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A IMPORTANCIA DO CONTROLE DE ESTOQUE

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN 
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ - CERES 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E APLICADAS – DCEA 
CAMPUS DE CAICÓ 
 
 
 
 
 
JULY CAROLINE DE ARAÚJO DANTAS 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE ESTOQUE: 
ESTUDO REALIZADO EM UM SUPERMERCADO NA CIDADE DE 
CAICÓ/RN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAICÓ – RN 
2015 
 
 
 
 
JULY CAROLINE DE ARAÚJO DANTAS 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE ESTOQUE: 
ESTUDO REALIZADO EM UM SUPERMERCADO NA CIDADE DE 
CAICÓ/RN. 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Departamento de 
Ciências Exatas e Aplicadas do Centro de Ensino 
Superior do Seridó da Universidade Federal do 
Rio Grande do Norte, para obtenção do título de 
Bacharel em Ciências Contábeis. 
 
Orientador: Prof.Ms Ricardo Aladim Monteiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAICÓ – RN 
2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Catalogação da Publicação na Fonte Universidade Federal 
do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - 
SISBI 
 
Dant as, Jul y Car ol i ne de Ar aúj o. 
A i mpor t ânci a do cont r ol e de est oque : Est udo r eal i zado em um 
super mer cado na ci dade de Cai có/ RN / Jul y Car ol i ne de Ar aúj o Dant as. 
- Cai có, 2015. 
55f: il. 
 
Orientador : Ricardo Aladim Monteiro Ms. 
 
Monogr af i a ( Bachar el em Ci ênci as Cont ábei s) Uni ver si dade 
Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ensino Superior do 
Ser i dó - Campus Cai có. 
 
 
1. Cont r ol e. 2. Est oque. 3. Gest ão. I . Mont ei r o, Ri car do 
Al adi m. I I . Tí t ul o. 
 
 
 
 
JULY CAROLINE DE ARAÚJO DANTAS 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE ESTOQUE: 
ESTUDO REALIZADO EM UM SUPERMERCADO NA CIDADE DE 
CAICÓ/RN. 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Departamento de 
Ciências Exatas e Aplicadas do Centro de Ensino 
Superior do Seridó da Universidade Federal do 
Rio Grande do Norte, para obtenção do título de 
Bacharel em Ciências Contábeis. 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
____________________________________________________ 
Prof.Ms Ricardo Aladim Monteiro - UFRN/CERES 
Orientador 
 
 
____________________________________________________ 
Sócrates Dantas Lopes 
 
 
 
____________________________________________________ 
Clara Monise silva 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
Neste momento sublime e completamente esperado, em primeiro lugar agradeço à 
Deus por tamanha bondade e companheirismo no decorrer desses dias tão cansativos. 
Obrigada meu Senhor, pois em momento algum me deixou fraquejar diante de minhas 
dificuldades! 
 
Todo o mérito deste trabalho também dedico à minha família, em especial ao meu pai 
Alcione, que sempre foi meu referencial como um ser humano batalhador, que através de sua 
persistência conseguiu vencer as dificuldades impostas pela vida e manteve nossa família por 
meio de seu trabalho como feirante e posteriormente como Policial Militar, por ti eu tenho um 
orgulho imenso. À minha amada mãe Adelice, serei eternamente grata por todo o cuidado que 
por mim sempre teve, abdicando de sua liberdade e de seu conforto para me proporcionar 
todo o amor e segurança que nela esteve presente no decorrer destes 23 anos. Aos meus 
irmãos Luan e Kamille, não poderia deixar de agradecer por tanta confiança e admiração por 
esta irmã mais velha, prometo não desistir de meus ideais, sem dúvidas, vocês também foram 
parte de minha força. 
 
Aos meus avós maternos e paternos, aos meus tios e tias, padrinho e madrinha e 
primos, enfatizo aqui meus agradecimentos por acreditarem em meu potencial. Em especial, 
agradeço à minha tia Cleinha por ter se mostrado tão presente quando eu precisei esclarecer 
dúvidas acerca desta monografia e por me incentivar tanto a lutar contra as barreiras que 
apareceram no desenvolvimento deste trabalho. Minha amada tia Natália Araújo, que sempre 
me tratou como uma filha e irmã mais nova, no intuito de me aconselhar e me proteger diante 
das adversidades da vida. Obrigada meus amores, vocês são pessoas muito importantes em 
minha caminhada, as amo muito! 
 
Aos meus amigos e colegas de faculdade, muito obrigada por todo o companheirismo 
no decorrer destes anos, e por se mostrarem tão presentes nos momentos que mais precisei, 
sem dúvidas, vocês tornaram os meus dias mais leves e prazerosos. Minhas queridas Tatiana e 
Talita, irmãs postiça branca e preta, com certeza o nosso coleguismo se transformou em uma 
belíssima amizade que quero manter para o resto de minha vida. À minha admirável Jessica 
Azevedo, só tenho a agradecer por ter sido tão presente no momento de minha vida que mais 
precisei. Serei sempre grata por ter feito o papel de amiga, de mãe e de irmã. 
 
Deixo aqui também o meu agradecimento aos meus patrões e aos meus colegas de 
trabalho por confiarem em meu desempenho como uma mulher profissional e capaz. 
 
Por fim, agradeço à toda a equipe de docentes da Universidade Federal do Rio Grande 
do Norte, Campus CERES/Caicó pelos ensinamentos repassados no decorrer destes anos 
letivos. Destaco a importância de meu Orientador Ricardo Aladim por tamanha ajuda na 
elaboração de meu TCC, por se mostrar um professor prestativo nos momentos que foram 
convenientes. Fico grata por confiar em meu potencial e por ter me incentivado em buscar 
meu crescimento profissional através do conhecimento. À minha doce e amada Clara Monise, 
muito obrigada por não desistir desta aluna que tanto te admira. 
 
 
 
 
Sei que será apenas o início de uma caminhada árdua, mas nada é impossível quando 
existe a vontade de vencer, toda vitória nasce de um sonho e amadurece com a persistência. 
Deixo aqui meus sinceros agradecimentos à todos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Há algumas de suas virtudes que nunca seriam 
descobertas se não fossem as provações que você 
experimentou. Dedico todo o meu sucesso à minha 
amada família, sem vocês, nada do que vivencio 
neste momento seria possível. 
 
 
 
RESUMO 
 
 
Com o desenvolvimento da globalização e a constante busca de crescimento do setor 
supermercadista, a administração das referidas empresas se viram na necessidade de implantar 
alternativas que viabilizassem o favorecimento do aumento da lucratividade da entidade com 
o auxílio da tecnologia. A implantação de um sistema eficaz contribui no desenvolvimento 
das atividades e auxilia também na gestão de um controle de estoque eficaz. Diante de várias 
pesquisas, verificou-se que na medida em que uma empresa comercial mantém seu estoque 
controlado, a mesma tenderá a obter resultados satisfatórios nas compras realizadas, 
armazenamento das mercadorias e retorno do capital investido. O objetivo principal deste 
trabalho é expor a importância que o controle de estoque exerce no crescimento de uma 
empresa comercial, bem como os transtornos que sua ausência pode causar na entidade. Esta 
pesquisa foi realizada em um supermercado na cidade de Caicó. Com o auxílio de 
bibliografias, artigos, monografias e sites de buscas, foi possível construir o referencial 
teórico do referido trabalho. Pormeio da análise de documentos, relatórios, observação do 
espaço físico da empresa verificou-se que gestão está começando a implantar alternativas que 
viabilizem no melhoramento do controle do estoque, porém, ainda existem falhas neste 
controle. É sugerido ao gestor que avalie e tenha como base as sugestões da referida 
pesquisadora em sua tomada de decisão no que se refere ao melhoramento do controle do 
estoque do supermercado. 
 
Palavra-chave: Controle. Estoque. Gestão. 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
 
With the development of globalization and the constant search for growth of the supermarket 
sector, the management of these companies found it necessary to deploy alternative that 
would enable favoring the increase of the entity's profitability with the help of technology. 
The implementation of a more efficient system aids in the development of activities and also 
assists in the management of an effective inventory control. Before various surveys, it was 
found that the extent that a commercial company keeps its inventory controlled, it will tend to 
get satisfactory results in the purchases made, goods storage and return on invested capital. 
The main objective of this work is to expose the importance of inventory control has on the 
growth of a trading company as well as the inconvenience that its absence may cause the 
entity. This research was conducted in a supermarket in the city of Caico. With the help of 
bibliographies, articles, monographs and search sites, it was possible to build the theoretical 
framework of that work. Through the analysis of documents, reports, observation of the 
physical space of the company it was found that management is beginning to implement 
alternatives that facilitate the improvement of inventory control, however, there are still flaws 
in this control. It is suggested to the manager to assess and get to the base of said researcher 
suggestions in its decision-making with regard to improvement of the supermarket inventory 
control. 
 
