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Monografia Artur Munguambe

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UNIVERSIDADE WUTIVI
Faculdade de Engenharias, Arquitectura e Planeamento Físico 
Curso: Engenharia de Minas
 Cadeira: Mineração a Seu Aberto 
Ano: 4º
Laboral 
TEMA: Procedimentos de lavra e Estudo de viabilidade dos Tufos Ignobritos em Namaacha
 
Discentes:
Arcénio Artur Munguambe
 
Docente: Cassecussa
Boane, Maio de 2018
UNIVERSIDADE WUTIVI
Faculdade de Engenharias, Arquitectura e Planeamento Físico
Procedimentos de lavra e Estudo de viabilidade dos Tufos Ignobritos em Namaacha
Autores: 
Arcénio Artur Munguambe
Trabalho Elaborado e apresentado á Universidade Wutivi (UNITIVA), precisamente á cadeira de Mineração a Seu Aberto, no âmbito da abordagem relativamente a elaboração de uma monografia, Ministrado pelo Eng.º Cassecussa. 
Boane, Maio de 2018
Declaração
Declaro por minha honra que esta Monografia que, no presente momento, submeto à Universidade Wutivi, Unitiva em cumprimento dos requisitos para a obtenção do grau de licenciatura em Engenharia Geológica e de Minas, nunca foi apresentada para a obtenção de qualquer outro grau académico e que constitui o resultado da minha investigação pessoal, tendo indicado no texto e na bibliografia as fontes consultadas.
Dedicatório
Dedico este trabalho A minha família, por acreditar acreditar e suportar a minha ausência por longo período e pelo carinho e apoio incondicional sempre disponibilizado na minha formação. 
Au meu irmão ( Gildo Artur Munguambe) que sempre deu me força e tem contribuído na minha formação.
Agradecimentos
Em primeiro lugar agradecemos a Deus pela presença contínua em nossas vidas.
Aos meus Pais e Encarregados de Educação pelo amor e dedicação incondicional. Aos meus irmãos pela compreensão e incentivos nos momentos defíceis e aos demais familiares. Ao meus docente Eng. Gilberto Cassecussa por me dar o tema extremamente importante da nossa carreira estudantil e pela paciência que têm por nós durante as aulas. Em fim, a todos colegas e outros que ajudaram-me directa e indirectamente para a conclusão do mesmo.
Resumo
O objetivo do estudo é caracterizar os problemas enfrentados por uma pedreira de pedra decorativa em distrito de Namaacha, na província de Maputo e definir a melhor forma para solucioná-los. Palavras-chave: pedra decorativa, rocha ornamental.
Índice de figuras 
Figure 1. Localização do distrito (Fonte própria)	3
Figure 2. Geologia local da área de estudo ( fonte própria)	10
Figure 3. Fluxograma do processo de beneficiamento de placas riólitos. ( Fonte: Propria)	18
 Índice de Tabelas 
Tabela 1. Período	Origem marinha Origem Continental Litologia (Afonso, et al, 1998)	8
Tabela 2.Resumo de alguns parâmetros estatísticos descritivos de rochas silicáticas (Frazão, 1993)	11
Tabela 3. Índices Físicos (Fonte: SITOE, (2016))	12
Tabela 4. Dilatação térmica Linear ( fonte: SITOE, (2016))	13
Tabela 5. Resistência à compressão Uniaxial e Modulo de Deformabilidade Estática (SITOE, (2016))	13
Tabela 6. Resistência a flexão (SITOE, (2016))	13
Tabela 7. Resistência ao Impacto de Corpo Duro.( SITOE, (2016))	14
Tabela 8. Resistência ao Desgaste Amsler (SITOE, (2016))	14
Tabela 9. Investimento inicial para aquisição de equipamentos de mina.	19
Tabela 10. Parâmetros económicos considerados para o cálculo do fluxo de caixa..	19
Tabela 11.. Cálculo do fluxo de Caixa.	20
Tabela 12. Indicadores económicos calclados e seus resultados	21
Lista de Siglas e abreviaturas 
EDM - Electricidade de Moçambique
ISS - Imposto Sobre a Superfície
IRRM - Imposto sobre a Renda do Recurso Mineiro
CAPEX -Capital Expenditure 
OPEX - Operational Expenditure 
VAL - valor atual líquido 
TIR - Taxa Interna de Retorno
Capitulo I
Introdução
