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apostila tj pr 2015 tecnicojudiciario

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Técnico Judiciário
Edital nº 19 / 2013
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SUMÁRIO
Português - Prof. Carlos Zambeli. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Matemática - Prof. Dudan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119
Matemática - Prof. Edgar Abreu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 349
Noções de Direito e Legislação - Prof. Cristiano Zucco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 433
Noções de Direito e Legislação - Prof. André Vieira. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1077
Noções de Direito e Legislação - Profª Alessandra Vieira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1447
Noções de Direito e Legislação - Prof. Cristiano de Souza . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1469
Noções de Direito e Legislação - Prof. Giuliano Tamagno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1485
Informática - Prof. Márcio Hunecke . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1507
Conhecimentos Gerais e Atualidades - Prof. Cássio Albernaz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1717
Conhecimentos Gerais e Atualidades - Prof. Edir Vieira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1929
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Português
Professor Carlos Zambeli
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Português
Ortografia
Os Porquês
1. Por que 
Por qual motivo / Por qual razão / O motivo pelo qual / Pela qual 
 • Por que não me disse a verdade? 
 • Gostaria de saber por que não me disse a verdade. 
 • As causas por que discuti com ele são sérias demais. 
2. por quê = por que 
Mas sempre bate em algum sinal de pontuação!
 • Você não veio por quê?
 • Não sei por quê. 
 • Por quê? Você sabe bem por quê!
 
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3. porque = pois 
 • Ele foi embora, porque foi demitido daqui.
 • Não vá, porque você é útil aqui.
4. porquê = substantivo 
Usado com artigos, pronomes adjetivos ou numerais. 
 • Ele sabe o porquê de tudo isso. 
Este porquê é um substantivo.
Quantos porquês existem na Língua Portuguesa?
Existem quatro porquês.
HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS
Homônimos
Vocábulos que se pronunciam da mesma forma, e que diferem no sentido. 
 • Homônimos perfeitos: vocábulos com pronúncia e grafia idênticas (homófonos e 
homógrafos). 
São: 3ª p. p. do verbo ser.
 • Eles são inteligentes. 
São: sadio. 
 • O menino, felizmente, está são. 
São: forma reduzida de santo. 
 • São José é meu santo protetor.
Eu cedo essa cadeira para minha professora!
Eu nunca acordo cedo! 
Ortografia – Português – Prof. Carlos Zambeli
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 • Homônimos imperfeitos: vocábulos com pronúncia igual (homófonos), mas com grafia 
diferente (heterógrafos).
Cessão: ato de ceder, cedência 
Seção : corte, subdivisão, parte de um todo
Sessão: Espaço de tempo em que se realiza uma reunião 
Parônimos
Vocábulos ou expressões que apresentam semelhança de grafia e pronúncia, mas que diferem 
no sentido. 
Cavaleiro: homem a cavalo 
Cavalheiro: homem gentil 
Acender: pôr fogo a 
Ascender: elevar-se, subir
Acessório: pertences de qualquer instrumento; que não é principal 
Assessório: diz respeito a assistente, adjunto ou assessor 
Caçado: apanhado na caça
Cassado: anulado
Censo: recenseamento
Senso: juízo
Cerra: do verbo cerrar (fechar)
Serra: instrumento cortante; montanha; do v. serrar (cortar)
Descrição: ato de descrever
Discrição: qualidade de discreto
Descriminar: inocentar
Discriminar: distinguir, diferenciar
Emergir: sair de onde estava mergulhado
Imergir: mergulhar
Emigração: ato de emigrar
Imigração: ato de imigrar
Eminente: excelente
Iminente: sobranceiro; que está por acontecer
 
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Empossar: dar posse
Empoçar: formar poça
Espectador: o que observa um ato
Expectador: o que tem expectativa
Flagrante: evidente
Fragrante: perfumado
Incipiente: que está em começo, iniciante
Insipiente: ignorante
Mandado: ordem judicial
Mandato: período de permanência em cargo
Ratificar: confirmar
Retificar: corrigir
Tacha: tipo de prego; defeito; mancha moralTaxa - imposto
Tachar: censurar, notar defeito em; pôr prego emTaxar - determinar a taxa de 
Tráfego: trânsito
Tráfico: negócio ilícito
Acento: inflexão de voz, tom de voz, acento 
Assento: base, lugar de sentar-se
Concerto: sessão musical; harmonia
Conserto: remendo, reparação
Deferir: atender, conceder
Diferir: ser diferente, distinguir, divergir, discordar
Acerca de: Sobre, a respeito de.
 Falarei acerca de vocês. 
A cerca de: A uma distância aproximada de. 
 Mora a cerca de dez quadras do centro da cidade. 
Há cerca de: Faz aproximadamente. 
 Trabalha há cerca de cinco anos
Ao encontro de: a favor, para junto de. Ir ao encontro dos anseios do povo.
De encontro a: contra. As medidas vêm de encontro aos interesses do povo.
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Português
Semântica e Vocabulário
Semântica 
A semântica linguística estuda o significado usado por seres humanos para se expressar através 
da linguagem.
Dependendo da concepção de significado que se tenha, têm-se diferentes semânticas.
Polissemia 
A polissemia é o fato de uma determinada palavra ou expressão adquirir um novo sentido além 
de seu sentido original, guardando uma relação de sentido entre elas.
Exemplos de polissemia:
Eu adoro comer laranja.
Pintei a parede de laranja. 
Esse era o laranja do grupo. 
Depositei o dinheiro neste banco.
Preciso sentar em um banco. 
Essa fruta chama-se manga. 
Rasguei a manga da minha camiseta. 
Palavra + contexto da frase + contexto do parágrafo + ideia do texto
A soma dessa equação chama-se CONTEXTO!
Sinonímia 
Sinônimo é a palavra que tem significado idêntico ou muito semelhante ao de outra.
Edgar passou um trabalho fazendo a prova de Português. 
Edgar passou um sufoco fazendo a prova de Português. 
Edgar passou um aperto fazendo a prova de Português. 
 
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Tenho muita esperança com esse concurso! 
Tenho muita descrença com esse concurso! 
Só escuto verdades no discurso dele. 
Só escuto falsidades/ fantasias no discurso dele.
Ele vive uma realidade estranha. 
Ele vive um sonho estranho. 
Ambiguidade 
Aquilo que pode ter mais de um sentido ou significado. É aquilo que apresenta indecisão, 
hesitação, imprecisão, incerteza, indeterminação.
Papa abençoa fiéis do hospital. Edgar encontrou a esposa em seu carro. A cachorra da minha 
colega é linda. Os alunos viram o incêndio do prédio ao lado.
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Português
Classes de Palavras (Morfologia)/Flexão Nominal e Verbal
A morfologia está agrupada em dez classes, denominadas classes de palavras ou classes 
gramaticais. 
São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição, 
Conjunção e Interjeição.
Substantivo (nome)
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras 
variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos 
também nomeiam:
 • lugares: Brasil, Rio de Janeiro...
 • sentimentos: amor, ciúmes ...
 • estados: alegria, fome...
 • qualidades: agilidade, sinceridade...
 • ações: corrida, leitura...
Destaque zambeliano 
Concretos:
os que indicam elementos reais ou imaginários com existência própria, independentes 
dois sentimentos ou julgamentos do ser humano.
 • Deus, fada, espírito, mesa, pedra.
Abstratos:
os que nomeiam entes que só existem na consciência humana, indicam atos, 
qualidades e sentimentos.
 • vida (estado), beleza (qualidade), felicidade (sentimento), esforço (ação).
 • Dor, saudade, beijo, pontapé, chute, resolução, resposta
 
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Sobrecomuns
Quando um só gênero se refere a homem ou
mulher.a criança, o monstro, a vítima, o 
anjo. 
Comuns de dois gêneros
Quando uma só forma existe para se referir a indivíduos dos dois sexos.
 • o artista, a artista, o dentista, a dentista...
Artigo
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de 
maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o 
número dos substantivos.
Detalhe zambeliano 1
Substantivação!
 • Os milhões foram desviados dos cofres públicos.
 • Não aceito um não de você. 
Detalhe zambeliano 2 
Artigo facultativo diante de nomes próprios. 
 • Cláudia não veio. / A Cláudia não veio. 
Detalhe zambeliano 3 
Artigo facultativo diante dos pronomes possessivos. 
 • Nossa banca é fácil. 
 • A Nossa banca é fácil. 
Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Português – Prof. Carlos Zambeli
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Adjetivo
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se "encaixa" 
diretamente ao lado de um substantivo.
 • O querido médico nunca chega no horário!
 • O aluno concurseiro estuda com o melhor curso. 
Morfossintaxe do Adjetivo: 
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto 
adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).
Detalhe zambeliano!
 • Os concurseiros dedicados estudam comigo. 
 • Os concurseiros são dedicados.
Locução adjetiva 
 • Carne de porco (suína)
 • Curso de tarde (vespertino)
 • Energia do vento (eólica)
 • Arsenal de guerra (bélico)
Pronome
Pessoais 
 • a 1ª pessoa: aquele que fala (eu, nós), o locutor;
 • a 2ª pessoa: aquele com quem se fala (tu, vós) o locutário;
 • a 3ª pessoa: aquele de quem se fala (ele, ela, eles, elas), o assunto ou referente.
As palavras EU, TU, ELE, NÓS, VÓS, ELES são pronomes pessoais. São denominados desta forma 
por terem a característica de substituírem os nomes, ou seja, os substantivos.
 