Keyword: Control. Inventory. Management. 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
 
Figura 01 – Atividades na área de estoques............................................................................. 20 
Figura 02 – Estocagem dos produtos de higiene pessoal......................................................... 32 
Figura 03 – Produtos de higiene íntima feminina ....................................................................32 
Figura 04 – Estoque dos produtos de limpeza......................................................................... 33 
Figura 05 – Estoque dos alimentos para animais..................................................................... 33 
Figura 06 – Espaço de armazenamento dos produtoa de cesta básica..................................... 34 
Figura 07 – Estoque de bebidas (água, refrigerantes e cervejas)............................................. 34 
Figura 08 – Armazenamento de cafés, massas cortadas, óleo de soja e farinha de trigo......... 34 
Figura 09 – Empilhamento de produtos de alta rotatividade................................................... 35 
Figura 10 – Carnes em resfriamento........................................................................................ 35 
Figura 11 – Alimentos embutidos em resfriamento................................................................. 36 
Figura 12 – Estoque de queijos diversos.................................................................................. 36 
Figura 13 – Espaço destinado às avarias ............................................................................. 38 
Figura 14 – Relatório de vendas de Agosto/2014.................................................................... 41 
Figura 15 – Relatório de vendas de Agosto/2015.................................................................... 42 
Figura 16 – Relatório de vendas de Setembro/2014................................................................ 43 
Figura 17 – Relatório de vendas de Setembro/2015................................................................ 43 
Figura 18 – Relatório de vendas de Outubro/2014.................................................................. 44 
Figura 19 – Relatório de vendas de Outubro/2015.................................................................. 45 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
 
Quadro 01 – Exemplo de tipos de estoque em elaboração...................................................... 19 
Quadro 02 – Fatores que influenciam o comportamento do consumidor ...............................24 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
 
PEPS 
UEPS 
ABRAS 
 
 
Primeiro que Entra, Primeiro que Sai 
Último que Entra, Primeiro que Sai 
Associação Brasileira dos Supermercados
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 12 
1.1CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMÁTICA DO TEMA ........................................ 12 
1.2 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................... 14 
1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA ........................................................................................ 15 
1.3.1 Geral ........................................................................................................................... 15 
1.3.2 Específicos .................................................................................................................. 15 
2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 16 
2.1 A EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE E SURGIMENTO DO ESTOQUE ............. 16 
2.2 DEFINIÇÃO DE ESTOQUE ......................................................................................... 18 
2.3A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE ESTOQUE ................................................... 21 
2.4MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES ........................................................ 25 
2.4.1 PEPS ........................................................................................................................... 25 
2.4.2 UEPS ........................................................................................................................... 26 
2.4.3 CUSTO MÉDIO ........................................................................................................ 26 
3 METODOLOGIA ................................................................................................................ 28 
3.1 ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA DA PESQUISA ................................ 28 
3.2O CONTEXTO DA PESQUISA: UNIVERSO E SUJEITOS DA PESQUISA ............. 29 
3.3INSTRUMENTOS DE COLETA E SELEÇÃO DOS DADOS ..................................... 29 
3.4 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ................. 30 
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................................................ 31 
4. 1 ESTUDO DE CASO ..................................................................................................... 31 
4. 2 ARMAZENAMENTO DE ESTOQUE ......................................................................... 32 
4.3 PROCESSOS DE COMERCIALIZAÇÃO .................................................................... 36 
4.4IMPACTOS DA AUSÊNCIA DO CONTROLE DE ESTOQUE .................................. 37 
4.5OTIMIZAÇÃO DO CONTROLE DE ESTOQUE ......................................................... 39 
4.6PROCEDIMENTOS ADOTADOS PARA O CONTROLE DE ESTOQUE ................. 40 
4.7LEVANTAMENTOS DOS PONTOS POSITIVOS ENCONTRADOS NA EMPRESA 
...............................................................................................................................................46 
4.8PONTOSCRÍTICOS OBSERVADOS NA EMPRESA ................................................ 48 
4.9ANÁLISES E SUGESTÕES PARA O MELHORAMENTO DO CONTROLE DE 
ESTOQUE ............................................................................................................................ 49 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 52 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 54 
 
 
 
12 
 
 
1INTRODUÇÃO 
 
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMÁTICA DO TEMA 
 
Diante do aumento da globalização e com o avanço de novas tecnologias, as empresas 
comerciais diariamente buscam alternativas que auxiliem no melhoramento de sua gestão de 
modo que proporcione resultados positivos. No cenário mercadológico, a competitividade 
existente entre essas empresas faz criar uma disputa contínua na comercialização de seus 
produtos, onde ambas utilizam de alguns artifícios para se sobressair diante da concorrência. 
 O desenvolvimento dessas atividades comerciais requer dedicação integrada por parte 
do gestor e de sua equipe de funcionários, tendo em vista que também é preciso está atento às 
situações adversas que podem surgir na entidade. Conforme mencionado por Partovi e 
Anandarajan (2002), existe uma complexidade relacionada ao gerenciamento do estoque 
dessas empresas quando as mesmas trabalham com uma extensa quantidade de itens para 
venda, pois, a diversidade dos produtos requer um controle equilibrado referente à sua 
estocagem. Por este motivo é recomendável que esses produtos sejam cadastrados em 
armazenados de acordo com suas características de uso, como por exemplo, limpeza, 
laticínios, massas, perfumaria e etc. A adoção deste tipo de critério facilita desde a 
armazenagem da mercadoria até sua identificação. 
Segundo Silva, Reichenback e Karpinski (2010, p.3): 
Um bom controle de estoque e um monitoramento da sua movimentação são 
atividades indispensáveis para a lucratividade e para competitividade da 
empresa; porém, o custo do controle de estoque não deverá exceder os 
benefícios que ele possa proporcionar. 
 
O controle de estoque proporciona ao gestor a alternativa de realizar suas compras de 
acordo com a procura de seus clientes. Quando os custos destes produtos não são 
compensados com as vendas, implica que deve ser feita uma reavaliação na rotatividade das 
mercadorias mais vendidas. 
De acordo com pesquisa feita pela Associação Brasileira dos Supermercados – 
ABRAS, o custo de capital com estoques no Brasil representa cerca de 3,7% do PIB nacional. 
Isso explica o porquê dos supermercadistas viverem buscando alternativas para manter um 
bom giro de capital e reduzir os custos das mercadorias. 
13 
 
 
É importante que na composição do estoque o comprador consiga realizar negociações 
favoráveis ao seu estabelecimento, como por exemplo, o aproveitamento de promoções em 
mercadorias de alta rotatividade, sabendo que, não se pode exagerar na quantidade comprada. 
A redução dos custos no ato da negociação favorece a empresa quando a mesma opta por 
manter o preço de venda para obter um lucro mais alto e também beneficia o consumidor 
quando esta redução de preço é repassada ao mesmo. 
De acordo com o PROCON do Estado de Pernambuco (2014), a inflação na categoria 
alimentos e bebidas foi um elemento central. Os preços subiram 6,88% no acumulado do ano 
até novembro, segundo o IBGE. A insegurança dos consumidores com relação ao preço dos 
produtos tem afetado o habito de consumo, tendo em vista que os mesmos estão sendo 
induzidos a optar por um item mais barato para que o valor final de suas compras não interfira 
no orçamento planejado para o mês. Este fator tem provocado ajustes nas operações de varejo 
dos supermercados 
Segundo Kotler (1998, p. 540), “o varejo caracteriza-se por um conjunto de atividades 
relacionadas à comercialização de produtos e serviços diretamente ao consumidor final” . 
Ainda de acordo com o PROCON do Estado de Pernambuco (2014), diante das 
adaptações necessárias para competir acirradamente com a concorrência, os supermercados 
estão implantando promoções que incentivem vendas e ao mesmo tempo satisfaça as 
exigências do consumidor. A formação do estoque é priorizada pelos produtos de alta 
rotatividade e também pelo preço de custo mais baixo no decorrer das negociações realizadas 
com os fornecedores. 
Engel, Blackwell e Miniard (2000), destacam que é muito importante que o gestor 
conheça as variáveis que influenciam uma compra, sempre observando as necessidades do 
consumidor. 
Para Martins (2006), a gestão de estoques constitui uma série de ações que permitem 
ao administrador verificar se os estoques estão sendo bem utilizados, bem localizados em 
relações aos setores que deles utilizam, bem manuseados e bem controlados. 
Segundo Almeida (2010, p.43): “A administração da empresa é responsável pelo 
estabelecimento do sistema de controle interno, pela verificação de se está sendo seguido 
pelos funcionários, e por sua modificação, no sentido de adaptá-lo às novas circunstâncias” . 
Para que sejam apresentados resultados satisfatórios na execução do controle de 
estoque, é importante que o administrador saiba usurfluir de um controle interno eficaz, onde 
existam soluções favoráveis ao melhoramento da gestão, e também que se tenha a 
14 
 
 
colaboração dos funcionários no desenvolvimento das atividades da empresa. A divergência 
de informações pode acarretar transtornos para uma organização, onde a mesma pode ficar 
passiva de auditoria. 
De acordo com Almeida (2010, p.191): “As atividades envolvendo a área de estoques 
oferecem ao auditor, excelentes oportunidades para ele desenvolver recomendações 
construtivas, visando o aprimoramento dos controles e redução de custos da empresa 
auditada” . 
 
O estoque pode ser representado pelo conjunto de matéria prima (em caso de 
indústrias), produtos em processo de fabricação, produtos acabados e todas aquelas 
mercadorias armazenadas para venda ou até mesmo uso operacional da empresa, por isso, é 
de extrema importância que uma entidade aperfeiçoe seu fluxo de materiais, pois é através dos 
estoques que são representados grande parte dos custos logísticos. 
Diante do que foi explanado e baseando-se na importância que o estoque representa 
para uma empresa e analisando os diversos transtornos que sua falta de controle pode causar 
para uma organização, questiona-se: Qual a real importância que o controle de estoque 
representa no desenvolvimento de um estabelecimento comercial? 
 