A exploração das pedras teve início na década de 70, com retirada de placas de pedra para revestimento de currais (“pedra de curral”). A partir da década de 80, o material passou a ser serrado, para ser usado em construções. Desde então tem sido aplicado como revestimento externo de construções, muros, pisos, em jardins, substituindo com bom preço outras pedras de revestimento.
Na distrito de Namaacha têm-se hoje o maior pólo mineral do Estado, surgido da exploração e produção das pedras decorativas, conhecidas comercialmente com as denominações de “Pedra Laje, Pedra de Namaacha, placas riólitos e Tufo Ignobritos. 
As rochas ornamentais são subdivididas comercialmente em dois tipos: “mármores” e “granitos”. Tal terminologia não é geologicamente correta, pois para o comércio “mármore” é toda rocha carbonatada, de origem sedimentar (calcário ou dolomito) ou metamórfica (mármore sensu stricto); granito (grande variedade de rochas igneas ou metamórficas, a saber: basalto, gabros, granitos, gnaisses, migmatitos, granulitos e outros) é considerado como qualquer rocha não-calcária, capaz de receber corte e polimento e passível de ser usado como material de revestimento; para o mercado o que mais interessa são os aspectos estéticos, e as características tecnológicas das mesmas.
Além desses materiais lapídeos, existem também as rochas classificadas como afins, que são outras rochas ornamentais utilizadas como materiais de revestimento na construção civil, não sujeitos a processos industriais de desdobramento de blocos. Compreendem, portanto, ardósias, arenitos, basaltos, quartzitos, gnaisses, além de outros materiais passíveis de serem extraídos já em forma laminada, ou que sejam utilizados em revestimento, independente da mencionada forma (Vidal, 1995).
Os materiais extraídos no distrito de Namaacha, objeto de estudo do presente trabalho, classificam-se como pedras decorativas, pois não são sujeitos a desdobramentos em tear multilâminas, polidos e cortados. Devido à foliação penetrativa destes materiais, eles são extraídos em blocos, e facilmente abertos por processo manual, para posterior utilização como revestimento, principalmente muros e jardins.
Pedra de Namaacha, estes que são rochas resultantes da deposição das cinzas vulcânicas libertadas durante o vulcanismo do Karoo, este vulcanismo é essencialmente do tipo fissural e explosivo e, é também responsável pelo derrame de mantos basálticos alternados com riólitos.
Objectivos 
Gerais 
O objetivo principal do estudo é caracterizar e buscar o entendimento dos problemas enfrentados por uma pedreira de pedra decorativa, e definir a melhor forma ou caminho para solucionar ou minimizar os problemas gerados.
Específicos 
Caracterizar os procedimentos de lavra;
Descrever a geologia local;
Planear a lavra na escala 1:1000;
Avaliar a viabilidade económica do Projeto;
Problematização
Os principais problemas enfrentados pelo Setor de Pedras Decorativas da região de Namaacha são a ausência de tecnologias de extração e beneficiamento, que restringem o tipo de produto que pode ser oferecido ao mercado, provocam excesso de desperdício (40% na pedreira e 50% na serraria, segundo dados dos empresários), provocam impacto ambiental por não haver planejamento das lavras e não permitem a agregação de valor ao produto final.
Problema
O que tipo de procedimento de lavra podem ser implementados para exploração de tufos ignimbritos no distrito de Namaacha com vista a minimizar o desperdício de rocha causados por métodos atezanais 
Localização, superfície e população 
O distrito de Namaacha, a 76 Km da cidade de Maputo, situa-se a sudoeste da Província de Maputo, fazendo fronteira a Oeste com a República da África do Sul e o reino da Suazilândia, a Norte com o Distrito de Moamba, a Este com o Distrito de Boane e a Sul com o Distrito de Matutuíne.
	