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 • Vou imprimir uma apostila da Casa do concurseiro para dar no dia da inscrição da Ana. 
 • Vou imprimir uma apostila da Casa do concurseiro para dar no dia da inscrição dela. 
Os pronomes pessoais classificam-se em retos e oblíquos, de acordo com a função que 
desempenham na oração.
RETOS: assumem na oração as funções de sujeito ou predicativo do sujeito.
OBLÍQUOS: assumem as funções de complementos, como o objeto direto, o objeto indireto, o 
agente da passiva, o complemento nominal.
“Não sei, apenas cativou-me. Então, tu tornas-te eternamente responsável por aquilo que 
cativa. Tu podes ser igual a todos outros no mundo, mas para mim serás único.”
Indefinidos
Algum material pode me ajudar. (afirmativo)
Material algum pode me ajudar. (negativo).
Outros pronomes indefinidos: 
tudo, todo (toda, todos, todas), algo, alguém, algum (alguma, alguns, algumas), nada, ninguém, 
nenhum (nenhuma, nenhuns, nenhumas), certo (certa, certos, certas), qualquer (quaisquer), o 
mesmo (a mesma, os mesmos, as mesmas),outrem, outro (outra, outros, outras), cada, vários 
(várias).
Demonstrativos
 Este, esta, isto – perto do falante.
ESPAÇO � Esse, essa, isso – perto do ouvinte.
 Aquele, aquela, aquilo – longe dos dois.
 Este, esta, isto – presente/futuro
TEMPO � Esse, essa, isso – passado breve 
 Aquele, aquela, aquilo – passado distante 
 Este, esta, isto – vai ser dito
 Esse, essa, isso – já foi dito
RETOMADA
Edgar e Zambeli são dois dos professores da Casa do Concurseiro. Este é ensina Português; 
aquele, Matemática.
Possessivos 
 • Aqui está a minha carteira. Cadê a sua?
DISCURSO �
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Verbos
As formas nominais do verbo são o gerúndio, infinitivo e particípio. Não apresentam flexão de 
tempo e modo, perdendo desta maneira algumas das características principais dos verbos. 
Tempo e Modo
As marcas de tempo verbal situam o evento do qual se fala com relação ao momento em que se 
fala. Em português, usamos três tempos verbais: presente, passado e futuro.
Os modos verbais, relacionados aos tempos verbais, destinam-se a atribuir expressões 
de certeza, de possibilidade, de hipótese ou de ordem ao nosso discurso. Essas formas são 
indicativo, subjuntivo e imperativo.
O modo indicativo possui seis tempos verbais: presente; pretérito perfeito, pretérito imperfeito 
e pretérito mais-que-perfeito; futuro do presente e futuro do pretérito.
O modo subjuntivo divide-se em três tempos verbais: presente, pretérito imperfeito e futuro.
O modo imperativo apresenta-se no presente e pode ser afirmativo ou negativo.
Advérbio
É a classe gramatical das palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio. 
É a palavra invariável que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal.
 • Ela reflete muito sobre acordar cedo! 
 • Ela nunca pensa muito pouco! 
 • Ela é muito charmosa. 
O advérbio pode ser representado por duas ou mais palavras: locução adverbial (à direita, 
à esquerda, à frente, à vontade, em vão, por acaso, frente a frente, de maneira alguma, de 
manhã, de súbito, de propósito, de repente...)
 • Lugar: longe, junto, acima, atrás…
 • Tempo: breve, cedo, já, dentro, ainda…
 • Modo: bem, mal, melhor, pior, devagar, (usa, muitas vezes, o sufixo-mente).
 • Negação: não, tampouco, absolutamente…
 • Dúvida: quiçá, talvez, provavelmente, possivelmente…
 • Intensidade: muito, pouco, bastante, mais, demais, tão…
 • Afirmação: sim, certamente, realmente, efetivamente…
 
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Preposição 
Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando o segundo 
ao primeiro, ou seja, o regente e o regido.
Regência verbal: Entregamos aos alunos nossas apostilas no site. 
Regência nominal: Somos favoráveis ao debate.
Zambeli, quais são as preposições?
a – ante – até – após – com – contra – de – desde – em – entre – para – per – perante – 
por – sem – sob – sobre – trás.
 • Lugar: Estivemos em Londres.
 • Origem: Essas uvas vieram da Argentina.
 • Causa: Ele morreu, por cair de um guindaste.
 • Assunto: Conversamos muito sobre política.
 • Meio: Fui de bicicleta ontem.
 • Posse: O carro é de Edison.
 • Matéria: Comprei pão de leite.
 • Oposição: Corinthians contra Palmeiras.
 • Conteúdo: Esse copo é de vinho.
 • Fim ou finalidade: Ele veio para ficar.
 • Instrumento: Você escreveu a lápis.
 • Companhia: Sairemos com amigos.
 • Modo: nas próximas eleições votarei em branco.
Conjunções
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes 
de uma mesma oração.
As conjunções podem ser classificadas em coordenativas e subordinativas
 • Edgar tropeçou e torceu o pé.
 • Espero que você seja estudiosa.
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No primeiro caso temos duas orações independentes, já que separadamente elas têm sentido 
completo: período é composto por coordenação.
No segundo caso, uma oração depende sintaticamente da outra. O verbo “espero” fica sem 
sentido se não há complemento. 
Coordenadas – aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas, explicativas. 
Subordinadas – concessivas, conformativas, causais, consecutivas, comparativas, condicionais, 
temporais, finais, proporcionais. 
Curiosidade
Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração: 
as outras (porém, todavia, contudo, etc.) podem vir no início ou no meio.
Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta.
Ninguém respondeu a pergunta; os alunos, porém, sabiam a resposta
Numeral
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico. Ex.: cinco, dois, duzentos mil
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Ex.: primeiro, segundo, centésimo
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão. Ex.: meio, terço, três quintos
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação
dos seres, indicando quantas vezes a 
quantidade foi aumentada. Ex.: dobro, triplo, quíntuplo, etc.
Interjeição
 
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Classifique a classe gramatical das palavras destacadas (substantivo, adjetivo, advérbio)
A cerveja que desce redondo.
A cerveja que eu bebo gelada.
André Vieira é um professor exigente.
O bom da aula é o ensinamento que fica para nós.
Carlos está no meio da sala.
Leu meia página da matéria.
Aquelas jovens são meio nervosas.
Ela estuda muito.
Não faltam pessoas bonitas aqui.
O bonito desta janela é o visual. 
Vi um bonito filme brasileiro.
O brasileiro não desiste nunca.
A população brasileira reclama muito de tudo. 
O crescimento populacional está diminuindo no Brasil. 
Número de matrimônios cresce, mas gaúchos estão entre os que menos casam no país.
Classifique as palavras destacadas, usando este código
1. numeral
2. artigo indefinido
a) ( ) Um dia farei um concurso fácil!
b) ( ) Tu queres uma ou duas provas de Português?
c) ( ) Uma aluna apenas é capaz de enviar os emails.
d) ( ) Zambeli só conseguiu fazer uma prova? 
e) ( ) Não tenho muitas canetas. Então pegue só uma para você! 
f) ( ) Ontem uma professora procurou por você. 
g) ( ) Escrevi um artigo extenso para o jornal!
h) ( ) você tem apenas um namorado né?
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Preencha as lacunas com os pronomes demonstrativos adequados:
a) A grande verdade é ___________: foi o Zambeli o mentor do plano.
b) Embora tenha sido o melhor plano, ele nunca admitiu _________ fato. 
c) Ninguém conseguiu provar sua culpa, diante _____________, o júri teve de absolvê-lo.
d) Assisti à aula de Português aqui no curso. Uma aula _________ é indispensável para mim!
e) Por que você nunca lava _________ mãos? 
f) Ana, traga ____________ material que está aí do seu lado. 
g) Ana, ajude-me a carregar _______ sacolas aqui. 
Classifique a classe gramatical das palavras numeradas no texto extraído do jornal 
Zero Hora. 
Ciência mostra que estar só pode trazer benefícios, mas também prejudicar a saúde física e 
mental
As (1) pessoas preferem sofrer a ficar sozinhas e desconectadas(2), mesmo que por poucos 
minutos. Foi isso(3) que mostrou um recente(4) estudo realizado por pesquisadores(5) da 
Universidade de(6) Virginia, nos Estados Unidos, e publicado este(7) mês na revista científica(8) 
"Science". Colocados sozinhos em uma sala(9), os voluntários do experimento deveriam passar 
15 minutos sem fazer(10) nada, longe de seus(11) celulares e qualquer outro estímulo, imersos 
em seus pensamentos. Mas(12), caso quisessem, bastava apertar um botão(13) e tomariam 
um choque(14) elétrico(15). 
1. 
2. 
3. 
4. 
5. 
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
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Português
Sintaxe da Oração (Análise Sintática)
Frase: é o enunciado com sentido completo, capaz de fazer uma comunicação. Na frase é 
facultativo o uso do verbo.
Oração: é o enunciado com sentido que se estrutura com base em um verbo.
Período: é a oração composta por um ou mais verbos.
SUJEITO
É o ser da oração ou a quem o verbo se refere e sobre o qual se faz uma declaração. 
Que (me) é que?
“Teus sinais me confundem da cabeça aos pés, mas por dentro eu te devoro.” (Djavan) 
Existem aqui bons alunos, boas apostilas e exemplares professores. 
Discutiu-se esse assunto na aula de Português da Casa. 
Casos especiais 
Sujeito indeterminado – quando não se quer ou não se pode identificar claramente a quem o 
predicado da oração se refere. Observe que há uma referência imprecisa ao sujeito. Ocorre 
a) Com o verbo na 3ª pessoa do plural, desde que o sujeito não tenha sido identificado 
anteriormente. 
Falaram sobre esse assunto no bar do curso. 
“Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão.” 
b) Com o verbo na 3ª pessoa do singular. (VI, VTI, VL) + SE
Precisa-se de muita atenção durante a aula. 
Dorme-se muito bem neste hotel. 
“Fica-se muito louco quando apaixonado.” (Freud) 
 