1.2 JUSTIFICATIVA 
 
Para Araújo (2007), o controle de estoque é todo procedimento realizado para 
registrar, fiscalizar e gerir a entrada ou saída de mercadorias de qualquer espaço seja ele 
destinado à comercialização, armazenamento para almoxarifado ou ainda para a utilização na 
fabricação dos produtos (matéria prima). 
Na busca incessante de um crescimento significativo, as empresas adotam medidas 
que favoreçam ao desempenho positivo, onde uma das principais alternativas está ligada à 
organização do estoque. Qualquer entidade que deseje alcançar índices de crescimento 
positivos no desenvolvimento de suas atividades necessita de informações satisfatórias que 
agreguem valores importantes na veracidade dos fatos apresentados ao gestor. 
Segundo Corrêa (2001, p.49) estoques são “acúmulos de recursos materiais entre fases 
especificas de processo de transformação”. O mesmo pode ser conservado de forma 
improdutiva por algum tempo, mas que rapidamente consegue ser convertido em um ganho de 
capital. 
Os autores Oliveiraet al (2003, p. 103), mencionam: 
15 
 
 
Na maioria das empresas comerciais ou industriais, o grupo de contas 
Estoques assume grande importância no contextodo Balanço Patrimonial e na 
Demonstração do Resultado do Exercício, visto que quase sempre os 
investimentos são relevantes. 
 
Um gestor que está atento à competitividade comercial adota uma política adepta a 
inovações e à satisfação de seu cliente, isso se faz possível quando o mesmo está ciente da 
quantidade de mercadoria estocada em sua empresa e também quando conhece a demanda de 
rotatividade dos produtos mais procurados. 
Por isso ressalta-se a relevância da presente pesquisa que busca verificar a importância 
dos processos de controle de estoque e o impacto destes no crescimento econômico da 
organização e espera-se que os resultados obtidos no presente trabalho contribuam para que os 
gestores tomem decisões mais sólidas na hora de comprar, estocar e vender seus produtos. 
 
1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA 
 
1.3.1 Geral 
 
 Verificar a importância dos processos de controle de estoque e o impacto destes no 
crescimento econômico da organização. 
 
1.3.2 Específicos 
 
 Descrever o processo de controle de estoque; 
 Analisar o processo de compra e comercialização das mercadorias; 
 Demonstrar os impactos da ausência do controle de estoque; 
 Evidenciar fatores que contribuem para a otimização do controle de estoque; 
 Verificar se os procedimentos adotados no controle de estoque da empresa estão sendo 
favoráveis ao seu crescimento. 
16 
 
 
2REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 A EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE E SURGIMENTO DO ESTOQUE 
 
Desde os primórdios, a contabilidade caminha juntamente com a evolução da 
humanidade, tornando-se um item de extrema importância para o desenvolvimento de 
atividades comerciais. No decorrer da história, muitas mutações aconteceram, onde a forma 
de contabilizar passou de uma simples contagem para um importante auxílio na tomada de 
decisão por parte de um gestor. 
De acordo com Iudícibus (2000, p.30): 
Alguns historiadores fazem remontar os primeiros sinais objetivos da 
existência de contas aproximadamente a 4.000 anos a.C. Entretanto, antes 
disso, o homem primitivo, ao inventariar o número de instrumentos de caça e 
pesca disponíveis, ao contar seus rebanhos, ao contar suas ânforas de bebidas, 
já estava praticando uma forma rudimentar de contabilidade. 
 
A contabilidade teve uma evolução relativamente lenta até o aparecimento da moeda, 
Iudícibus (2000). É muito importante observar que o capitalismo incentivou ao 
desenvolvimento da contabilidade, tendo em vista que os mercadores desde então, já 
necessitavam de informações seguras em suas contagens. 
 Já no Brasil, a contabilidade evoluiu sob a influência da escola Italiana, adotando um 
método excessivamente teórico. Na década de 1970, houve um fortalecimento no mercado de 
capitais após a implementação de reformas bancárias. 
 Segundo Niyama e Silva (2011, p. 86): 
No ambiente em que se desenvolvia, até meados de 1970, a contabilidade no 
Brasil mostrava forte vinculação com a escrituração e o atendimento de 
exigências fiscais, em especial do Imposto de Renda. Da mesma forma, a 
educação contábil foi concretizada pelo ensino da Contabilidade legalista, com 
influência européia, e pouco voltada para o atendimento às necessidades do 
usuário como o principal objetivo das demonstrações financeiras, como ocorre 
nos Estados Unidos. 
 
Baseando-se na contagem dos instrumentos de caça e pesca, o homem aperfeiçoou o 
seu controle, estocando o que era produzido. A partir deste momento surge o estoque, como 
meio de guardar em maiores quantidades os itens indispensáveis à sobrevivência do homem. 
 De acordo com Iudícibus (2000, p. 31): 
De certa forma, o “homem contador” põe ordem, classifica, agrega e 
inventaria o que o “homem produtor” , em seu anseio de produzir, vai, às vezes 
desordenadamente, amealhando, dando condições a este último para aprimorar 
17 
 
 
cada vez mais a quantidade e a qualidade dos bens produzidos, por meio da 
obtenção de maiores informações sobre o que conseguiu até o momento. 
 
A relação entre a contabilidade e o controle de estoque está explícita através da citação 
do referido autor, tendo em vista que desde aquela época, o homem contador auxiliava o 
homem produtor na organização de seus bens produzidos, obtendo assim, um controle maior 
na qualidade e quantidade do produto armazenado. 
Desde então, com o passar dos anos a evolução da humanidade fez com que o 
aprimoramento no armazenamento desses suprimentos se estendesse também para o setor 
industrial e comercial na segunda metade do século XX. 
De acordo com Tadeu (2010), a concorrência de mercado era escassa e o que 
importava para os comerciantes era a ausência de falhas na produção e o lucro estava 
inteiramente ligado ao volume de vendas. Por este motivo, eram estocados grandes volumes 
de mercadorias, pois não havia muita concorrência no mercado. 
Segundo Tadeu (2010, p.5): 
O planejamento militar, principalmente para as áreas de estocagem e 
distribuição de materiais e suprimentos, foi, posteriormente, adaptado para as 
firmas e empresas no intuito de obter semelhante sucesso àquele alcançado 
pelos militares na Segunda Guerra Mundial. 
 
Baseando-se no sucesso militar após a Segunda Guerra Mundial, os comerciantes 
inspiravam-se no modelo adotado pelos Estados Unidos, onde tudo que era produzido vendia. 
A partir deste momento foi comum encontrar estabelecimentos com grandes quantidades de 
produtos estocados, porém, este método escondia diversos problemas desde a produção até as 
vendas, Tadeu (2010). 
As novas técnicas de gestão empresarial influenciaram o gestor a mudar sua 
concepção de administração, onde, com o auxílio da tecnologia se fez necessário priorizar os 
dados qualitativos e quantitativos do estoque. A partir deste momento, a quantidade de 
mercadorias estocadas diminuiu em decorrência da concorrência e também da exigência da 
clientela com relação ao preço do produto mais em conta. 
Chegando aos dias atuais, o estoque já não exerce apenas sua função como garantia de 
uma produção, mas, tornou-se um importante auxílio para o gestor em sua tomada de decisão. 
Afirmação que pode ser observada no pensamento de Chiavenato (2005, p.36): 
Estoque é a composição dos materiais que não são utilizados em determinado 
momento, mas que exigem em função de futuras necessidades. Estocar 
significa guardar algo para utilização futura. 
 
18 
 
 
Além ser auxílio na tomada de decisão em uma compra, o estoque também tem a 
finalidade de ser convertido em ganho de capital para a empresa, sempre observando que o 
ideal é priorizar os produtos de maior rotatividade. 
 
2.2 DEFINIÇÃO DE ESTOQUE 
 
Segundo Moreira (2002, p. 463), o conceito de estoque é: 
[...] quaisquer quantidades de bens físicos que sejam conservados, de forma 
improdutiva, por algum intervalo de tempo; constituem estoques tanto os 
produtos acabados que aguardam venda ou despacho, como matérias-primas 
[...]. 
 
Baseando-se no conceito do referido autor, o estoque é considerado como todo o 
acúmulo de mercadoria, matéria-prima ou material de expediente destinado para alguma 
finalidade. É um item de extrema importância para as empresas, principalmente quando se 
trata de uma organização comercial, tendo em vista que o capital investido nele será resultado 
da lucratividade adquirida atividade de comercialização. 
Para Dias (2010), conhecer o estoque de uma empresa é um grande desafio, porém, a 
dificuldade não está em reduzir a quantidade dos produtos estocados, nem diminuir os custos. 
A dificuldade está em obter a quantidade correta de mercadoria estocada para atender as 
prioridades gerenciais de modo eficaz. 
Marion (2009, p.309) apresenta o estoque de três formas: 
Os estoques assumem diferentes significados conforme o tipo de empresa 
onde sejam considerados, mas sempre trazem a conotação de algo à 
disposição, seja de vendas(como as mercadorias nas empresas comerciais ou 
de produtos acabados em empresas industriais), seja de transformação (como 
as matérias-primas ou materiais em processo) seja de consumo (o estoque de 
material de consumo pode acontecer tanto na empresa comercial, industrial 
como na de serviço). 
 
É importante que haja uma disponibilidade de estoque em quantidade considerável, 
não podendo confundir o excesso com a necessidade. Quando se trata de material para 
consumo, é importante que se tenha uma distinção do que é para venda ou uso próprio da 
empresa. 
Para Iudícibus, Martins e Gelbcke (1995 p.151): 
Os estoques são bens adquiridos ou produzidos pela empresa com o objetivo 
de venda ou utilização normal de suas atividades. Portanto representam um 
dos ativos mais importantes do capital circulante da maioria das empresas 
comerciais e industriais. 
 
