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SUJEITOS DO PROCESSO

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O Juiz
O magistrado, como representante do Estado-Juiz no equacionamento da lide, é quem dirige o processo. Espera-se, no exercício dessa condução, que ele venha a "assegurar às partes igualdade de tratamento" (art. 139 I NCPC), devendo, para tanto, ser imparcial. Essa imparcialidade traz, implicitamente, a ideia de que o magistrado possui atributos que lhe permitam "cumprir e fazer cumprir, com independência, serenidade e exatidão, as disposições legais e os atos de ofício" (art. 35 I lei complementar 35/79). A quebra da imparcialidade pode gerar suspeição ou impedimento do Juiz (arts. 144 a 148 NCPC), arguições que, uma vez apresentadas, pretendem afastar o magistrado parcial da condução do processo.
O advogado representa a parte em juízo (art. 103 NCPC)9, devendo, para tanto, estar inscrito regularmente na Ordem dos Advogados do Brasil. Por representar aquele que está em conflito, o advogado, no processo judicial, "contribui, na postulação de decisão favorável ao seu constituinte, ao convencimento do julgador" (art. 2º § 2º lei 8906/94). Então, ele é parcial! Essa parcialidade faz com que o advogado leve suas argumentações fáticas e jurídicas ao processo, sendo que encontrarão resistência em outras apresentadas pelo colega adversário, tudo isso para que o Juiz, a partir do choque de proposições, possa fazer escolhas e equacionar a lide. Não é por serem parciais que os advogados estão isentos de formular pretensões com fundamentação lógica e de cumprir as decisões e não embaraçá-las (art. 77 e incisos NCPC10). Eles respondem pelos abusos, não perante os Juízes que conduzem os processos em que atuam (§ 6º art. 77 NCPC11), mas sim no âmbito da OAB e/ou corregedorias, estas últimas para infrações praticadas por advogados públicos.
As partes é que vão a juízo, representadas pelos advogados, defender seus interesses. São, obviamente, parciais. Mas se sujeitam aos deveres de lealdade e cooperação, sob pena, nos casos de manifestação desses abusos, de responderem com multas e mesmo sanções penais, ex vi dos arts. 77 e 80 NCPC.
Ao que se vê, os sujeitos de um processo judicial têm características próprias, estando cada um deles atento às finalidades de sua atuação no litígio submetido ao Poder Judiciário.
Dessa forma, o advogado será ético, mas parcial, assim levando ao processo versões fáticas e proposições jurídicas que interessarem ao cliente; o promotor de Justiça vigiará os interesses que justificaram sua intervenção no processo, como é o caso de conflitos que envolvam menores ou incapazes; o juiz observará a imparcialidade, devendo analisar de forma equidistante todas as versões para proferir a decisão; as partes – aquelas que manifestam seus pleitos à Justiça – depositam todas as suas esperanças no processo, até porque foram incapazes de resolver amigavelmente o conflito.
Em síntese pode-se afirmar que o juiz é a autoridade para dirimir a lide. Como a jurisdição é função estatal e o seu exercício é dever do Estado, não pode o juiz eximir-se de atuar no processo (inafastabilidade do controle jurisdicional). Cintra, Grinover e Dinamarco ensinam que a qualidade de terceiro estranho ao conflito em causa é essencial à condição de juiz. Sua superior virtude, exigida legalmente e cercada de cuidados constitucionais destinados a resguardá-la, é a imparcialidade.
Theodoro Júnior ensina que “as pessoas que, em nome do Estado, exercem o poder jurisdicional são, genericamente, denominadas juízes” (2015, p. 293). Explica o autor:
No primeiro grau de jurisdição, os órgãos judiciários civis são monocráticos ou singulares, isto é, formados apenas por um juiz. Nos graus superiores (instâncias recursais), os juízos são coletivos ou colegiados, formando tribunais, compostos de vários juízes, que, às vezes, recebem denominações especiais como as de desembargador ou ministro (vide item 291, retro). A Constituição de 1988 criou, outrossim, a figura do Juiz de Paz, que deve ser eleito pelo voto popular, com competência definida por lei ordinária, para o procedimento de habilitação e celebração do casamento, e para exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional (art. 98, II, CF/88) (THEODORO JUNIOR, 2015, p. 293).
