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CONTABILIDADE 
TRIBUTÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ii 
 
 
 
Sumário 
UNIDADE 1 – DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS 
UNIDADE 2 – TRIBUTOS SOBRE O FATURAMENTO 
UNIDADE 3 – TRIBUTOS SOBRE A RENDA 
UNIDADE 4 – OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 30 
APÊNDICE A ........................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
 
 
 
 
UNIDADE 1 - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
1.1 INTRODUÇÃO 
 
 Conforme a Lei 11.638/07 as empresas de capital aberto no Brasil estão 
obrigadas a elaborar e apresentar relatórios contábeis que são: Balanço Patrimonial (BP), 
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), Demonstração das Mutações do 
Patrimônio Líquido (DMPL), Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), Demonstração do 
Valor Adicionado (DVA), acompanhados das Notas Explicativas. De acordo com Iudícibus 
et al. (2010, p. 02) O Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil que apresenta de 
forma qualitativa e quantitativa a posição patrimonial e financeira da empresa em um 
determinado período. Tem por finalidade apresentar a posição financeira e patrimonial da 
empresa em determinada data, representando, portanto, uma posição estática. Conforme o 
artigo 178 da Lei nº 6.404/76, “... no balanço, as contas serão classificadas segundo os 
elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a 
análise da situação financeira da companhia”. 
 O artigo 187 da lei 6.404/76 define o conteúdo da Demonstração do Resultado 
do Exercício, que deve ser apresentada na forma dedutiva, com os detalhes necessários das 
receitas, despesas, ganhos e perdas e definindo claramente o lucro ou prejuízo líquido do 
exercício, e por ação, sem confundir-se com a conta de Lucros Acumulados, onde é feita a 
distribuição ou alocação do resultado. As Demonstrações das Mutações do Patrimônio 
Líquido (DMPL) conforme Iudícibus et al. (2010, p.5) evidencia a mutação do patrimônio 
líquido em termos globais (novas integralizações de capital, resultado do exercício, ajustes 
de exercícios anteriores, dividendos, ajuste de avaliação patrimonial, etc.) e em termos de 
mutações internas (incorporações de reservas ao capital, transferências de lucros acumulados 
para reservas e vice-versa, etc.). 
A Demonstração dos Fluxos de Caixa visa mostrar como ocorreram as 
movimentações de disponibilidades em um dado período de tempo. 
 A Demonstração do Valor Adicionado tem como objetivo principal informar o 
valor da riqueza criada pela empresa e a forma de distribuição. E conforme Iudícibus et al. 
(2010, p. 6) as demonstrações contábeis devem ser complementadas por notas explicativas, 
quadros analíticos ou outras demonstrações necessárias à plena avaliação da situação e da 
evolução patrimonial da empresa. 
 
 
 
A DVA não era obrigatória no Brasil, até ser divulgada a Lei 11.638/07, que 
introduziu alterações à Lei 6.404/76, tornando obrigatória para as companhias abertas, sua 
elaboração e divulgação como parte das demonstrações contábeis divulgadas no final de 
cada exercício. Mesmo antes de se tornar obrigatória, a DVA era incentivada e sua 
divulgação apoiada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Conselho Federal de 
Contabilidade (CFC). 
 
 Pequena Empresa 
 O artigo 3º da Lei Complementar Federal 123/2006, define Microempresa e 
empresa de pequeno porte da seguinte forma: 
Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se 
microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a 
sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o 
empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 
(Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou 
no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: 
I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta 
igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e 
II - no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, 
receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou 
inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). 
 O pronunciamento técnico PME – Contabilidade para pequenas e médias 
empresas, emitido pelo CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis, dá a seguinte 
definição: 
1.2 Pequenas e médias 
empresas são empresas que: 
 
(a) não têm obrigação pública de prestação de contas; e 
(b) elaboram demonstrações contábeis para fins gerais para 
usuários externos. Exemplos de usuários externos incluem 
proprietários que não estão envolvidos na administração do negócio, 
credores existentes e potenciais, e agências de avaliação de crédito. 
 
 O fragmento de texto abaixo reforça a importância de pequenas empresas na 
economia, não somente do Brasil, mas como do mundo, segundo HALL, Rosemar J. et. al. 
(2012) 
As Micro e Pequenas Empresas (MPE) estão em crescimento em todo o 
mundo, elas já fazem parte do mercado globalizado, formando um pilar na 
economia nacional, fornecendo a maioria dos empregos e gerando renda, sendo 
uma realidade fundamental à economia. Mas apesar de haver grande número de 
MPE, ainda é elevado o índice de empresas que fecham as portas antes de 
completarem cinco anos de atividades, Maciel et al. (2002) afirma que isso 
geralmente ocorre devido gestão inadequada. Que pode ocorrer por falta de 
fornecimento de informações úteis, para a gestão o que pode levar as empresas à 
 
 
 
descontinuidade, principalmente as MPE, é necessário que empresários e 
contadores atuem em conjunto auxiliando no andamento dessas empresas (PIRES; 
COSTA; HAHN, 2011). 
 
 
1.2 TRIBUTAÇÃO DAS EMPRESAS NO BRASIL 
 
O Código Tributário Nacional – CTN define tributo como 
 Art. 3º. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em 
moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção 
de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada. 
 
No Brasil, existem algumas formas distintas de se apurar o valor dos tributos devidos, 
dependendo da modalidade de tributação escolhida pelas empresas, considerando também o 
seu porte. Sendo assim, é importante o conhecimento desses modelos tributários existentes 
no país. 
 Para entender o que é planejamento tributário é preciso compreender o que é tributo, 
conforme o Código Tributário Nacional (CTN) está definido o conceito de tributo nos arts. 
3°. 
 
 “Art. 3° Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor 
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada 
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.” 
 
Nota-se que o tributo é uma obrigação estabelecida por lei, em que há um pagamento 
recolhido pela União, os Estados, Municípios e o Distrito Federal em moeda corrente, não 
podendo ser pago de outra forma e nem de maneiras em que o contribuinte expresse sua 
vontade. O descumprimento da obrigação acarretará em penalidades por não desenvolver 
atividades conforme a lei prevê. 
 Estabelece no art. 4º do CTN: 
 “Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é 
determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo 
irrelevantes para qualificá-la: 
I - a denominação e demais características formais adotadas 
pela lei; 
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação." 
 
Segundo FABRETTI (2006, p.129) denomina-se fato gerador a concretização da 
hipótese de incidência tributária prevista em abstratona lei, que gera a obrigação tributária. 
 
 
 
 
 
1.1 - ESPÉCIES DE TRIBUTOS 
 Dispõe no art. 5º do CTN: Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e 
contribuições de melhoria. 
 