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Inexistente (oração sem sujeito) – ocorre quando há verbos impessoais na 
oração.
Fenômeno da natureza
Venta forte no litoral cearense! 
Deve chover nesta madrugada. 
Haver - no sentido de existir, ocorrer, ou indicando tempo decorrido.
"Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses.” (Rubem 
Alves)
Havia muitas coisas estranhas naquele lugar.
Deve haver bons concursos neste mês. 
Devem existir bons concursos neste mês.
Fazer – indicando temperatura, fenômeno da natureza, tempo. 
Faz 18ºC em Porto Alegre hoje. 
Deve fazer 40ºC amanhã em Recife. 
Fez calor ontem na cidade.
Faz 3 anos que eu trabalho na Casa do Concurseiro. 
Está fazendo 10 meses que nós nos vimos aqui. 
Ser
É impessoal quando se refere a Horário, Data e Distância. A concordância será feita com o 
predicativo.
Hoje são 29 de abril.
Hoje é dia 29 de abril. 
Eram dezessete horas em Brasília.
Daqui até Porto Alegre são 229 km.
Português – Sintaxe da Oração (Análise Sintática) – Prof. Carlos Zambeli
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Sujeito Oracional 
Estudar para concursos é muito cansativo.
É necessário que vocês estudem em casa. 
“Parecia que era minha aquela solidão.” 
Praticar exercícios frequentemente é bom para a saúde.
Seria interessante se você estudasse pela Casa.
TRANSITIVIDADE VERBAL
1. Verbo Intransitivo (VI) – verbo que não exige complemento. 
“O poeta pena quando cai o pano, e o pano cai.” (Teatro Mágico)
 “Meu coração já não bate nem apanha. ” (Arnaldo Antunes)
2. Verbo Transitivo Direto (VTD) – verbo que precisa de complemento sem preposição.
“O Eduardo sugeriu uma lanchonete, mas a Mônica queria ver o filme do Godard.” (Legião Urbana)
“Por onde andei enquanto você me procurava?” (Nando Reis)
3. Verbo Transitivo Indireto (VTI) – verbo que precisa de complemento com preposição.
"Cuida de mim, enquanto não me esqueço de você“ (Teatro Mágico)
“Acreditar por um instante em tudo que existe.” (Legião)
4. Verbo Transitivo Direto e Indireto (VTDI) – precisa de 2 complementos. (OD e OI)
“A Mônica explicava ao Eduardo coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar.” (Legião)
“Plantei uma flor no coração dela, e ela me deu um sorriso trazendo paz.” (Natiruts) 
5. Verbo de Ligação (VL) – não indicam ação. 
Esses verbos fazem a ligação entre 2 termos: o sujeito e suas características. Estas características 
são chamadas de predicativo do sujeito. 
“O sonho é a realização de um desejo.” (Freud)
Tu estás cansado agora? 
ser, viver, acha, encontrar, fazer, 
parecer, estar, continuar, ficar, 
permanecer, andar, tornar, virar
 
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ADJUNTO ADVERBIAL 
É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, instrumento, lugar, 
causa, dúvida, modo, intensidade, finalidade, ...). O adjunto adverbial é o termo que modifica o 
sentido de um verbo, de um adjetivo, de um advérbio. 
Advérbio X Adjunto Adverbial 
Hoje eu prometo a você uma taça de vinho na minha casa alegremente!
Ontem assisti à aula do Zambeli na sala confortavelmente
APOSTO X VOCATIVO 
Aposto é um termo acessório da oração que se liga a um substantivo, tal como o adjunto 
adnominal, mas que, no entanto sempre aparecerá com a função de explicá-lo, aparecendo de 
forma isolada por pontuação.
Vocativo é o único termo isolado dentro da oração, pois não se liga ao verbo nem ao nome. 
Não faz parte do sujeito nem do predicado. A função do vocativo é chamar o receptor a que se 
está dirigindo. É marcado por sinal de pontuação.
Edgar, o professor de matemática, também sabe muito bem Português!
Sempre me disseram duas coisas: estude e divirta-se.
“Não chore, meu amor, tudo vai melhorar” (Natiruts)
Adjunto adnominal é o termo que caracteriza e/ou define um substantivo. As classes de 
palavras que podem desempenhar a função de adjunto adnominal são adjetivo, artigos, 
pronomes, numerais, locução adjetiva.
Portanto se trata de um termo de valor adjetivo que 
modificara o nome ao qual se refere.
Artigo – O preço do arroz subiu.
Adjetivos – A política empresarial deve ser o grande debate no seminário. 
Pronome – Algumas pessoas pediram essas dicas.
Numeral – Dez alunos dedicados fizeram o nosso simulado. 
Locução adjetiva – A aula de Português sempre nos emociona muito!
Complemento Nominal
É o termo preposicionado que completa o sentido de um nome (adjetivo, substantivo ou 
advérbio).
Português – Sintaxe da Oração (Análise Sintática) – Prof. Carlos Zambeli
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Temos necessidade de ajuda. 
Estamos confiantes na vitória.
OBS.: o complemento nominal pode ser representado por um pronome oblíquo.
Aquela atitude lhe era prejudicial.
Distinção entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal
a) Somente os substantivos podem ser acompanhados de adjuntos adnominais; já os 
complementos nominais podem ligar-se a substantivos, adjetivos e advérbios. Logo, o 
termo ligado por preposição a um adjetivo ou a um advérbio só pode ser complemento 
nominal. 
b) O complemento nominal equivale a um complemento verbal, ou seja, só se relaciona a 
substantivos cujos significados transitam. Portanto, seu valor é passivo, é sobre ele que 
recai a ação. O adjunto adnominal tem sempre valor ativo. 
CN Adjunto Adnominal
Sempre preposicionado; Nem sempre preposicionado;
Completa substantivo, adjetivo ou advérbio; Refere-se a substantivo abstrato ou concreto;
Sentido passivo. Sentido ativo.
A vila aguarda a construção da escola.
A autora fez uma mudança de cenário.
Observamos o crescimento da economia. 
Assaltaram a loja de brinquedos. 
Sujeito X Objeto Direto 
Existiram algumas reclamações nesta semana. 
Ouvi algumas reclamações nesta semana. 
Bastam três gostas do remédio.
Tomaram três gostas do remédio.
 
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Objeto Direto X Objeto Indireto
Gostamos de todas as matérias!
Estudamos todas as matérias!
Assisti aos vídeos no sábado.
Vi os vídeos no sábado. 
Objeto Indireto X Complemento Nominal
O livro resistiu ao tempo.
O livro ofereceu resistência ao tempo.
Tenho necessidade de algum tempo livre.
Necessito de algum tempo livre. 
Predicativo do sujeito X Adjunto Adverbial
Eu estava nervoso.
Eu estava na rua.
Edgar anda rápido.
Edgar anda estressado. 
Classifique os elementos sublinhados das orações abaixo.
a) O aluno voltou da prova.
b) Fatos impressionantes relatou-nos aquele professor.
c) O professor do curso ofereceu-lhe um lugar melhor na sala.
d) Procurei-a por toda a cidade.
e) “Assaltaram a gramática, assassinaram a lógica...” 
f) Talvez ainda haja questões difíceis.
Português – Sintaxe da Oração (Análise Sintática) – Prof. Carlos Zambeli
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g) Taxa de homicídio cresce em 15 anos no país. 
h) A prova foi interessante.
i) Hotel oferece promoções aos clientes. 
j) Contei-lhe uma historia verdadeira!
 
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Português
Sintaxe do período
Coordenativas: Ligam orações independentes, ou seja, que possuem sentido completo.
1. Aditivas: Expressam ideia de adição, soma, acréscimo. 
São elas: e, nem,não só... mas também, mas ainda, etc.
 • “A alegria evita mil males e prolonga a vida.” (Shakespeare)
 • “No banquete da vida a amizade é o pão, e o amor é o vinho”
 • Não avisaram sobre o feriado, nem cancelaram as aulas.
2. Adversativas: Expressam ideia de oposição, contraste. 
São elas: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, não obstante, etc.
 • “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons.” (Martin Luther 
King) 
 • “Todos caem; apenas os fracos, porém, continuam no chão.” (Bob Marley)
3. Alternativas: Expressam ideia de alternância ou exclusão. 
São elas; ou, ou... ou, ora... ora, quer... quer, etc.
 • “Toda ação humana, quer se torne positiva, quer negativa, precisa depender de 
motivação.” (Dalai Lama)
 • Ora estuda com disposição, ora dorme em cima das apostilas. 
 
