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UNESA – DIREITO DO CONSUMIDOR
3ª Aula – Tema: Relação de consumo e seus elementos. Conceitos Legais (CDC, artigos 2º e 3º).
Tópicos: 
RELAÇÃO DE CONSUMO
Art. 2º – CONSUMIDOR PADRÃO
Consumidor por equiparação (parágrafo único do art. 2º, arts.17 e 29).
Art. 3º – FORNECEDOR (gênero)
 4) Produtos e Serviços
1) RELAÇÃO DE CONSUMO
Para haver uma relação de consumo devem estar presentes os elementos básicos: Consumidor, o Fornecedor de Produto ou Serviço E a Vulnerabilidade (CR - 5º, XXXII).
	
Obs. O Código foge da tradição Brasileira, q vem do Direito Francês que é o de não definir os institutos, e traz os conceitos do q seja Consumidor, Fornecedor, Propaganda, etc.
	
2) CONSUMIDOR
	
02 Correntes: Finalista e Maximalista.
1ª Cor – FINALISTA (França, Bélgica, Alemanha / Cláudia Lima Marques): Defende que o Consumidor é o destinatário final, aquele que retira o produto do mercado.
	Está portanto EXCLUÍDO o REVENDEDOR.
	Essa corrente sustenta que o conceito de destinatário final é duplo: FÁTICO E ECONÔMICO.
FÁTICO – RETIRAR DE FATO o produto do mercado de consumo. (ato objetivo)
ECONÔMICO – NÃO REPASSAR o custo do produto. (aspecto subjetivo, da análise da finalidade do consumidor em relação ao produto/serviço).
Os que adotam esse conceito, dizem q CONSUMIDOR É APENAS AQUELE QUE RETIRA O PRODUTO DO MERCADO PARA USO PRÓPRIO OU DE SUA FAMÍLIA. 
Veda, portanto, o chamado uso profissional, já que o bem seria novamente instrumento da produção, cujo preço seria incluído no preço final do produto.
A finalidade última é restringir mais o conceito de consumidor, reconhecendo a vulnerabilidade apenas para aqueles q realmente são vulneráveis, pois quanto menor o grupo, maior a proteção que se pode dar ao mesmo.
Não seriam consumidores:
1 – o advogado que compra uma impressora;
2 – o médico, o dentista que compram um equipamento para seu consultório, etc.
Cláudia Lima Marques – apesar de adotar essa corrente, sustenta que quando for muito forte o desequilíbrio entre fornecedor e consumidor, aí, caberia a aplicação do CDC. Essa também é a orientação dominante no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, que, em casos excepcionais, procura abrandar, mitigar, diminuir o rigor do requisito subjetivo da teoria finalista, desde que exista vulnerabilidade no caso em análise. (teoria finalista mitigada, abrandada ou aprofundada)
Exs. Dono de barzinho que compra bebidas de apenas um fornecedor; 
Pequeno escritório de advocacia que compra um computador e só há um fornecedor.
Nesses casos, haveria também a vulnerabilidade (art.4, I do CDC e art. 5o, XXXII, da CRFB).
Em suma, admite como faz Antônio Herman Benjamin que a VULNERABILIDADE É A “PEÇA FUNDAMENTAL”, É O “PONTO DE PARTIDA.”
2ª Cor – MAXIMALISTA 
Vêem no CDC um novo regulamento do mercado de consumo brasileiro, de forma que não são normas orientadas apenas para proteger o consumidor não-profissional. O CDC seria um Código geral de Consumo. 
Dessa forma, POR VEZES OS AGENTES PODERIAM ASSUMIR A FORMA DE CONSUMIDOR E POR OUTRAS AS DE FORNECEDOR.
Consideram que A NOÇÃO DE DESTINATÁRIO FINAL SERIA PURAMENTE OBJETIVA (basta retirar o produto do mercado de consumo, independente da finalidade), não importando se as pessoas físicas ou jurídicas tem ou não fim de lucro.
DESTINATÁRIO FINAL = DESTINATÁRIO FÁTICO
Seriam consumidores:
1 - O advogado que compra uma impressora.
2 - O médico / dentista que compra um equipamento para seu consultório.
2) CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO (Bystander).
	O CDC multiplica o seu campo de atuação e identifica além do consumidor stricto sensu ou standard, definido do art.2o, caput, do CDC, também o terceiro que não participa diretamente da relação de consumo, ou seja, todo aquele que se encontre na posição de consumidor equiparado (bystander).
	Assim, o Código passa a ter múltiplos conceitos de consumidor: um geral (art.2o) e três outros por equiparação (arts.2o, parágrafo único; 17 e 29) 
	Portanto, muitas pessoas apesar de não preencherem o conceito de consumidor stricto sensu, podem ser atingidas pela atuação dos fornecedores no mercado, e nesse caso, vão merecer a mesma proteção dada aos consumidores. (Vide art. 2º, §ú; arts. 17 e 29).
	Exs.: 
1) Pai que compra produto (alimento, brinquedo) para seu filho;
 2) Passageiro de veículo que sofre acidente em via c/ pedágio, devido a má conservação da pista.
 3) maionese em churrasco;
 4) pessoa que vai a Shopping Center, não compra nada e escorrega no piso molhado e se machuca – “consumidores-incidentais”, pois incidentalmente estão expostos a prática de consumo
	Em suma, os terceiros com relação extracontratual, que sofrerem danos decorrente da atividade do fornecedor são protegidos pelo CDC.
3) FORNECEDOR
art. 3º - crítica: FORNECEDOR já é um termo genérico, inclui também pessoas jurídicas públicas (vide art. 22, CDC)
“entes despersonalizados”- sociedade de fato e/ou irregular; camelô; 
“desenvolvem” - habitualidade
“habitualidade” NÃO É QUANTIDADE, mas sim, OFERTA CONTÍNUA.
Art. 3º, §1º - Produto ≠ Bem – O correto seria inverter, já que produto é mais específico, dá a idéia de manufaturado, produzido. Art. 3o, § 2o, serviço é qualquer atividade, logo, trata-se de rol meramente exemplificativo de hipóteses, sendo certo que as atividades de bancárias, de crédito e securitárias, foram expressamente inseridas no referido dispositivo. Exige-se remuneração e habitualidade no fornecimento.
	 - “Remuneração”  ONEROSIDADE – finalidade / interesse econômico
	Remuneração está ligado a pagamento. 
Logo, exclui-se apenas as atividades de filantropia, assistencialismo e beneficência, bem como as relações trabalhistas, ou seja, entre patrão e empregado, regidas pela lei pertinente, qual seja, a Consolidação das Leis Trabalhistas.
CORREÇÃO DOS CASOS CONCRETOS ao longo da exposição dos temas.

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