Aula 8 Disposições construtivas para vigas

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Disposições construtivas para 
seções transversais de vigas e 
vigas-paredes
1
Disciplina: Concreto Estrutural I
Prof. Daniel de Lima Araújo
Escola de Engenharia Civil - UFG
1. DIMENSÕES MÍNIMAS
Largura mínima: 
• 12 cm para o caso de vigas; 
• 15 cm para o caso de vigas-paredes. 
2
Viga parede: l/h < 3 para vigas isostáticas 
 l/h < 2 para vigas contínuas 
Esses limites podem ser reduzidos para 10 cm em casos 
excepcionais. 
2. ESPAÇAMENTO ENTRE BARRAS 
LONGITUDINAIS
ah
av
≥ φvibr + 2 cm
3
≤ 60 cm ≤ 30 cm





φ
φ≥
agregado
h
2,1
cm2
a
 





φ
φ≥
agregado
v
5,0
cm2
a
 
2. ESPAÇAMENTO ENTRE BARRAS 
LONGITUDINAIS
Classificação das britas. 
Tipo de brita Diâmetro do agregado 
(mm) 
Brita 0 4,8 a 9,5 
Brita 1 9,5 a 19 
Brita 2 19 a 25 
4
Brita 2 19 a 25 
Brita 3 25 a 38 
 
Feixes de duas, três ou quatro barras: barra equivalente de mesmo 
centro de gravidade e área igual 
nn φ=φ 
Casos com mais de uma camada: o arranjo adotado deve permitir 
ainda a introdução de vibradores a fim de se garantir um bom adensamento 
do concreto. 
3. COBRIMENTOS MÍNIMOS
Cobrimento mínimo (cmín) : menor distância livre entre a face 
da peça e a armadura mais próxima dessa face. 
cnom = cmin + ∆c 
∆c = 10 mm (obras correntes) ou ∆c = 5 mm (rígido 
5
controle de qualidade) 
3. COBRIMENTOS MÍNIMOS
Correspondência entre classes de agressividade ambiental e cobrimento 
nominal para ∆c = 10 mm. 
Peças de concreto 
armado 
Componente ou 
elemento 
Classe de agressividade 
I II III IV(2) 
Cnom (mm) Laje 
(1)
 20 25 35 45 
Viga / pilar 25 30 40 50 
6
Viga / pilar 25 30 40 50 
(1) Para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de contrapiso, com 
revestimentos finais secos tipo carpete ou madeira; com argamassa de revestimento e 
acabamento tais como pisos de elevado desempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos e outros 
tantos, as exigências desta tabela podem ser substituídas pela expressão (1), respeitado o 
cobrimento nominal igual ou superior a 15 mm. 
(2) Nas faces inferiores de lajes e vigas de reservatórios, estações de tratamento de água e 
esgoto, condutos de esgoto, canaletas de efluentes e outras obras em ambientes química e 
intensamente agressivos, o cobrimento nominal deve ser igual ou superior a 45 mm. 
 
3. COBRIMENTOS MÍNIMOS
barranomc φ≥ (1a) 
feixenomc φ≥ (1b) 
nomagregado,máx c2,1d ≤ (2) 
7
 
Classes de agressividade ambiental 
Classe de agressividade 
ambiental (CAA) Agressividade 
Risco de deterioração 
da estrutura 
I Fraca Insignicante 
II Moderada Pequeno 
III Forte Grande 
IV Muito forte Elevado 
 
3. COBRIMENTOS MÍNIMOS
Correspondência entre classe de agressividade ambiental e qualidade do 
concreto armado 
Concreto Classe de agressividade I II III IV 
Relação água/cimento em 
massa 
≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45 
8
massa 
Classe de concreto (NBR 
8953) 
≥ C20 ≥ C25 ≥ C30 ≥ C40 
 