 
1.1.1. - Imposto 
 
Define-se imposto no art.16 do CTN: 
“Art.16 Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma 
situação independentemente de qualquer atividade específica, relativa ao 
contribuinte.” 
"O fato gerador do imposto é uma situação (por exemplo, aquisição de 
renda, prestação de serviços etc.) que não supõe nem se conecta com nenhuma 
atividade do Estado especificamente dirigida ao contribuinte. Ou seja, para exigir 
imposto de certo indivíduo, não é preciso que o Estado lhe preste algo 
determinado." (AMARO, 2007, p.30). 
 
Na visão de AMARO, além de atenderem as informações conforme o conceito 
de tributo seguem as características, é instituído perante a previsão legal de fatos naturais, 
que uma vez ocorridos gera a obrigação tributária. O que pode dizer é que os impostos não 
incorporam em seu conceito, a destinação é prevista na atuação do Estado que de algum jeito 
possa ser referida ao contribuinte. 
Os impostos podem ser diretos ou indiretos. 
 
1.1.2 - Taxas 
Estabelece no art. 77 e 78 do CTN, Art.18 da Constituição Federal (Redação de 
1969), e o Art. 145 da Constituição Federal de 1988 (CF) a definição de taxas: 
 “Art. 77 As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo 
Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas 
atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de 
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público 
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua 
disposição. 
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato 
gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada 
em função do capital das empresas. (Redação do art.3º, art.10 do AC 
 
 
 
nº 34/67).” 
 “Art. 78 Considera-se poder de polícia atividade da 
administração pública que, limitando ou disciplinando direito, 
interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, 
em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à 
ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao 
exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou 
autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito 
à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.” 
"Art. 18 Além dos impostos previstos nesta Constiuição, 
compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios 
instituir: 
I - taxas arrecadadas em razão do exercício do poder de 
polícia ou pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos 
específicos e divisíveis prestados ao contribuinte ou postos à sua 
disposição." 
"Art. 145 A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela 
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e 
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição." 
Pelo serviço prestado pela administração pública de verificar 
as condições do local em que se pretende instalar uma indústria e por 
sua autorização para funcionamento, paga-se uma taxa. No caso da 
Prefeitura Municipal de São Paulo, a Taxa de Licença de Instalação 
e Funcionamento (TLIF). (FABRETTI, 2006, p.111). 
É característico da taxa a especialização do serviço, e 
proveito direto ou por ato do contribuinte, ao passo, que, na 
aplicação do imposto, não se procura apurar se há qualquer interesse, 
direto e imediato, por parte de quem o paga: se tem capacidade 
econômica e está vinculado a determinada comunidade política, 
nada mais indaga o legislador para que o submeta ao gravame fiscal 
sob a forma de imposto.(BALEEIRO, 2010, atualizada por DERZI, 
p.540). 
 
1.1.3. - Contribuições de Melhoria 
Segundo FABRETTI (2006, p.111) desde a edição do CTN (1966) já estava a 
contribuição de melhoria especificada como um tributo, diferente do imposto e da taxa, 
portanto uma terceira espécie. O CTN dispõe que só podem ser cobradas se, em virtude de 
obra pública, decorrer valorização imobiliária para o contribuinte (arts. 81 e 82): 
"Art. 81 A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, 
pelo Distrito Federal, ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas 
atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra 
valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada, e como limite 
individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel 
beneficiado." 
“Art. 82 A lei relativa à contribuição de melhoria observa os seguintes 
requisitos mínimos: 
 
 
 
I - publicação prévia dos seguintes elementos: 
a) memorial descritivo do projeto; 
b) orçamento do custo da obra; 
c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela 
contribuição; 
d) delimitação da zona beneficiada; 
e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para a 
toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas. 
II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação, pelos 
interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior; 
III – regulamentação do processo administrativo de instrução e 
julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua 
apreciação judicial.” 
 
A contribuição de melhoria oferece matiz próprio e específico: ela não é a 
contraprestação de um serviço público incorpóreo, mas a recuperação do enriquecimento 
ganho por um proprietário em virtude de obra pública concreta no local da situação do 
prédio. Daí a justificação do tributo pelo princípio do enriquecimento sem causa, peculiar ao 
Direito Privado. (BALEEIRO, 2010, atualizada por DERZI, p.570). 
Do exposto, isto é, a adoção pelo Direito brasileiro do critério do 
benefício e não o do custo, o fato gerador da contribuição de melhoria é a 
valorização efetiva do imóvel, de que seja proprietário, ou enfiteuta, o 
contribuinte, por decorrência de uma das obras públicas arroladas pelo Dec.-Lei 
nº 195, de 1967. (BALEEIRO, 2010, atualizada por DERZI, p.579) 
 
 1.2. - Impostos Diretos 
 
Os impostos diretos incidem sobre a renda e sobre o patrimônio, são os 
contribuintes que devem assumir com a obrigação, segue os seguintes impostos diretos: 
Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 
(CSLL), Imposto Territorial Rural (ITR), Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e 
Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA). 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 2 – TRIBUTOS SOBRE O FATURAMENTO 
 
2.1 – ICMS 
 
ICMS é o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e 
sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de 
Comunicação, é instituído pelos Estados e Distrito Federal, ele é não cumulativo, que quer 
dizer que o imposto pago nas entradas será descontado do imposto cobrado nas saídas. 
 
Princípio da não cumulatividade - Impostos indiretos 
 Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre 
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de 
 Contabilização do ICMS Recuperável 
 Contabilização do ICMS Não-Recuperável 
 Tratamento nas devoluções, abatimentos e descontos 
ICMS é o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e 
sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de 
Comunicação, é instituído pelos Estados e Distrito Federal,ele é não cumulativo, que quer 
dizer que o imposto pago nas entradas será descontado do imposto cobrado nas saídas. 
Conforme lei 87/1996, art. 2º: 
 “O imposto incide sobre: 
 I - operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de 
alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares; 
 II - prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, 
de pessoas, bens, mercadorias ou valores; 
 III - prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a 
geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de 
comunicação de qualquer natureza; 
 IV - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na 
competência tributária dos Municípios; 
 V - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto sobre 
serviços, de competência dos Municípios, quando a lei complementar aplicável expressamente o 
sujeitar à incidência do imposto estadual...” 
 
 
 
 
Toda empresa que for inscrita no cadastro de contribuintes do ICMS, conforme 
sua atividade, paga o imposto, já aquelas que não são inscritas pagam o imposto quando 
importam mercadorias de outro país. 
Para FABRETTI (2006, p.169): 
 “É assegurado ao contribuinte, salvo disposição expressa de lei em 
contrário, o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado relativo à 
mercadoria entrada (real ou simbolicamente) em seu estabelecimento, em razão de 
operações regulares e tributadas.” 
 
