensino regular. Segregados ou não em espaços fechados, esses indivíduos habitam o espaço de outra clausura que os saberes técnicos reservam para eles. Segundo a UNESCO (1994, p. 61).
[...] o princípio fundamental da escola inclusiva é o que todas as crianças deveriam aprender juntas, independente de quaisquer dificuldades ou diferença que possa ter. As escolas inclusivas devem reconhecer e responder às diversas necessidades de seus educandos acomodando tanto estilos com ritmos diferentes de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade a todos por meio de currículo apropriados, modificações organizacionais, estratégias de ensino, usam de recursos e parcerias com a comunidade [...]. 79
É fundamental a interação para o convívio social, cultural e familiar deste individuo, pois, a compreensão de que a inclusão e a integração de qualquer cidadão com necessidades especiais ou não são condicionadas pelo seu contexto de vida, ou seja, abrindo a possibilidade da construção de significados individuais da relação pessoa-ambiente que dependem das condições, econômicas, sociais e familiar.
Segundo Mazzotta (2005), buscando na história da educação informações sobre o atendimento educacional das pessoas com deficiências, pode-se constatar que, até o século XVIII, as noções a respeito da deficiência eram basicamente ligadas a misticismo e ocultismo, não havendo base científica para o desenvolvimento de noções realísticas.
O conceito das diferenças individuais não era avaliado nem compreendido. A falta de conhecimento sobre as deficiências em muito contribuiu para que as pessoas com deficiências fossem marginalizadas e ignoradas. A própria religião, com toda sua força cultural, ao colocar o homem como "imagem e semelhança de Deus", ser perfeito, inculcava a ideia da condição humana como incluindo perfeição física e mental. E, não sendo "parecidos com Deus", os portadores de deficiências (ou imperfeições) eram postos à margem da condição humana (MAZZOTA, 2005, p. 16).
1.2 Legislação Brasileira 
 Desde os tempos da colônia, a educação de estudantes com deficiência no Brasil recebeu uma atenção, que incluiu a adoção das praticas pedagógicas, auxílios nas atividades de alimentação, higiene e a locomoção necessárias dentro do meio escolar que são conduzidos por um profissional especializado para auxiliar o professor em sala de aula.
 Um dos grandes trunfos da Lei Brasileira de Inclusão é a mudança a palavra “deficiência”. Antigamente, a visão que existia era de que a deficiência era uma condição das pessoas. Hoje ela é entendida como uma situação dos espaços, que estão prontos para recebe-las. A tendência é de enxergar com um olha inclusivo e não especial.
 A respeito das leis constituídas verifica-se que a LDB 9394/96 apresenta em seus princípios e fins que segundo o Art. 3º o ensino será ministrado com base nos princípios de:
I – Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a
arte e o saber;
 III – Pluralismo de ideias e de condições pedagógicas;
IV – respeito á liberdade e apreço a tolerância; 
que a LDB 9394/96;
 
Inclusão é o ato de incluir , ou seja, adicionar coisas ou pessoas em grupos e núcleos que antes não faziam parte e socialmente, a inclusão representa um ato de igualdade entre os diferentes indivíduos que habitam determinada sociedade. Assim, isto permite que todos tenham o direito de integrar e participar das várias dimensões de seu ambiente, sem sofrer qualquer tipo de discriminação e preconceito no convívio escolar .
 Dessa forma, estes indivíduos terão uma participação ativa na sociedade, pois antigamente eles não tinham presença no meio social, e assim, acabavam por receber apenas uma atenção assistencialista, ou ate mesmo sendo esquecidos, trazendo para as famílias uma busca por escolas de necessidades especiais.
De acordo com a Declaração de Jontiem (1990), a Declaração de Salamanca (1994) e a própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB9394/96), estas bases viabilizaram ações em defesa por uma educação inclusiva que atendesse a todos, pretendendo modificar a situação de uma vasta quantidade de deficientes, que se encontravam excluídas da sociedade, começavam a terem espaço, principalmente nos documentos legais. Bedaque (2011).