19 
 
 
O motivo de o estoque ser considerado um ativo tão importante está relacionado ao 
fato de que o mesmo pode ser um item decisivo na estrutura de apuração do balanço 
patrimonial. Seu controle pode trazer bons resultados financeiro, quando aplicado 
corretamente pela administração da empresa. 
 Almeida (2010, p. 191) faz sua definição de estoque através da citação: 
Os estoques são bens destinados à venda ou fabricação, relacionados com os 
objetivos ou atividades da empresa. Eles são importantes na apuração do lucro 
líquido de cada exercício social e na determinação do valor capital circulante 
líquido do balanço patrimonial. 
 
Todo material que esteja armazenado em quantidade significativa para uso ou 
comercialização é denominado de estoque. Dependendo do tipo de empresa, o mesmo pode 
ser apresentado de várias formas. Para Almeida (2010), as principais classes compreendem: 
 Matérias primas – Bens destinados exclusivamente à produção; 
 Produtos em processo – Bens que ainda estão em fase de produção; 
 Produtos acabados – Itens que foram produzidos com destinação para venda; 
 Mercadorias – De fato, itens comprados destinados para venda. 
 
Segundo Slack; Chamber; Johnston (2009), todas as operações mantêm um estoque, 
seja através de atividades desenvolvidas na comercialização ou prestação de serviço. Quando 
se trata de material para comercialização, podem-se destacar os bens que serão vendidos. Na 
indústria se trata dos itens utilizados na fabricação dos produtos. Já na prestação de serviço, 
destacam-se os materiais que estão guardados com a finalidade de serem utilizados no 
desenvolver da atividade. O quadro abaixo é exposto alguns exemplos mencionados pelos 
referidos autores. 
 
Operação Exemplos de estoques mantidos em operações 
Hotel Itens de alimentação, itens de toalete, materiais de limpeza. 
Hospital Gaze, instrumentos, sangue, alimentos. 
Loja de varejo Coisas a serem vendidas, materiais de embalagem. 
Armazém Coisas armazenadas, materiais de embalagem. 
Distribuidora de autopeças Autopeças em depósito principal, autopeças e, pontos locais de distribuição. 
Manufatura de televisor Componentes, matéria-prima, produtos semiacabados, televisores acabados, materiais de limpeza. 
Metais preciosos Materiais (ouro, platina etc.) que esperam ser processados, 
materiais completamente beneficiados 
 
QUADRO 1: Exemplos de tipos de estoques em operações. 
FONTE: Slack; Chamber; Johnston, 2009, p.382. 
20 
 
 
Portanto, todo material que esteja armazenado com a finalidade de suprir a 
necessidade de venda, prestação de serviço ou consumo é considerado estoque. Por este 
motivo que o controle do mesmo se torna indispensável para a sua correta administração. 
As atividades realizadas na área de estoques exigem o mínimo de planejamento para 
que de fato, o desenvolver dos demais processos ocorra adequadamente, conforme o esperado 
pela gestão. A seguir, a ilustração representa o passo a passo dos processos realizados. 
 
 
 
↓ 
 
 
 ↓ 
 
 
↓ 
 
 
↓ 
 
 
↓ 
 
 
 ↓ 
 
 
↓ 
 
 
↓ 
 
 
↓ 
 
 
 
Figura 1: Atividades na área de estoques. 
FONTE: ALMEIDA, 2010, p. 192. 
 
 De acordo com a figura 2, pode-se observar que para que a empresa apresente um bom 
desempenho é necessário que os gestores conheçam todas as atividades da área de estocagem 
que vão desde o planejamento da produção até a contabilização dos custos dos produtos 
vendidos. Só assim, o gestor terá controle sobre todos os processos e poderá prevenir-se de 
possíveis problemas relacionados à atividade de estocagem. 
PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO 
COMPRA DA MATÉRIA PRIMA 
RECEPÇÃO DA MATÉRIA PRIMA 
CONTABILIZAÇÃO DA MATÉRIA 
PRIMA 
ARMAZENAMENTO DA MATÉRIA 
PRIMA 
FABRICAÇÃO DE PRODUTO 
CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS DE 
FABRICAÇÃO 
ARMAZENAMENTOS DOS 
PRODUTOS FABRICADOS 
EXPEDIÇÃO DOS PRODUTOS 
VENDIDOS 
CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS 
DOS PRODUTOS VENDIDOS 
21 
 
 
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis vem por meio do CPC 16, estabelecer um 
tratamento contábil sobre o estoque, onde algumas definições relevantes devem ser acatadas. 
A mensuração deve ocorrer pelo valor do custo ou pelo valor realizável, valendo o que for 
menor entre as duas alternativas. 
 Um dos motivos principais pelo qual uma empresa deve manter um estoque está 
relacionado ao seu crescimento financeiro, contudo, para estocar é preciso conhecer a 
rotatividade, as exigências da clientela e sua concorrência. 
 
2.3 A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE ESTOQUE 
 
O estoque é um item indispensável para a composição de uma empresa, seja ela 
industrial ou comercial. O modo como ele é armazenado e controlado pode aumentar a 
lucratividade da entidade ou causar transtornos para a mesma. Para isso, é indispensável que o 
gestor participe fielmente na administração da empresa. 
De acordo com Tadeu (2010, p. 26): 
Para que o gestor tome sua decisão de forma eficiente, ele precisa avaliar e 
ponderar todas as variáveis interferentes possíveis e viáveis de serem 
calculadas para basear sua escolha em critérios objetivos, evitando-se risco de 
cair na armadilha do subjetivismo ou empirismo gerencial. 
 
O controle eficiente do estoque é essencial para a empresa manter-se competitiva e 
cumprir adequadamente suas atividades, além disso, é importante que não falte produtos no 
armazenados e que não sejam compradas mercadorias desnecessárias. O prazo de entrega do 
produto, época do ano, demanda de procura, são itens que devem ser levados em conta na 
composição do estoque da empresa. 
A importância de manter um controle de estoque adequado também é representada 
pela citação deIudicibus, Martins e Gelbcke (2000, p. 101): 
Os estoques representam um dos ativos mais importantes do capital circulante 
e da posição financeira da maioria das companhias industriais e comerciais. 
Sua correta determinação no início e no fim do período contábil é essencial 
para uma apuração adequada do lucro líquido do exercício. Os estoques estão 
intimamente ligados às principais áreas de operação dessas companhias e 
envolvem problemas de administração, controle, contabilização e 
principalmente de avaliação. 
 
 Diante das circunstâncias, percebe-se o quanto é importante que o gestor desenvolva 
técnicas eficazes para obter resultados satisfatórios no fechamento contábil. 
Segundo Oliveira, Chieregato, Perez Junior e Gomes (2003), há uma necessidade de 
implantação de um bom sistema de controle interno sobre as movimentações, isso porque 
22 
 
 
qualquer incorreção nos valores de compras e vendas do estoque pode afetar diretamente o 
valor do ativo e consequentemente o resultado contábil no exercício. 
 A importância do planejar o estoque é enfatizada pelo autor Tadeu (2010, p.13): 
O estoque é uma área-chave dentro das organizações, uma vez que se 
configura como um dos principais elos entre duas outrasáreas: produção e 
planejamento. Dessa forma, preocupar-se com a questão da manutenção dos 
níveis adequados de materiais estocados é apenas um dos pontos que devem 
ser observados para uma gestão eficiente dos estoques. 
 
 Quando existe um planejamento coerente com as atividades desenvolvidas pela 
empresa, controlar o estoque acaba sendo uma tarefa de fácil manuseamento por parte do 
gestor. A organização de seu espaço acontece conforme as necessidades apresentadas pela 
empresa, uma vez que as metas estabelecidas só serão alcançadas se o gestor manter o ritmo 
de sistematização conforme planejado. 
 Na concepção de Pozo (2008, p. 38): 
A função principal do controle de estoques é justamente maximizar o uso de 
recursos para gerenciamento dos estoques, porém, o gestor depara-se com um 
dilema que é causador da inadequada gestão de materiais, percebida em 
inúmeras empresas, e que cria problemas quanto às necessidades de capital de 
giro da empresa, bem como seu custo. É necessário encontrar o ponto ideal 
entre manter um grande volume de materiais e produtos em estoque para 
atender plenamente a demanda, o que gera uso elevado de ativos da 
organização e, manter volumes muito baixos de estoques para minimização 
dos custos, porém com atrasos em entregas, insatisfação de clientes pela falta 
de produtos e, principalmente, a perda do cliente. 
 
 Diariamente o setor administrativo de uma organização busca um controle eficiente, 
porém, sem planejamento fica inviável por em prática tal procedimento. Deste modo, manter 
um controle físico de seus produtos acaba sendo uma excelente alternativa para quem almeja 
o aumento de ganho de capital, reduzindo as compras desnecessárias. A omissão desse 
controle pode ocasionar a falta de credibilidade da empresa diante de sua clientela e adquirir 
uma desvantagem comercial relacionada aos seus concorrentes. 
 Segundo Tadeu (2010, p.13): 
Para alcançar níveis operacionais de excelência nessa área, é preciso criar um 
ambiente organizacional capaz de propiciar a integração efetiva, e não tão 
somente formal, das diversas áreas e setores que compõem uma empresa. 
 
