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Aula 15 Da sentença (1)

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UNIP 
Disciplina: 
PROCEDIMENTO COMUM
Professor: 
VARCILY QUEIROZ BARROSO
DA SENTENÇA 
E DA 
COISA JULGADA
(Arts. 485 a 508, CPC)
*
*
DISPOSIÇÕES GERAIS
(Arts. 485 a 488, CPC) 
*
*
ATOS DO JUIZ 
(art. 203)
	
Despacho
Decisão interlocutória
Sentença
*
*
CONCEITO:
É o ato pelo qual o juiz dá cumprimento à obrigação jurisdicional do Estado, ou seja, é a decisão sobre o pedido do autor, no processo de conhecimento ou de execução, feita por um juiz competente e segundo as normas processuais.
SENTENÇA 
“É o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos artigos 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução” (art. 203,§1º)
*
*
ESPÉCIES DE SENTENÇA
(art. 203, §1º)
	
Terminativa: Extingue o processo sem resolução do mérito (art. 485, CPC)
Definitiva: Extingue o processo com resolução do mérito (art. 487, CPC)
*
*
Art. 485.  O juiz não resolverá o mérito quando:
I - indeferir a petição inicial;
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
VIII - homologar a desistência da ação;
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e
X - nos demais casos prescritos neste Código.
*
*
§ 1o Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 2o No caso do § 1o, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e, quanto ao inciso III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de advogado.
§ 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado.
§ 4o Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação.
§ 5o A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença.
§ 6o Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor depende de requerimento do réu.
§ 7o Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se.
*
*
Art. 487.  Haverá resolução de mérito quando o juiz:
I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;
II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
III - homologar:
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção;
b) a transação;
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção.
Parágrafo único.  Ressalvada a hipótese do § 1o do art. 332, a prescrição e a decadência não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-se.
Art. 488.  Desde que possível, o juiz resolverá o mérito sempre que a decisão for favorável à parte a quem aproveitaria eventual pronunciamento nos termos do art. 485.
*
*
DOS ELEMENTOS E DOS EFEITOS DA SENTENÇA
(Arts. 489 a 498, CPC) 
*
*
ELEMENTOS ESSENCIAIS DA SENTENÇA (art. 489)
	
 RELATÓRIO 
b) FUNDAMENTAÇÃO
	 (MOTIVAÇÃO)
c) PARTE DISPOSITIVA
*
*
RELATÓRIO 
 Permite que o juiz demonstre que conhece o processo que vai julgar;
 Sumário do processo, apontando o que nele se verificou de mais importante;
 Obriga o juiz a estudar o processo;
 Deve constar: nomes das partes, identificação do caso, razões do pedido e da contestação e registros das principais ocorrências (incidentes ou institutos) processuais.
*
*
FUNDAMENTAÇÃO (MOTIVAÇÃO)
objetiva mostrar as razões da decisão;
o juiz deve referir-se a valoração da prova;
não se admite sentença que não façam referência aos motivos pelos quais uma prova não é admitida;
o juiz deve explicar as razões pelas quais a prova demonstra, ou não, uma afirmação de fato;
*
*
permite o vencido entender os motivos de seu insucesso;
não basta o juiz está convencido mas demonstrar as razões de seu convencimento;
permite o controle do juiz pelas partes e pela sociedade;
não constitui garantia absoluta de que uma decisão não esconde arbítrio.
*
*
PARTE DISPOSITIVA
local em que o juiz afirma se acolhe ou não o pedido do autor; o juiz resolverá as questões que as partes lhe submeteram; dá resposta ao pedido do autor, é a conclusão da sentença;
fica revestida pela autoridade da coisa julgada material;
*
*
A sentença que não tenha relatório, fundamentação ou dispositivo é considerada nula.
*
*
§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
*
*
§ 2o No caso de colisão entre normas, o juiz deve justificar o objeto e os critérios gerais da ponderação efetuada, enunciando as razões que autorizam a interferência na norma afastada e as premissas fáticas que fundamentam a conclusão.
§ 3o A decisão judicial deve ser interpretada a partir da conjugação de todos os seus elementos e em conformidade com o princípio da boa-fé.
Art. 490.  O juiz resolverá o mérito acolhendo ou rejeitando, no todo ou em parte, os pedidos formulados pelas partes.
*
*
ELEMENTOS QUANTO À INTELIGÊNCIA DO ATO
 Deve ser inteligível e insusceptível de interpretações ambíguas ou equívocas;
 Linguagem simples e períodos curtos
Precisão
Clareza
 A sentença deve ser certa e liquida;
 A sentença deve conter-se nos limites do pedido (art. 141, CPC);
 Sentença ultra ou extra petita contém vício que afeta sua eficácia. 
*
*
Art. 141.  O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte.
*
*
Art. 492.  É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.
Parágrafo único.  A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica condicional.
Em decorrência desse princípio, denominado “da conformidade” (também chamado do paralelismo, da congruência, ou da adstrição), a sentença não pode apresentar vícios em relação ao pedido. 
A sentença deve também ser certa, ainda quando decida relação jurídica condicional.
PRINCÍPIO DA CONFORMIDADE
*
*
Art. 332.  Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunalde Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§ 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.
Sentenças proferidas antes da citação do réu, nas hipóteses do artigo acima.
SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA LIMINAR
*
*
Definitiva:
No início (art. 332)
Após o prazo de contestação
Não havendo necessidade de outras provas: JAM (art. 355,I)
Ocorrendo a revelia e seus efeitos: JAM (art. 355,II)
 Após a fase de instrução: AIJ 
MOMENTO DO PRONUNCIAMENTO DA SENTENÇA 
Terminativa: a qualquer tempo (apresentadas as condições) 
*
*
a) Quanto aos seus efeitos:
	