Contribuindo, para o embasamento desse estudo é fundamental abordar a questão sobre a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, onde a Educação Especial é uma modalidade de ensino transversal ao ensino regular, que perpassa desde a educação infantil ao ensino médio bem como o ensino superior (BRASIL, 2008).
Diante do exposto a Lei Brasileira de Inclusão traz uma importante contribuição quando expressa no Art. 27 que: 
A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.
 O ser humano sempre fez parte de uma sociedade bastante diversa. Vivemos e convivemos diariamente com diferenças que podem ser desde raça, crença, estilo de vida, personalidade, entre outras. Mesmo com tanta diversidade, somos incluídos nesta sociedade, baseando se nos princípios de igualdade. Com o passar do tempo, foi se ampliando esta visão padronizada de normalidade e de maneira geral, todos os que fugirem desse padrão estão fatalmente condenados à discriminação e consequentemente à exclusão, que pode ocorrer de forma bastante dura e clara, mas também muitas vezes de maneira mais marginalizada, aparentemente discreta, porém não menos incômoda e preconceituosa disfarçada de pena e sentimento de auto comiseração.
1.3 Inclusão escolar e seus Desafios
Atualmente a inclusão escolar tem nos trago novas perspectivas para as crianças que precisam ser incluídas no meio de convívio escolar sabendo que consiste na ideia de que todos os cidadãos devem ter o direito de ter acesso ao sistema de ensino, sem segregação e discriminação, seja por causa do gênero, religião, etnia, classe social, condições físicas e psicológicas.
 Com este novo olhar os pais tem buscado nas escolas a ajuda para interação e desenvolvimento de seus filhos. Mesmo com o medo e a insegurança, algumas famílias são capazes de ser bem sucedidas na adaptação. O portador tem uma melhor evolução quando se é acompanhado por pessoas especializadas e enxerga o apoio familiar.
 A instituição escolar tem um papel marcante na formação do cidadão , gerando um mergulho interno no autoconhecimento ultrapassando teorias, e abrindo um olhar na essência da perspectiva que deve ser alcançada ao formar os mesmo.
 A educação inclusiva no Brasil é uma inovação, cujo sentido tem sido muito distorcido e um movimento muito polemizado pelos mais diferentes segmentos educacionais e sociais. No entanto, inserir alunos com necessidades especiais tem trago dificuldades no ensino regular , e o olhar atual é nada mais do que garantir o lugar dele inserido mas não incluso nas atividades desenvolvidas. 
 Objetivo de incluir é clarear o sentido da inclusão, como um meio de adaptação e desafios que não são impossíveis para um profissional da educação, porém isto não tem se adaptado nas escolas pela falta de profissionais e matérias específicos para o desenvolvimento destesindivíduos. Aos que se interessam pela educação , o olhar tem demonstrado a viabilidade da inclusão pela transformação geral das escolas, visando a atender aos princípios deste novo paradigma educacional. 
Freire (1997) afirma que ensinar inexiste sem aprender, o que remete à reflexão do papel da formação continuada para o desenvolvimento de práticas pedagógicas que alcancem a todos os alunos, que favoreçam a aprendizagem. Todo docente se apropria e produz saberes a partir de sua atividade escolar; esses saberes, integrantes da prática docente, diferem dos saberes advindos da formação acadêmica; os primeiros guardam uma relação de interioridade, sendo fruto da experiência, ao passo que os últimos são anteriores à sua experiência, numa relação de exterioridade ou alienação. 
O esforço pela inclusão social e escolar de pessoas com necessidades especiais é a resposta para uma situação que interferem de maneira significativa no processo de aprendizagem e que exigem uma atitude educativa específica da escola como a utilização de recursos e apoio especializados para garantir a aprendizagem de todos os alunos sendo encarada como um crescimento e não um obstáculo para formar estes alunos.
" refletir sobre a abrangência do sentido e do significado do processo de Educação inclusiva, estamos considerando a diversidade de aprendizes e seu direito à equidade. Trata-se de equiparar oportunidades, garantindo-se a todos - inclusive às pessoas em situação de deficiência e aos de altas habilidades/superdotados, o direito de aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver. (CARVALHO, 2005) " .