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4. Conclusivas: Expressam ideia de conclusão ou uma ideia consequente do que se disse 
antes. São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, assim, de modo que, em vista 
disso então, pois (depois do verbo) etc.
 • Apaixonou-se; deve, pois, sofrer em breve.
 • “Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se 
chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente 
viver.” (Dalai Lama)
5. Explicativas: A segunda oração dá a explicação sobre a razão do que se afirmou na primeira 
oração. São elas: pois, porque, que.
 • “Não faças da tua vida um rascunho, pois poderás não ter tempo de passá-la a limpo.” 
(Mario Quintana)
 • “Prepara, que agora é a hora do show das poderosas.” (Chico Buarque #sqn)
 • Edgar devia estar nervoso, porque não parava de gritar na aula.
Subordinativas: ligam orações dependentes, de sentido incompleto, a uma oração principal 
que lhe completa o sentido. Podem ser adverbiais, substantivas e adjetivas; neste caso, 
estudaremos as conjunções que introduzem as orações subordinadas adverbiais.
1. Causais: Expressam ideia de causa, motivo ou a razão do fato expresso na oração principal. 
São elas: porque, porquanto, posto que, visto que, já que, uma vez que, como, etc.
 • “Choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes.” (Willian 
Shakespeare)
 • “Que eu possa me dizer do amor (que tive): que não seja imortal, posto que é chama. 
Mas que seja infinito enquanto dure.” (Vinicius de Morais) 
2. Comparativas: Estabelecem uma comparação com o elemento da oração principal. São 
elas: como, que (precedido de “mais”, de “menos”, de “tão”), etc.
 • “Como arroz e feijão, é feita de grão em grão nossa felicidade.” (Teatro Mágico)
 • “Esses padres conhecem mais pecados do que a gente...” (Mario Quintana)
Sintaxe do Período – Português – Prof. Carlos Zambeli
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3. Condicionais: Expressam ideia de condição ou hipótese para que o fato da oração principal 
aconteça. São elas: se, caso, exceto se, a menos que, salvo se, contanto que, desde que, 
etc.
“Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres, enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...” (Mario Quintana)
 • “A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria 
inventado a roda..” (Mario Quintana)
4. Consecutivas: Expressam ideia de consequência ou efeito do fato expresso na oração 
principal. São elas: que (precedido de termo que indica intensidade: tão, tal, tanto, etc.), de 
modo que, de sorte que, de maneira que, etc.
“O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.” (Fernando Pessoa)
 • A gente é tão cúmplice um do outro que nem precisa se olhar!
5. Conformativas: Expressam ideia de conformidade ou acordo em relação a um fato expresso 
na oração principal. São elas: conforme, segundo, consoante, como.
 • “Os homens estimam-vos conforme a vossa utilidade, sem terem em conta o vosso 
valor” (Balzac)
 • Como tínhamos imaginado, a Casa do Concurseiro sempre é a melhor opção.
6. Concessivas: Expressam ideia de que algo que se esperava que acontecesse, contrariamente 
às expectativas, não acontece. São elas: embora, conquanto, ainda que, se bem que, 
mesmo que, apesar de que, etc.
 • “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.” (Vinicius de 
Moraes)
 • “É sempre amor, mesmo que mude. É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que 
passou.” (Bidê ou balde)
 
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7. Finais: Expressam ideia de finalidade. São elas: a fim de que, para que, que, etc.
“Para ser grande, sê inteiro; nada teu exagera ou exclui; 
Sê todo em cada coisa; põe quanto és 
No mínimo que fazes; 
Assim em cada lago,
a lua toda 
Brilha porque alta vive.” (Fernando Pessoa)
 • As pessoas devem estudar para que seus sonhos se realizem. 
8. Proporcionais: Expressam ideia de proporção, simultaneidade. São elas: à medida que, à 
proporção que, ao passo que, etc.
 • Ao passo que o tempo corre, mais nervoso vamos ficando.
9. Integrantes: Introduzem uma oração que integra ou completa o sentido do que foi expresso 
na oração principal. São elas: que, se.
 • “Mas o carcará foi dizer à rosa que a luz dos cristais vem da lua nova e do girassol.” 
(Natiruts)
 • “Eu não quero que você esqueça que eu gosto muito de você” (Natiruts)
10. Temporais: expressam anterioridade, simultaneidade, posteridade relativas ao que vem 
expresso na oração principal. São elas: quando, enquanto, assim que, desde que, logo que, 
depois que, antes que, sempre que, etc. 
 • “Quando o inverno chegar, eu quero estar junto a ti .” (Tim Maia)
 • “Só enquanto eu respirar, vou me lembrar de você.” (Teatro Mágico)
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Português
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Pontuação
Emprego da Vírgula
Na ordem direta da oração (sujeito + verbo + complemento(s) + adjunto adverbial), NÃO use 
vírgula entre os termos. Isso só ocorrerá ao deslocarem-se o predicativo ou o adjunto adverbial.
 • As pessoas desta turma enviaram as dicas de Português aos colegas no domingo.
 • As pessoas desta turma enviaram aos colegas as dicas de Português no domingo.
Dica Zambeliana = Não se separam por vírgulas
 • predicado de sujeito = Restam, dúvidas sobre a matéria!
 • objeto de verbo = Informei, ao grupo, o sério problema.
 • adjunto adnominal de nome = A prova, do concurso, estava acessível!
Entre os termos da oração 
1. Para separar itens de uma série. (Enumeração) 
 • Na páscoa, preciso comer também alface, rúcula, brócolis, cenoura, tomate, chocolate!
 • Tempo é um recurso raro, valioso e não renovável.
2. Para assinalar supressão de um verbo.
 • Ele vê filmes no youtube; eu, no cinema.
 
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3. Para separar o adjunto adverbial deslocado.
 • "O preço que se paga, às vezes, é alto demais…"
 • No próximo domingo, farei meu concurso!
 • O tomate, em razão da sua abundância, vem caindo de preço.
Observação: Se o adjunto adverbial for pequeno, a utilização da vírgula não é necessária, a não 
ser que se queira enfatizar a informação nele contida.
 • Ontem comemoramos o seu aniversário.
4. Para separar o aposto.
 • Sempre dei dois conselhos: viva muito e seja feliz!
 • São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um trânsito caótico.
5. Para separar o vocativo.
 • Colega, você pode me emprestar esta caneta?
6. Para separar expressões explicativas, retificativas, continuativas, conclusivas ou enfáticas 
(aliás, além disso, com efeito, enfim, isto é, em suma, ou seja, ou melhor, por exemplo, 
etc.).
 • As indústrias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir mão 
dos lucros altos.
 • Preciso estudar, ou seja, adeus final de semana. 
Entre as orações
1. Para separar orações coordenadas assindéticas.
 • ”Não me falta cadeira, não me falta sofá, só falta você sentada na sala, só falta você 
estar.” (Arnaldo Antunes)
Pontuação – Português – Prof. Carlos Zambeli
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2. As orações coordenadas devem sempre ser separadas por vírgula. Orações coordenadas 
são as que indicam adição (e, nem, mas também), alternância (ou, ou ... ou, ora ... ora), 
adversidade (mas, porém, contudo...), conclusão (logo, portanto...) e explicação (porque, 
pois). 
 • Todos os alunos gostarão dessa dica, no entanto não há chances de ser cobrada na 
prova.
3. Para separar orações coordenadas sindéticas ligadas por “e”, desde que os sujeitos sejam 
diferentes.
 • As pessoas assistiam ao protestos pacificamente, e a polícia respeitava a todos. 
 • Os sentimentos podem mudar com o tempo e as pessoas não entendem isso! 
4. Para separar orações adverbiais, especialmente quando forem longas.
 • Em determinado momento, ele ficou bastante estressado, porque não encontrava vaga 
para estacionar.
5. Para separar orações adverbiais antepostas à principal ou intercaladas, tanto desenvolvidas 
quanto reduzidas.
 • Como pretendia retirar-se logo, aproximou-se da porta.
 • Nossas intenções, conforme todos podem comprovar, são as melhores. 
6. Orações Subordinadas Adjetivas
Podem ser:
a) Restritivas: Delimitam o sentido do substantivo antecedente (sem vírgula). Encerram uma 
qualidade que não é inerente ao substantivo. 
 • As frutas que apodreceram foram descartadas no lixo. 
 • Os protestos que ocorreram em 2013 podem voltar! 
 • As rosas que são vermelhas embelezam o planeta.
 
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b) Explicativas: Explicações ou afirmações adicionais ao antecedente já definido plenamente 
(com vírgula). Encerram uma qualidade inerente ao substantivo. 
 • A telefonia móvel, que facilitou a vida do homem moderno, provocou também 
situações constrangedoras.
 • Os cachorros, que são peludos, devem ser bem tratados neste canil. 
 • As rosas, que são perfumadas, embelezam o planeta.
Emprego do Ponto-e-Vírgula
1. Para separar orações que contenham várias enumerações já separadas por vírgula ou que 
encerrem comparações e contrastes.
 • Os jogadores estavam suados, nervosos, procurando a vitória; os espectadores 
gritavam, incentivavam o time, exigiam resultados; o treinador angustiava-se, projetava 
substituições.
2. Para separar orações em que as conjunções adversativas ou conclusivas estejam deslocadas.
 • As pessoas educadas, todavia, não suportaram aquela atitude.
 • Considere-se, portanto, livre deste compromisso.
 • Esperava encontrar todos os conteúdos na prova; enxerguei, porém, apenas alguns
3. Para alongar a pausa de conjunções adversativas (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, 
etc.), substituindo, assim, a vírgula.
 • Gostaria de estudar hoje; todavia, só chegarei perto dos livros amanhã.
Emprego dos Dois-Pontos
1. Para anunciar uma citação.
 • Lembrando um poema de Vinícius de Moraes: "Tristeza não tem fim, Felicidade sim."
2. Para anunciar uma enumeração, um aposto, uma explicação, uma consequência ou um 
esclarecimento.
 • Sempre tive três grandes amigos: Edgar, Pedro e Sérgio. 
 • Não há motivo para preocupações: tudo já está resolvido.
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Português
Identificação da Ideia Central
Trata-se de realizar “compreensão” de textos, ou seja, estabelecer relações com os 
componentes envolvidos em dado enunciado, a fim de que se estabeleçam a apreensão e a 
compreensão por parte do leitor.
Interpretar x Compreender
INTERPRETAR é COMPREENDER é
 • Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, 
inferir. 
 • APARECE ASSIM NA PROVA
 • Através do texto, infere-se que...
 • É possível deduzir que...
 • O autor permite concluir que
 • Qual é a intenção do autor ao afirmar 
que
 • Intelecção, entendimento, percepção 
do que está escrito.
 • APARECE ASSIM NA PROVA
 • é sugerido pelo autor que
 • De acordo com o texto, é correta ou 
errada a afirmação
 • O narrador afirma
Procedimentos
Enunciados Possíveis
“Qual é a ideia central do texto?” 
“O texto se volta, principalmente, para”
Observação de
1. Fonte bibliográfica;
2. Autor;
3. Título;
4. Identificação do “tópico frasal”; 
5. Identificação de termos de aparecimento frequente (comprovação do tópico);
6. Procura, nas alternativas, das palavras-chave destacadas no texto.
 