 Sentença Declaratória
 Sentença Condenatória
 Sentença Constitutiva
 Sentença Mandamental (ação de despejo)
 Sentença Executiva
b) Quanto à decisão:
 Terminativa
 Definitiva
CLASSIFICAÇÃO E EFEITOS DA SENTENÇA
*
*
Declaram a existência ou inexistência de uma relação jurídica, ou, excepcionalmente, da autenticidade ou falsidade de documento. 
Fundam-se no art. 19 do Código de Processo Civil. 
Retroage à época em que se formou a relação jurídica, ou em que se verificou a situação jurídica declarada (possui efeito ex tunc).
É declaratória negativa quando negar a existência de direito que ampare a pretensão deduzida pelo autor.
SENTENÇAS MERAMENTE DECLARATÓRIAS
*
*
SENTENÇAS CONSTITUTIVAS
São as que tem como objeto a constituição ou desconstituição de relações jurídicas (declaram o direito, criam, modificam ou extinguem uma relação jurídica).
SENTENÇAS CONDENATÓRIAS
São as que, além de declarar o direito, também impõem ao réu uma obrigação, como a condenação ao pagamento de uma indenização por perdas e danos.
*
*
São as consequências jurídicas que da sentença podem advir e que dependerão do tipo de tutela requerida pelo autor.
Tutela declaratória (soluciona uma incerteza);
Tutela condenatória (impõe uma obrigação a ser cumprida);
Tutela constitutiva (constitui ou desconstitui relação jurídica – efeito ex nunc)
EFEITOS DA SENTENÇA
*
*
 Ausência dos elementos essenciais da sentença;
Vedação de o juiz proferir sentença ilíquida quando o autor formular pedido certo; 
  A sentença é nula se o juiz julgar fora do pedido proferindo sentença ilíquida quando o pedido é certo;
DEFEITOS DA SENTENÇA
*
*
c) Vedação de a sentença julgar fora do pedido, ou aquém, ou além do pedido (art. 492, CPC).
 Sentença que julga fora do pedido  nula, outra deverá ser proferida pelo juiz de primeiro grau;
Sentença que julga além do pedido 
*
*
EXTRA PETITA: É a sentença que, não apreciando o pedido, defere objeto diverso do que foi demandado, hipótese em que o autor permanece sem resposta jurisdicional.
ULTRA PETITA: É a sentença que excede os limites do pedido, ou seja, o juiz decide além do que foi formulado nos autos.
CITRA PETITA: É a sentença que fica aquém do pedido. O juiz não analisa totalmente o que foi solicitado pelo autor.
*
*
e) A sentença deve ser certa, mesmo decidindo relação jurídica condicional.
Não é possível a sentença condicionar sua eficácia a evento futuro e incerto por ela mesmo criado;
Pode regular negócio jurídico que contemple condição;
 É nula a sentença que condiciona a eficácia da condenação ao preenchimento de certos requisitos (art. 492, par. único)
*
*
PUBLICIDADE DA SENTENÇA
Como ato público deve ser publicado para produzir seus efeitos;
Publicada em audiência que é pública, tem-se a sentença publicada (art. 1003, §1o, CPC);
A publicação fixa o teor da sentença mas não termina o ofício do magistrado;
*
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Após a publicação da sentença, o juiz não pode mais alterá-la:
	
Exceções: 
 Corrigir, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais (ex: nome das partes), ou retificar erros de cálculo.
 Embargos de declaração, oferecidos por uma das partes, para esclarecer obscuridade, dúvida ou contradição, ou quando foi omitido ponto sobre que deveria pronunciar-se a sentença.
Art. 494.  Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la:
I - para corrigir-lhe, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais ou erros de cálculo;
II - por meio de embargos de declaração.
ALTERAÇÃO DA SENTENÇA
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DA REMESSA NECESSÁRIA
(Art. 496, CPC) 
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SENTENÇA SUJEITA AO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO (ART. 496,CPC)
 Só produzem efeito após confirmada pelo tribunal, as sentenças (de mérito): 
	I – proferida contra as Fazendas Públicas e as respectivas autarquias e fundações de direito público; 
	II – que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal.
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 Não havendo apelação, o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal, caso não faça, o presidente do tribunal deverá avocá-los. 
 Não se aplica o dispositivo quando a sentença estiver fundada (art. 496,§4º):
I - súmula de tribunal superior;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
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Não incidência: dispensa do reexame quando não exceder os limites expostos no art. 496, §3º:
I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público;
II - 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados;
III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público.
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