A Dificuldade da inclusão nas escolas tem dividido professores e especialistas, prejudicando alunos que necessitam do auxilio. Para os pais tem sido frustrante a falta de condições estruturais e a falta de pessoas formadas na concepção da educação especial , e nessas condições, o suporte que esse professor poderia prestar aos docentes que estão em sala de aula se torna precário, quando não inexistente. A sobrecarga de trabalho também contribui para isso pois o professor precisar incluir e adaptar seu plano de aula tanto para o individuo que precisa de auxilio, quanto para os demais da sala.
CAPÍTULO II – SÍNDROME DE DOWN: UM NOVO OLHAR DEPOIS DE CONHECER
2.1 – A Síndrome de Down 
 A síndrome de Down é a trissomia do 21 , sendo uma alteração genética caracterizada pela presença de um cromossomo extra nas células de um indivíduo. Trazendo a condição do desenvolvimento corporal e cognitivo, promovendo características físicas típicas e deficiência intelectual em diferentes graus.
 A alteração acontece com a mesma frequência em ambos sexos feminino ou masculino, em pessoas de todas as etnias e grupos sociais. Síndrome de Down descreve detalhadamente os sinais físicos da síndrome, tais como cabelo liso, rosto largo e achatado, sem proeminências, face arredondada; olhos oblíquos, fissuras palpebrais estreitas, lábios grandes e grossos, com fissuras transversais; nariz pequeno; pele com pouca elasticidade. 
 Normalmente possuem 46 cromossomos em cada célula do corpo. Esses cromossomos são separados em pares e 23 desses cromossomos são herdados da mãe, enquanto os outros 23 vem do pai ,e geralmente é caracterizada pela incapacidade de um cromossomo se juntar ao seu par, dando origem, então, a um cromossomo extra, que costuma se ligar ao 21º par em uma célula completa.
A Definição deste individuo é de um olhar não diferente mais sim especial ," Utilizar nomenclatura apropriada é de fundamental importância, pois a maneira como denominamos e nos referimos às pessoas pode carregar preconceitos e criar estigmas negativos provenientes da falta de informação. Sabe-se que a autoestima e o autoconceito formados pelo indivíduo sofre grande influência das informações que vêm das pessoas que o cercam e da sociedade em geral. No indivíduo com síndrome de Down, isso não acontece de forma diferente, o que pode, inclusive, dificultar seu desenvolvimento psicoló­gico e criar rótulos negativos na sociedade, que lhe serão uma barreira. (Déa ,2009, p.24e25)
Quando se passa a conviver com bebês, crianças, adolescentes e adultos com síndrome de Down e conhecer suas famílias, é possível notar que eles apresentam muitas características que os tomam parecidos com seus entes. No entanto, os indivíduos com síndrome de Down apresentam traços típicos. 
Existem algumas características comuns entre as pessoas com síndrome de Down, mas é necessário deixar bem claro que não são comuns a todas as pessoas com síndrome de Down; são características possíveis e, por essa razão, algumas estão presentes e outras não , há pessoas com síndrome de Down que têm pouquíssimas características e outras que apresentam um número maior delas. Outro fato importante de se enfatizar é que não existe relação entre quantidade de características físicas e capacidade intelectual , mas a maior característica traga por eles é a essência do amor.
2.2 O desenvolvimento da criança com Síndrome de Down
 As crianças com síndrome de Down são capazes de aprender muitas , principalmente quando são estimulados , muitos se interessam pela musica que é um ótimo meio para desenvolvimento que precisam para processar as informações e desenvolver suas habilidades psicomotoras.
 A criança Down pode apresentar dificuldade de aprender quando lhe for exigido grande tempo em estado de atenção, além de apresentar dificuldade de generalização, isto é, quando aprende em um lugar ou em determinada situação, tem dificuldade de reproduzir o conhecimento em outros lugares e situações. 