A interatividade dos funcionários do estabelecimento com a equipe administrativa é de 
suma importância para que o desenvolvimento das atividades ocorra com sucesso. Uma vez 
que há uma relação baseada na comunicação, será possibilitado ao gestor um conhecimento 
maior sobre o seu ambiente organizacional. 
23 
 
 
 Segundo Bowersox e Closs (2001, p.229): 
Nível de serviço ao cliente é um objetivo fixo pela alta administração. 
Comporta objetivos de desempenho que a função de estoque deve ser capaz de 
cumprir. O nível de serviço pode ser definido em termos de tempo de ciclo de 
pedido, de percentagem de quantidades atendidas, ou de qualquer combinação 
desses objetivos. 
 
A princípio, a prioridade de qualquer administração é oferecer um serviço confiável e 
eficaz no intuito de conquistar sua clientela e reverter isso em ganhos futuros. Aos 
funcionários responsáveis pelo abastecimento das mercadorias, fica mais fácil identificar o 
gosto e a necessidade de seus clientes. Através do conhecimento de sua equipe, o gestor pode 
usar deste artifício para desenvolver estratégias de vendas com o auxílio do marketing. Com 
esta possibilidade, o mesmo terá uma noção maior do que estocar em cada época do ano. 
 Tadeu (2010) expõe que a acumulação de estoque é estimulada em virtude de 
alterações nas condições do ambiente. Essas alterações podem ser decorrentes de atrasos na 
entrega dos fornecedores, alta rotatividade do produto, descontos quando a mercadoria for 
negociada em maior volume, falta do produto na distribuidora e etc. 
Arnould (2009, p.247) expõe: 
Os estoques são materiais e suprimentos que uma empresa ou instituição 
mantém, seja para vender ou para fornecer insumos ou suprimentos para o 
processo de produção. Todas as empresas e instituições precisam manter 
estoques. Frequentemente, os estoques constituem uma parte substancial dos 
ativos totais. 
 
 É perceptível que o estoque traz consigo a importância para o desenvolvimento de 
uma empresa. Ao mesmo tempo em que ele pode ser um grande auxílio no sucesso da 
entidade, o mesmo também pode ser motivo de prejuízos consideráveis. Tudo depende de que 
produtos ele será constituído bem como de sua quantidade. 
 De acordo com Garcia, Reis, Machado e Ferreira Filho (2006, p.10): 
Apesar de sua importância, complexidade e extensão, a gestão de estoques é 
ainda negligenciada em muitas empresas, sendo classificada como uma 
questão de estratégia e restringida à tomada de decisões em níveis 
organizacionais mais baixos. Outras empresas, entretanto já percebem como a 
gestão de estoque pode trazer vantagens competitivas e estão inclusive 
olhando os estoques ao longo de toda a cadeia de suprimentos da qual fazem 
parte. 
 
 À medida que o cliente busca por um determinado produto e o administrador percebe 
o aumento de sua venda, o mesmo pode se basear neste detalhe para priorizar o 
armazenamento desta mercadoria para que não falte em seu estabelecimento. Na verdade, a 
cadeia de suprimentos torna-se uma boa ferramenta para a composição de um estoque 
24 
 
 
adequado, uma vez que o gestor irá priorizar o armazenamento dos produtos de maior 
rotatividade. 
Para Richers (1984), o comportamento do consumidor é caracterizado pelas atividades 
mentais e emocionais quando é feita a escolha por um determinado tipo de produto. Já 
Salomon (2002), destaca que o consumidor sofre influências psicológicas, sociais, culturais e 
pessoais. Esta discrição é demonstrada por Kotler (1998), no quadro a seguir: 
 
Fatores Culturais Fatores Sociais Fatores Pessoais Fatores Psicológicos 
 
 Cultura 
 
 Subcultura 
 
 Classes Sociais 
 
 
 
 
 
 
 
 Grupos de 
Referências 
 
 Família 
 
 Papéis e Posições 
Sociais 
 
 
 Idade e Estágio do 
Ciclo de vida 
 
 Ocupação 
 
 Condições 
Econômicas 
 
 Estilo de Vida 
 
 Personalidade e 
Autoconceito 
 
 
 Motivação 
 
 Percepção 
 
 Aprendizagem 
 
 Crenças e atitudes 
 
 
Quadro 2: Fatores que influenciam o comportamento do consumidor 
FONTE: Kotler , 1998, p.163. 
 
É visível que o ato de comprar e estocar requer uma análise detalhada do público alvo, 
a demanda de oferta e procura é o que movimenta as mercadorias estocadas, mais uma vez, é 
perceptível a importância de conhecer o tipo de cliente para finalmente poder concluir uma 
compra. 
Segundo Ballou (1993, p.17): 
A logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor nível 
de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, 
através de planejamento, organização e controle efetivos para as atividades de 
movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. 
 
Isso implica que o sucesso na logística depende do preço que a mercadoria é adquirida 
e de seu armazenamento. Quanto menor o custo, consequentemente, menor também será o 
preço repassado aos consumidores. Da mesma forma procede-se com o armazenamento, o 
cuidado com o produto estimula as vendas pela aparência visual. 
Segundo Pozo (2010, p.27), “A importância da correta administração de materiais 
pode ser facilmente percebida quando os bens necessários não estão disponíveis no momento 
exato e correto para atender as necessidades do mercado” . 
25 
 
 
 A percepção do gestor deve está alinhada às necessidades de sua empresa e também de 
sua clientela. As informações repassadas pelo sistema não podem está em desconforme com a 
contagem física do estoque. Por este motivo que além de planejar e executar, é importante que 
se mantenha uma organização alinhada. 
De acordo com Tadeu (2010, p. 24): 
Por detrás de toda atividade deve haver uma finalidade. Cabe ao planejamentoalinhar as atividades de gestão de estoque ao seu escopo específico. E mais 
ainda, cabe ao planejamento o tratamento das informações e dos dados 
gerados nas áreas operacionais, como de manutenção de estoques, compras e 
processamento de pedidos para a formação de conhecimento gerencial para a 
tomada de decisão. O planejamento é também a área responsável pela 
intercomunicação das funções compras, estoques e produção para o 
compartilhamento de informações necessárias a estas. 
 
 Planejar é essencial para que se obtenham resultados favoráveis para a administração 
de uma empresa, uma vez que o gestor programa o andamento das atividades, os resultados 
tenderam a ser positivos e satisfatórios. 
 
2.4 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES 
 
Segundo Oliveira et al (2003, p.111): 
Para a apuração do custo das mercadorias vendidas ou das matérias-primas 
consumidas, o contribuinte deverá utilizar-se de registros permanentes de 
estoques ou do valor dos estoques existentes, de acordo com o livro 
inventário, no fim do exercício social. 
 
 Sabendo-se que existem algumas formas de avaliar os estoques, alguns autores dão 
mais ênfase aos três tipos mais conhecidos: PEPS, UEPS e Custo Médio. 
 
2.4.1 PEPS 
 
Os autores expõem que neste método de controle, os primeiros produtos que entram no 
estoque devem ser os primeiros a sair. O fluxo de custos está na ordem em que foram 
incorridos os custos. 
 De acordo com Warren, Reeve, Duchac e Padoveze (2009, p.87), “Quando o método 
PEPS de avaliação do estoque é utilizado, os custos estão incluídos no custo das mercadorias 
vendidas, na ordem em que foram incorridos” . 
 O CPC 16, Pronunciamento responsável por tratar de Estoques, expõe que no critério 
PEPS os itens de estoque que sejam comprados ou produzidos primeiro, sejam vendidos 
26 
 
 
também e primeiro lugar, ficando armazenados os produtos mais recentes que foram 
fabricados ou comprados. 
Almeida (2010) menciona que neste método as mercadorias que saem primeiro do 
estoque são valorizadas de acordo com sua primeira entrada, dessa forma, os itens que 
permanecem armazenados são valorizados de acordo com a sua última entrada. 
 
2.4.2 UEPS 
 
Os primeiros produtos comprados pela empresa devem ser os primeiros a ser 
comercializado, através deste método, o custo das unidades vendidas é o custo das compras 
mais recentes. 
Este método não é adotado pela legislação tributária Brasileira porque existe a 
possibilidade de se ter uma inflação e os estoques ficarem subavaliados, diminuindo assim as 
chances de lucratividade por parte da empresa. 
 Warren, Reeve, Duchac e Padoveze (2009, p. 111), justificam a rejeição do CPC 16, 
em relação á adoção do método UEPS para a avaliação dos estoques. 
A legislação tributária brasileira não admite avaliar os estoques pelo método 
Último a Entrar, Primeiro a Sair (Ueps), porque na adoção desse método, em 
um regime econômico em que há inflação, a tendência é de que todos os 
estoques fiquem subavaliados, o que diminui o lucro líquido do exercício 
social e, por consequência, o valor dos tributos com o Imposto de Renda e 
com a contribuição social. 
 
Para Iudícibus e Marion (1990 p. 102), “As unidades que por último forem adquiridas, 
são as primeiras a serem vendidas”. 
De acordo com Almeida (2010, p.196): 
UEPS ou LIFO (last-in-first-out) – nesse método, as quantidadesficam em 
estoque são valorizadas pelos primeiros custos unitários e as que saem são 
valorizadas pelos últimos custos unitários. Esse método não é aceito pelo 
pronunciamento técnico CPC 16. 
 