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EXEMPLIFICANDO
Banho de mar é energizante?
Embora não existam comprovações científicas, muitos especialistas acreditam que os banhos 
de mar tragam benefícios à saúde. “A água marinha, composta por mais de 80 elementos 
químicos, alivia principalmente as tensões musculares, graças à presença de sódio em sua 
composição, por isso pode ser considerada energizante”, afirma a terapeuta Magnólia Prado de 
Araújo, da Clínica Kyron Advanced Medical Center, de São Paulo. “Além disso, as ondas do mar 
fazem uma massagem no corpo que estimula a circulação sanguínea
periférica e isso provoca 
aumento da oxigenação das células”, diz Magnólia. 
Existe até um tratamento, chamado talassoterapia (do grego thalasso, que significa mar), surgido 
em meados do século IX na Grécia, que usa a água do mar como seu principal ingrediente. 
Graças à presença de cálcio, zinco, silício e magnésio, a água do mar é usada para tratar doenças 
como artrite, osteoporose e reumatismo. Já o sal marinho, rico em cloreto de sódio, potássio e 
magnésio, tem propriedades cicatrizantes e antissépticas. Todo esse conhecimento, no entanto, 
carece de embasamento científico. “Não conheço nenhum trabalho que trate desse tema com 
seriedade, mas intuitivamente creio que o banho de mar gera uma sensação de melhora e 
bem-estar”, diz a química Rosalinda Montoni, do Instituto Oceanográfico da USP.
Revista Vida Simples.
1. Fonte bibliográfica: revista periódica de circulação nacional. O próprio nome da revista – 
Vida Simples – indica o ponto de vista dos artigos nela veiculados.
2. O fato de o texto não ser assinado permite-nos concluir que se trata de um EDITORIAL 
(texto opinativo) ou de uma NOTÍCIA (texto informativo).
3. O fato de o título do texto ser uma pergunta permite-nos concluir que o texto constitui-se 
em uma resposta (geralmente, nos primeiros períodos).
4. Identificação do tópico frasal: percebido, via de regra, no 1º e no 2º períodos, por meio das 
palavras-chave (expressões substantivas e verbais): não existam / comprovações científicas / 
especialistas acreditam / banhos de mar / benefícios à saúde.
5. Identificação de termos cujo aparecimento frequente denuncia determinado enfoque 
do assunto: água marinha / alivia tensões musculares / pode ser considerada energizante / 
terapeuta / ondas do mar / estimula a circulação sanguínea / aumento da oxigenação das células 
/ talassoterapia / água do mar / tratar doenças / conhecimento / carece de embasamento 
científico. 
1. Qual é a ideia central do texto acima?
a) Os depoimentos científicos sobre as propriedades terapêuticas do banho de mar são 
contraditórios.
b) Molhar-se com água salgada é energizante, mas há necessidade de cuidados com infecções.
c) O banho de mar tem uma série de propriedades terapêuticas, que não têm comprovação 
científica.
d) Os trabalhos científicos sobre as propriedades medicinais do banho de mar têm publicações 
respeitadas no meio científico.
e) A água do mar é composta por vários elementos químicos e bactérias que atuam no sistema 
nervoso.
Identificação da Ideia Central – Português – Prof. Carlos Zambeli
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Conclusão
1. Ideia central = palavra-chave 1º e 2º períodos.
2. Comprovação = campo lexical.
3. Resposta correta = a mais completa 
(alternativa com maior número de palavras-chave destacadas no texto).
Campo Lexical
Conjunto de palavras que pertencem a uma mesma área de conhecimento.
Exemplo:
 • Medicina: estetoscópio, cirurgia, esterilização, medicação
 • Concurso, prova, gabarito, resultado, candidato, gabarito 
EXEMPLIFICANDO
Trecho do discurso do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, pronunciado quando da 
declaração de guerra ao regime Talibã.
“Essa atrocidade (o atentado de 11/09, em NY) foi um ataque contra todos nós, contra pessoas 
de todas e nenhuma religião. Sabemos que a Al-Qaeda ameaça a Europa, incluindo a Grã-
Bretanha, e qualquer nação que não compartilhe de seu fanatismo. Foi um ataque à vida e aos 
meios de vida. As empresa aéreas, o turismo e outras indústrias foram afetadas, e a confiança 
econômica sofreu, afetando empregos e negócios britânicos. Nossa prosperidade e padrão de 
vida requerem uma resposta aos ataques terroristas.”
2. Nessa declaração, destacaram-se principalmente os interesses de ordem
a) moral.
b) militar.
c) jurídica.
d) religiosa.
e) econômica.
Gabarito: 1. C 2. E
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Português
Estratégia Linguística
Que que é isso?
Genericamente, estratégias textuais, linguísticas e discursivas seriam "táticas", "escolhas" do 
falante/ escritor com relação ao modo como ele se utiliza da linguagem. 
As estratégias textuais dizem respeito especificamente à construção do texto – oral ou escrito 
–, considerando que o texto é uma tessitura de linguagem que se enquadra em determinada 
esfera e gênero, que detém sentido para o falante e para o interlocutor, e que depende de 
certas características (como coesão e coerência) para ser adequadamente construído e 
apropriadamente chamado de texto. 
As estratégias linguísticas estão mais diretamente ligadas à linguagem em sua acepção 
estruturalista/formalista: léxico, sintaxe, prosódia. As estratégias discursivas dizem respeito à 
linguagem enquanto discurso, ou seja, interação, envolvendo sujeitos, contexto, condições de 
produção.
(Gazeta do Povo, online. 05.03.2009)
 
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1. Palavras Desconhecidas = Paráfrases e Campo Semântico
Paráfrase é a reescritura do texto, mantendo-se o mesmo significado, sem prejuízo do sentido 
original. 
A paráfrase pode ser construída por várias formas:
 • substituição de locuções por palavras; 
 • uso de sinônimos; 
 • mudança de discurso direto por indireto e vice-versa; 
 • conversão da voz ativa para a passiva; 
 • emprego de antonomásias ou perífrases (Machado de Assis = O bruxo do Cosme Velho; o 
povo lusitano = portugueses). 
EXEMPLIFICANDO
1. Como o “interior” é uma região mais ampla e tem população rarefeita, a expressão “se 
dissemina” está sendo empregada com o sentido de “se atenua”, “se dissolve”.
Como regra, a epidemia começa nos grandes centros e se dissemina pelo interior. A incidência 
nem sempre é crescente; a mudança de fatores ambientais pode interferir em sua escalada.
( ) Certo ( ) Errado
Epidemia: manifestação muito numerosa de qualquer fato ou conduta; proliferação 
generalizada.
Disseminar: espalhar(-se), difundir(-se), propagar(-se).
2. Supondo que a palavra “eclético” seja desconhecida para o leitor, a melhor estratégia de que 
ele pode valer-se para tentar detectar o seu significado será
O sucesso deveu-se ao caráter eclético de sua administração. Pouco se lhe dava que lhe 
exigissem sua opinião. Sua atitude consistia sempre em tomar uma posição escolhida entre as 
diversas formas de conduta ou opinião manifestadas por seus assessores.
a) aproximá-la de outras palavras da língua portuguesa que tenham a mesma terminação 
como “político” e “dinâmico”.
b) considerá-la como qualificação de profissionais que atuam na administração de alguma 
empresa.
c) associá-la às palavras “sucesso” e “caráter”, de forma a desvendar o seu sentido correto, 
“que ofusca, que obscurece os demais”.
d) observar o contexto sintático em que ela ocorre, ou seja, trata-se de um adjunto adnominal.
e) atentar para a paráfrase feita no segundo período.
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2. Observação de palavras de cunho categórico: Advérbios & Artigos
3. Seria mantida a coerência entre as ideias do texto caso o segundo período sintático fosse 
introduzido com a expressão Desse modo, em lugar de “De modo geral”
Na verdade, o que hoje definimos como democracia só foi possível em sociedades de tipo 
capitalista, mas não necessariamente de mercado. De modo geral, a democratização das 
sociedades impõe limites ao mercado, assim como desigualdades sociais em geral não 
contribuem para a fixação de uma tradição democrática. 
( ) Certo ( ) Errado
4. Por meio da afirmativa destacada, o autor
Os ecos da Revolução do Porto haviam chegado ao Brasil e bastaram algumas semanas para 
inflamar os ânimos dos brasileiros e portugueses que cercavam a corte. Na manhã de 26 de 
fevereiro, uma multidão exigia a presença do rei no centro do Rio de Janeiro e a assinatura 
da Constituição liberal. Ao ouvir as notícias, a alguns quilômetros dali, D. João mandou fechar 
todas as janelas do palácio São Cristóvão, como fazia em noites de trovoadas.
a) exprime uma opinião pessoal taxativa a respeito
da atitude do rei diante da iminência da 
Revolução do Porto.
b) critica de modo inflexível a atitude do rei, que, acuado, passa o poder para as mãos do 
filho. de modo inflexível – loc. adverbial
c) demonstra que o rei era dono de uma personalidade intempestiva, que se assemelhava a 
uma chuva forte.
d) sugere, de modo indireto, que o rei havia se alarmado com a informação recebida.
e) utiliza-se de ironia para induzir o leitor à conclusão de que seria mais do que justo depor o 
rei. mais do que justo – expressão adverbial
5. Do fragmento Foi o outro grande poeta chileno, infere-se que houve apenas dois grandes 
poetas no Chile.
Há cem anos nasceu o poeta mais popular de língua espanhola, com uma obra cuja força 
lírica supera todos os seus defeitos. Sem dúvida, há um “problema Pablo Neruda”. Foi o outro 
grande poeta chileno, seu contemporâneo Nicanor Parra (depois de passar toda uma longa vida 
injustamente à sombra de Neruda), quem o formulou com maliciosa concisão.
( ) Certo ( ) Errado
6. Assinale a opção correta.
Mas, como toda novidade, a nanociência está assustando. Afinal, um material com 
características incríveis poderia também causar danos incalculáveis ao homem ou ao meio 
ambiente. No mês passado, um grupo de ativistas americanos tirou a roupa para protestar 
contra calças nanotecnológicas que seriam superpoluentes.
a) Coisas novas costumam provocar medo nas pessoas.
b) Produtos criados pela nanotecnologia só apresentam pontos positivos.
c) Os danos ao meio ambiente são provocados pela nanotecnologia.
d) Os ativistas mostraram que as calças nanotecnológicas provocam poluição.
 