 Outra dificuldade comum nessas crianças é o raciocínio abstrato. Por exemplo, as regras sociais são aprendidas abstratamente, não são claramente ensinadas, e a criança com síndrome de Down terá maior dificuldade de entendê-las. Muitas vezes, indevidamente se acredita que a pessoa com síndrome de Down sempre terá atitudes que não são socialmente aceitáveis. 
 Os portadores com síndrome de Down precisam de menos olhares críticos, pois são indivíduos que necessitam de um olhar como todas as outras pessoas ,dar limites para os filhos também significa amar. Para que a criança, independentemente de ter síndrome de Down, desenvolva todo seu potencial mental, é necessário que se acredite que ela é capaz. 
 Os autores da psicologia dizem que a expectativa dos adultos significativos influencia fortemente no sucesso deste, sendo assim, é muito importante que não criemos uma ansiedade excessiva em cima de nossos filhos para não causar pressão psicológica, mas, ao mesmo tempo, acreditar em seu potencial o tomará mais forte e confiante ao aprender. Muitas vezes a pessoa com deficiência mental enfrenta a incredibilidade dos que a cercam, mas, tendo o apoio da família, este fato não se tomará um obstáculo.
 2.3 O desenvolvimento da criança com Síndrome de Down 
 Muitos fatores influenciam o desenvolvimento de uma criança com Síndrome de Down principalmente através do meio de convívio familiar e social, geralmente, seguem o mesmo padrão de desenvolvimento que as crianças sem a trissomia, mas por um ritmo mais lento em algumas áreas. 
 No entanto, é importante lembrar que o desenvolvimento em algumas áreas influencia o desenvolvimento em outras, principalmente as habilidades motoras , que são o meio de combustível para que esta criança desenvolva suas áreas físicas, emocionais e mentais.
 Um desenvolvimento mais lento na parte motora também pode afetar a independência e autonomia de uma criança, trazendo limitações como a independência de se vestir sozinho , comer e ate mesmo se higienizar. Nesta área, sabemos que se encontram vários marcos que são alcançados em seu próprio tempo, como por exemplo a comunicação.
 A comunicação começa pelo balbuciar, através do sorriso e expressões, ainda o entendimento de que cada um tem sua vez , lembrando sempre de manter contato visual durante uma conversa paraperceber se o outro entendeu a mensagem.
 Em geral, as crianças com síndrome de Down demoram um pouco mais para falar. No entanto, a comunicação vai além disso, sendo fundamental que a criança aprenda a se expressar, seja por meio de palavras, gestos ou outras formas de linguagem, sempre sendo estimulá-los sempre e aplicando atividades que favoreçam o desenvolvimento da comunicação. 
 Também é importante ter atenção com possíveis problemas auditivos, que são relativamente frequentes em crianças com síndrome de Down e podem comprometer seriamente a sua capacidade de expressão. 
 Desenvolvimento sócio emocional as crianças com síndrome de Down desenvolvem suas habilidades praticamente no mesmo ritmo que as crianças sem a trissomia e costumam ser bastante sociáveis , por conta de serem tão aptos socialmente, muitos bebês chegam aos primeiros anos de vida ainda muito interessados em olhar rostos e outras crianças e, por causa do desenvolvimento motor mais lento, há o risco de os bebês priorizarem este tipo de atividade em vez da exploração de objetos, ou brinquedos. 
 Essas crianças no seu ritmo de desenvolvimento devem se estabelecer
rotinas no primeiro ano de vida sendo um passo muito importante para delimitar limites em seu comportamento ajudando o mesmo a se controlar emocionalmente e ate mesmo o ajudando no seu processo de inclusão facilitando seu meio de convívio com outras crianças e em sala de aula.
As crianças com síndrome de Down aprendem da mesma maneira, mas sua habilidade em explorar os objetos e os ambientes pode ser prejudicada pelo desenvolvimento motor mais lento. Em algumas crianças, há algumas questões sensoriais que também podem dificultar esse processo, como crianças que não gostam de ficar com as mãos molhadas, por exemplo. Normalmente, as crianças com a trissomia superam, aos poucos, essas questões sensoriais. (MOVIMENTO DOWN ,2014)
 
 Para que se tornem pessoas independentes suas habilidades devem ser desenvolvidas , tanto motora quanto fina, e trazendo para eles a autonomia e independência que assim como todos eles também podem ter os mesmo princípios de cuidados com eles mesmo, possibilitando que são capazes de ter uma vida como a todos, para trabalhar, casar e serem quem tanto sonham no futuro.
