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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS APUCARANA INDÚSTRIA DE TINTAS Profª MARIA CAROLINA SÉRGI GOMES HISTÓRICO � Bíblia – Noé aconselhado a usar piche na arca. � Pré-história: registro de atividades nas paredes das cavernas. � 1500 a.C. – egípcios já dispunham de vários corantes naturais. � Séc. V a.C., os romanos utilizaram pela primeira vez na história o alvaiade (derivado do chumbo) como pigmento (cor branca). � Século XV e XVI, artistas italianos fabricavam pigmentos e veículos para tintas. � Revolução Industrial (fim do séc. XVIII) - fabricantes de tintas começaram a usar equipamentos mecânicos. � Séc. 20 – grande avanço tecnológico das tintas � desenvolvimento de novos polímeros (resinas) e pigmentos. Atualmente... Desenvolvimento tecnológico intenso: Pintura eletrostática (eletrodeposição) � Uso de pistolas e equipamentos especiais � Maior rendimento da tinta � Recobrimento uniforme da peça (principalmente em regiões difíceis de serem pintadas) � Proteção anticorrosiva. � Novos tipos de resinas e matérias-primas. � Novos métodos de aplicação. Leis ambientais � Produção mais limpa – melhoria na eficiência dos processos. � Redução na geração de resíduos / Reúso. � Desenvolvimento de novas formulações de tintas. � Teores mais baixos de compostos orgânicos voláteis. � Tintas em pó: isentas de solvente. � Tintas anticorrosivas solúveis em água: baixo índice de toxicidade. Finalidades da pintura � Proteção anticorrosiva � Auxilia na segurança industrial � Finalidade estética – torna o ambiente agradável. � Permite a identificação de fluidos em tubulações ou reservatórios. � Impermeabiliza as superfícies. � Permite maior ou menor absorção de calor, pelo uso correto das cores. � Diminui a rugosidade superficial. Finalidades da pintura Sobre alvenaria: �Evitar esfarelamento do material e a absorção da água da chuva e de sujeira. �Impedir o desenvolvimento de mofo. �Favorecer a iluminação �Decoração de ambientes (cor, textura e brilho). Sobre madeira: •Efeito decorativo. •Evitar absorção de água e umidade, rachaduras e o apodrecimento do material. Sobre metal ferroso: •Combater a corrosão. Sobre metal não ferroso: Prolongar a vida dos sistemas de galvanização e alumínio. Sobre PVC: •Sinalização de gases ou líquidos específicos, visando oferecer maior segurança em laboratórios, prédios, empresas, etc. •Decoração. FUNÇÕES ESPECÍFICAS DE ACORDO COM A SUPERFÍCIE Mercado de tintas e vernizes no Brasil � Mercado consolidado - grande potencial de crescimento. � Tintas são produtos fundamentais: veículos automotivos, bicicletas, capacetes, móveis, brinquedos, eletrodomésticos, vestuário, equipamentos, artesanatos, tubulações, impressão e serigrafia e na construção civil. � Brasil - 4º produtor mundial de tintas. � ~400 indústrias no país. � Exportações: ~5% do faturamento total. Faturamento líquido 2012: US$ 4,28 bilhões Volume produzido 2012: 1,398 bilhão de litros Capacidade instalada: mais de 1,7 bilhão de litros/ano Empregos diretos: 19,4 mil Segmentos em que o setor se divide: - Tinta imobiliária: representa cerca de 80% do volume total e 63% do faturamento - Tinta automotiva (montadoras): 4% do volume e 7% do faturamento - Tinta para repintura automotiva: 4% do volume e 8% do faturamento - Tinta para indústria em geral (eletrodomésticos, móveis, autopeças, naval, aeronáutica, tintas de manutenção etc.): 12% do volume e 22% do faturamento Mercado de tintas e vernizes no Brasil VOLUME (milhões de litros) ANO Imobiliária Repintura Ind.Automotiva Ind. Geral TOTAL 2012 1.119 55 49 176 1.398 2011 1.119 52 51 176 1.398 2010 1.083 51 50 174 1.359 2009 982 47 46 157 1.232 2008* 975 49 48 171 1.243 2007 800 45 42 158 1.045 2006 741 40 40 147 968 2005 722 40 39 141 942 2004 701 37 37 138 913 2003 662 34 31 133 860 2002 663 33 30 131 857 2001 654 32 30 127 843 2000 653 30 28 119 830 Fonte: ABRAFATI DEFINIÇÃO Tinta é uma