Para creditar-se do ICMS, é necessário que esteja destacado em Nota fiscal ou cupom 
fiscal conforme a legislação vigente. 
Segue abaixo alíquotas do ICMS nas operações interestaduais nos Estados da Região 
Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste, Sul e Estado do Espírito Santo: 
REGIÃO DO 
CONTRIBUINTE ALÍQUOTA REGIÃO DO DESTINATÁRIO 
NORTE 
12% 
QUALQUER QUE SEJA A REGIÃO DO 
DESTINATÁRIO 
NORDESTE 
CENTRO-OESTE 
ESTADO DO ESPÍRITO 
SANTO 
SUDESTE 12% SUDESTE E SUL 
SUL 12% SUDESTE E SUL 
SUDESTE 
7% 
NORTE, NORDESTE, CENTRO-OESTE OU 
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. SUL 
Elaborado pelos autores. 
As alíquotas no Estado de São Paulo são regulamentadas pelo Decreto nº 
45.490/2000, onde nas operações ou prestações internas ou naquelas que forem iniciadas no 
exterior: 
ALÍQUOTA CASOS 
18% REGRA GERAL 
12% PARA TRANSPORTE, OU CASOS ESPECIAIS DE REDUÇÃO DE ALÍQUOTA 
7% PARA GÊNEROS ALIMENTÍCIOS CONSIDERADOS ESSENCIAIS POR LEI 
25% 
PARA TELECOMUNICAÇÕES, FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA 
E OUTRAS ATIVIDADES ECONÔMICAS INDICADAS EM LEI 
Fonte: RICMS Elaborado pela autora. 
FABRETTI (2006, p. 169), ressalta que só podem gerar crédito: 
a) As entradas de mercadorias destinadas á revenda; 
b) As entradas de insumos ( matéria – prima, material de embalagem, 
produtos intermediários etc. ) utilizados na elaboração de produto destinados á 
venda, cujas saídas sejam tributadas. 
 
 
 
Como regra geral, se a saída for isenta ou não tributária, o crédito pela entrada deverá ser 
anulado por lançamento de estorno. 
Entretanto, em casos especiais é permitida manutenção do crédito do ICMS mesmo em saída 
isenta ou não tributária. 
Exemplo; Lei complementar n° 87/96. 
“Art. 21. O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto de que se tiver creditado 
sempre que o serviço tomado ou a mercadoria entrada no estabelecimento: 
§ 2° Não se estornam créditos referentes a mercadorias e serviços que venham a ser objeto 
de operações ou prestações destinadas ao exterior.” 
A partir da CF/1988, foi ampliada a hipótese de incidência do ICM para ICMS, passando a 
abranger, também a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicações. 
O ICMS incide também sobre as operações com energia elétrica, combustíveis líquidos e 
gasosos, lubrificantes e minerais, que antes da CF/88 estavam sujeitos apenas ao Imposto Único 
Federal. 
Pela Emenda Constitucional n° 3/93, foram incluídos na incidência do ICMS os serviços de 
telecomunicações. 
 
Perfil de GARE ICMS. 
 
Figura 5: Modelo de GARE ICMS. 
 
Os impostos Indiretos incidem sobre o produto, o preço da mercadoria e serviços, 
não tem qualquer variação na renda do contribuinte, podem se destacar como por exemplo: 
Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto sobre Produtos 
Industrializados (IPI), Imposto sobre Serviços de qualquer natureza (ISSQN), Programa de 
Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP) 
e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS). 
 
 
 
 
Conforme lei 87/1996, art. 2º: 
 “O imposto incide sobre: 
I - operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o 
fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos 
similares; 
II - prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, 
por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores; 
III - prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, 
inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a 
repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza; 
IV - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não 
compreendidos na competência tributária dos Municípios; 
V - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao 
imposto sobre serviços, de competência dos Municípios, quando a lei 
complementar aplicável expressamente o sujeitar à incidência do imposto 
estadual...” 
 
Toda empresa que for inscrita no cadastro de contribuintes 
do ICMS, conforme sua atividade, paga o imposto, já aquelas que 
não são inscritas pagam o imposto quando importam mercadorias de 
outro país. 
Para FABRETTI (2006, p.169): 
 “É assegurado ao contribuinte, salvo disposição expressa de lei 
em contrário, o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado 
relativo à mercadoria entrada (real ou simbolicamente) em seu 
estabelecimento, em razão de operações regulares e tributadas.” 
 
 Para creditar-se do ICMS, é necessário que esteja destacado em Nota 
fiscal ou cupom fiscal conforme a legislação vigente. 
 Segue abaixo alíquotas do ICMS nas operações interestaduais nos 
Estados da Região Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste, Sul e Estado do Espírito Santo: 
REGIÃO DO 
CONTRIBUINTE ALÍQUOTA REGIÃO DO DESTINATÁRIO 
NORTE 
12% 
QUALQUER QUE SEJA A 
REGIÃO DO DESTINATÁRIO 
NORDESTE 
CENTRO-OESTE 
ESTADO DO ESPÍRITO 
SANTO 
SUDESTE 12% SUDESTE E SUL 
SUL 12% SUDESTE E SUL 
SUDESTE 
7% 
NORTE, NORDESTE, 
CENTRO-OESTE OU ESTADO DO 
ESPÍRITO SANTO. SUL 
Elaborado pelos autores. 
 
 
 
As alíquotas no Estado de São Paulo são regulamentadas pelo Decreto nº 
45.490/2000, onde nas operações ou prestações internas ou naquelas que forem iniciadas no 
exterior: 
ALÍQUOTA CASOS 
18% REGRA GERAL 
12% 
PARA TRANSPORTE, OU CASOS ESPECIAIS DE REDUÇÃO DE 
ALÍQUOTA 
7% 
PARA GÊNEROS ALIMENTÍCIOS CONSIDERADOS ESSENCIAIS POR 
LEI 
25% 
PARA TELECOMUNICAÇÕES, FORNECIMENTO DE ENERGIA 
ELÉTRICA 
E OUTRAS ATIVIDADES ECONÔMICAS INDICADAS EM LEI 
Elaborado pelos autores. 
 