CAPÍTULO III - A EDUCAÇÃO DA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN
3.1 A família como primeiro relacionamento social da criança 
 O comprometimento que a família deve ter com o desenvolvimento de uma criança portadora de síndrome de Down, é o contexto imediato e primordial e o que exerce maior influência sobre seu desenvolvimento e que irmãos e pais são, diariamente, os agentes propulsores que estimulam as aprendizagens cognitivas, afetivas e motoras, ampliando o potencial de desenvolvimento futuro. 
 Essa aprendizagem diária das crianças dos comportamentos da sua cultura representa os cuidados e os vínculos construídos entre filhos e pais, irmãos, avós e outras pessoas extremamente significativas para sua inserção social. E, também, objetivo relatar nosso curso de vida com uma filha portadora de síndrome de Down.
 Os pais são, particularmente, importantes na forma física como brincam, oferecendo excitação e desafios para a superação de obstáculos. Eles têm, também, uma influência especial quanto à competência para resolver problemas. Algumas pesquisas sugerem que os pais podem influenciar o desenvolvimento cognitivo de seus filhos mais que as mães, evidenciando que, quanto maior atenção um pai dá ao seu filho, mais alerta, inquisitivo e feliz o bebê tem probabilidade de ser (Pedersen, Rubenstein e Yarrow, 1973, apud Papalia e Olds, 1998)
 Segundo Casarin (1999), as famílias diferem em sua reação diante do nascimento da criança com síndrome de Down. Existe um processo de luto adjacente quando do nascimento de uma criança disfuncional, envolvendo quatro fases.
 As pessoas não entendiam muito bem as dificuldades pelas quais passamos, porque a criança requer cuidados e exige muita disponibilidade da pessoa que cuida, geralmente a mãe. A dedicação a um único elemento modifica o relacionamento com os outros membros (filho e marido), levando a um desequilíbrio nas relações (Casarin, 1999).
 A família, como contexto imediato de desenvolvimento, constituindo um ambiente com características físicas particulares, deve abrigar pessoas com características distintas de temperamento, personalidade e sistema de crenças, que ampliam as forças desenvolvimentos em termos de papéis sociais e relacionamentos. Esses elementos acentuam as influências sobre o crescimento psicológico e as características da personalidade exercidas pelos indivíduos significativos na vida da criança portadora de síndrome de Down.
3.2 – Escola: Como o professor é capacitado para educação de crianças com Down
 O Ministério da Educação possui um programa chamado Formação Continuada de Professores na Educação Especial que trata justamente da formação dos profissionais para lidar com alunos que possuem a síndrome.
 Essa política também visa garantir outras coisas como a participação não só da família como também de toda a comunidade no processo, a permanência da educação especializada até os níveis mais superiores, a formação dos educadores para um atendimento especializado desses alunos, entre outros.
 Segundo Werneck (1995) diz que a vantagem da escola regular é que ela facilita a integração com outros alunos sem deficiência. No caso particular
da síndrome de Down, os benefícios são ainda maiores, porque, na maioria das vezes, eles, como excelentes imitadores, absorvem rapidamente bons hábitos e atitudes. 
 Lamentavelmente, muitas escolas brasileiras não estão preparadas para dar atendimento adequado a essas pessoas, pelo fato de as turmas serem enormes. Com essa situação, o professor dificilmente consegue proporcionar atendimento adequado aos seus alunos sem deficiência e, consequentemente, tem muita dificuldade para lidar com o aluno com alguma necessidade especial.
 Existem poucos professores que tem se capacitado na área de Educação Especial e por este motivo as redes de ensino tem deixado a desejar o ensino igualitário para estas crianças, prejudicando no desenvolvimento do mesmo e deixando o trabalho de incluir abandonado. Em algumas escolas até encontramos estes profissionais mas pela falta de professores ,eles acabam substituindo para dar aulas e deixam de exercer sua função em sala de aula.