Como a jurisdição é função estatal e o seu exercício dever do Estado, não pode o juiz eximir-se de atuar no processo, desde que tenha sido adequadamente provocado: no direito moderno não se admite que o juiz lave as mãos e pronuncie o non liquet diante de uma causa incômoda ou complexa, porque tal conduta importaria evidente denegação de justiça e violação da garantia constitucional da inafastabilidade do controle jurisdicional (Art. 5, XXXV, CF/88)
Importante lembrar ainda que o juiz também tem deveres no processo. Todos os poderes são, em regra, poderes-deveres, uma vez que não lhe são conferidos para a defesa dos interesses seus, ou do próprio Estado, mas como instrumento para prestação de serviços a comunidade e principalmente aos litigantes. 
Ministério Público
O Ministério Público (MP)é órgão do Estado que, segundo a Constituição Federal, é “instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis” (art. 127, CF/88).
Indispensável no regime democrático atua o mesmo, portanto, no processo civil, como órgão agente ou como órgão interveniente, ou como se costuma encontrar com mais frequência, atua como parte ou como fiscal da lei (custos legis). Neste sentido, em observância ao vigente Código de Processo Civil, preleciona Neves:
O art. 778, § 1º, I, do Novo CPC permite ao Ministério Público promover a demanda executiva nos casos previstos em lei. Há três situações distintas a respeito da legitimação ativa do Ministério Público para executar, ainda que em todos os casos exista expressa previsão legal atribuindo ao órgão essa legitimação, em consonância com a exigência do art. 778, § 1º, I, do Novo CPC(NEVES, 2016).
Neste sentido também ensina Theodoro Júnior sobre as funções do Ministério Público. Assevera o mestre que:
No processo civil, mesmo quando se comete ao Ministério Público a tutela de interesses particulares de outras pessoas, como os interditos, a Fazenda Pública, a vítima pobre do delito etc., a sua função processual nunca é a de um representante da parte material. Sua posição jurídica é a de substituto processual (art. 18), em razão da própria natureza e fins da instituição do Ministério Público ou em decorrência da vontade da lei. Age, assim, em nome próprio, embora defendendo interesse alheio. Dessa forma, “quer atue como parte principal, quer como substituto processual, o Ministério Público é parte quando está em juízo”, e nunca procurador ou mandatário de terceiros (THEODORO JUNIOR, 2015, p. 316)
Em resumo, o Ministério Público, no processo civil, pode atuar como parte da demanda, órgão agente, nos casos em que lhe é deferido pelo sistema o poder de ação. É o que se dá, por exemplo, no caso da “ação civil pública”, da “ação de investigação de paternidade” e outras. Nestas situações, atua o Ministério Público como demandante, sendo tratado como uma parte comum.
“O Ministério Público é uma instituição pública autônoma, a quem a Constituição Federal atribuiu a incumbência de defender a ordem jurídica, o regime democrático e os interesses sociais e individuais indisponíveis. Isto é, o Ministério Público é o grande defensor dos interesses do conjunto da sociedade brasileira. Tem a obrigação, portanto, de defender o interesse público, conduzindo-se, sempre, com isenção, apartidarismo e profissionalismo.” Para que isso ocorra, todos os seus membros possuem as mesmas garantias que são asseguradas aos membros do Poder Judiciário, mesmo não tendo nenhum vinculo com esse poder e nem com nenhum dos outros (Executivo e Legislativo), e por esse motivo as vezes é indicado como sendo um quarto poder. Pode ser encontrado do artigo 176 a 181, do Novo Código de Processo Civil. O Ministério Público pode sim atuar no Processo Civil como parte, possuilegitimidade para propor diversas ações, mas a de maior relevância seria a de ação civil pública para a proteção dos interesses da coletividade em sentidos amplos, como consta na Lei de n.º 7.347/1985. Também pode atuar como fiscal da ordem jurídica (custos legis), e nestas condições, a intervenção do MP estão indicadas basicamente no artigo 178, do NCPC.