FABRETTI (2006, p. 169), ressalta que só podem gerar crédito: 
a) As entradas de mercadorias destinadas á revenda; 
b) As entradas de insumos ( matéria – prima, material de 
embalagem, produtos intermediários etc. ) utilizados na elaboração de 
produto destinados á venda, cujas saídas sejam tributadas. 
Como regra geral, se a saída for isenta ounão tributária, o crédito 
pela entrada deverá ser anulado por lançamento de estorno. 
Entretanto, em casos especiais é permitida manutenção do crédito 
do ICMS mesmo em saída isenta ou não tributária. 
Exemplo; Lei complementar n° 87/96. 
“Art. 21. O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto de 
que se tiver creditado sempre que o serviço tomado ou a mercadoria 
entrada no estabelecimento: 
§ 2° Não se estornam créditos referentes a mercadorias e serviços 
que venham a ser objeto de operações ou prestações destinadas ao 
exterior.” 
A partir da CF/1988, foi ampliada a hipótese de incidência do ICM 
para ICMS, passando a abranger, também a prestação de serviços de 
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicações. 
O ICMS incide também sobre as operações com energia elétrica, 
combustíveis líquidos e gasosos, lubrificantes e minerais, que antes da 
CF/88 estavam sujeitos apenas ao Imposto Único Federal. 
Pela Emenda Constitucional n° 3/93, foram incluídos na incidência 
do ICMS os serviços de telecomunicações. 
 
Perfil de GARE ICMS. 
 
 
 
 
Figura 5: Modelo de GARE ICMS. 
 
 
 
2.2. - IPI e ISSQN 
 
O ISS é regido pela lei Ordinária de cada Município ou Distrito 
Federal, que deve guardar congruência material com lei Complementar n° 
116, de 31 de Julho de 2003, com outras leis complementares e com o 
código Tributário Nacional em relação ás “normas de direito tributário”. 
De acordo com art. 1° da lei Complementar n° 116, o imposto 
Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e 
do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços 
constantes da lista anexa àquela lei, ainda que esses não se constituam 
como atividade preponderante do prestador. O imposto incide também 
sobre o serviço proveniente do exterior do país ou cuja prestação se tenha 
iniciado no exterior do país e incide também sobre serviços prestados 
mediante a utilização de bens e serviços públicos explorados 
economicamente mediante autorização, permissão ou concessão com 
pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário final do serviço. A 
exigência do ISS não depende da denominação dada ao serviço prestado. 
No passado, havia certa certeza acerca da não incidência do ISS nas 
operações que constituíam fato gerador do IPI, mas, após o advento da lei 
n° 116/03, tal certeza deixou de existir. (ANDRADE FILHO, 2005, p. 
106.) 
Para FABRETTI (2006, p.190) na venda de um produto 
industrializado por R$ 100,00, que é o preço negociado entre 
vendedor e comprador, a lei determina que sobre esse preço seja 
calculado do IPI, por exemplo, de 20%. Ele deve ser destacado na 
 
 
 
nota fiscal e cobrado do comprador, por ordem e conta da União. O 
vendedor (responsável) torna - se depositário desse IPI cobrado do 
comprador (contribuinte de fato) nos termos da lei n° 8.866/94. 
Na nota fiscal constará: 
PREÇO DA 
MERCADORIA 
 R$ 
100,00 
IPI - 20% 
 R$ 
20,00 
TOTAL DA NOTA 
FISCAL 
 R$ 
120,00 
 
Ainda conforme FABRETTI (2006, p.189) o IPI é, na realidade, 
também um imposto sobre a circulação econômica, e grava sua etapa 
inicial, ou seja, a produção ou importação. 
Os produtos mais essenciais devem ser menos tributados ou até 
isentos, elevando - se tributação para os considerados supérfluos ou até 
nocivos, como, por exemplo, o cigarro. 
Sua sistemática é semelhante á do ICMS na forma de escrituração 
e apuração do imposto devido. Entretanto, o IPI, que nada mais é do que o 
antigo Imposto de Consumo com outra denominação tem como 
contribuinte de fato o consumidor final. 
 
2.3 - PIS/PASEP e COFINS 
Para ANDRADE FILHO (2005, p.106) as leis n° 10.637/02 e 
10.833/03 introduziram profundas modificações no marco legal das 
contribuições devidas ao Pis/PASEP e COFINS formando, 
essencialmente, pelas leis complementares n° 7 e 8/70 e 70/91, além da lei 
n° 9.718/98 e alterações posteriores. As referidas leis não revogaram 
regime previsto na lei n° 9.718/98, mas criaram o regime da não-
cumulatividade para maioria das pessoas jurídicas; antes disto haviam sido 
editadas para criação do regime de tributação monofásica para certas 
atividades. Essas modificações foram completas pelas leis n° 10.865/04 e 
10.925/05 e pelas medidas provisórias n° 202/04 206/04. De entremeio foi 
editada a medida provisória n° 164/04 para instituir a exigência das 
referidas contribuições sobre bens e serviços importados. 
(Fabretti, 2006, p. 185 a 186) O PIS foi criado pela lei 
Complementar n° 7, de 7-9-70, e o recolhimento, semestral. 
Os Decretos - leis n° 2.445/88 e 2.499/88 alteraram a base de 
cálculo para receita bruta operacional (faturamento + receitas financeiras 
+ variações monetárias ativas) a alíquota de 0,65% e recolhimento mensal. 
Entretanto, por decisão do STF, esses decretos foram considerados 
inconstitucionais, uma vez que a base de cálculo só pode ser alterada por 
lei e não decreto. 
As normas que vigoram desde 1° -2-99 para o PIS (Sistema 
Cumulativo) são as seguintes: Contribuintes 
I - As pessoas Jurídicas de direito Privado e as que lhe são 
equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, inclusive as empresas 
públicas e as sociedades de economia mista e suas subsidiárias, com base 
no faturamento do mês. 
II - As entidades sem fins lucrativos definidos como empregadoras 
pela legislação trabalhista e as fundações, com base na folha de salário. 
 
 
 
A sua base cálculo é do faturamento, entendido este como o total 
da receita bruta, conforme definida, para efeito fiscal, no art. 3° da lei n° 
9.718/98, e comentada na seção 17.52.2, letra b. 
Alíquotas em geral 0.65% sobre o faturamento e sobre a folha de 
salário 1%. Suas penalidades á contribuição para PIS/PASEP aplicam - se 
as penalidades e demais acréscimos previstos na legislação do IR (Lei n° 
9.715/98, art. 9°). 
 