Figure 1. Localização do distrito (Fonte própria)
Com uma superfície1 de 2.156 km2 e uma população recenseada em 2007 de 42 mil habitantes e estimada à data de 1/7/2012 em cerca de 48 mil habitantes, o distrito da Namaacha tem uma densidade populacional de
22,3 hab/km2. Prevê-se que o distrito em 2020 venha a atingir os 57 mil habitantes. 
A relação de dependência económica é de aproximadamente 1:1.3, isto é, por cada 10 crianças ou anciões existem 13 pessoas em idade activa. A população é jovem (41%, abaixo dos 15 anos de idade), maioritariamente feminina (taxa de masculinidade de 97%) e de matriz rural (taxa de urbanização de 30%, concentrada na Vila da Namaacha e zonas periféricas).	
Clima e relevo 
De acordo com a classificação Köppen, o clima de Namaacha é Tropical Húmido (AW), modificado pela altitude. A Norte e Leste, o clima é “Seco de Estepe (BS)”. 
Predominam 2 estações: a quente e de pluviosidade elevada, entre Outubro e Abril; e a fresca e seca, entre Abril a Setembro. 
O clima é ameno, com uma temperatura média anual de 21° C e a precipitação média anual é de 751.1 mm (751 mm em Goba, 680 mm em Changalane), ocorrendo cerca de 60% desta precipitação entre Novembro e Março. 
O distrito pode ser dividido de acordo com as seguintes unidades geomorfológicas: 
_ Terras altas – o Complexo da Cadeia dos Libombos; 
_ Planaltos médios – adjacentes ao primeiro; 
_ Encostas; 
_ Pequenas planícies de 100 – 200 m nos vales aluvionares ao longo dos rios. 
É marcado pela cordilheira dos Libombos, que se estende no sentido Norte-Sul, tendo o seu ponto mais alto a cerca de 800 m, no monte Mponduíne. 
A superfície de aplanação desce para Leste, com vários rios a cortar as montanhas no sentido Oeste-Este. Nestas superfícies os solos são basálticos avermelhados e pretos com profundidades variáveis. 
Solos ambientes e recursos naturais 
Em 2011 procedeu-se ao lançamento de Plano de Estrutura Urbana (PEU) da zona Municipal da Namaacha e o Plano Distrital de Uso de Terra (PDUT) em coordenação entre CMVN e o Governo Distrital. 
Os solos do distrito são maio
ritariamente rochosos, e se caracterizam por uma fraca capacidade de retenção de água. Nas regiões de planícies aluvionares à margem dos rios e ao sopé da cordilheira dos Libombos existem solos argilosos e muito férteis e com boa capacidade de retenção de água. 
O distrito debate-se com problemas de aridez em algumas zonas, devido a desmatação e queimadas descontroladas que se verificam em todo o distrito causados por caça furtiva, fabrico de carvão, machambas e fogo posto. 
Os principais rios do distrito são: Movene, Mabenga, Impaputo, Umbeluzi, Changalane e outros de caudal periódico. O caudal máximo desses rios ocorre entre os meses de Novembro e Março enquanto o caudal mínimo ocorre entre os meses de Julho a Outubro. 
Na albufeira dos Pequenos Libombos e ao longo do rio Umbeluzi pratica-se a pesca artesanal para a dieta alimentar das famílias e nalguns casos para o mercado local. 
O distrito apresenta uma vegetação do tipo savana e floresta rica em diversidade de plantas medicinais bem como árvores que fornecem madeira, estacas e lenha para a produção de carvão e esculturas. 
A fauna bravia do distrito é constituída predominantemente por animais de pequeno e médio porte tais como: coelhos, galinhas do mato, zebras, antílopes, macacos, jibóias, crocodilos, hipopótamos e javalis. 
O distrito possui uma diversidade de rochas na cadeia dos Libombos donde se extrai pedras, areias, barro e cal. As empresas de extracção mineira existentes no distrito são: Bentonite, CMC na Localidade de Mafuiane; Riolito, Tijoleira na Localidade de Impaputo; Tâmega na Localidade de Matsequenha. 
 Infraestruturas e serviços 
O distrito de Namaacha é atravessado pela EN2, que dá acesso à Suazilândia e permite também a ligação directa com as cidades de Maputo e Matola e a vila de Boane, e mais cerca de 166 Km de vias classificadas como principais, secundárias e terciárias. 
O transporte rodoviário de passageiros é assegurado por autocarros e os chamados chapas. A linha férrea que liga Boane a Goba assegura também o transporte de carga e passageiros, com ligação à Suazilândia. 
O distrito da Namaacha conta com 40 estabelecimentos de ensino em 2011 (17 do EP1, 17 do EP2, 3 do ESG I e 1 do ESG II, o Instituto Superior de Educação e Tecnologia e o Instituto de Formação de Professores), que são frequentados por 13 mil estudantes. Existem ainda 7 Centros de Alfabetização de Adultos. A taxa de analfabetismo é de 33%. 
