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MODULO – A FASE 1 – G.P.I.- 2017 (Gestão da Produção Industrial) Matéria: Planejamento, Programação e Controle da Produção (PPCP) (110693). (ciclo 2 uta gerência da produção UTA-A 2017-FASE1) Resumo aula teórica 2. Tema 1 – Planejamento da capacidade de produção. Determinar o nível ótimo de produção para atender a demanda é fundamental para a eficiência e eficácia do Planejamento, Programação e Controle da Produção (PPCP). A falta de equilíbrio entre a capacidade e a demanda pode ter consequências desastrosas para a organização, tanto econômicas quanto em termos de qualidade. Então, nosso desafio é harmonizar, em todos os níveis, o grau de capacidade produtiva com o nível de demanda a ser atendida com o menor custo possível, para isso é fundamental o planejamento e controle da capacidade produtiva. A eficiência consiste em fazer certo as coisas. Geralmente está ligada ao nível operacional, como realizar as operações com menos recursos – menos tempo, menor orçamento, menos pessoas, menos matéria-prima etc… A eficácia consiste em fazer as coisas certas utilizando da melhor forma os recursos. Normalmente está relacionada ao nível gerencial. A efetiva utilização da capacidade produtiva depende de esforços constantes para redução de tempos improdutivos e aumento de disponibilidade e a gestão da demanda depende de um processo consistente de previsão de vendas. Erros de previsão de vendas podem comprometer as operações e até mesmo inviabilizar alguns negócios, criando um desequilíbrio. O Planejamento, Programação e Controle da Produção (PPCP) é responsável pela coordenação e aplicação dos recursos produtivos de forma a atender da melhor maneira possível os planos estabelecidos aos níveis estratégico, tático e operacional. A dimensão tempo deve ser adequadamente incorporada à utilização dos ativos. Desta maneira, se uma Estação de Tratamento de Água (ETA) tem capacidade de 100 litros por segundo, sua capacidade será de 216.000 litros/horas e a capacidade diária será de 12.960.000 litros por dia (ou 12.960 m³/dia); se um teatro tem capacidade para 500 pessoas por apresentação de 2 horas, logo, sua capacidade diária será de 6.000 pessoas por dia. Portanto, a capacidade de uma operação pode ser definida como a quantidade máxima de operações realizadas em um espaço de tempo em condições normais de trabalho. Segundo Moreira (1993), capacidade refere-se à quantidade máxima de produtos e serviços que podem ser produzidos em uma unidade produtiva, em um dado intervalo de tempo. Exemplo: automóveis/dia, clientes/mês, calçados/hora etc. Assim, a capacidade produtiva é função das variáveis: Volume ou Quantidade (sapatos, cadeiras, peças, roupas etc.) – expresso em unidade referente ao produto: litros, kg, peças, toneladas, caixas etc. Tempo (hora, dia, semana, quinzena, mês, ano, …) Atingir o nível ideal da capacidade de produção para satisfazer a demanda (atual e futura) é uma condição fundamental da atividade de administração e controle da produção. O bom equilíbrio entre capacidade e demanda gera melhores resultados financeiros e em clientes muito mais satisfeitos. Porém, atingir o equilíbrio envolve decisões que afetam toda a organização empresarial: Assim, a capacidade produtiva é função das variáveis: decisões sobre a capacidade impactam em todos os outros processos da empresa. todas as funções da organização fornecem entradas vitais para o processo de planejamento. cada função do negócio deve planejar e controlar a capacidade de suas próprias micro- operações para atender a função produção principal. Um bom planejamento da produção deve se preocupar em balancear os recursos produtivos de forma a atender a demanda com uma carga adequada para os recursos da empresa. Assim, a essência do planejamento da capacidade produtiva é conciliar, a capacidade com o nível de demanda que deverá ser satisfeita, conforme a previsão da demanda para o período em planejamento. Uma definição de planejamento e controle de capacidade produtiva. Tema 2 – O controle da capacidade. O objetivo do controle da capacidade é fornecer uma ligação entre o planejamento e a execução das atividades operacionais, identificando os desvios, sua magnitude e fornecendo subsídios para que os responsáveis pelas ações corretivas possam agir. A rotina sugerida para a análise da capacidade produtiva pode ser entendida em quatro passos principais: Identificar os grupos de recursos a serem incluídos na análise. Obter o padrão de consumo: (horas/unidade) de cada família incluída no plano para cada grupo de recursos. Multiplicar o padrão de consumo de cada família para cada grupo de recursos pela quantidade de produção própria prevista no plano para cada família. Consolidar as necessidades de capacidade para cada grupo de recursos. Tema 3 – Gestão da demanda. A gestão da demanda é a base para o planejamento estratégico da produção, vendas e finanças de qualquer empresa. Esta permite que os administradores destes sistemas antevejam o futuro e planejem adequadamente suas ações. As previsões são usadas pelo PPCP em dois momentos distintos: para planejar o sistema produtivo e para planejar o uso deste sistema produtivo. A responsabilidade pela preparação da previsão da demanda normalmente é do setor de Marketing ou Vendas, porém existem dois bons