composição química, pigmentada ou não, que após sua aplicação se converte em um revestimento, proporcionando às superfícies acabamento, resistência e proteção. � Composição de várias matérias-primas. �Mistura de vários insumos – sólidos e voláteis. � Combinação destes elementos define as propriedades (resistência e aspecto), tipo de aplicação e o custo. Tintas imobiliárias: tintas e complementos destinados à construção civil. � Produtos aquosos ( látex ): látex acrílicos, látex vinílicos, látex vinil-acrílicos, etc. � Produtos base solvente orgânico: tintas a óleo, esmaltes sintéticos, etc. CLASSIFICAÇÃO De acordo com o mercado atendido e tecnologias Tintas industriais do tipo OEM (original equipment manufacturer): as tintas e complementos utilizados como matérias primas no processo industrial de fabricação de um determinado produto. �Fundos (primers) eletroforéticos. �Fundos base solvente. �Tintas esmalte. �Tintas em pó. �Tintas de cura por radiação (UV), etc. Tintas especiais: abrange os outros tipos de tintas. �Tintas e complementos para repintura automotiva; �Tintas para demarcação de tráfego; �Tintas e complementos para manutenção industrial; �Tintas marítimas; �Tintas para madeira, etc. CLASSIFICAÇÃO De acordo com a formação do revestimento. � Considerando o mecanismo da formação do filme protetor e a secagem ou cura das mesmas. LACAS �Película se forma pela evaporação do solvente. �Película dura, suficientemente flexível e aderente à superfície pintada. �Temperatura ambiente ou temperaturas moderadas (50ºC a 80ºC). �Transformação da tinta no revestimento é um fenômeno físico e reversível. �Película permanece sensível ao solvente. �Exemplos: lacas nitrocelulósicas e acrílicas. LÁTEX � A coalescência (aglutinação) é o mecanismo de secagem. � Fenômeno físico irreversível. � Revestimento não pode ser reemulsionado. � Evaporação da água após aplicação da tinta provoca fusão das partículas poliméricas resultando na formação da película seca e aderente ao substrato. � Exemplos: Tintas látex acrílicas, vinil acrílicas usadas na construção civil. SISTEMAS DE DOIS COMPONENTES � Formação do filme ocorre após a mistura de dois componentes. � Temperatura ambiente. � Produtos em duas embalagens separadas. � Mistura no momento da pintura - velocidade da reação química é alta. � Revestimentos com excelentes propriedades físicas e químicas (dureza, flexibilidade, resistência química, etc.) � Exemplos: Tintas epóxi e produtos poliuretânicos. TERMOCONVERSÍVEIS �Secagem ocorre por meio da reação entre duas resinas presentes na composição. �Temperatura adequada de cura (entre 100 e 230 ºC). �Exemplos: Produtos utilizados na indústria automotiva e em eletrodomésticos. SECAGEM OXIDATIVA � Formação do revestimento ocorre pela reação química entre grupos reativos presentes na resina da tinta sob a ação do oxigênio do ar e do efeito catalítico dos secantes. � Exemplos: Tintas a óleo e os esmaltes sintéticos usados na construção civil. CONSTITUINTES DAS TINTAS Constituintes fundamentais Veículo fixo (resinas) Veículo volátil (solventes) Pigmentos Aditivos Veículo fixo ou não volátil �Constituinte ligante ou aglomerante. �Responsável pela continuidade e formação da película. �Ppropriedades físico-químicas (brilho, resistência química e física, secagem, aderência, etc.) �Resinas (polímeros) Exemplos: �Óleos vegetais (linhaça, soja, tungue) �Resinas vinílicas �Resinas alquídicas �Resinas acrílicas �Resinas epoxídicas �Resinas poliuretânicas Nome da tinta associado à resina presente em sua composição �Tinta alquídica: resina alquídica �Tinta acrílica: resina acrílica Âmbar – resina fóssil �Primeiras tintas desenvolvidas utilizavam resinas de origem natural (principalmente vegetal).