A população do distrito é servida por 4 médicos em 8 unidades sanitárias: 7 Centros de saúde (com maternidade e 65 camas para internamento) e 1 Posto de saúde. 
Em termos de telecomunicações, o distrito da Namaacha conta com ligações telefónicas fixa e móvel, telegráficas e via rádio. O acesso à Internet pode ser efectuado nas zonas servidas por rede fixa e móvel de telecomunicações, existindo também uma delegação dos Correios de Moçambique.
O abastecimento de água no distrito é insuficiente. Existem 47 fontes de abastecimento de água dispersas operacionais que cobrem 60% da população. Em algumas zonas, as fontes melhoradas mais próximas encontram-se entre dezoito a trinta quilómetros de distância. Existem 5 pequenos sistemas de abastecimento de água (Vila, Mafuiane, Changalane, Goba e Michangalene) que tem tido problemas operacionais. 
A vila de Namaacha e o Posto Administrativo de Changalane têm fornecimento de energia assegurado pela rede da EDM. 
Em geral, o estado geral de conservação e manutenção das infra-estruturas não é o desejável, devendo esta área ser priorizada na gestão distrital e na afectação de recursos ao nível provincial.
Economia
A agricultura é a base da economia distrital, tendo como principais culturas as hortícolas, milho, amendoim, feijões, batata-doce, banana e mandioca. As espécies de gado predominantes são os bovinos, cabritos, ovelhas, galinhas, patos e porcos, destinadas para o consumo familiar e comercialização. 
O Distrito da Namaacha seleccionou 3 vectores de desenvolvimento num leque de vários produtos/serviços a destacar: Fruticultura, Hortícolas e Avicultura. 
Afectado pela excessiva procura de terrenos proveniente da cidade de Maputo, a Namaacha tem sido palco de vários conflitos ligados à posse da terra. 
A região beneficia de uma boa integração de mercado e de possibilidades de acesso a actividades não agrícolas geradoras de rendimento, nomeadamente as remessas dos emigrantes na África do Sul e na Suazilândia, o comércio informal e de fronteira, o fabrico de sabão e a venda de lenha, carvão, bebidas alcoólicas e produtos de olaria. 
O distrito de Namaacha debate-se com problemas de aridez em algumas zonas, devido aos incêndios ateados pelas populações locais. 
Além do produto da caça, o peixe, oriundo dos rios, é também um componente importante da dieta alimentar das famílias de Namaacha. 
A proximidade do distrito de Namaacha de Maputo e de distritos da província com actividade comercial significativa, bem como dos países vizinhos da Suazilândia e da África do Sul, contribui para uma actividade comercial bastante activa.
Enquadramento geológico
 Geológia regional
Do ponto de vista geologico, a área de estudo faz parte do distrito de Namaacha que insere-se na bacia sedimentar de Moçambique, sul do Save. O preenchimento da bacia por sedimentos teve o seu inicio no Cretácio e foi acompanhado por transgressões e regressões provocadas por variações climáticas e por movimentos verticais que resultam na formação de uma serie de grabenscom orientação N-S (Afonso, et al, 1998).
A base da bacia é caracterizada por lavras basálticas e rioliicas do Karoo. A tabela 1, mostra o resumo da geologia do Sul do Save. 
Cretácio 
O Cretácio em moçambique é caracterizado por uma activiadade vulcânica bimodal (ácida – básica) por carbonatitos, Kimberlitos e lavas alcalinas (Afonso, 1998). O Cretácio também possui outras formas de ocorrência, que são compostas de grés-calcareo glauconitico, grés conglomerático com calhaus, magras negras saliniferas e argilas.
Terciário 
É caracterizado por activiadade vulcanca do tipo fissural ao longo da depressão tectónica de Chire-Zangué-Urema e ao longo do moniclino da Namaacha. O Terciario
também possui outras formas de ocorrência, tais como formações de salamanga, jofane é mazamba, que são constituídas por calcário glauconítico, grés calcário, grés glauconítico, grés ferruginoso, margas e areais grosseiras de base conlglomerática. Este ocorre nas províncias de Maputo, Inhambane e Sofala.
Quaternário 
Este período é caracterizado por intensos movimentos eustáticos e redeposições transgressivas de areias, por duas de regressão, terraços do rios e por formas geomorfologia actuasis, como são os casos de estuários, planícies costeiras dunas interiores e costeiras e pela actual linha de costa. Esta feições geomorfológiacas podem ser observadas ao longo da faixa costeira das províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, Sofala, Zambézia e Nampula.
Tabela 1. Período	Origem marinha 	Origem Continental 	Litologia (Afonso, et al, 1998)
	Período
	Origem marinha 
	Origem Continental 
	Litologia
	Quaternário 
	