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3. Marcadores Linguísticos
 • expressões que indicam soma ou alternância: não só... mas também, ou, etc.;
 • expressões de acréscimo, de progressão, de continuidade ou de inclusão: até, além disso, 
desde, etc.;
 • preposições: até (inclusão ou limite), com (companhia ou matéria), de (diversas relações: 
tempo, lugar, causa, etc.), desde (tempo, lugar, etc.), entre (intervalo, relação, etc.), para 
(lugar, destinatário, etc.), etc.;
 • Exemplos matemáticos: lançado do alto / lançado para o alto; números de 12 a 25 / 
números entre 12 e 25.
EXEMPLIFICANDO
7. Assinale a alternativa que encontra suporte no texto.
Profetas do possível
Até que ponto é possível prever o futuro? Desde a Antiguidade, o desafio de antecipar o dia de 
amanhã tem sido o ganha-pão dos bruxos, dos místicos e dos adivinhos. Ainda hoje, quando 
o planeta passa por mudanças cada vez mais rápidas e imprevisíveis, há quem acredite que 
é possível dominar as incertezas da existência por meio das cartas do tarô e da posição dos 
astros. Esse tipo de profecia nada tem a ver com a Ciência. Os cientistas também apontam seus 
olhos para o futuro, todavia de uma maneira diferente. Eles avaliam o estágio do saber de 
sua própria época para projetar as descobertas que se podem esperar. Observam a natureza 
para reinventá-la a serviço do homem.
Superinteressante
a) O articulador “até” indica o limite de previsibilidade do futuro.
b) A partir da Antiguidade, prever a sorte passou a ser a ocupação de místicos de toda ordem.
c) Profecias e Ciência são absolutamente incompatíveis.
d) Além das cartas de tarô e da posição dos astros, os crédulos atuais buscam saber o futuro 
por meio da consulta a bruxos.
e) Os cientistas não só observam a natureza – como o fazem os místicos –, mas também 
buscam moldá-la às necessidades humanas, considerando o estágio atual do conhecimento.
Gabarito: 1. E 2. E 3. E 4. D 5. C 6. A 7. E
Estratégia Linguística – Português – Prof. Carlos Zambeli
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Estratégia linguística 2 (agora vai)
1. Observação de palavras de cunho categórico:
 • Tempos verbais
 • Expressões restritivas
 • Expressões totalizantes
 • Expressões enfáticas
Tempos Verbais
1. É irrelevante que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-
sucedidos na profissão.
O emprego das formas verbais grifadas acima denota
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. É uma tendência 
que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que entrem na 
faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão. 
O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É 
esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for suficiente, 
que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar. Se ainda for pouco, que 
atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para 
a pobre criança.
a) hipótese passível de realização.
b) fato real e definido no tempo.
c) condição de realização de um fato.
d) finalidade das ações apontadas no segmento.
e) temporalidade que situa as ações no passado.
2. Provoca-se incoerência textual e perde-se a noção de continuidade da ação ao se substituir a 
expressão verbal vem produzindo por tem produzido.
Na verdade, a integração da economia mundial — apontada pelas nações ricas e seus prepostos 
como alternativa única — vem produzindo, de um lado, a globalização da pobreza e, de outro, 
uma acumulação de capitais jamais vista na história, o que permite aos grandes grupos 
empresariais e financeiros atuar em escala mundial, maximizando oportunidades e lucros.
( ) Certo ( ) Errado
 
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Expressões Restritivas
3. Depreende-se da argumentação do texto que o autor considera as instituições como as únicas 
“características fixas” aceitáveis de “democracia”.
Na verdade, o que hoje definimos como democracia só foi possível em sociedades de tipo ca-
pitalista, mas não necessariamente de mercado. De modo geral, a democratização das socie-
dades impõe limites ao mercado, assim como desigualdades sociais em geral não contribuem 
para a fixação de uma tradição democrática. Penso que temos de refletir um pouco a respeito 
do que significa democracia. Para mim, não se trata de um regime com características fixas, 
mas de um processo que, apesar de constituir formas institucionais, não se esgota nelas. [...]
Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista Cult, n.º 137, ano 12, jul./2009, p. 57 (com 
adaptações).
( ) Certo ( ) Errado
4. Considerado corretamente o trecho, o segmento grifado em A colonização do imaginário não 
busca nem uma coisa nem outra deve ser assim entendido:
Posterior, e mais recente, foi a tentativa, por parte de alguns historiadores, de abandonar uma 
visão eurocêntrica da “conquista” da América, dedicando-se a retraçá-la a partir do ponto de 
vista dos “vencidos”, enquanto outros continuaram a reconstituir histórias da instalação de 
sociedades europeias em solo americano. Antropólogos, por sua vez, buscaram nos documentos 
produzidos no período colonial informações sobre os mundos indígenas demolidos pela 
colonização. A colonização do imaginário não busca nem uma coisa nem outra.
(Adaptado de PERRONE-MOISÉS, Beatriz, Prefácio à edição brasileira de GRUZINSKI, Serge, A 
colonização do imaginário: sociedades indígenas e ocidentalização no México espanhol (séculos XVI-
XVIII)).
a) não tenta investigar nem o eurocentrismo, como o faria um historiador, nem a presença 
das sociedades europeias em solo americano, como o faria um antropólogo.
b) não quer reconstituir nada do que ocorreu em solo americano, visto que recentemente 
certos historiadores, ao contrário de outros, tentam contar a história do descobrimento da 
América do modo como foi visto pelos nativos.
c) não pretende retraçar nenhum perfil − dos vencidos ou dos vencedores − nem a trajetória 
dos europeus na conquista da América.
d) não busca continuar a tradição de pesquisar a estrutura dos mundos indígenas e do mundo 
europeu, nem mesmo o universo dos colonizadores da América.
e) não se concentra nem na construção de uma sociedade europeia na colônia − quer 
observada do ponto de
vista do colonizador, quer do ponto de vista dos nativos −, nem no 
resgate dos mundos indígenas.
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Expressões Totalizantes
5. De acordo com o texto, no tratamento da questão da biodiversidade no Planeta,
A biodiversidade diz respeito tanto a genes, espécies, ecossistemas como a funções e coloca 
problemas de gestão muito diferenciados. É carregada de normas de valor. Proteger a 
biodiversidade pode significar:
 • a eliminação da ação humana, como é a proposta da ecologia radical;
 • a proteção das populações cujos sistemas de produção e de cultura repousam num dado 
ecossistema;
 • a defesa dos interesses comerciais de firmas que utilizam a biodiversidade como matéria 
prima, para produzir mercadorias.
a) o principal desafio é conhecer todos os problemas dos ecossistemas.
b) os direitos e os interesses comerciais dos produtores devem ser defendidos, 
independentemente do equilíbrio ecológico.
c) deve-se valorizar o equilíbrio do ambiente, ignorando-se os conflitos gerados pelo uso da 
terra e de seus recursos.
d) o enfoque ecológico é mais importante do que o social, pois as necessidades das populações 
não devem constituir preocupação para ninguém.
e) há diferentes visões em jogo, tanto as que consideram aspectos ecológicos, quanto as que 
levam em conta aspectos sociais e econômicos.
6. A argumentação do texto desenvolve-se no sentido de se compreender a razão por que
Quando alguém ouve que existem tantas espécies de plantas no mundo, a primeira reação 
poderia ser: certamente, com todas essas espécies silvestres na Terra, qualquer área com um 
clima favorável deve ter tido espécies em número mais do que suficiente para fornecer muitos 
candidatos ao desenvolvimento agrícola. 
Mas então verificamos que a grande maioria das plantas selvagens não é adequada por 
motivos óbvios: elas servem apenas como madeira, não produzem frutas comestíveis e suas 
folhas e raízes também não servem como alimento. Das 200.000 espécies de plantas selvagens, 
somente alguns milhares são comidos por humanos e apenas algumas centenas dessas são mais 
ou menos domesticadas. Dessas várias centenas de culturas, a maioria fornece suplementos 
secundários para nossa dieta e não teriam sido suficientes para sustentar o surgimento de 
civilizações. Apenas uma dúzia de espécies representa mais de 80% do total mundial anual 
de todas as culturas no mundo moderno. Essas exceções são os cereais trigo, milho, arroz, 
cevada e sorgo; o legume soja; as raízes e os tubérculos batata, mandioca e batata-doce; fontes 
de açúcar como a cana-de-açúcar e a beterraba; e a fruta banana. Somente os cultivos de 
cereais respondem atualmente por mais da metade das calorias consumidas pelas populações 
humanas do mundo. 
Com tão poucas culturas importantes, todas elas domesticadas milhares de anos atrás, é menos 
surpreendente que muitas áreas no mundo não tenham nenhuma planta selvagem de grande 
potencial. Nossa incapacidade de domesticar uma única planta nova que produza alimento nos 
tempos modernos sugere que os antigos podem ter explorado praticamente todas as plantas 
selvagens aproveitáveis e domesticado aquelas que valiam a pena.
(Jared Diamond. Armas, germes e aço)
 