�Atualmente, com exceção de trabalhos artísticos, as resinas utilizadas pela indústria de tinta são sintéticas e constituem compostos de alto peso molecular. Resinas Resina de coníferas SOLVENTES �Solubilização da resina. �Controle da viscosidade. �Facilitar aplicação. Exemplos: �Hidrocarbonetos alifáticos: nafta e aguarrás mineral. �Hidrocarbonetos aromáticos: tolueno e xileno. �Ésteres: acetato de etila, acetato de butila e acetato de isopropila. �Álcoois: etanol, butanol e ácido isopropílico. �Cetonas: acetona, metietilcetona, cicloexanona. �Glicóis: etilglicol e butilglicol. �Solventes filmógenos: são aqueles que, além de solubilizarem a resina, se incorporam à película por polimerização. Ex. estireno. CLASSIFICAÇÃO DOS SOLVENTES SOLVENTES VERDADEIROS �Miscíveis, em qualquer proporção, com uma determinada resina. Exemplos: Aguarrás – solvente para óleos vegetais e resinas modificadas com óleo. Cetonas – solventes para resinas epóxi, poliuretana e acrílica. SOLVENTES AUXILIARES �Sozinhos não solubilizam a resina �Aumentam o poder de solubilização do solvente verdadeiro. FALSO SOLVENTE �Substância que possui baixo poder de solvência da resina �Usado para reduzir o custo final das tintas DILUENTES �Produtos elaborados com diferentes solventes. �Utilizados para ajustar a viscosidade da tinta, de acordo com o equipamento utilizado na aplicação. Tintas base solvente Solventes Além de solubilizar resinas � Formação da película protetora. Se o solvente é água – chamado emulsão ou dispersão. �Não há solubilização completa da resina pela polaridade. �Maioria das resinas – poliméricas – pouco solúveis ou insolúveis em água. Teor excessivo de solventes de evaporação muito rápida nivelamento deficiente da película. Teor excessivo de solventes de evaporação muito lenta retardamento na secagem da tinta e retenção de solventes no revestimento. Tintas base água Ex. Solvente: aguarrás (terebintina) Vantagens das tintas base água � Menor teor de compostos orgânicos voláteis (COV). � Menos agressivas ao ser humano. � Maioria dos solventes orgânicos: prejudicial à saúde quando inalados. � Tintas base água – tendência mundial. Desvantagem: menor durabilidade do que as tintas base solvente. PIGMENTOS � Partículas sólidas, finamente divididas. � Insolúveis no veículo fixo (resina). � Proporcionam: proteção anticorrosiva, cor, opacidade, impermeabilidade e melhoria das características físicas da película. Anticorrosivos: �Proteção anticorrosiva ao aço por mecanismos químicos ou eletroquímicos. �Ex.: zarcão (Pb3O4), cromato de zinco, fosfato de zinco e pó de zinco. Opacificantes coloridos: �Conferem cor e opacidade à tinta. �Diferentes de corantes e anilinas, que são solúveis, conferem cor, mas não dão opacidade. Cargas ou extensores: �Não conferem cor nem opacidade. �Reduzir custo final do produto. �Melhorar propriedades mecânicas da película (SiO2 e Al2O3 reduzem a abrasão). �Fosqueamento da tinta. �Aumentar teor de sólidos – tintas de alta espessura, etc. �Exemplos: talco (silicato de magnésio), caulin (silicato de Al natural), carbonato de cálcio, quartzo, dolomita, etc. Funcionais �Anti-incrustante (Cu2O, óxido cuproso) �Pigmentos fluorescentes, perolados, etc. (efeitos especiais). PIGMENTOS � Orgânicos (azóicos ( R-N=N-R' ) e policíclicos) � Inorgânicos NaturaisSintéticos Pigmentos inorgânicos � melhor resistência à radiação solar. Pigmentos orgânicos � melhor resistência química Pigmentos inorgânicos: Brancos: Dióxido de titânio, óxido de zinco. Laranja: Óxido de ferro III Amarelo: Cromato de zinco Azul: Ferrocianeto de ferro II Verde: Óxido de cromo III Pigmentos orgânicos Pigmento monoazóico da série beta-naftol (laranja). Ftalocianinas (azul e verde). Dioxazinas violetas. Artigo: AÇÃO DE COLORANTES NA DEGRADAÇÃO E ESTABILIZAÇÃO DE POLÍMEROS SARON, C. e FELISBERTI, M.I. Colorantes: aditivos para conferir cor. Pigmentos Corantes Pigmentos: � Tamanho de partícula maior. � Insolúveis no polímero. Corantes: � Tamanho de partícula maior. � Solúveis no polímero. Solubilidade � presença de certos grupos químicos Ocasiona diferenciações entre pigmentos e corantes � Colorante pode atuar como pigmento para um