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T.E.P.D SANTO AGOSTINHO E TOMÁS DE AQUINO.

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BREVE HISTÓRICO DE SANTO AGOSTINHO
Aurélio Agostinho, nasceu em Tagaste, na Argélia, em 13 de novembro de 354, filho de Patrício, homem pagão e de posses, que no final da vida se converteu, e da cristã Mônica, mais tarde canonizada. Agostinho estudou retórica em Cartago, onde aos 17 anos passou a viver com uma concubina, da qual teve um filho. Em 384 começou a ensinar retórica em Milão, onde conheceu santo Ambrósio, bispo da cidade e despertou para a filosofia aos 18 anos, ao ler Hortensius, de Cícero; seu desejo de encontrar uma doutrina ao mesmo tempo religiosa e racional aproximou-o do maniqueísmo, corrente que abraçou por nove anos. Posteriormente, desiludindo-se, atravessou uma breve fase, marcada pela descrença. Embora não tenha estudado nos melhores centros da época (Atenas e Alexandria), conseguiu sucesso na carreira de professor de retórica, lecionando em sua cidade de origem, em Cartago, Roma e Milão, onde atingiu o ápice da carreira por volta de 384, ocupando o cargo de orador oficial da Corte. Logo após tornou-se Bispo de Hipona (atual Annaba – África). 
BREVE HISTÓRICO DE TOMÁS DE AQUINO
Nascido em uma família de nobres, Tomás de Aquino fez os primeiros estudos no castelo de Monte Cassino. Em Nápoles, para onde foi em 1239, estudou artes liberais. Em Paris, se tornou discípulo de Alberto Magno e se formou em teologia e lecionou durante três anos. Depois de voltar à Itália, foi nomeado professor na cúria pontifical de Roma. Tomás de Aquino é o máximo teólogo da Igreja. Como teólogo foi sempre considerado, e por isso recebeu os títulos de Doutor Angélico, Doutor Comum, Doutor Universal. 
O PENSAMENTO POLÍTICO E A FUNÇÃO DO ESTADO, SEGUNDO SANTO AGOSTINHO.
           