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a) existiria uma dúzia de exceções dentre todas as espécies de plantas selvagens que seriam 
monopólio das grandes civilizações.
b) tão poucas dentre as 200.000 espécies de plantas selvagens são utilizadas como alimento 
pelos homens em todo o planeta.
c) algumas áreas da Terra mostraram-se mais propícias ao desenvolvimento agrícola, que 
teria possibilitado o surgimento de civilizações.
d) a maior parte das plantas é utilizada apenas como madeira pelos homens e não lhes fornece 
alimento com suas frutas e raízes.
e) tantas áreas no mundo não possuem nenhuma planta selvagem de grande potencial para 
permitir um maior desenvolvimento de sua população.
Expressões Enfáticas
7. A afirmativa correta, em relação ao texto, é
Será a felicidade necessária? 
Felicidade é uma palavra pesada. Alegria é leve, mas felicidade é pesada. Diante da pergunta 
"Você é feliz?", dois fardos são lançados às costas do inquirido. O primeiro é procurar uma 
definição para felicidade, o que equivale a rastrear uma escala que pode ir da simples satisfação 
de gozar de boa saúde até a conquista da bem-aventurança. O segundo é examinar-se, em 
busca de uma resposta. 
Nesse processo, depara-se com armadilhas. Caso se tenha ganhado um aumento no emprego 
no dia anterior, o mundo parecerá belo e justo; caso se esteja com dor de dente, parecerá feio 
e perverso. Mas a dor de dente vai passar, assim como a euforia pelo aumento de salário, e se 
há algo imprescindível, na difícil conceituação de felicidade, é o caráter de permanência. Uma 
resposta consequente exige colocar na balança a experiência passada, o estado presente e a 
expectativa futura. Dá trabalho, e a conclusão pode não ser clara.
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. É uma tendência 
que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que entrem na 
faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão. 
O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É 
esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for suficiente, 
que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar. Se ainda for pouco, que 
atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para 
a pobre criança.
(Trecho do artigo de Roberto Pompeu de Toledo. Veja. 24 de março de 2010, p. 142)
a) A expectativa de muitos, ao colocarem a felicidade acima de quaisquer outras situações da 
vida diária, leva à frustração diante dos pequenos sucessos que são regularmente obtidos, 
como, por exemplo, no emprego.
b) Sentir-se alegre por haver conquistado algo pode significar a mais completa felicidade, se 
houver uma determinação, aprendida desde a infância, de sentir-se feliz com as pequenas 
coisas da vida.
c) As dificuldades que em geral são encontradas na rotina diária levam à percepção de que a 
alegria é um sentimento muitas vezes superior àquilo que se supõe, habitualmente, tratar-
se de felicidade absoluta.
Estratégia Linguística – Português – Prof. Carlos Zambeli
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d) A possibilidade de que mais pessoas venham a sentir-se felizes decorre de uma educação 
voltada para a simplicidade de vida, sem esperar grandes realizações, que acabam levando 
apenas a frustrações.
e) Uma resposta provável à questão colocada como título do texto remete à constatação de 
que felicidade é um estado difícil de ser alcançado, a partir da própria complexidade de 
conceituação daquilo que se acredita ser a felicidade.
Geralmente, a alternativa correta (ou a mais viável) é construída por meio de palavras e de 
expressões “abertas”, isto é, que apontam para “possibilidades”, “hipóteses”: provavelmente, 
é possível, futuro do pretérito do indicativo, modo subjuntivo, futuro do pretérito (-ria) etc.
EXEMPLIFICANDO
8. Acerca do texto, são feitas as seguintes afirmações:
No Brasil colonial, os portugueses e suas autoridades evitaram a concentração de escravos de 
uma mesma etnia nas propriedades e nos navios negreiros.
Essa política, a multiplicidade linguística dos negros e as hostilidades recíprocas que trouxeram 
da África dificultaram a formação de grupos solidários que retivessem o patrimônio cultural 
africano, incluindo-se aí a preservação das línguas.
Porém alguns senhores aceitaram as práticas culturais africanas – e indígenas – como um mal 
necessário à manutenção dos escravos. Pelo imperativo de convertê-los ao catolicismo, alguns 
clérigos aprenderam as línguas africanas [...]. Outras pessoas, por se envolverem com o tráfico 
negreiro [...], devem igualmente ter-se familiarizado com
as línguas dos negros.
I – os portugueses impediram totalmente a concentração de escravos da mesma etnia nas 
propriedades e nos navios negreiros.
II – a política dos portugueses foi ineficiente, pois apenas a multiplicidade cultural dos negros, 
de fato, impediu a formação de núcleos solidários.
III – Apesar do empenho dos portugueses, a cultura africana teve penetração entre alguns 
senhores e clérigos. Cada um, é bem verdade, tinha objetivos específicos para tanto.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
9. Considere as afirmações feitas acerca do texto:
Macaco Esperto
Chimpanzés, bonobos e gorilas possuem uma função cerebral relacionada à fala que se pensava 
exclusiva do ser humano. Isso sugere que a evolução da estrutura cerebral da fala começou 
antes de primatas e humanos tomarem caminhos distintos na linha da evolução. O mais perto 
que os primatas chegaram foi gesticular com a mão direita ao emitir grunhidos.
 
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I – de acordo com o segundo período, a evolução da estrutura cerebral da fala está diretamente 
relacionada ao fato de esta ser atribuída tão somente aos humanos.
II – os seres cujos caminhos tornaram-se distintos durante o processo evolutivo possuem 
ambos função cerebral relacionada à fala.
III – a estrutura cerebral dos primatas e dos humanos, em relação à fala, teria um ponto em 
comum.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
Gabarito: 1. A 2. E 3. E 4. E 5. E 6. C 7. E 8. C 9. D
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Português
Inferência
Que que é isso?
INFERÊNCIA – ideias implícitas, sugeridas, que podem ser depreendidas a partir da leitura do 
texto, de certas palavras ou expressões contidas na frase.
Enunciados – “Infere-se”, Deduz-se”, “Depreende-se”,
Uma inferência incorreta é conhecida como uma falácia. 
Observe a seguinte frase:
Fiz faculdade, mas aprendi algumas coisas.
O autor transmite 2 informações de maneira explícita:
a) que ele frequentou um curso superior;
b) que ele aprendeu algumas coisas.
 
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Ao ligar as duas informações por meio de “mas”, comunica também, de modo implícito, sua 
crítica ao ensino superior, pois a frase transmite a ideia de que nas faculdades não se aprende 
muita coisa.
Além das informações explicitamente enunciadas, existem outras que se encontram 
subentendidas ou pressupostas. Para realizar uma leitura eficiente, o leitor deve captar tanto 
os dados explícitos quanto os implícitos.
1. “O tempo continua ensolarado”,
Comunica-se, de maneira explícita, que, no momento da fala, faz sol, mas, ao mesmo tempo, o 
verbo “continuar” permite inferir que, antes, já fazia sol.
2. “Pedro deixou de fumar” 
Afirma-se explicitamente que, no momento da fala, Pedro não fuma. O verbo “deixar”, todavia, 
transmite a informação implícita de que Pedro fumava antes.
1. A leitura atenta da charge só não nos permite depreender que
a) é possível interpretar a fala de Stock de duas maneiras.
b) Wood revela ter-se comportado ilicitamente.
c) há vinte anos, a sociedade era mais permissiva.
d) as atividades de Wood eram limitadas.
e) levando-se em conta os padrões morais de nossa sociedade, uma das formas de entender a 
fala de Stock provoca riso no leitor.
2. Observe a frase que segue:
É preciso construir mísseis nucleares para defender o Ocidente de um ataque norte-coreano.
Sobre ela, são feitas as seguintes afirmações:
I – O conteúdo explícito afirma que há necessidade da construção de mísseis, com a finalidade 
de defesa contra o ataque norte-coreano.
II – O pressuposto, isto é, o dado que não se põe em discussão é o de que os norte-coreanos 
pretendem atacar o Ocidente.
III – O pressuposto, isto é, o dado que não se põe em discussão é o de que a negociação com os 
norte-coreanos é o único meio de dissuadi-los de um ataque ao Ocidente.
Inferência – Português – Prof. Carlos Zambeli
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Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
Inferência Verbal X Não-verbal
Os pressupostos são marcados, nas frases, por meio de vários indicadores linguísticos como
a) certos advérbios:
Os convidados ainda não chegaram à recepção.
Pressuposto: Os convidados já deviam ter chegado ou os convidados chegarão mais tarde.
b) certos verbos:
O desvio de verbas tornou-se público.
Pressuposto: O desvio não era público antes.
 