determinado polímero e como corante para outro. � Solubilidade depende da interação entre as moléculas do colorante e do polímero. � Modificações químicas são capazes de transformar corantes em pigmentos. Vantagens e desvantagens na aplicação Corantes � Não são abrasivos. � Alta capacidade de absorção luminosa – polímeros transparentes não perdem propriedades. � Capacidade de migrar para a superfície do material – mudança na coloração. � Podem sublimar. � Tóxicos. � Maior custo. Pigmentos � Não migram, não sublimam. � Mais baratos. � Baixa toxicidade. � Geralmente abrasivos. � Difícil dispersão. � Tornam material opaco. Colorantes: orgânicos ou inorgânicos. Nova classe de materiais: colorantes poliméricos. � Grupos cromogênicos incorporados na cadeia. � Cobrir deficiências particulares de corantes e pigmentos. � Migração, sublimação, natureza sólida, custo e toxicidade. � Colorantes: interagem diretamente com a radiação luminosa. � Podem influenciar na fotodegradação dos polímeros � Estabilização ou aceleração do processo. Fenômenos também são relacionados às interações polímero-corante. Pigmentos que atuam na estabilização de polímeros Agentes de ocultação Pigmentos escuros: atuam como corpo negro, absorvendo a radiação que provoca degradação do material. Pigmentos brancos: refletem a luz. Negro de fumo (99,5% de carbono amorfo) Dióxido de titânio ADITIVOS � Compostos empregados em pequenas concentrações nas formulações das tintas. � Conferir características específicas. NOVAS TECNOLOGIAS http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/meta.php?meta=Tintas&base=15 Tinta com autorreparo inibe corrosão de estruturas metálicas Com informações da Agência USP - 29/07/2013 Microcápsulas de autorreparo anticorrosão vistas em imagens de microscopia eletrônica.[Imagem: Fernando Cotting] Tintas que não desbotam são inspirados em tecnologia maia Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/04/2013 Os pesquisadores já sintetizaram uma paleta completa de cores dos novos nanopigmentos inspirados no azul maia. [Imagem: Francisco Verdu Lab/Universidad de Alicante] Pigmento azul reflete calor do Sol Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/06/2012 A estrutura cristalina "bipiramidal trigonal" dá ao pimento azul a capacidade para refletir até 40% da radiação infravermelha que incide sobre ele.[Imagem: Oregon State University] Melhor pigmento azul da história é descoberto por acaso Redação do Site Inovação Tecnológica - 01/12/2009 Os compostos, de cor azul profunda, são fáceis e seguros de se fabricar, são muito mais duráveis e mais ambientalmente benignos do que todos os que existem ou já foram usados no passado. [Imagem: Subramanian Research Group] Tinta inteligente monitora rachaduras em prédios e pontes Redação do Site Inovação Tecnológica - 31/01/2012 A aplicação da tinta inteligente do Dr. Mohamed Saafi equivale a colocar sensores em toda a superfície da estrutura a ser monitorada.[Imagem: University of Strathclyde] Resíduo siderúrgico é transformado em pigmento para tintas Com informações da Agência USP - 01/12/2011 Os pigmentos foram obtidos por um processo de tratamento químico chamado hidrometalúrgico, que não utiliza energia elétrica. [Imagem: Ag.USP] Criada tinta capaz de matar superbactérias resistentes a antibióticos Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/10/2010 Durante os testes, 100% da MRSA em solução morreu dentro de 20 minutos em contato com uma superfície pintada com tintalátex misturada com o nanorrevestimento. [Imagem: Rensselaer/Ravindra C.Pangule] Pele de tubarão vira tinta para revestir aviões e geradores eólicos Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/05/2010 As escamas dos tubarões evoluíram ao longo de milhões de anos para permitir que o animal nade muito rápido, diminuindo a resistência contra o fluxo da água.