FABRETTI, 2006 p.181 183 A Contribuição social sobre 
faturamento - COFINS (sistema cumulativo), Normas anteriores a 1999 
para financiar a Seguridade Social, a CF estabeleceu, como fonte de 
receita, contribuições sociais, na forma de seu art. 195, que para o 
empregador são as que incidem sobre o faturamento, o lucro e a folha de 
salários. 
A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social 
(COFINS) foi instituída pela lei Complementar n° 70/91. 
Sua alíquota era de 2% e incidia sobre o faturamento, assim 
considerada a receita bruta das vendas de mercadorias e serviços (art. 2°). 
Não integram a receita o IPI (quando destacado separadamente no 
documento fiscal ), as vendas canceladas ou devolvidas e os descontos 
incondicionais já abatidos na própria nota fiscal ( parágrafo único, art. 2° 
). 
São isentas da COFINS: as sociedades cooperativas quanto aos 
atos cooperativos próprios de suas finalidades; as sociedades civis de 
profissão regulamentada (art. 1° do Decreto - lei n° 2.397/87); as entidades 
beneficentes de assistência social que atendam as exigências estabelecidas. 
Alterações no art. 195 da CF, no final de 1998, as normas 
referentes às contribuições sociais foram profundamente alteradas pela 
Emenda Constitucional n° 20, de 15-12-98 ( DOU de 16-12-98 ). 
"Art. 1° A Constituição Federal passa a vigorar com as seguintes 
alterações: 
'Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, 
de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos 
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na 
forma da lei, incidentes sobre: 
a) a folha de salários e demaisrendimentos do trabalho pagos ou 
creditados, a qualquer título, á pessoa física que lhe preste serviço, mesmo 
sem vinculo empregatício; 
b) a receita ou o faturamento; 
c) o lucro. 
Essa emenda constitucional acrescentou, também, o § 9° ao art. 
195 da CF: 
"§ 9° As contribuições sociais previstas no inciso I deste artigo 
poderão ter alíquotas ou bases de calculo diferenciadas, em razão da 
atividade econômica ou da utilização intensiva de mão-de-obra." 
Essas alterações praticamente resolverão, a favor do governo 
federal, várias discussões judiciais sobre as contribuições sociais, em 
prejuízo das empresas. 
Analisem - se as principais alterações de maior impacto no 
aumento da carga tributária, comparando-as antes e depois da Emenda 
Constitucional n° 4: 
Contribuinte: antes: apenas o empregador (conceito da CLT); 
 
 
 
depois: empregador, empresa ou entidade a ela equiparada na 
forma da lei. 
A base de cálculo antes: folha de salários (conceito da CLT) 
depois: folha de salários e demais rendimentos de trabalho pagos ou 
creditados a pessoas físicas a qualquer título ( por exemplo: honorários, 
pró-labore, remuneração de autônomos e avulsos etc.). 
Note - se que essa alteração tornou constitucional dos momentos 
alternativos para ser considerado ocorrido o fato gerador: no pagamento ou 
no credito. 
Antes: o faturamento: depois a receita ou o faturamento. 
O faturamento, no conceito técnico e tradicional do termo, é a 
receita obtida pela venda de bens ou pela prestação de serviços. O 
faturamento era a base de cálculo da COFINS. 
A inclusão, no texto constitucional, do termo receita tornou 
possível somar na base de calculo da COFINS e do PIS/PASEP, além do 
faturamento, em princípio, toda e qualquer outra receita que a lei não 
excepcionar pouco importando se ela é operacional ou não. 
Portanto, as alterações feitas nas letras a e b do inciso I ampliaram, 
de forma significativa, a base de cálculo sobre a qual incidirão as alíquotas 
do INSS - Empregador, COFINS e PIS/PASEP. 
Outra alteração relevante é a introdução do novo § 9°, que permite 
a lei estabelecer alíquotas ou bases de calculo diferentes para as 
contribuições sobre a folha e demais rendimentos. 
Permite, também, estabelecer " alíquotas e bases de cálculos 
diferenciadas em razão da atividade econômica ou da utilização intensiva 
de mão-de-obra". 
Essa nova norma da inteira liberdade ao legislador para modifica-
las, aumentando a tributação para uns e reduzindo para outros, 
modificações essas sujeitas apenas ao principio da anterioridade restrita de 
90 dias, próprio das contribuições sociais (§ 6° do art. 195 da CF), o que 
atenda contra o princípio maior da segurança jurídica. 
Art. 8° Fica elevada para três por cento (3%) a alíquota da 
COFINS. 
Perfil de DARF COFINS. 
 
Figura 6: Modelo de DARF. 
 
 
 
 
 
2.4 SIMPLES NACIONAL 
 
 O Simples Nacional é regido pela Lei Complementar n 123/2006, e suas 
devidas alterações. Esta lei define quais são as pessoas jurídicas ou pessoas a ela equiparadas 
que podem optar por este regime de tributação, bem como os limites de receita anual, forma 
de apuração dos tributos e recolhimento, bem como outras providências. 
 A opção por este regime tributário é efetuada no site da Receita Federal, mais 
especificamente pelo Portal do Simples Nacional, e é irretratável para todo o ano. 
Este modelo de tributação foi criado para simplificar a vida do empreendedor de 
pequeno porte, pois ele unifica oito tributos em um único boleto, que é o DAS, e na maioria 
dos casos, reduz sua carga tributária. Os tributos abrangidos são ISS, ICMS, IPI, PIS, 
COFINS, IRPJ, CSLL e CPP. Em outros modelos de tributação, estes tributos tem 
arrecadação em guias distintas e possuem uma forma de apuração mais complexas e 
diferenciadas. 
O faturamento é um dos principais critérios utilizados para identificar as empresas 
que podem optar pelo Simples Nacional. Se a empresa possui um faturamento de 
R$3.600.000,00 no mercado interno e R$ 3.600.000,00 no mercado externo (total de R$ 
7.200.000,00) por ano, ela provavelmente se enquadra. Porém há outros fatores que influem 
na possibilidade de enquadramento, como atividade pretendida. Alguns exemplos são: 
empresa que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia 
elétrica; que exerça atividade de importação de combustíveis; que exerça atividade de 
importação ou fabricação de automóveis e motocicletas; que exerça atividade de produção 
ou venda no atacado de cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, 
munições e pólvoras, explosivos, detonantes, bebidas alcoólicas, refrigerantes, inclusive 
águas saborizadas gaseificadas, cervejas sem álcool, entre outras. 
Algumas atividades se enquadram no Simples, mas não valem a pena pelo valor da 
alíquota a partir de determinadas faixas. Para determinação do valor a ser recolhido 
mensalmente no Simples Nacional, é apurada a receita bruta mensal, pelo regime de 
competência ou caixa, conforme a opção escolhida. Deve ser segregada a receita bruta 
auferida por tipo de atividade, se houver mais de uma, e sobre esta será aplicado o percentual 
específico para cada receita, conforme os anexos constantes na Lei Complementar 123/2006. 
 