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c) as orações adjetivas explicativas (isoladas por vírgulas):
Os políticos, que só querem defender seus interesses, ignoram o povo.
Pressuposto: Todos os políticos defendem tão somente seus interesses. 
d) expressões adjetivas:
Os partidos “de fachada” acabarão com a democracia no Brasil.
Pressuposto: Existem partidos “de fachada” no Brasil.
Costuma-se acreditar que , quando se relatam dados da realidade, não pode haver nisso 
subjetividade alguma e que relatos desse tipo merecem a nossa confiança porque são reflexos 
da neutralidade do produtor do texto e de sua preocupação com a verdade objetiva dos fatos.
Mas não é bem assim. Mesmo relatando dados objetivos, o produtor do texto pode ser 
tendencioso e ele, mesmo sem estar mentindo, insinua seu julgamento pessoal pela seleção 
dos fatos que está reproduzindo ou pelo destaque maior que confere a certos pormenores. A 
essa escolha dos fatos e à ênfase atribuída acertos tipos de pormenores dá-se o nome de viés.
3. Infere-se do texto que
a) o ato de informar pode ser manipulado em função da defesa de interesses pessoais de 
quem escreve. 
b) a ausência de viés compromete a carga de veracidade de dados da realidade.
c) a atitude de neutralidade é meio indispensável para a boa aceitação de uma notícia.
d) o escritor tendencioso põe em risco sua posição perante o público.
e) o bom escritor tem em mira a verdade objetiva dos fatos. 
4. Infere-se ainda o texto que
a) uma mensagem será tanto mais aceita quanto maior for a imparcialidade do escritor. 
b) o escritor, fingindo neutralidade, será mais capaz de interessar o leitor.
c) o interesse da leitura centraliza-se na análise dos pormenores relatados. 
d) o viés introduz uma nota de humor na transmissão de uma mensagem.
e) o leitor deve procurar reconhecer todo tipo de viés naquilo que lê. 
Gabarito: 1. C 2. D 3. A 4. A
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Português
ANÁLISE DE ALTERNATIVAS/ITENS
COMPREENSÃO DE TEXTOS
Estabelecimento de relações entre os componentes envolvidos em dado enunciado. Assinalar 
a resposta correta consiste em encontrar, no texto, as afirmações feitas nas alternativas, e vice-
versa.
PROCEDIMENTOS DE APREENSÃO DO TEXTO
1. Leitura da fonte bibliográfica;
2. leitura do título;
3. leitura do enunciado;
4. leitura das afirmativas;
5. destaque das palavras-chave das afirmativas;
6. procura, no texto, das palavras-chave destacadas nas alternativas.
Será a felicidade necessária? (2)
(6)
Felicidade é uma palavra pesada. Alegria é leve, mas felicidade é pesada. Diante da 
pergunta "Você é feliz?", dois fardos são lançados às costas do inquirido. O primeiro é 
procurar uma definição para felicidade, o que equivale a rastrear uma escala que pode ir 
da simples satisfação de gozar de boa saúde até a conquista da bem-aventurança. O 
segundo é examinar-se, em busca de uma resposta. 
Nesse processo, depara-se com armadilhas. Caso se tenha ganhado um aumento no 
emprego no dia anterior, o mundo parecerá belo e justo; caso se esteja com dor de dente, 
parecerá feio e perverso. Mas a dor de dente vai passar, assim como a euforia pelo aumento 
de salário, e se há algo imprescindível, na difícil conceituação de felicidade, é o caráter de 
permanência. Uma resposta consequente exige colocar na balança a experiência passada, 
o estado presente e a expectativa futura. Dá trabalho, e a conclusão pode não ser clara.
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes.
É uma 
tendência que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que 
entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na 
profissão. O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa 
grandiosa. É esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se 
não for suficiente, que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar. 
Se ainda for pouco, que atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno 
de encargos mais cruel para a pobre criança.
(Trecho do artigo de Roberto Pompeu de Toledo. Veja. 24 de março de 2010, p. 142) (1) 
 
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(1) Observação da fonte bibliográfica: o conhecimento prévio de quem escreveu o texto 
constitui-se numa estratégia de compreensão, visto que facilita a identificação da intenção 
textual. Ao reconhecermos o autor do texto – Roberto Pompeu de Toledo, importante jornalista 
brasileiro, cuja trajetória se marca pelo fato de escrever matérias especiais para importantes 
veículos e comunicação – bem como o veículo de publicação – Veja –, podemos afirmar que se 
trata de um artigo. 
(2) Observação do título: o título pode constituir o menor resumo possível de um texto. Por 
meio dele, certas vezes, identificamos a ideia central do texto, sendo possível, pois, descartar 
afirmações feitas em determinadas alternativas. O título em questão – Será a felicidade 
necessária? –, somado ao fato de nomear um artigo, permite-nos inferir que o texto será uma 
resposta a tal questionamento, a qual evidenciará o ponto de vista do autor.
1. De acordo com o texto, (3)
 • Devido à expressão “De acordo com”, podemos afirmar que se trata, tão somente, de 
compreender o texto.
 • Outras expressões possíveis: “Segundo o texto”, “Conforme o texto”, “Encontra suporte no 
texto”, ...
Assim sendo,
Compreensão do texto: RESPOSTA CORRETA = paráfrase MAIS COMPLETA daquilo que foi 
afirmado no texto.
Paráfrase: versão de um texto, geralmente mais extensa e explicativa, cujo objetivo é torná-lo 
mais fácil ao entendimento.
1. De acordo com o texto,
a) a realização pessoal que geralmente faz parte da vida humana, como o sucesso no trabalho, 
costuma ser percebida como sinal de plena felicidade.
b) as atribuições sofridas podem comprometer o sentimento de felicidade, pois superam os 
benefícios de conquistas eventuais.
c) o sentimento de felicidade é relativo, porque pode vir atrelado a circunstâncias diversas da 
vida, ao mesmo tempo que deve apresentar constância.
d) as condições da vida moderna tornam quase impossível a alguma pessoa sentir-se feliz, 
devido às rotineiras situações da vida.
e) muitos pais se mostram despreparados para fazer com que seus filhos planejem sua vida 
no sentido de que sejam, realmente, pessoas felizes.
Convite à Filosofia
Quando acompanhamos a história das ideias éticas, desde a Antiguidade clássica até nossos 
dias, podemos perceber que, em seu centro, encontra-se o problema da violência e dos meios 
para evitá-la, diminuí-la, controlá-la.
Diferentes formações sociais e culturais instituíram conjuntos de valores éticos como padrões 
de conduta, de relações intersubjetivas e interpessoais, de comportamentos sociais que 
pudessem garantir a integridade física e psíquica de seus membros e a conservação do grupo 
social.
Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli
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Evidentemente, as várias culturas e sociedades não definiram nem definem a violência da 
mesma maneira, mas, ao contrário, dão-lhe conteúdos diferentes, segundo os tempos e os 
lugares. No entanto, malgrado as diferenças, certos aspectos da violência são percebidos da 
mesma maneira, formando o fundo comum contra o qual os valores éticos são erguidos.
Marilena Chauí. In: Internet: <www2.uol.com.br/aprendiz> (com adaptações).
Julgue o item a seguir.
Conclui-se a partir da leitura do texto que, apesar de diferenças culturais e sociais, é por 
meio dos valores éticos estabelecidos em cada sociedade que se conserva o grupo social e se 
protegem seus membros contra a violência.
( x ) Certo ( ) Errado
2º parágrafo
Conclusão
Resposta correta = a mais completa (alternativa com maior número de palavras-chave 
encontradas no texto).
Optar pela alternativa mais completa, quando duas parecerem corretas.
EXEMPLIFICANDO
Centenas de cães e gatos são colocados para adoção mensalmente em Porto Alegre.
Cerca de 450 animais de estimação, entre cães e gatos, aguardam um novo dono em Porto 
Alegre. Trata-se do contingente de animais perdidos, abandonados ou nascidos nas ruas 
e entregues ao Gabea (Grupo de Apoio ao Bem-Estar Animal) e ao CCZ (Centro de Controle 
de Zoonose), órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde. Destes, cerca de 120 animais são 
adotados. Os outros continuam na espera por um lar. 
O Sul. (adaptado)
Conforme o texto,
a) em Porto Alegre, cães e gatos são abandonados pelos seus donos. (3)
b) animais de estimação, entre eles cães e gatos nascidos nas ruas, são entregues ao Gabea. 
(4)
c) um contingente de animais de estimação – entre eles cães e gatos – nasce nas ruas, 
perdem-se de seus donos ou são por eles abandonados nas ruas de Porto Alegre. (6)
d) o CCZ propicia a adoção dos animais abandonados nas ruas de Porto Alegre. (4)
e) 120 animais de estimação são adotados mensalmente em Porto Alegre. (3)
 
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ANÁLISE DE ALTERNATIVAS/ITENS
Parte II
ERROS COMUNS COMPREENSÃO DE TEXTOS
O primeiro passo para acertar é entender o que está sendo pedido no enunciado e o que dizem 
as alternativas ou itens. Algumas questões dão "pistas" no próprio enunciado. Assim sendo, é 
fundamental "decodificar" os verbos que nele e nas alternativas se encontram. 
Alguns verbos utilizados nos enunciados
 • Afirmar: certificar, comprovar, declarar.
 • Explicar: expor, justificar, expressar, significar.
 • Caracterizar: distinguir, destacar as particularidades.
 • Consistir: ser, equivaler, traduzir-se por (determinada coisa), ser feito, formado ou 
composto de.
 • Associar: estabelecer uma correspondência entre duas coisas, unir-se, agregar.
 • Justificar: provar, demonstrar, argumentar, explicar.
 • Comparar: relacionar (coisas animadas ou inanimadas, concretas ou abstratas, da mesma 
natureza ou que apresentem similitudes) para procurar as relações de semelhança ou de 
disparidade que entre elas existam; aproximar dois ou mais itens de espécie ou de natureza 
diferente, mostrando entre eles um ponto de analogia ou semelhança.
 • Relacionar: fazer comparação, conexão, ligação. 
 • Definir: revelar, estabelecer limites, indicar a significação precisa de, retratar, conceituar, 
explicar o significado.
 • Diferenciar: fazer ou estabelecer distinção entre, reconhecer as diferenças.
 • Identificar: distinguir os traços característicos de; reconhecer; permitir a identificação, 
tornar conhecido.
 • Classificar: distribuir em classes e nos respectivos grupos, de acordo com um sistema ou 
método de classificação; determinar a classe, ordem, família, gênero e espécie; pôr em 
determinada ordem, arrumar (coleções, documentos etc.).
 • Referir-se: fazer menção, reportar-se, aludir-se.
 • Determinar: precisar, indicar (algo) a partir de uma análise, de uma medida, de uma 
avaliação; definir.
 • Citar: transcrever, referir ou mencionar como autoridade ou exemplo ou em apoio do que 
se afirma.
 • Indicar: fazer com que, por meio de gestos, sinais, símbolos, algo ou alguém seja visto; 
assinalar, designar, mostrar.
 • Deduzir: concluir (algo) pelo raciocínio; inferir.
 • Inferir: concluir, deduzir.
 • Equivaler: ser idêntico no peso, na força, no valor etc.
 • Propor: submeter (algo) à apreciação (de alguém); oferecer como opção; apresentar, 
sugerir.
 • Depreender: alcançar clareza intelectual a respeito de; entender, perceber, compreender; 
tirar por conclusão, chegar à conclusão de; inferir, deduzir.
 • Aludir: fazer rápida menção

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