2.4.3 CUSTO MÉDIO 
 
O custo médio ponderado é uma média utilizada para calcular o custo final de um 
produto. Geralmente este tipo de procedimento é feito quando a mercadoria chega à empresa 
através de fornecedores que apresentam preços diferenciados ou datas diferentes de entrega. 
 Iudícibus e Marion destacam que (1990, p. 103): 
27 
 
 
Há uma fusão das quantidades monetárias decorrentes de novas compras com 
o custo total do que existia em estoque antes da compra. O novo custo unitário 
passa, então, a ser obtido pela divisão desse valor global pelo total de unidades 
existentes. Cada nova compra, se for feita por um custo unitário diferente do 
até então existente, provocará alterações do novo custo unitário. 
 
 O CPC 16 trata que o custo médio é a média ponderada do custo da mesma mercadoria 
adquirida em um determinado período. Esse cálculo pode ser feito diariamente, semanalmente 
ou mensalmente. O que determina a média é a quantidade de vezes que o produto foi 
comprado ou produzido no intervalo de tempo solicitado. 
 Almeida (2010, p.197), “Por este método as quantidades que ficam em estoque e as 
quem saem são valorizadas pelo custo unitário médio de aquisição ou de fabricação” . 
 O CPC 16 ainda expõe que o custo do estoque deve ser atribuído pelo Método PEPS 
ou pelo Custo Médio, onde a última alternativa acaba sendo a mais utilizada pela 
administração das empresas brasileiras. 
 
 
 
 
28 
 
 
3METODOLOGIA 
 
3.1 ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA DA PESQUISA 
 
O propósito principal desta pesquisa é se basear no conhecimento repassado pelos 
referidos autores e analisar se o âmbito comercial está em conformidade com as adequações 
expostas pelas bibliografias pesquisadas. 
De acordo com Marconi e Lakatos (1990, p.15), “A pesquisa é um procedimento 
formal, com método de pensamento reflexivo, que requer um trabalho científico e se constitui 
no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais” . 
 
Quando se decide optar por elaborar um trabalho, é importante que qualquer pessoa 
busque conhecer minuciosamente o seu objeto de pesquisa, para enfim, expor qualquer 
avaliação acerca de seu estudo. 
Para Yin (2005), a importância da utilização da metodologia científica se faz presente 
na consistência de respostas verídicas e úteis na apresentação dos dados colhidos. 
Como menciona o autor Apolinário (2004), as pesquisas são realizadas com o objetivo 
de solucionar algum problema ou resolver necessidades concretas e imediatas. 
A pesquisa apresentada é de característica básica, uma vez que o intuito é expandir o 
conhecimento adquirido, colaborando na formação de uma gestão mais equilibrada e 
eficiente, independentemente de sua aplicação no ambiente organizacional da empresa em 
estudo. 
Quanto à sua forma de abordagem, a pesquisa caracteriza-se como sendo qualitativa, 
que avalia e interpreta documentos, espaço físico e dados financeiros colhidos pelo sistema 
operacional da empresa. Para Mattar (1996), a pesquisa qualitativa é uma ligação 
indispensável entre a objetividade e subjetividade, sendo difícil de ser traduzidas em números. 
De acordo com Silva e Menezes (2005, p.20): 
A pesquisa qualitativa considera que há uma relação dinâmica entre o mundo 
real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a 
subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. 
 
Richardson (2008, p.79) caracteriza a pesquisa qualitativa como aquela que “não 
pretende numerar ou medir unidades ou categorias homogêneas” . 
 Os objetivos da referida pesquisa serão expostos de forma descritiva, onde a 
prioridade é coletar dados para que posteriormente sejam analisados e interpretados no intuito 
de obter respostas satisfatórias. 
29 
 
 
 Na concepção de Andrade apud Beuren (2008, p.81), “a pesquisa descritiva preocupa-
se em observar os fatos, registrá-los, analisá-los, classificá-los e interpretá-los, e o 
pesquisador não interfere neles” . 
 Através de um estudo de caso de natureza aplicada, o presente trabalho fará análises 
mediante a utilização documentos, observações e coletas de dados que favoreçam a 
identificação da empresa em estudo. Após o reconhecimento do objeto da pesquisa, serão 
emitidas observaçõesacerca das atividades desenvolvidas na entidade. 
 Esta monografia é composta por cinco capítulos. No primeiro capítulo, está inserida a 
introdução, a problemática, a justificativa e os objetivos: Geral e específicos. No segundo 
capítulo trata do referencial teórico, destacando a evolução da contabilidade e do estoque, a 
definição do mesmo e a importância de seu controle. No terceiro capítulo é embasada a 
metodologia do trabalho, expondo o tipo de pesquisa realizada e o objeto em estudo. No 
quarto capítulo está a análise e discussão dos dados colhidos através da pesquisa realizada. E, 
no quinto e último capítulo, por fim, serão expostas as considerações finais acerca do trabalho 
realizado. 
 
3.2 O CONTEXTO DA PESQUISA: UNIVERSO E SUJEITOS DA PESQUISA 
 
Esta pesquisa será realizada em um supermercado na cidade de Caicó através da coleta 
de dados, observações e análises de documentos cedidos pela gestão da empresa. Neste caso, 
a amostra da pesquisa será embasada de acordo com as informações colhidas no decorrer 
deste trabalho. 
De acordo com informações repassadas pelos proprietários do estabelecimento, o 
mesmo está em funcionamento há 29 anos e atualmente emprega cerca de 40 funcionários 
diretos que estão divididos nos setores de açougue, panificadora, caixa, recepção, escritório 
financeiro e fiscal, cozinha e as seções de abastecimento. 
 
3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA E SELEÇÃO DOS DADOS 
 
Na concepção de Pádua. (1997, p.62): 
Pesquisa documental é aquela realizada a partir de documentos, 
contemporâneos ou retrospectivos, considerados cientificamente autênticos 
(não fraudados); tem sido largamente utilizada nas Ciências Sociais, na 
investigação histórica, afim de descrever/comparar fatos sociais, 
estabelecendo suas características ou tendências; além das fontes primárias, os 
30 
 
 
documentos propriamente ditos, utilizam-se as fontes chamadas secundárias, 
como dados estatísticos, elaborados por Institutos especializados e 
considerados confiáveis para a realização da pesquisa. 
 
O procedimento adotado para a realização da pesquisa em campo foi feito através da 
coleta de documentos, relatórios, observações do espaço físico, bem como a consulta no 
sistema operacional adotado pela empresa. Além disso, foram utilizados elementos 
bibliográficos para auxiliar na composição teórica deste trabalho, como por exemplo, livros, 
monografias, sites de buscas e artigos científicos publicados. 
 
3.4 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS 
 
Após serem colhidos dados suficientes para responder a problemática em questão, o 
trabalho foi organizado de modo que, seja sucinto e objetivo para o entendimento de quem 
deseja obter informações acerca da empresa em estudo. 
Por meio de relatórios foram feitas comparações de estocagem de produtos em 
períodos distintos, observações de armazenamento, análise de vendas através do sistema 
operacional e emitidos posicionamentos acerca dos dados colhidos. 
Mostrar a importância do controle de estoque é o foco principal desta monografia, bem 
como atentar a empresa para os benefícios que esse controle pode trazer para a mesma. 
 
31 
 
 
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
 
 
4. 1 ESTUDO DE CASO 
 
Um dos fatores determinantes para o sucesso no ramo comercial está ligado ao 
atendimento diferenciado que a empresa proporciona aos seus clientes. Desta forma, a 
entidade deve está totalmente preparada para atender a demanda de mercado, não podendo 
deixar de desenvolver estratégias eficientes para manter um controle de estoque padronizado. 
O ato de planejar o que comprar nem sempre é uma tarefa fácil, pois o gestor precisa 
obter informações concretas para finalmente executar uma compra. É neste momento que é 
imprescindível que o estoque esteja alinhado de acordo com o sistema operacional. A compra 
inadequada de um determinado produto pode resultar em uma perda significativa no ganho de 
capital. 
Conforme o que Tadeu (2010) menciona em seu livro, o manuseio e movimentação 
dos materiais destinados à produção ou venda , é considerado o ”pulmão” na gestão do 
estoque. Isso porque é um ciclo que se inicia no planejamento da compra e finaliza com a 
venda do produto seguido pelo recebimento do pagamento efetuado pelo cliente. Ao mesmo 
tempo ele destaca que o que dificulta uma tomada de decisão concreta é a falta de 
informações confiáveis repassadas pelos sistemas, por este motivo, o mesmo menciona que 
uma das alternativas de driblar este tipo de problema é adotando um Sistema de Informações 
Gerenciais para auxiliar no fluxo de informações transmitidas à empresa. 
Para obter o sucesso esperado, é preciso manter o que está sendo útil e melhorar nas 
estratégias que estão sendo falhas. 
Atualmente, para que uma empresa consiga se sobressair diante de suas concorrentes, 
a mesma deve está bem equipada com os produtos de maior rotatividade e, acima de tudo, 
abastecida com conhecimento suficiente para implantar alternativas que ajudem o 
desenvolvimento da mesma. 
A pesquisa foi elaborada de acordo com as atividades desenvolvidas pelo 
supermercado, destacando de que forma é realizada as compras, como é estocado os produtos 
ao chegarem nos depósitos, o processo de cadastramento, atualização de preços e vendas dos 
produtos. 
 
32 
 
 
4. 2 ARMAZENAMENTO DE ESTOQUE 
 
Após os lançamentos das notas fiscais no sistema, a quantidade de cada produto é 
informada em conformidade com o que foi apresentado na nota. Observou-se que nem sempre 
o que é informado pelo sistema realmente confere com o espaço físico. 
O espaço destinado ao armazenamento das mercadorias é dividido por sessões. No 
primeiro depósito estão localizados os produtos de perfumaria e higiene pessoal, limpeza, 
descartáveis, enlatados e biscoitos. Existem corredores de acesso com o espaço suficiente para 
a circulação segura dos repositores, além disso, um lugar apropriado para a conferência das 
mercadorias. É perceptível que existe uma organização de acordo com a categoria de cada 
produto, conforme observa-se nas imagens abaixo. 
 