 
 
Para empresas enquadradas no Simples Nacional, não há muitas obrigações 
acessórias a serem entregues à administração tributária. Anualmente, deverão entregar a 
Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais (DEFIS), que é disponibilizada no 
ambiente da empresa no Portal do Simples Nacional. Estas empresas não estão obrigadas, 
até então, à entrega de nenhum dos projetos do SPED (exceto o e-Social, que ainda não está 
em vigor), apesar de muitas empresas serem adeptas à Nota Fiscal Eletrônica. 
A contabilização do simples será feita da seguinte forma: 
 
D- IMPOSTOS SOBRE FATURAMENTO – SIMPLES 
C- IMPOSTOS A PAGAR 
 
A conta “Impostos sobre faturamento – Simples” faz parta do grupo Deduções 
da Receita, na Demonstração do Resultado do Exercício e a conta impostos a pagar é uma 
conta do passivo circulante. 
 
 
 
UNIDADE 3 – TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE A RENDA 
3.1 TIPOS DE TRIBUTAÇÃO 
 
Os tributos sobre a renda poderão ser calculados sobre três formas: lucro real, lucro 
presumido e lucro arbitrado. 
 
3.1.1 LUCRO REAL 
 
 Segundo Fabretti (2008, p. 219), o lucro real é apurado pelo lucro ou prejuízo 
contábil ajustado pelas adições, exclusões e compensações. 
A Receita Federal do Brasil apresenta o conceito do lucro real como a base de cálculo 
do imposto sobre a renda apurada de acordo com os registros contábeis e fiscais efetuados 
de acordo com a legislação vigente. A apuração do lucro real é feita na parte A do LALUR 
(Livro de Apuração do Lucro Real), mediante adições e exclusões ao lucro líquido societário 
e compensações de prejuízos fiscais, de acordo com o regulamento do imposto de renda e 
outros atos legais e infralegais posteriores. 
O artigo 248 do Decreto nº 3.000/1999, dispõe que lucro líquido do período de 
apuração é a soma algébrica do lucro operacional, dos resultados não operacionais, e das 
participações, e deverá ser determinado com observância dos preceitos da lei comercial. 
Gazola (2012), observa que o termo “lucro líquido” utilizado pelo Regulamento do 
Imposto de Renda, foi aplicado de forma irregular, pois na verdade refere-se ao resultado 
apurado antes do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o 
Lucro Líquido. 
 
Empresas obrigadas ao lucro real 
 
 Estão sujeitas ao regime de tributação com base no lucro as pessoas jurídicas, 
segundo o regulamento doimposto de renda (RIR/1999), em seu artigo 246: 
 
1. ................................................................................................................. C
uja receita total, ou seja, o somatório da receita bruta mensal, das demais receitas e 
ganhos de capital, dos ganhos líquidos obtidos em operações realizadas nos mercados 
de renda variável e dos rendimentos nominais produzidos por aplicações financeiras 
de renda fixa, da parcela das receitas auferidas nas exportações às pessoas vinculadas 
ou aos países com tributação favorecida que exceder ao valor já apropriado na 
escrituração da empresa, na forma da IN SRF nº 38, de 1997, no ano-calendário 
anterior, seja superior ao limite de R$24.000.000,00 (vinte e quatro milhões de reais), 
 
 
 
ou de R$2.000.000,00 (dois milhões de reais) multiplicado pelo número de meses do 
período, quando inferior a doze meses; 
 
2. ................................................................................................................. C
ujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de 
desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e 
investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, 
valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, 
empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros 
privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; 
 
3. ................................................................................................................. Q
ue tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; 
 
4. ................................................................................................................. Q
ue, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à 
isenção ou redução do imposto; 
 
5. ................................................................................................................. Q
ue, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal do imposto 
de renda, determinado sobre a base de cálculo estimada, na forma do art. 2º da Lei nº 
9.430, de 1996; 
 
6. ................................................................................................................. Q
ue explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de 
assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, 
administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios 
resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). 
 
Período de apuração 
 
 Conforme disposto nos artigos 220, 221 a 227, 230, 856 e 858, do Decreto nº 
3.000/1999, o lucro real deve ser apurado: 
- a cada trimestre (real, presumido ou arbitrado), encerrando o período em 31 de 
março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano calendário. O pagamento 
deve ser feito em quota única ou em três quotas mensais, iguais e sucessivas, com valor não 
inferior a R$ 1.000,00 cada, vencíveis no último dia do mês subsequente ao do encerramento 
do trimestre; 
 - Anualmente, a pessoa jurídica se obriga ao pagamento mensal do imposto, 
relativamente aos meses do ano-calendário, por estimativa, encontrando a base de cálculo 
de acordo com as alíquotas definidas na legislação para o lucro presumido. 
 
 
 
 Os pagamentos do imposto podem ser feitos por balanços de suspensão ou 
redução da estimativa, conforme segue: 
 - Redução, quando o lucro real apurado no ano-calendário fizer com que o 
imposto a pagar seja menor que o cálculo efetuado com base na receita bruta; 
 - Suspensão, quando o lucro real apurado no ano-calendário for negativo, ou 
a soma do imposto pago superar o imposto calculado sobre o lucro real apurado no ano até 
o mês a que corresponder o imposto mensal a pagar. 
 
3.1.2 LUCRO ARBITRADO 
 
 O lucro arbitrado é uma exceção das opções de tributação no Brasil. É 
utilizada pelas empresas obrigadas ao lucro real, mas que não tem condições de fazer a 
apuração, ou ainda, por meio de punição pelo fisco quando a escrituração contábil e os 
tributos estão confeccionados e calculados de forma irregular ou incorreta. Esta opção é de 
forma trimestral. 
 O lucro arbitrado é disciplinado pelo artigo 530 do Decreto nº 3.000/1999, 
conforme segue abaixo, na íntegra: 
 
Art. 530. O imposto, devido trimestralmente, no decorrer do 
ano-calendário, será determinado com base nos critérios do lucro 
arbitrado, quando: 
I - o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro 
real, não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais, 
ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela 
legislação fiscal; 
II - a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte 
revelar evidentes indícios de fraudes ou contiver vícios, erros ou 
deficiências que a tornem imprestável para: 
a) identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive 
bancária; ou 
b) determinar o lucro real; 
III - o contribuinte deixar de apresentar à autoridade 
tributária os livros e documentos da escrituração comercial e fiscal, 
ou o Livro Caixa, na hipótese do parágrafo único do art. 527; 
IV - o contribuinte optar indevidamente pela tributação com 
base no lucro presumido; 
V - o comissário ou representante da pessoa jurídica 
estrangeira deixar de escriturar e apurar o lucro da sua atividade 
separadamente do lucro do comitente residente ou domiciliado no 
exterior (art. 398); 
 
 
 
VI - o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as 
normas contábeis recomendadas, Livro Razão ou fichas utilizados 
para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos 
efetuados no Diário. 
 