[Imagem: EMU/University of Cape Town] Tinta paramagnética permitirá mudar a cor do carro ao toque de um botão Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/02/2009 [Imagem: Lahann Lab] Revestimento antigrafite protege monumentos culturais contra vandalismo Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/04/2009 Estátuas pichadas e grafitadas em Barcelona, na Espanha.[Imagem: Graffitage Project] Besouro inspira fabricação de papel super branco Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/06/2009 Besouro Cyphochilus, que está inspirando uma forma mais eficiente de produzir papéis com elevado nível de branco.[Imagem: Pete Vukusic] Tinta autolimpante mantém casas e edifícios limpos e higienizados Redação do Site Inovação Tecnológica - 04/12/2008 Diferença entre duas superfícies, uma que usa o revestimento (esquerda) e outra que não utiliza (direita).[Imagem: AStar] Tinta pode identificar objetos roubados e cédulas falsas Agência Fapesp - 10/11/2004 Superfície anti-adesão mantém insetos fora de casa Redação do Site Inovação Tecnológica - 27/09/2013 O segredo da superfície anti-insetos está na precisa microestrutura do material, que se contrapõe ao apoio das patas dos insetos. Material iridescente poderá ser obtido a partir do cultivo de algas Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/11/2007 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO Predominam as operações físicas �Mistura �Dispersão �Completagem � Filtração �Envase Conversões químicas �Produção das matérias-primas �Secagem do filme após aplicação Fábricas de tinta – recebem matérias-primas prontas para a mistura. Etapas: � Pesagem das matérias-primas de acordo com a formulação. � Pré-mistura para formação de pastas do veículo e pigmento (dispersão). � Dispersão da pré-mistura em moinhos, especialmente moinhos de areia. � Completagem da tinta (adição e ajuste dos constituintes, especialmente o solvente, até a proporção desejada). � Acertos finais (acréscimo de aditivos, acerto de cores e outros necessários para definição do produto final). � Filtração e envase. ETAPAS DE PRODUÇÃO DA TINTA Para execução dessas operações: � Tanques (armazenamento de matérias-primas, agitação e mistura, completagem e ajustes finais). � Misturadores � Moinhos para dispersão de pigmentos no veículo. Moinhos de areia, de rolos e de bolas. Diferentes meios de moagem: areia, zirconita, etc. Desagregamento dos pigmentos e cargas. Formação de uma dispersão maximizada e estabilizada desses sólidos. Otimização do poder de cobertura e da tonalidade da tinta durante um período de tempo correspondente à validade da mesma. � Unidades de enlatamento e embalagem. MISTURADORES MISTURADORES MISTURADORES Fluxograma – Produção de tinta base água TINTAS BASE ÁGUA Fluxograma – Produção de tinta base solvente Fluxograma – Produção de tinta base solvente TINTAS BASE SOLVENTE TINTAS EM PÓ � A aplicação é geralmente feita por meio de processos eletrostáticos, isto é, o pó é carregado com carga elétrica proporcionada por um revólver nebulizador especial para tal finalidade. Entre o revólver e a peça a ser pintada há a formação de um campo elétrico e de uma diferença de potencial adequada. TINTAS EM PÓ �O pó fica aderido eletricamente na superfície da peça por um período de tempo (alguns minutos) suficiente para que esta seja aquecida em uma estufa a uma temperatura adequada para que ocorra a fusão do pó e em seguida a formação do revestimento. Revestimento a leito fluidizado TINTAS EM PÓ �Tintas em pó termoplásticas: o pó depois de aplicado é aquecido a uma temperatura superior à da fusão quando então o líquido resultante recobre a superfície; �O resfriamento da peça para as condições normais de temperatura transforma esse revestimento líquido em um revestimento duro e protetor. TINTAS EM PÓ �Tintas em pó termoconvertíveis: ocorre uma reação entre a resina e o agente de cura após a fusão do pó. Ocorre então, a formação de uma outra espécie química com um peso molecular muito grande; como consequência as propriedades físicas e químicas