 
FIGURA 2: ESTOCAGEM DOS PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL 
 
 
FIGURA 3: PRODUTOS DE HIGIENE INTÍMA FEMININA 
 
33 
 
 
 
FIGURA 4: ESTOQUE DOS PRODUTOS DE LIMPEZA 
 
O setor de estocagem apresenta corredores espaçosos o suficiente para a realização da 
limpeza, bem como para o acesso seguro por parte do repositor. O estoquista armazena as 
mercadorias de acordo com indicações aprendidas no curso de Organização de estoque que o 
mesmo participou no SEBRAE de Caicó no ano de 2015. Lembrando sempre de deixá-las 
suspensas em tabulados para evitar o desgaste do produto embalado nas caixas. 
 
 
FIGURA 05: ESTOQUE DOS ALIMENTOS PARA ANIMAIS 
 
Apesar das tentativas, a empresa não consegue manter um controle de estoque de 
acordo com os relatórios apresentados pelo sistema. Muitas vezes as mercadorias são 
vendidas com códigos de barras diferentes dos que estão cadastrados, impedindo assim a 
saída do produto que foi dado entrada no sistema. Este fator dificulta na identificação da 
rotatividade quando solicitado pelo gestor. 
34 
 
 
No segundo depósito estão armazenados os produtos de cesta básica (arroz, feijão, 
óleo, café, flocos de milho, macarrão, açúcar, farinha de mandioca) bebidas em geral e 
farinhas para revenda ou para a produção na panificadora. 
 
 
 FIGURA 06: ESPAÇO DE ARMAZENAMENTO DOS PRODUTOS DE CESTA BÁSICA. 
 
 
FIGURA 07: ESTOQUE DE BEBIDAS (ÁGUA, REFRIGERANTES E CERVEJAS). 
 
 
FIGURA 08: ARMAZENAMENTO DE CAFÉS, OLÉO DE SOJA, MASSAS CORTADAS E FARINHAS 
DE TRIGO. 
35 
 
 
 
 
 
FIGURA 09: EMPILHAMENTO DE PRODUTOS DE ALTA ROTATIVIDADE 
 
Em ambos os depósitos foi possível observar que existem falhas em seu controle,uma 
vez que qualquer pessoa tem acesso ao estoque, podendo facilmente furtar qualquer produto 
ou ainda consumi-lo indevidamente. 
A empresa em estudo ainda dispõe de uma câmara fria para o congelamento e 
resfriamento de produtos pertencentes ao açougue. Há uma vistoria contínua neste espaço, 
pois, como se trata de alimentos frescos e congelados, a tendência é que eles estraguem com 
maior facilidade, transmitindo odores desagradáveis para os demais produtos presentes neste 
espaço. 
 
 
FIGURA 10: CARNES EM RESFRIAMENTO DESTINADAS AO CORTE PARA VENDA NO 
AÇOUGUE. 
36 
 
 
 
FIGURA 11: ALIMENTOS EMBUTIDOS EM RESFRIAMENTO 
 
 
FIGURA 12: ESTOQUE DE QUEIJOS DIVERSOS 
 
No início desta pesquisa, a empresa adotava um sistema que causava diversos 
transtornos na emissão de informações, atualização de preços e ainda dificultava na emissão 
de notas fiscais. No decorrer deste trabalho, o dono da empresa optou por migrar para outro 
sistema operacional. Observou-se que a troca do sistema trouxe benefícios para a empresa, 
tendo em vista que muitos transtornos foram evitados, além disso, houve uma praticidade no 
repasse de informações gerenciais de estoque e emissões de notas fiscais. 
 
4.3 PROCESSOS DE COMERCIALIZAÇÃO 
 
Semanalmente os funcionários da referida empresa que são responsáveis pelo 
abastecimento das mercadorias são orientados a elaborar uma lista com os produtos faltosos 
37 
 
 
no estoque. Depois de feito esta lista, a mesma é encaminhada ao setor de compras, onde a 
gerente assume a responsabilidade de analisar a rotatividade dos produtos e posteriormente 
realizar o pedido. 
É feita uma cotação, na qual são expostos os produtos solicitados para a compra. Os 
fornecedores interessados têm acesso a essa lista, onde eles põem seus preços, e, 
consequentemente, ganha o que tiver o menor preço. 
Com a pesquisa verificou-se que houve uma melhora da produtividade após a 
transição de uma nova gerência no setor de compras, tendo em vista que foram implantados 
novos métodos para a realização das compras, houve um melhoramento significativo no 
aspecto físico e virtual do estoque. Antes de realizar qualquer compra, são avaliados relatórios 
de vendas de cada produto e posteriormente é feita a compra de acordo com sua rotatividade. 
Os pedidos passaram a ser realizados em conformidade com a necessidade de estocagem da 
empresa, diminuindo consideravelmente as avarias. 
Ao ser entregue pelo fornecedor, o produto é conferido pelo funcionário destinado a 
esta função. A conferência acontece de acordo com o confronto da Nota Fiscal com a cópia do 
pedido. Posteriormente a nota é entregue ao escritório financeiro para averiguar se as 
informações de pagamento estão de acordo com o boleto, somente depois deste procedimento 
é que a nota é liberada para o setor fiscal para ser lançada no sistema. Os preços são 
atualizados, e as mercadorias, podem ser expostas para venda. 
É importante destacar que na referida empresa existe uma segregação de funções, onde 
cada setor fica responsável por uma etapa específica, desde a chegada da mercadoria, até a 
realização de sua venda. A pessoa que recebe o produto não é a mesma que confere os dados 
financeiros da nota e a entrada da mesma no sistema é reconhecida por outro setor específico, 
o de faturamento. Este processo dificulta as fraudes envolvendo a composição do estoque bem 
como divergências no setor financeiro. 
O SEBRAE Caicó (2015) menciona que o estoque tem um papel extremamente 
importante na cadeia de suprimentos, tendo em vista que o mesmo criará um valor final para o 
cliente que busca ser prontamente atendido conforme suas necessidades. 
 
4.4 IMPACTOS DA AUSÊNCIA DO CONTROLE DE ESTOQUE 
 
Tadeu (2010) destaca que muitas vezes uma empresa possui uma fortuna guardada em 
seu estoque e não tem consciência disso. Isso acontece quando uma compra fica estocada e 
38 
 
 
não é convertida em vendas. Acontece que o capital investido fica preso, sem gerar os 
resultados esperados pelo gestor. É por este motivo que é tão importante que o comprador 
tenha noção dos produtos que tem maior rotatividade, além disso, também torna-se importante 
que ele compre somente o suficiente para não deixar faltar em seu estabelecimento. 
Através das observações realizadas, foi constato a empresa enfrentou diversos 
problemas relacionados a avarias, isso porque a pessoa responsável por realizar as compras 
não filtrava seus pedidos. Muitas mercadorias eram compradas desnecessariamente, e a 
situação foi criando o efeito bola de neve, até que houve perdas consideráveis do capital 
investido. Além disso, a falta de controle no estoque diminuiu as vendas de determinados 
produtos, pois os clientes não queriam esperar sua chegada às prateleiras. A empresa tornou-
se mais vulnerável à prática de desvio de mercadoria e roubos, pois não se tinha um controle 
confiável do estoque da empresa. 
Foi observado também que a atual gestão está buscando equilibrar suas compras, de 
modo que venha a diminuir o que for desnecessário e acrescentar no que de fato tem uma boa 
rotatividade. A oportunidade de fazer o uso correto de boas negociações tem criado um elo de 
parceria entre os fornecedores e a empresa. 
 
 
FIGURA 13: ESPAÇO DESTINADO ÀS AVARIAS 
 
A empresa busca por fechar negociações com fornecedores que além do preço mais 
em conta, ofereça a vantagem de pagar pelos produtos avariados. Esta alternativa diminui as 
39 
 
 
perdas que a empresa pode sofrer pela ausência do produto. O valor da mercadoria avariada 
pode ser restituído integralmente ou parcialmente em 50%. 
 