O que Santo Agostinho enfatiza é que todo governo deve reconhecer sua incapacidade de garantir o bem estar dos seus súditos se não se preocupar em colocar Deus na base de seus projetos humanitários. Para Agostinho, nenhum Estado cumprirá com êxito sua função enquanto não se esforçar por valorizar a dimensão espiritual da pessoa humana e ter como meta de ação o princípio cristão da caridade. O pensamento político de Santo Agostinho foi forjado num tempo de crises tendo como referência duas tradições: a da cultura greco-romana e das Escrituras Judaico-Cristãs. Sua função não se restringe apenas em proporcionar um bem-estar somente de cunho material, mas salvaguardar valores inerentes à dignidade do ser humano, pois este é transcendente e em meio às preocupações deste mundo na aquisição dos valores relativos não pode prescindir do valor absoluto: Deus único. O exercício da função política em Santo Agostinho abrange a pessoa humana inteira com seu corpo e sua alma. Os que foram chamados para governar devem fazê-lo com a mente e o coração voltados para a eternidade, ou pátria celeste, pois no dizer de Santo Agostinho eles foram criados e constituídos por Deus. Quando Santo Agostinho dissertou sobre assuntos, como o exercício de poder sem a base cristã, ele tinha em mente em primeiro lugar o Império Romano que caíra devido ao obscurecimento do coração, a corrupção dos costumes e o culto aos deuses pagãos, como ele indica no seu primeiro livro, Cidade de Deus. As organizações políticas só alcançarão o êxito quando seus membros se conscientizarem que o bem da coletividade deve sempre prevalecer sobre interesses de grupos particulares, colocando-a apenas em vistas do bem particular. Os cidadãos devem se sentir amparados por leis e sistemas de governo que garantam uma vida social digna, com melhores condições de crescimento humano e espiritual, visando pleno desenvolvimento de todas as dimensões do ser humano. Ele sabe que o homem é um peregrino sobre a terra, a pátria terrena não suprime o desejo de felicidade plena que só será verdadeiramente preenchido na pátria celeste. Esse relativismo político não desvaloriza leis e iniciativas que possam surgir na tentativa de resolver os problemas sociais da comunidade. Ao contrário, o pensamento do fim último do homem, que é a Cidade Celeste, deve imprimir seu sinal nas atividades políticas, evitando o amor próprio que constitui um obstáculo na realização do bem comum. Para o bispo, o exercício de dominar que significa servir na linguagem cristã só triunfará quando tiver por origem e fundamento o amor desinteressado.
O PENSAMENTO POLÍTICO E A FUNÇÃO DO ESTADO, SEGUNDO TOMÁS DE AQUINO.
           O Estado não era, para Tomás de Aquino, a forma última da sociedade. O fim último da sociedade tem de ser o mesmo que o do indivíduo. E não está nos prazeres, nem nas honras, nem na glória, nem nas riquezas, nem no poder, nem na arte, nem na amizade, nem na virtude, nem na ciência, nem na fé: mas na contemplação da essência divina. No encaminhamento da humanidade para o seu destino, a política tem um papel definido. O regresso a Deus faz-se pelo imperfeito ao perfeito, a finalidade do Estado é de pôr a sociedade em marcha para a beatitude contemplativa, fornecendo-lhe a felicidade imperfeita da vida ativa ou a felicidade temporal, prelúdio e condição necessária da felicidade. Tomás de Aquino retoma o essencial da ética aristotélica, diferentemente de Santo Agostinho que foi influenciado por Platão. Acentuando contornos realistas e acrescentando uma maior exigência na firmeza dos princípios e uma maior fineza na sua aplicação. Esta aguda e sensível visão advém, sem dúvida, dos profetas e do Evangelho, em seus sentidos de justiça. Tomás de Aquino dá grande ênfase ao que poderíamos chamar de justiça política e que ele denomina a justiça legal. Ela visa o bem comum, ditando que este exige bem e orienta o conjunto das atividades do cidadão. Entre as formas de justiça emerge a justiça política que se assemelha tanto à providência divina que o seu objeto é qualificado de "o mais divino". Seguindo e aprofundando Aristóteles, ele aborda a justiça como virtude e como valor social, pois é princípio de retidão para os indivíduos, para as relações e para as instituições da sociedade. Desdobra as normas dessa retidão no interior de dois critérios o da "igualdade" e da "legalidade". Insiste sobre o carácter objetivo da justiça, que estabelece para a prática de cada um e para o quadro legal da cidade normas de retidão efetiva, fundadas na realidade das coisas, das mercadorias, dos preços, das ações, dos intercâmbios e dos contratos. Ao apresentar e analisar a justiça como o princípio de igualdade nas ações, relações e instituições, o Filósofo denuncia o grande inimigo dessa justa igualdade sob o nome de pleonexia, o vício, como indica a etimologia, que leva a querer "ter sempre mais", e que o Novo Testamento traduz por "avareza" ou "ambição". É uma espécie de libido social que degenera em princípio de corrupção, tendendo a concentrar riquezas e poder em detrimento da virtude pessoal e do valor social da igualdade. A pleonexia é a anti-koinonia. Aristóteles emprega o termo koinonia para falar da amizade. Paulo, ao referir-se à união divina a que somos chamados, emprega também o vocábulo koinonia que o latim traduz pelo termo genérico societas. Tomás de Aquino reúne o Filósofo e o Apóstolo, reconhecendo que o Novo testamento e o Filósofo visam à mesma realidade: a "comunhão". Deve-se a Tomás de Aquino a definição objetiva da noção e das espécies de direito naquilo a que se chamará o "Estado de direito": direito "é aquilo que é justo", que é "conveniente e devido", que é "conforme a natureza das coisas", "ordenado pela lei", "decorrente de um contrato ou convenção" ou de "uma ação efetuada na devida situação". A origem do Estado se encontra na própria natureza do homem, definido como animal social e político, ordenado a viver em sociedade. E é porque vive em sociedade que o homem necessita de um princípio de governo. Para Tomás de Aquino a necessidade do Estado não procede do pecado original, que existiriam mesmo que o pecado original não tivesse existido. O que decorre da condição social da natureza humana - mesmo em estado de inocência os homens viveriammutuamente relacionados.  Uma sociedade de indivíduos com relações mútuas, sem uma autoridade que vele pelo bem comum, não pode subsistir. Toda a direção da natureza procede de uma unidade. Daí a justificação da monarquia. Esse seria o regime mais conforme com o estado da natureza. Mas Tomás de Aquino, para evitar que a monarquia caia na tirania, aconselha uma constituição - ou forma de governo monárquico - moderado, no sentido de que com essa forma tenham também a sua representação no governo o elemento aristocrático e o democrático. Governar é o mesmo que conduzir uma coisa ao fim devido, da maneira mais conveniente. O fim do Estado consiste, pois, em conduzir e ordenar os cidadãos para uma vida feliz e virtuosa. Assegurar a paz e a justiça, essa é a função do que governa. 
VISÕES DO GRUPO
Tendo em vista que Santo Agostinho foi o principal representante da forma de ensino da idade média, denominada Patrística, elaborada pelos ‘’pais da igreja’’ e que São Tomás de Aquino foi um forte representante da forma de ensino denominada, também na idade média, de Escolástica, procuramos enfatizar daí, a visão e opinião do grupo acerca de tais métodos de ensinamentos. A Patrística combateu as religiões pagãs e fez com que os padres tivessem que buscar argumentação nos fundamentos filosóficos gregos. A Escolástica surgiu da necessidade de responder às exigências da fé ensinada pela Igreja, era um tipo de vida intelectual e educativa que predominou, contribuindo para o estabelecimento e manutenção do poder da Igreja Católica. Temos aqui então que, tanto para Agostinho, como para São Tomás de Aquino, a evidente finalidade de tornar a Igreja Católica uma verdadeira potência universal. Utilizando assim a ‘’maquiagem’’ de objetivo de bem comum na sociedade, tanto Agostinho como Tomás de Aquino, procuraram manter o poder da Igreja utilizando-se de preceitos que até hoje, desconhecemos ou não nos foi provado, ou seja, da existência de Deus e da fé como guiadora e decisiva de nossos pensamentos e condutas. 
Porém, tendo como exemplo a ética de São Tomás de Aquino, que era pautada na liberdade moral e a política que baseava-se na no bem comum, não se pode negar que os estudos de pensamentos e obras dos dois filósofos, tem uma relevante importância para auxiliar-nos na tarefa de refletir sobre e para o nosso tempo.

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