E também, acerca das responsabilidades do MP, ele será civil e regressivamente responsável caso aja com dolo ou fraudar em pleno exercício de suas funções, de acordo com o artigo 181, do NCPC. Os membros do Ministério Público possuem algumas garantias, que são encontradas na Constituição Federal de 1988. A vitalidade, presente no artigo 128, § 5°, I, “a”, da CF, que é adquirida após o período probatório de dois anos de efetivo exercício de cargo transcorrer, após ser admitido por concurso público. O agente só perde o cargo por meio de sentença transitada em julgado. Também há a Inamovibilidade, em que o membro do MP não pode ser removido ou promovido sem sua prévia autorização ou que ele mesmo solicite. Só poderá ser removido sem prévia autorização por motivo de interesse público, por decisão do Conselho Superior do Ministério Público, por maioria absoluta de seus membros, sem esquecer a direito de ampla defesa ao agente, como consta no artigo 128, § 5°, I, “b”, CF. Outra garantia é a de Irredutibilidade de Subsídios, artigo 39, § 4°, CF, que significa que o membro do Ministério Público não pode ter seu salário reduzido.
Direitos NCPC 2015
Art. 179   Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público:
I – terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo;
II – poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.
Art. 180   O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1o.
§ 1o Findo o prazo para manifestação do Ministério Público sem o oferecimento de parecer, o juiz requisitará os autos e dará andamento ao processo.
§ 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o Ministério Público.
Deveres
Advogado
A palavra “advogado” vem do latim advocātus. Um profissional da advocacia é um doutorado ou licenciado em direito que se encarrega a defender e direcionar as partes que estão envolvidas em qualquer tipo de processo, seja judicial, administrativo, entre outros. Também prestam assessoria e aconselhamento jurídico e devem estar inscritos na OAB, e também pode agir como mediador extrajudicial, tentando evitar que um problema se transforme em algo maior, como um procedimento judicial. Em geral, não se pode comparecer a um tribunal sem a presença de um advogado, e por isso ele é tão importante, pois é ele que constitui a garantia de legítima defesa para o envolvido no processo. Algo que deve ser levantado é que o advogado não é subordinado ao juiz ou ao promotor, eles estão no mesmo nível hierárquico. O contrato que é estabelecido entre um advogado e seu cliente é o contrato de meio, pois não é garantido o resultado final do mesmo, sabendo que dependerá muito do entendimento do Estado-Juiz.
Ncpc art. 107
art. 107. O advogado tem direito a:
I - examinar, em cartório de fórum e secretaria de tribunal, mesmo sem procuração, autos de qualquer processo, independentemente da fase de tramitação, assegurados a obtenção de cópias e o registro de anotações, salvo na hipótese de segredo de justiça, nas quais apenas o advogado constituído terá acesso aos autos;
II - requerer, como procurador, vista dos autos de qualquer processo, pelo prazo de 5 (cinco) dias;
III - retirar os autos do cartório ou da secretaria, pelo prazo legal, sempre que neles lhe couber falar por determinação do juiz, nos casos previstos em lei.
De acordo com o NCPC 
Art. 77 Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:
I – expor os fatos em juízo conforme a verdade;
II – não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento;
III – não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito;
IV – cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação;
V – declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva;
VI – não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso.o
Referencias
Luiz Fernando Valladão Nogueira. Os sujeitos do processo no novo CPC. http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI271931,41046-Os+sujeitos+do+processo+no+novo+CPC
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da Republica Federativa do Brasil. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituição/Constituição.htm>. Acesso em 16 mar. 2017.
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil – Teoria geral do direito processual civil, processo de conhecimento e procedimento comum – vol. I. 56 ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2015.
NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de direito processual civil – Volume único. 8 ed. – Salvador: Ed. JusPodivm, 2016.
Brasil. Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm>. Acesso em 16 mar. 2017.

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