4.5 OTIMIZAÇÃO DO CONTROLE DE ESTOQUE 
 
 Aperfeiçoar as atividades desempenhadas no âmbito comercial de uma empresa requer 
uma análise precisa e detalhada do alvo principal destas mudanças, que neste caso, nos 
referimos ao estoque da entidade analisada. 
Em decorrência das transições sofridas nos últimos meses, foi observado que a 
empresa ainda está em fase de adaptação no que se refere à implementação de uma nova 
política de compra e estocagem das mercadorias adquiridas para venda. Foi possível verificar 
também que a análise de vendas está se tornando um diferencial positivo na otimização do 
estoque da empresa, uma vez que a contagem física dos produtos auxilia nos ajustes da 
contagem apresentada pelo sistema operacional, diminuindo as irregularidades nas 
quantidades expostas. 
 O controle contínuo do estoque resguarda a empresa de incertezas. Neste caso, será 
um benefício para a administração quando a mesma for realizar uma compra. O fato de o 
gestor saber o que tem no espaço físico da empresa livra o mesmo de comprar mercadorias 
em quantidades desnecessárias, e ao mesmo tempo lhe é permitido atender a demanda dos 
clientes sem que os prejudique em suas compras. 
 Tal benfeitoria é comprovada através das palavras de Bowersox e Closs (2001), 
quando é mencionada a importância que um sistema operacional eficaz pode exercer no 
momento de uma tomada de decisão 
Diante das inúmeras vantagens que o controle de estoque permite o gestor ainda pode 
ter a noção exata do tempo que cada mercadoria pode demorar a chegar à sua empresa. 
Comparando a rotatividade do produto com o que se tem estocado, ele chegará à quantidade 
correta que deve ser comprada, mantendo assim um controle sobre a entrada e saída dos 
produtos vendidos em seu estabelecimento. 
Em meio às mudanças ocorridas, verificou-se que a empresa ainda precisa aperfeiçoar 
suas técnicas de controle de estoque, abordando o monitoramento frequente por parte do 
gestor com relação às transações comerciais e ao controle do estoque, podendo dessa forma, 
chegar ao objetivo principal de obter informações precisas e verídicas para desempenhar 
ordenadamente suas compras. 
40 
 
 
 
4.6 PROCEDIMENTOSADOTADOS PARA O CONTROLE DE ESTOQUE 
 
 Nos dias atuais as empresas comerciais passam por diversas readaptações no 
desenvolver de suas atividades com o intuito de conseguir atender a demanda de mercado 
com eficiência e praticidade. As inovações tecnológicas surgem constantemente para auxiliar 
o gestor na formação de seu conhecimento e tomada de decisão. 
 Foi constatado que a empresa não mantinha um controle de compra adequado para 
compor o seu estoque. Além disso, também foi observado que os fornecedores tinham 
autonomia para inserir produtos desnecessários no decorrer da compra, não havia uma 
avaliação concreta do que de fato a empresa necessitava estocar. Muitos produtos foram 
comprados desnecessariamente, provocando uma perda contínua pelo excesso estocado. 
Houve muita falta das mercadorias de alto giro, provocando uma diminuição de vendas na 
empresa. 
 Em período de movimento intenso no estabelecimento, para diminuir as filas e 
reclamações dos clientes houve situações controversas às ensinadas pelos autores para a 
obtenção de um controle de estoque, como por exemplo, o fato de algumas compras não 
serem registradas nos caixas. A venda era realizada informalmente através da soma feita por 
calculadoras comuns, prejudicando totalmente o controle do estoque. Ou seja, as mercadorias 
que foram vendidas informalmente não tiveram a saída no sistema, impossibilitando a 
elaboração de um estoque confiável. Tal procedimento fragiliza a contagem correta das 
mercadorias armazenadas e também desperta a atenção das autoridades fiscais em caso de um 
descontrole no inventário apresentado trimestralmente. A empresa tenderá a ficar passiva de 
auditorias. 
 Além disso, foi observado que existem funcionários que consomem os produtos sem 
pagar por eles, este é outro fator que também prejudica o estoque da empresa. Pois não haverá 
uma saída deste produto. 
 Verificou-se que alguns procedimentos estão começando a ser mudados em 
decorrência da nova gestão no setor de compras. Com o intuito de restabelecer o controle do 
estoque, estão sendo feitas avaliações contínuas para realizar as negociações. Antes de 
qualquer tomada de decisão é feita uma comparação entre a sugestão do fornecedor e o giro 
de vendas dos produtos apresentados nas cotações, este procedimento está facilitando a 
41 
 
 
diminuição de perda do capital investido e aumentando as vendas, isto porque as compras 
estão sendo realizadas conforme a procura dos clientes. 
 Foi feita uma análise de compra e venda de três meses, sendo em gestões diferentes. 
Foi possível verificar que houve uma mudança considerável, principalmente quando se trata 
das vendas. Tal procedimento expõe o valor de compra e venda das mercadorias nos meses de 
Agosto, Setembro e Outubro dos anos de 2014 e 2015. Além disso, também é apresentado o 
valor do lucro bruto relacionado a cada análise feita. Esta comparação foi realizada com o 
intuito de avaliar em qual gestão o supermercado manteve melhor desempenho no decorrer de 
suas vendas. 
 
 
 
 FIGURA 14: RELATÓRIO DE VENDAS DE AGOSTO DE 2014 
 FONTE: SISTEMA OPERACIONAL DA EMPRESA 
 
42 
 
 
 
 
FIGURA 15: RELATÓRIO DE VENDAS DE AGOSTO DE 2015 
FONTE: SISTEMA OPERACIONAL DA EMPRESA 
 
 A primeira análise feita começa a partir do mês de agosto, onde de fato, no ano de 
2015 aconteceu a transição da gestão no setor de compras onde houve a implantação de um 
novo processo de planejamento e execução para o controle do estoque da empresa em estudo. 
Por este motivo, foi feita a comparação dos mesmos meses, só que em anos diferentes. 
 As compras realizadas no mês de agosto do ano de 2014 totalizaram R$ 982.923,50, 
enquanto que as vendas resultou o valor de R$ 1.154.901,50. A empresa conseguiu obter um 
lucro bruto de R$ 171.978,00. 
 Já para mesmo mês de agosto, só que no ano de 2015, foi contabilizada uma compra 
de R$ 1.146.003,15, enquanto que nas vendas foi possível obter o montante de R$ 
1.251.965,73. O lucro bruto obtido foi de R$ 105.962,58. 
 Em comparação aos dois anos, é perceptível que a empresa registrou um volume maior 
de vendas no ano de 2015, porém, a rentabilidade maior foi no ano de 2014, tendo em vista 
que as mudanças começaram a acontecer após a metade do mês de agosto, e, foi justamente 
neste período onde a empresa estava passando por sua situação mais crítica no que está 
relacionado ao volume de compras desnecessárias. A partir deste momento, houve a 
implantação de novas políticas no setor e começou todo o processo de readaptação para 
executar o que havia sido planejado para controlar o estoque. 
 Seguindo a análise, teremos os dados apresentados para o mês de setembro: 
 
43 
 
 
 
 
 FIGURA 16: RELATÓRIO DE VENDAS DO MÊS DE SETEMBRO DE 2014 
 FONTE: SISTEMA OPERACIONAL DA EMPRESA 
 
 
 
 
 FIGURA 17: RELATÓRIO DE VENDAS DO MÊS DE SETEMBRO DE 2015 
 FONTE: SISTEMA OPERACIONAL DA EMPRESA. 
 
No mês de setembro de 2014, o total de compras neste período foi de R$ 1.067.534,79, 
enquanto que as vendas totalizaram R$ 1.078.486,90. O lucro bruto resultou em apenas R$ 
10.952,11. 
44 
 
 
 Em setembro de 2015, a referida empresa comprou R$ 1.013.878,02, e vendeu um 
total de R$ 1.156.098,32. E a obtenção do lucro bruto foi de R$ 142.220,30. 
 Pode-se observar que houve uma queda brusca no lucro bruto da empresa quando há 
uma comparação referente ao mês de agosto no ano de 2014. Aconteceu uma diminuição 
significativa nas vendas da empresa, e este fato confirma o que foi dito anteriormente no que 
está relacionado à perda da clientela e à falta de controle do que era comprado para venda. 
 Já no mês de setembro de 2015, houve uma diminuição de R$ 53.656,77 no valor das 
compras quando é comparado ao ano de 2014 do mesmo período. Dante da análise é possível 
identificar que a empresa também registrou o seu volume de venda e lucro bruto bem maior 
do que em setembro de 2014. Este fator demonstra que começou a ser executado o 
planejamento para controlar o estoque da entidade. Houve a diminuição das compras 
desnecessárias e aumento no ganho de capital. 
 Por fim, a comparação será feita entre o mês de outubro de 2014 e 2015. 
 
 FIGURA 18: RELATÓRIO DE VENDAS DO MÊS DE OUTUBRO DE 2014 
 FONTE: SISTEMA OPERACIONAL DA EMPRESA. 
 
 
45 
 
 
 
 FIGURA 19: RELATÓRIO DE VENDAS DO MÊS DE OUTUBRO DE 2015. 
 FONTE: SISTEMA OPERACIONAL DA EMPRESA. 
 
Em outubro de 2014 o total de compras realizadas para este mês foi de R$ 969.442,33, 
enquanto que as vendas foram de R$ 1.126.742,60. O lucro bruto adquirido foi de R$ 
157.300,27. 
 No mesmo mês só que em 2015, a empresa finalizou o período comprando um total de 
R$ 1.059.025,40 e vendendo R$ 1.293.020.73. O lucro bruto obtido foi de R$ 233.995,33. 
 Houve um aumento no valor das compras quando comparamos o mês de outubro de 
2015 ao ano de 2014. E quando fazemos o mesmo procedimento comparando ao mês de 
setembro de 2015, também aconteceu um aumento, sendo justificado pelas compras de 
produtos faltosos no estoque que não foram comprados no mês anterior. Em 2014 houve uma 
breve tentativa de controle do estoque diminuindo as compras desnecessárias, isso fez com 
que refletisse positivamente no lucro da empresa. O valor das vendas e do lucro bruto foi bem 
maior quando comparado ao ano de 2014. 
 De todos os meses analisados, outubro de 2015 foi o período em que a empresa 
adquiriu maior rentabilidade na comercialização de seus produtos, sendo possível obter um 
lucro bruto de R$ 233.995,33. Isso implica que à medida que a gerente do setor passou a 
efetuar suas compras baseando-se na rotatividade de vendas e na necessidade exposta pelos 
clientes da empresa, foi possível dar continuidade à meta de organizar o estoque da entidade e 
46 
 
 
ao mesmo tempo aumentar

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