	
	Aluviões, terraços, cones de dejeccção e calcário lacustres
	TERCIÁRIO 
	Superior 
	
	Formação de Mazamba 
	Conglomerados, areias grosseiras e grés ferruginoso
	
	
	Formação de jofane
	
	 Grés glauconitíco, margas e calcário
	
	Inferi-os 
	Formação de Salamanga
	
	Calcário e Grés calcário 
	CRETACIO 
	Superior 
	
	
	Grés conglomerático avermelhado e siltitos 
	
	
	
	
	Margas, argilas, Gres glauconiticos e argilas evaporitos
	
	Inferior 
	
	
	Gres conglomerático com calhaus de rochas eruptivas
	
	
	
	
	Grés calcários glauconiticos e margas saliniferas 
	Jurássico
	Karoo
	Basaltos e riólitos 
Geologia local 
A área de estudo insere-se nas rochas ígneas da Serie Stromberg pertencente ao Karoo Superior. É caracterizada por uma sequencia alternada de basaltos e riólitos, onde os riólitos que são mais resistentes a meteorização com relação aos basaltos formam cadeias montanhosas e os basaltos formam vales que intercalam os riólitos.
A geologia da Namaacha, faz parte dos dois litotipos que formam a cadeia dos Libombos que é uma sequencia bimodal vulcânica, com direcção N-S, formamdo um monoclinal que inclina de 15º - 30º para E e SE. Este monoclinal estende-se desde a margem esquerda do rio Maputo, a sul da Provincia de Maputo, ate ao pafuri, onde o rio Limpopo entra em Moçambique (figura 1) a sequencia alternada de basaltos e riólitos distribui-se da base ao topo da seguinte forma:
Riolitos dos grandes Limbombos;
Basaltos inferiores do Impaputos;
Riólitos dos pequenos libombos ;
Basaltos de Movene.
	
Figure 2. Geologia local da área de estudo ( fonte própria)
Capitulo II
Revisão bibliográfica
 Caracterização Tecnológica de Rochas Ornamentais
As rochas ornamentais ou de revestimento, quando em uso, são submetidas a muitas solicitações, tais como atrito (desgaste), impacto, ações do clima, ataque por produtos de limpeza, etc. A caracterização tecnológica dos materiais (mineralógica, física, química e mecânica) é fundamental para a sua utilização correta, segura e econômica
(Frazão, 1993).
As solicitações sofridas pelos materiais ocorrem em todas as etapas do seu processamento, a saber: extração, beneficiamento (desdobramento, polimento, corte e acabamento) e na aplicação.
As características das rochas, e mesmo a previsão do seu desempenho podem ser obtidas através de análises e ensaios, executados segundo procedimentos normalizados pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.
. Resultados dos Ensaios Realizados com os Materiais Semelhante a da área de estudo
Para que a informação recolhida dos materiais possam ser interpretados corretamente, foi selecionado uma Tabela 2, que servirão de parâmetro de comparação.
O quadro 2 extraídas de um trabalho, realizado por (Frazão, (1993)), segundo o qual alguns parâmetros estatísticos descritivos de rochas silicáticas brasileiras podem ser utilizados para comparar os resultados.
Tabela 2.Resumo de alguns parâmetros estatísticos descritivos de rochas silicáticas (Frazão, 1993)
Capitulo III
Apresentação e discussão dos resultados
 Índices Físicos 
Tabela 3. Índices Físicos (Fonte: SITOE, (2016))
	Amostra
	Peso especifico (g/cm3 )
	Absorção de água (%)
	Porosidade Aparente (%)
	
	Media 
	Media
	Media
	Tufos ignimbritos 
	2,75
	0.63
	1.72
Os índices físicos fornecem uma idéia da incidência de microdescontinuidades rochas. Os valores de absorção d’água e porosidade são bem correlacionados com os de resistência mecânica da rocha.
Para um mesmo tipo litológico, quanto maior o peso específico aparente, menores os valores porosidade e a absorção d’água. Uma rocha mais porosa absorverá mais água e seus minerais serão mais susceptíveis ao ataque pela água e por outros agentes químicos.
Para um mesmo tipo de rocha, aquela que for mais porosa, apresentará os menores valores de resistência a esforços mecânicos. O coeficiente de absorção d’água constitui, por sua vez, elemento de avaliação preliminar de compactação, resistência e durabilidade da rocha, sendo um fator decisiva na escolha do material para usos que envolvam prolongados contatos com as intempéries, com as águas meteóricas ou com a umidade do solo. 
Segundo a informação obtida na tabela 3, e comparando-se o tabela 2, pude concluir:
• O peso específico dos materiais esta dentro dos limites considerados bons, de acordo com as comparações feitas.
• Os valores de absorção d’água da Tufos ignimbritos é considerado excelente. 
• Os valores de porosidade aparente de material esta acima da média, o que pode provocar um decréscimo da resistência mecânica da rocha.
 Dilatação Térmica Linear
Tabela 4. Dilatação térmica Linear ( fonte: SITOE, (2016))
	Amostra
	Dilatação Termica (10-6 mm/m oC
	