3. COBRIMENTOS MÍNIMOS
Classes de agressividade ambiental em função das condições de exposição 
Macro-clima 
Micro-clima 
Ambientes internos Ambientes externos e obras em geral 
Seco (1) 
UR ≤ 65% 
Úmido ou ciclos (2)de 
molhagem e secagem 
Seco (3) 
UR ≤ 65% 
Úmido ou ciclos de 
molhagem e secagem 
Rural I I I II 
Urbana I II I II 
Marinha II III ---- III 
9
Marinha II III ---- III 
Industrial II III II III 
Industrial (4) III IV IV IV 
Respingos de 
água do mar ---- ---- ---- IV 
Submersa ≥ 3m ---- ---- ---- I 
Solo ---- ---- Não agressivo I Úmido e agressivo II, III ou IV 
(1) Salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de apartamentos residenciais e 
conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura. 
(2) Vestiários, banheiros, cozinhas, lavanderias industriais e garagens. 
(3) Obras em regiões de clima seco, e partes da estrutura protegidas de chuva em ambientes 
predominantemente secos. 
(4) Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em 
indústrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes, indústrias químicas. 
 
4. FUROS, ABERTURAS E 
CANALIZAÇÕES EMBUTIDAS
Deve-se verificar seu efeito na resistência e na deformação das peças. 
Essas verificações podem ser dispensadas no caso de furos que atravessem as 
vigas de concreto armado na direção de sua largura, desde que: 
• A abertura se situe em zona de tração e a uma distância de no mínimo 2 h
10
da face do apoio; 
• A dimensão da abertura não exceda a 12 cm nem a h/3; 
• A distância entre faces de aberturas situadas num mesmo tramo seja de 
no mínimo 2 h; 
• Os cobrimentos sejam suficientes e não haja seccionamento das 
armaduras. 
De modo geral, a distância do furo à face da viga deve ser menor que 
5 cm e duas vezes o cobrimento nominal. 
4. FUROS, ABERTURAS E 
CANALIZAÇÕES EMBUTIDAS
Furos que atravessam as vigas na direção da altura: 
b
≥ 5cm
≥ 2cnom
≥ 5cm
≥ φ
φ ≤ b/3
11
 
As canalizações embutidas são aberturas segundo o eixo longitudinal das 
vigas e não são permitidas nos seguintes casos: 
• canalizações sem isolamento adequado; 
• canalizações sem verificação especial quando destinadas a passagem de 
fluídos com temperatura que se afaste em mais de 15oC da temperatura 
ambiente; 
• canalizações destinadas a suportar pressões internas de mais de 0,3 MPa; 
5. VERIFICAÇÃO DO CENTRO DE 
GRAVIDADE DA ARMADURA
yi
Referencial
(qualquer)
ycg
12
LN
yi
C.G
LN
Σ asi asi
ycg
 
Centro de gravidade das armaduras. 
5. VERIFICAÇÃO DO CENTRO DE 
GRAVIDADE DA ARMADURA
Cálculo do centro de gravidade das armaduras: 
∑∑
==
=
nb
1i
ydicg
nb
1i
iydi fasyyfas (3) 
∑
=
=
nb
1i
ii yas
y (4) 
13
∑
=
=
=
nb
1i
i
1i
cg
as
y (4) 
C.G
LN
≤ 10% h
 
Limite para fyd em todas as barras 
Revisão
(http://www.lmc.ep.usp.br/pesqui
sas/TecEdu/flash/anima_alojam
ento.html)
6. EXEMPLO
� Viga no interior de edifício residencial revestida 
com argamassa
� b = 25 cm
� h = 70 cm
A = 10,8 cm2� As = 10,8 cm2
� φt = 6,3 mm
� Brita 1
� d´ = 3,5 cm
� Diâmetro do vibrador: 4 cm
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Verificação do exemplo
(http://www.lmc.ep.usp.br/pesqui
sas/TecEdu/flash/anima_alojam
ento.html)