do revestimento são maximizadas. �As tintas em pó do tipo termoconvertíveis são mais importantes na pintura de produtos industriais tais como, eletrodomésticos, tubos de aço para oleodutos, etc. �São exemplos: tintas em pó epóxi, tintas em pó epóxi – poliéster, tintas em pó acrílicas, poliéster puro, etc. TINTAS EM PÓ TINTAS EM PÓ �Pré-mistura - Os componentes da fórmula são misturados em um misturador de produtos sólidos até se conseguir uma relativa homogeneização. �Extrusão - O produto da pré-mistura é extrudado em uma extrusora cujo canhão tenha zonas de diferentes temperaturas. A temperatura de saída do material é ao redor de 95 °C. �Na extrusão ocorre a homogeneização do material TINTAS EM PÓ �Resfriamento - O material extrudado é resfriado em uma cinta de aço resfriadora. �Granulação - O produto resfriado é granulado em partículas de tamanho variando entre 2 a 3 mm. TINTAS EM PÓ �Moagem - O produto granulado é moído em um micronizador dotado de sistema de classificação e possível de ser regulado para que se obtenha uma determinada distribuição granulométrica do pó. � Um perfil granulométrico típico apresenta partículas com tamanhos variando entre 10 e 100 micrômetros. �Classificação e envase - O processo de envasamento deve estar acoplado a um sistema de classificação granulométrica a fim de evitar que, partículas maiores que o especificado, contamine o produto embalado. TINTAS EM PÓ IMPACTOS AMBIENTAIS DO SETOR Os principais impactos ambientais do setor podem estar associados tanto ao processo produtivo, como à geração de efluentes, ao próprio uso dos produtos ou mesmo à geração de resíduos de embalagem pós-uso. • EMISSÕES ATMOSFÉRICAS • Compostos orgânicos voláteis (VOC) � combustão incompleta; � emissões durante todas as etapas do processo de fabricação, especialmente quando realizados em equipamentos abertos; � Emissões fugitivas de silos de matéria-prima; � limpeza de equipamentos; � vazamentos de selos, gaxetas e válvulas de tubulações. • Materiais particulados � relacionada, principalmente, aos processos de pesagem de matérias- primas sólidas (pós) e dispersão IMPACTOS AMBIENTAIS DO SETOR • EFLUENTES LÍQUIDOS � Lavagem dos equipamentos entre os lotes de cores diferentes � Água � Solvente � NaOH � Óleos e graxas � Pigmentos � Fosfatos • RESÍDUOS SÓLIDOS � Embalagens de insumos � Material filtrante (pó) Componentes básicos das tintas Composição das tintas � Nem todas as tintas contêm todos os tipos de componentes estudados. � Componentes combinados em concentrações diferentes proporcionam tintas com propriedades diferentes. � Composição da tinta é estudada a partir da comparação entre os componentes que a compõe. Concentração de Pigmentos em Volume (PVC) Principal parâmetro � Baixa porcentagem de resina � PVC alto � Tintas mais foscas � Menor lavabilidade � Menor resistência mecânica � Elevada porosidade e permeabilidade. ↑resina ↓PVC � CPVC - PVC ao qual a quantidade de ligante é a mínima necessária para cobrir as cargas e os pigmentos. � Zona de elevada instabilidade mecânica e à armazenagem. � Depende do tipo de pigmentos, cargas e ligante presentes na formulação. �Determinação é feita experimentalmente. Tintas de baixa qualidade� possuem pouca resina, impedindo que as moléculas reajam para formar a película. Tintas de melhor qualidade� possuem alto teor de sólido (resina + pigmento). Aspecto microscópico da superfície pintada Tinta com PVC alto - fosca Tinta com PVC baixo - semibrilho PVC = 80 % � Filme seco é aberto e poroso � Superfície fosca � Apresenta alta permeabilidade ao vapor de água � Não há risco de empolamento � Tintas interiores e exteriores. PVC = 20 %: � Superfície brilhante com boa proteção do substrato. � Baixa permeabilidade ao vapor de água. � Filme de polímero é fechado e apresenta risco de empolamento e baixa adesão em úmido. � Tintas acetinadas e de alto brilho, como os esmaltes.
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