	Media 
	Desvio
	Tufos ignimbritos 
	10.09
	0,71
Esta informação é importante para o emprego do material em revestimentos internos e externos. É necessário definir as juntas de dilatação, que devem ser implantadas junto com os painéis e ladrilhos, influindo na escolha do processo de ancoragem das placas.
Deve ser cuidadosamente considerado quando as placas da rocha estiverem expostas ao sol, ou sujeitas a grandes oscilações de temperatura, tais como ciclos de congelamento/degelo.
Os resultados dos ensaios estão dentro dos valores indicados pela tabela 2.
 Resistência à Compressão Uniaxial e Módulo de Deformabilidade Estático
Tabela 5. Resistência à compressão Uniaxial e Modulo de Deformabilidade Estática (SITOE, (2016))
	Amostra
	Resistencia à Compressão Uniaxial (MPa)
	Modulo de deformabilidade E-statico ( a 50% da carga de ruptura) ( x 10-4 MPa) 
	Coeficiente de poisson
	
	Media
	Desvio
	Media 
	Desvio
	Media 
	Desvio
	Tufos ignimbritos 
	160,56
	5,65
	3,17
	0,17
	-0,34
	0,16
O valor da resistência à compressão deve ser conhecido sempre que a rocha tenha que suportar cargas elevadas, tanto em sua própria utilização, quanto durante o transporte e armazenamento.
Os valores de resistência à compressão da Tufos ignimbritos (tabela 5) estão dentro dos parâmetros da tabela 2.
 Resistência à Flexão
Tabela 6. Resistência a flexão (SITOE, (2016))
	Amostra
	Resistencia à Flexão (Mpa)
	
	Media 
	Desvio
	Tufos ignimbritos 
	20,51
	1,73
As informações de resistência à flexão para os materiais estão coerentes
com a tabela 2.
 Resistência ao Impacto de Corpo Duro
Tabela 7. Resistência ao Impacto de Corpo Duro.( SITOE, (2016))
	Amostra
	Impacto ( cm)
	
	Media 
	Desvio
	Tufos ignimbritos 
	25
	4,08
As informações são baixos, em relação à tabelas 2. Portanto, fica muito difícil interpretar comparativamente estes resultados, podendo induzir a erros na indicação da melhor utilização dos materiais.
 Resistência ao Desgaste Amsler
Tabela 8. Resistência ao Desgaste Amsler (SITOE, (2016))
	Amostra
	Resistencia ao Desgaste 
	