motivos para que o pessoal do PPCP entenda como esta atividade é realizada. A previsão da demanda é a principal informação empregada pelo PPCP na elaboração de suas atividades. Em empresas de pequeno e médio porte, não existe ainda uma especialização muito grande das atividades, cabendo ao pessoal do PPCP (geralmente o mesmo de Vendas) elaborar estas previsões. Tema 4 – Medição da demanda. A coleta e análise de dados visa identificar e desenvolver a técnica de previsão que melhor se adapte. Alguns cuidados básicos: quanto mais dados históricos forem coletados e analisados, mais confiável a técnica de previsão será. os dados devem buscar a caracterização da demanda pelos produtos da empresa, que não é necessariamente igual as vendas passadas. variações extraordinárias da demanda devem ser analisadas e substituídas por valores médios, compatíveis com o comportamento normal da demanda. o tamanho do período de consolidação dos dados tem influência direta na escolha da técnica de previsão mais adequada, assim como na análise das variações extraordinárias. Assim, se faz a seleção da técnica de previsão. Existem técnicas qualitativas e quantitativas. Cada uma tendo o seu campo de ação e sua aplicabilidade. Alguns fatores merecem destaque na escolha da técnica de previsão: decidir em cima da curva de troca “custo acuracidade”. a disponibilidade de dados históricos. a disponibilidade de recursos computacionais. a experiência passada com a aplicação de determinada técnica. a disponibilidade de tempo para coletar, analisar e preparar os dados e a previsão. período de planejamento para o qual necessitamos da previsão. Com a definição da técnica de previsão e a aplicação dos dados passados para obtenção dos parâmetros necessários, podemos obter as projeções futuras da demanda. Quanto maior for o horizonte pretendido, menor a confiabilidade na demanda prevista. A medida em que as previsões forem sendo alcançadas pela demanda real, deve-se monitorar a extensão do erro entre a demanda real e a prevista, para verificar se a técnica e os parâmetros empregados ainda são válidos. Em situações normais, um ajuste nos parâmetros do modelo, para que reflita as tendências mais recentes, é suficiente. Tema 5 – Técnicas de previsão. As técnicas de previsão podem ser subdivididas em dois grandes grupos: Técnicas Qualitativas Privilegiam principalmente dados subjetivos, os quais são difíceis de representar numericamente. Estão baseadas naopinião e no julgamento de pessoas chaves, especialistas nos produtos ou nos mercados onde atuam estes produtos. Técnicas Quantitativas Envolvem a análise numérica dos dados passados, isentando-se de opiniões pessoais ou palpites. Empregam-se modelos matemáticos para projetar a demanda futura. Podem ser subdivididas em dois grandes grupos: as técnicas baseadas em séries temporais, e as técnicas baseadas em correlações. As previsões baseadas em séries temporais partem do princípio de que a demanda futura será uma projeção dos seus valores passados, não sofrendo influência de outras variáveis. É o método mais simples e usual de previsão, e quando bem elaborado oferece bons resultados. Previsões baseadas em correlações relacionam a demanda de determinado produto com uma outra variável que esteja relacionada com o mesmo, e estabelece uma equação que identifica o efeito da variável de previsão sobre a demanda do produto em análise. Para se montar o modelo de previsão, é necessário plotar os dados passados e identificar os fatores que estão por trás das características da curva obtida. Uma curva temporal de previsão pode conter tendência, sazonalidade, variações irregulares e variações randômicas. Uma vez decidida a técnica de previsão e implantado o modelo, há necessidade de acompanhar o desempenho das previsões e confirmar a sua validade perante a dinâmica atual dos dados. Esta monitorização é realizada através do cálculo e acompanhamento do erro da previsão, que é a diferença que ocorre entre o valor real da demanda e o valor previsto pelo modelo para um dado período. A manutenção e monitorização de um modelo de previsão confiável busca: verificar a acuracidade dos valores previstos. identificar, isolar e corrigir variações anormais. permitir a escolha de técnicas, ou parâmetros, mais eficientes. O erro acumulado deve ser comparado com um múltiplo do desvio médio absoluto, conhecido como Mean Absolute Deviation (MAD). Planejamento, Programação e Controle da Produção (PPCP) é o processo utilizado no gerenciamento das atividades de produção; é o sistema de gerenciamento dos recursos operacionais de produção de uma empresa, com funções envolvendo planejamento (o que e quando será produzido), programação (recursos utilizados para a operação, com início e término de todo o fluxo de trabalho) e controle da produção (monitoramento e correção de desvios da produção). O PPCP também determina em quais quantidades os produtos serão produzidos, qual o layout da planta para melhor aproveitamento do fluxo de insumos, quais as etapas de cada processo de manufatura e a designação de mão de obra (seja ela humana ou mecânica) para a transformação das matérias primas. Com a consolidação de todos estes dados, é possível criar o Plano Mestre da Produção, no qual é exposto as diretrizes do processo em geral.
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