 
3.1.3 LUCRO PRESUMIDO 
 
O lucro presumido é um modelo de tributação, aplicado às pessoas jurídicas, de 
acordo com as regras determinadas pela Receita Federal, utilizado como forma de facilitar o 
cálculo da apuração do imposto de renda devido ao fisco. 
Segundo Oliveira et al (2002, apud O mesmo autor considera que, ao introduzir a 
figura do lucro presumido como alternativa de tributação opcional para algumas pessoas 
jurídicas, a legislação teve como objetivo facilitar as rotinas burocráticas e administrativas 
de algumas organizações de menor porte e menor nível de estrutura, uma vez que a apuração 
do lucro real envolve maior complexidade de rotinas contábeis e tributárias. 
 
 
 
 
UNIDADE 4 - SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL 
 
Neste capítulo serão apresentadas as principais obrigações acessórias existentes tais 
como: Sped Contábil, Sped Fiscal e DCTF, bem como o sped aplicado ao 
Instituído pelo Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007, o Sistema Público de 
Escrituração Digital (SPED) faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento do 
Governo Federal (PAC 2007-2010) e constitui-se em mais um avanço na informatização da 
relação entre o fisco e os contribuintes. 
Para a Receita Federal do Brasil, o SPED veio para determinar um novo tipo de 
relacionamento com o contribuinte, baseado em transparência mútua, gerando reflexos 
positivos para toda a sociedade. Além disso, em sua página que disciplina sobre a 
apresentação do projeto SPED, acrescenta que este, de modo geral, consiste na modernização 
dos procedimentos existentes na legislação para o cumprimento das obrigações acessórias 
transmitidas pelos contribuintes às administrações tributárias e aos órgãos fiscalizadores. 
Campos (2012) sintetizou as premissas do SPED com as seguintes palavras 
(...) o SPED foi desenvolvido considerando como principais 
premissas:uso de documento eletrônico com validade jurídica para 
todos os fins através da utilização da Certificação Digital no padrão 
ICP-Brasil; compartilhamento de informações entre os entes 
legalmente interessados; redução de custos para o contribuinte; 
mínima interferência no ambiente de negócios das empresas; 
disponibilização de aplicativos fiscais de uso opcional pelo 
contribuinte (BRASIL, 2007b). 
A ECF – Escrituração Contábil Fiscal, que substituiu a DIPJ - Declaração de 
Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica -, e foi entregue pela primeira vez em 
2015, ano-calendário 2014, foi muito especulada por alguns estudiosos, que previam os 
novos mecanismos que pudessem ser implantados pela Receita Federal para melhor 
fiscalização, visto a representatividade do Imposto sobre a Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) 
na arrecadação de impostos da competência tributária da União. Duarte (2009, p. 145, apud 
Campos 2012) antecipou essa situação quando afirmou que “com o SPED o Fisco poderá 
analisar os dados contábeis, financeiros e fiscais e, no futuro validar e, até mesmo sugerir o 
valor do tributo a ser recolhido pela empresa”. 
As principais ferramentas do SPED são: o SPED Contábil (ECD), o SPED Fiscal 
(EFD-ICMS/IPI), SPED Contribuições (EFD-Contribuições), a Nota Fiscal Eletrônica (NF-
e), Nota Fiscal de Serviços eletrônica (NFS-e), Conhecimento de Transporte eletrônico (CT-
e), ECF (Escrituração Contábil Fiscal) e o e-Social. 
 
 
 
 De acordo com o Código Tributário Nacional, a obrigação tributária pode ser 
principal acessória. A obrigação principal é a de pagar o tributo ou penalidade pecuniária. Já 
a obrigação acessória, é o que define-se abaixo: 
 
 § 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por 
objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da 
arrecadação ou da fiscalização dos tributos. 
 § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, 
converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. 
 
 
4.1 SPED Contábil 
 
A Escrituração Contábil Digital (ECD) é um arquivo digital contendo a escrituração 
dos seguintes livros: I - livro Diário e seus auxiliares; II - livro Razão e seus auxiliares; III - 
livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento comprobatórias dos 
assentamentos neles transcritos. Esse arquivo deverá ser assinado digitalmente e transmitido, 
via Internet, ao ambiente SPED. Vale ressaltar o pioneirismo do CFC em relação à 
Escrituração Contábil Digital (ECD), já que esse Conselho normatizou a Escrituração 
Contábil em Forma Eletrônica, no ano de 2005, precedendo a criação do próprio SPED. 
A normatização emitida pelo CFC para a Escrituração Contábil em Forma Eletrônica 
previu os requisitos de uso da certificação digital no padrão ICP-Brasil, autenticação dos 
livros e estabeleceu o seu leiaute. A Resolução nº. 1.299/2010 promoveu a harmonização 
entre a Escrituração Contábil em Forma Eletrônica, do CFC, e a Escrituração Contábil 
Digital, do SPED. O CFC vem participando ativamente dos assuntos relacionados ao SPED, 
desde o convite da RFB em 2004, com o Projeto de leiaute Unificado da escrituração contábil 
na forma eletrônica/digital (CFC, 2010ª). 
4.2 SPED Fiscal 
 
A Escrituração Fiscal Digital do Imposto sobre operações relativas à Circulação de 
Mercadorias e sobre prestações de Serviços de transportes interestadual e intermunicipal e 
de comunicação (ICMS) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), ou EFD 
ICMS/IPI é um arquivo digital, constituído por um conjunto de escriturações de documentos 
fiscais e de outras informações de interesse das Secretarias de Fazenda, Tributação ou 
Finanças dos Estados e do Distrito Federal e da Secretaria da Receita Federal do Brasil, bem 
como de registros de apuração de impostos referentes às operações e prestações praticadas 
 
 
 
pelo contribuinte do ICMS e do IPI. O arquivo deverá ser assinado, digitalmente, e 
transmitido, via Internet, ao ambiente do SPED. (BRASIL, 2012c). 
A EFD ICMS/IPI foi instituída pelo Convênio ICMS nº 143, de 15 de dezembro de 
2006. Essa escrituração contém os livros fiscais obrigatórios exigidos pela legislação do 
ICMS e IPI que são: I - Livro Registro de Entradas; II - Livro Registro de Saídas; III - Livro 
Registro de Inventário; IV - Livro Registro de Apuração do IPI; V - Livro Registro de 
Apuração do ICMS; e VI - Documento Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente 
(CIAP). 
A obrigatoriedade de envio da EFD teve inicio no exercício fiscal de 2009, aplicada 
a grupos de contribuintes determinados por decisão conjunta das Secretarias Estaduais e 
Distrital de Fazenda, Tributação ou Finanças e da Receita Federal do Brasil (BRASIL, 
2006). 
 