	Desgaste a 500 netros ( em mm)
	Desgaste a 1000 metros (em mm)
	Tufos ignimbritos 
	1,20
	2,20
Com as informações acima,
pode-se afirmar que as resistência à abrasão, dos materiais Pedra de Namaacha, estão acima da média da tabela 2. Isto quer dizer que os materiais podem se desgastar mais rapidamente que outros materiais do mercado. Entretanto, cabe ressaltar que qualquer material é passível de receber tratamento, que possibilite sua aplicação como pisos, fachadas, mesas, pias, etc.
PLANO DE LAVRA, & ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA-ECONÓMICA PARA EXPLORAÇÃO DA PEDRA DE NAMAACHA NA PROVÍNCIA DE MAPUTO - DISTRITO DE NAMAACHA.
	Cálculo de Reservas
Dados 								Resolução 
A=57.45586km2=57455.86m2 R=V; sendo que V=A*h
h= 6m R=A*h
V=? R= 57455.86m2*6m
 R= 344735.16m3.
	Materiais a Produzir e Mercados
O material a produzir será Placa Riolititos, que visa suprir, principalmente a construção civil, ornamentação, etc.. O material será comercializado na província de Maputo sem exceção abrangido todas províncias e os países vizinhos.
	PLANO DE LAVRA
O plano de lavra consiste no projecto da exploração, que tem como ponto principal ponto a memória descritiva, a identificação e caracterização, impactos ambientais significativos e respectivas medidas de mitigação e monitorização, instalações auxiliares, sistema de esgotos, plano de higiene e segurança, sinalização (da exploração e outras), sistema de iluminação.
A presento o seguinte plano de lavra como fruto de uma licença não emergente:
Em função da área da jazida a empresa pretende dimensionar este empreendimento de forma a cumprir com a vida útil da mina sem comprometer o ambiente, por isso, este plano de lavra apresenta de forma detalhada tudo aquilo que será o empreendimento, respondendo questões cruciais como:
Qual é a estrutura da produção?
Que medidas a adoptar para o desenvolvimento do projecto?
Qual é o padrão de distribuição da formação?
Que infra-estruturas e método de extracção serão empregados?
Existem rotas e vias de acesso para o carregamento, transporte e processamento? e;
É técnica e economicamente viável apostar no projecto?
Estrutura da produção
O presente trabalho pretende viabilizar um projecto de extracção de placas riólitos, que obedecera a seguinte estrutura:
Construção de infra-estruturas ate a abertura da mina;
Exploração da Jazida;
Fase de encerramento da mina (incluindo a reabilitação da área da exploração).
Este projecto prevê-se também uma produção que circunda nos 2 milhões de toneladas de placas riólitos, tendo dias úteis de trabalho 6 dias e obter-se 1 650 000 placas riólitos lavrado por ano, a partir de 10 000 toneladas de taxa diária, contando com o acompanhamento de um Engenheiro de Minas, um Ambiental e um Florestal, sem dispensar a presença do Geólogo, Técnicos de Mineração e Ambiente, fazendo uma média de 500 trabalhadores até a fase de Encerramento e Reabilitaçao da Mina, Com uma jornada de trabalho de 8h para os trabalhadores e maquinaria, para permitir que as operações não parem na mina, é nessa perspectiva que os trabalhadores se vão substituir em turnos.
	Desenvolvimento do Projecto e Abertura
Para o desenvolvimento do projecto, tenho como proposta plano, baseado em 2 fases:
1a Abertura de uma mina, onde a Tufos ignimbritos , será extraído e transportado bruto ate as plantas de processamento (também por instalar) onde será Cerada, Polida. 
2ª Onde será estriado e transportado bruto ate a planta de processamento que apenas será serrada.
 Infra – Estruturas
No que concerne as infra-estruturas, a empresa prevê uma infra-estrutura mineira propriamente dita e uma de apoio.
Infra-estrutura mineira: constitui a própria mina, armazém de placas riólitos, equipamentos de serragem e lavagem, armazém placas riólitos lavado, isto e, pronto para o transporte, aterros para deposição do material rochoso da mina e tanque para tratamento de efluentes da unidade de processamento das placas riólitos
 Método de Extracção
O método a usar é: Lavra por painéis verticais, uma vez que ele abtem volumes de rocha se processa pela delimitação, como o próprio nome indica, de grandes painéis rochosos verticais, cuja espessura das placas é coincidente com uma das dimensões de bloco comercial.
 Carregamento e Transporte
Sendo esta a etapa de que dependem as entradas e saídas (fluxo de caixa) da empresa, para a realização destas operações primárias de lavra de mina, o transporte fara-se por meio de estradas que levarão o matéria ao mercado consumidor, e fazer o carregamento por retro-escavadeiras com capacidades maior ou igual a 3 m3.
 Prcessamento
Esta é a etapa de que depende principalmente o futuro da Empresa, tal que uma avaria de 1h é fatal para o projecto, não obstante, estando ciente desta situação pretende-se dispor de uma plantas de processamento no lado da mina. Contudo, para o processamento placas riólitos, deve-se empregar equipamento de Serragem, lavagem e classificação com capacidade de remover impurezas e polir. 
	Minério
(Área de extracção)
Produto
final
Área de Amazenamento
2ª Planta de processamento
1ª Planta de processamento
Serragem
Serragem,
Lavagem e
Polir 
 
Transporte
(Basculante)
	
Figure 3. Fluxograma do processo de beneficiamento de placas riólitos. ( Fonte: Propria)
 Serviços
• 	Água
Como é por nos sabido que em qualquer empreendimento é indispensável a presença da água em vários casos, este empreendimento não foge do padrão. Vão-Se criar tanques ou pequenos reservatórios de água, abastecido por rios locais.
•	Energia
Porque bem se conhecem os serviços a EDM, a Empresa vai dispor de Geradores, e painéis solares para casos de emergência, mas de princípio, fará uso da electricidade da rede pública. 
3.8. Higiene e Segurança Técnica
Para esta etapa, a Empresa deve seguir com base no Regulamento de Segurança Técnica e de Saúde nas actividades Geológico-Mineiras, pois, definem-se medidas para garantir condições de saúde, e segurança dos trabalhadores no desempenho das suas funções, nas operações mineiras, incluindo a aplicação de medidas de prevenção técnica dos acidentes, desde riscos profissionais ate ao higiene no local de trabalho. 
Ex: Utilização de explosivos, transporte de trabalhadores, abastecimento de veículos, trabalhos com cargas suspensas entre outros, sai alguns aspectos considerados pelo regulamento como condições de risco de saúde e segurança. 
ANÁLISE FINANCEIRA (CAPÍTULO II)
Para o presente empreendimento, estima-se uma média de 100 trabalhadores desde a fase de construção ate ao encerramento da mina. Uma maquinaria maior ou igual a 12 desde a área de exploração (carregamento e transporte) até planta de processamento, o que totaliza: 81 023 286 USD.
Tabela 9. Investimento inicial para aquisição de equipamentos de mina.
	Equipamentos
	Quantidade
	Valor em USD
	Basculante
	02
	10 5000
	Material de serragem
	02
	1 600
	Lavadores
	01
	1 436
	Escavadeiras
	02
	50 910 000
	