3.3 – Interação escola x família : Inclusão e seus desafios 
 O papel da família e da escola no que se refere ao processo educativo dos alunos com necessidades especiais são de grande importância para Educação, devendo garantir o aprendizado do aluno com necessidades especiais que acontece de forma ética e estimulativa.
 Entendo que cabe ao profissional da educação dar o primeiro passo para que a parceria entre a escola e a família possa acontecer de forma efetiva. O auxilio familiar na educação traz um vinculo significativo para o aluno , lembrando que para o criança com Down isso requer tempo , mas é de extrema importância para desencadear mudanças e desenvolvimento no meio escolar e familiar.
 Conforme a LDB e o Estatuto da Criança e do Adolescente, as escolas têm a obrigação de se articular com as famílias, e os pais têm direito a ter ciência do processo pedagógico.
 Os pais tem como papel é estimular para que seu filho estude, despertando o interesse e a escola tem como papel complementar o, oferecendo conteúdo e formação educacional, suporte e auxilio para que este individuo se desenvolva no meio social e escolar.
 Segundo os estudo de VASCONCELOS (1989) cada vez mais os alunos vêm para a escola com menos limites trabalhados pela família e muitos pais chegam até mesmo a passar toda responsabilidade para a escola.
 Com tudo os responsáveis são estrategicamente devem se posicionar como articuladores e mediadores, para desenvolver um trabalho integro e ajude os professoresenvolvidos a desenvolver e priorizar o bem estar e o desenvolvimento deste aluno . Essa meditação possibilita também que a família tenha acesso às ofertas de aprendizagem e possa dar a continuidade em casa.
 Os pais que tem seu filhos portadores de Síndrome de Down encontram diante de si um longo caminho de obstáculos na educação , sendo assim seu papel é fundamental como avanço para seus filhos no processo educacional, proporcionando as educadores o auxilio continuo que quebrem os paradigmas de exclusão e de todo preconceito que muitos sofrem .
 Em algumas situações Isto ocorre porque famílias veem de forma negativa a inclusão escolar e não aceitam que seus filhos sem necessidades estudem com uma criança com necessidades especiais além disso, muitas instituições de ensino temem a evasão escolar pelo fato de ter um aluno especial.
 Fica clara a importância dos pais para o desenvolvimento de seus filhos e o quanto a maneira de cada um agir pode interferir, impedindo ou favorecendo o processo inclusivo. Para pais que possuem atitudes negativas seria interessante participarem de programas que os deixassem em contato com estas crianças e que também lhes fossem apresentadas experiências de inclusão escolar bem sucedida (BARBOSA, ROSINI E PEREIRA, 2007).
 "Certa lenda conta que duas crianças estavam patinando em cima de um lago congelado. Era uma tarde nublada e fria, e as crianças brincavam sem preocupação. De repente, o gelo se quebrou e uma das crianças caiu na água. A outra, vendo que seu amiguinho se afogava debaixo do gelo, pegou uma pedra e começou a golpeá-lo com todas as suas forças, conseguindo quebrá-lo e salvar seu amigo. Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino: Como você conseguiu fazer isso? É impossível que você tenha quebrado o gelo com essa 
pedra, se suas mãos são tão pequenas e fracas ! Nesse instante, apareceu um idoso e disse: Eu sei com o ele conseguiu . Todos perguntaram: Como? E o senhor respondeu: Não havia ninguém ao seu redor para dizer-lhe que ele não seria capaz" (Reflexão religiosa).
 É necessário que família e escola se uniam tendo uma ligação afetiva, para lutar pela socialização , para que haja profissionais especializados, matérias adequados para essas crianças , é preciso investir na formação continuada dos professores, no diagnóstico de cada caso e em suportes específicos para cada limitação para que este grande desafio que tem sido a inclusão seja apenas mais uma experiência de crescimento e conquista para pais, crianças e educadores. 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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