4.3 NF-e, NFS-e e CT-e 
 
 A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) é um documento fiscal que existe apenas 
digitalmente, emitido e armazenado eletronicamente, com o objetivo de documentar, para 
fins fiscais, uma operação de circulação (venda) de mercadorias, ocorrida entre duas ou mais 
partes, com recepção, pelo fisco, do documento eletrônico, antes da ocorrência do fato 
gerador. Sua validade jurídica é garantida pela assinatura digital do remetente e da 
autorização de uso fornecida pela administração tributária do domicílio do contribuinte. O 
arquivo eletrônico da NF-e é o XML. Para acompanhamento da mercadoria, desde o 
remetente até o destinatário, é emitido o DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal 
Eletrônica). Nem todos os contribuintes estão obrigados à utilização de nota fiscal eletrônica 
em suas operações, até o momento. 
O Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) é um documento de existência 
exclusivamente digital, emitido e armazenado eletronicamente, com o objetivo de 
documentar uma prestação de serviços de transportes, cuja validade jurídica é garantida pela 
assinatura digital do emitente e a Autorização de Uso fornecida pela administração tributária 
do domicílio do contribuinte. Esse documento eletrônico utiliza o mesmo formato da NF-e. 
A Nota Fiscal de Serviços eletrônica (NFS-e) é um documento de existência digital, 
gerado e armazenado eletronicamente em Ambiente Nacional pela RFB, pela prefeitura ou 
por outra entidade conveniada com o intuito de documentar prestação de serviços de 
 
 
 
competência Municipal, referente ao ISSQN. Embora a NF-e permita documentar essas 
prestações, inúmeras Administrações Tributárias Municipais adotaram padrão próprio, 
como, por exemplo, a NFS-e adotada pela Prefeitura de São Paulo. Segundo essa Prefeitura 
a Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) é o documento emitido e armazenado 
eletronicamente em sistema próprio da Prefeitura da Cidade de São Paulo, com o objetivo 
de registrar as operações relativas à prestação de serviços. 
Existe previsão legal para celebração de convênio entre os municípios e Estado para 
utilização da NF-e visando documentar conjuntamente as operações de circulação de 
mercadorias com a prestação de serviços de competência municipal, constituindo a chamada 
nota fiscal conjugada (ICMS e ISSQN). 
 
4.4 EFD Contribuições 
 
A Escrituração Fiscal Digital PIS/Cofins (EFD Pis/Cofins) é um arquivo digital 
instituído no SPED, a ser utilizado pelas pessoas jurídicas de direito privado na escrituração 
da Contribuição para o PIS/Pasep14 e da Cofins15, nos regimes de apuração não-cumulativo 
e/ou cumulativo, com base no conjunto de documentos e operações representativos das 
receitas auferidas, bem como dos custos, despesas, encargos e aquisições geradores de 
créditos da não-cumulatividade (BRASIL, 2010). 
Em consequência do advento da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, a EFD 
PIS/COFINSpassou a denominar-se Escrituração Fiscal Digital das Contribuições 
incidentes sobre a Receita (EFD-Contribuições), nos termos do artigo 2º da Instrução 
Normativa RFB nº 1.252, de 1º de março de 2012: 
A obrigatoriedade dessa Escrituração Fiscal Digital teve início a partir de 1º de 
janeiro de 2012 para as pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com 
base no Lucro Real e 1º de janeiro de 2013, as demais pessoas jurídicas sujeitas à tributação 
do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Presumido ou Arbitrado (BRASIL, 2012b). 
 
4.6 E-SOCIAL 
O e-Social é o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, 
Previdenciárias e Trabalhistas, instituído pelo Decreto nº 8.373 de 11 de dezembro de 2014. 
É um projeto do governo federal que vai unificar o envio de informações pelo empregador 
em relação aos seus empregados, e também faz parte do SPED. A unificação do banco de 
 
 
 
dados com relação às informações fiscais, trabalhistas e previdenciárias, tem por objetivo 
consolidar estas informações em uma única base nacional. 
Atualmente, são entes participantes: a Caixa Econômica Federal, representando 
o Conselho Curador do FGTS; o Instituto Nacional do Seguro Social, INSS; o Ministério da 
Previdência Social, MPS; o Ministério do Trabalho e Emprego, MTE; e a Receita Federal 
do Brasil. 
Algumas premissas do e-Social são de que as informações serão seguras, 
unificadas, flexíveis, simples e úteis. Estas informações serão prestadas por meios dos 
“Eventos Inciais” e “Tabelas” do empregador/contribuinte, “Eventos Periódicos” e “Eventos 
não Periódicos”, que serão informados em um aplicativo próprio no ambiente corporativo 
(ou WEBSERVICE) ou no e-Social online (Aplicativo WEB) e posteriormente transmitidas 
ao ambiente nacional do e-Social, utilizando certificação digital. Após isto, o contribuinte 
pode salvar seus recibos de entrega e protocolos de envio, e as informações se tornam 
disponíveis para todos os entes interessados. 
O e-Social, até o ano de 2015, não foi aplicado da forma que era inicialmente 
prevista, sendo somente ao final do mês de novembro deste mesmo ano, liberada a versão 
para empregadores domésticos. Este projeto integrante do SPED, visa também diminuir o 
lapso temporal que existe entre empregado e empregador nas relações de trabalho, uma vez 
que todo o processo entre estas duas partes é gerado por meio da folha de pagamento, que 
por sua vez, ainda é manual e não eletrônica. 
 
 
 
 
 
Figura 1 – Situação a partir do eSocial – Empregadores 
 
 
 
 
Fonte: Apresentação Padrão eSocial 
 
 
Figura 2 – Situação a partir do eSocial – Empregados 
 
 Fonte: Apresentação Padrão eSocial 
 
 Antes da data de implantação do e-Social, a SEFIP permanecerá como a 
obrigação acessória para prestar informações devidas. 
 Não existe ainda estudos empíricos acerca do tema específico “eSocial”, visto 
que é um projeto extremamente recente, e que ainda não opera para ser avaliado seus 
impactos práticos no cotidiano das empresas. 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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2014 
 
Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei no 
6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e 
estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de 
demonstrações 
financeiras. Brasília, 28 dez. 2007. Disponível em 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm>. 
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contabilidade: para graduação, 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002. 
 
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