	Total
	51 014 036
Tabela 10. Parâmetros económicos considerados para o cálculo do fluxo de caixa..
	Parâmetros
	Dados
	Fórmulas Recorridas
	Financiamento
	Alheio: Pagamento durante a Produção
	Proveitos= Preço x Produção
	Produção 
	146 000t
	Impostos= Proveitos x Royality x IRRM
	Preço
	190 USD/t
	
	Royality
	3%
	Amortizações= Capex x Amortização
	ISS
	30mt/ha
	
	IRRM
	20%
	Custos= Opex + Impostos +Amortizações
	Amortização
	25%
	
	Capex
	1 000 000 USD
	Receitas= Proveitos - Custos
	Opex
	1 963 809 USD
	
	Investimento inicial
	51 014 036USD
	Fluxo de caixa= Receitas - Custos
Tabela 11.. Cálculo do fluxo de Caixa.
	Anos
	Receitas
	Custos
	Fluxo de Caixa
	0
	0
	0
	0
	1
	25 359 760
	2 380 380
	22 979 380
	2
	30 200 100
	2 510 460
	27 689 640
	3
50 400 300
	2 730 680
	47 669 6620
	4
	70 600 500
	29 500 900
	41 099 600
	5
	90 800 700
	29 500 900
	61 299 800
Tabela 12. Indicadores económicos calclados e seus resultados
	Indicadores Económicos
	Fórmulas
	RESULADOS 
	VAL
	
Val= -A+^ n
	164 983 39.64
	TIR
	Val= 0
	0.3163822»31%
	PAYBACK
	
»A
	2 anos 7 meses e 6 dias
Analise dos resultados 
Com o VAL dos cash flows, N é o número de anos do projecto, tive VAL superior a zero, que economicamente deve-se aceitar o projeto pois é economicamente viável e os cash flows gerados cobrem o investimento inicial e ainda gerem um excedente financeiro e ainda os investidores terão o retorno exigido.
Com a ajuda do TIR, a Taxa Interna de Retorno de um empreendimento, que demonstra o quanto rende um projeto de investimento, considerando a mesma periodicidade dos fluxos de caixa do projeto, que é de 32%.
É o tempo decorrido entre o investimento inicial e o momento no qual o lucro líquido acumulado se iguala ao valor desse investimento que é de 2 anos 7 meses e 6 dias. O que nos leva a cocluir que o investimento aplicado no plano de lavra pode ser viável. 
Capitulo IV
Conclusão 
Os resultados dos estudos e das análises técnicas realizadas neste trabalho de pesquisa, demonstram que estes materiais, extraídos na região do distrito de Namaacha, tem grande potencial econômico e mercadológico, para serem utilizados como rocha ornamental.
Apresentam um ótimo padrão estético, podendo ser um material com boa penetração no mercado interno, a princípio. Além disso, a análise dos dados deixou claro que estes materiais possuem características adequadas à sua aplicação, sendo que pequenas restrições podem ser solucionadas através de técnicas simples e de baixo custo.
Sustentando com o projecto de viabilidade e com ajuda do calculo do TIR, VAL e PAYBACK, que me levou a concluir a viabilidade projecto.
 
Rerferencia Bibliografica
Frazão, E.B. 1993. Caracterização Tecnológica de Rochas Ornamentais. Separata do
Catálogo de Rochas Ornamentais do Espírito Santo, São Paulo p. 12-21.
Afonso, R. S.; Marques, J. M. & Ferrera, M. (1998) a evolução gelogica de Mocambique. II CT, Lisboa e DNG. Maputo. 
SITOE, D. A.; (2016), Ensaios de caracterização da Pedra de Namaaha, Faculdade de Engenharia UEM.
Atlas Nacional de Moçambique, INLD-7a Edição-Maputo-Moçambique;
PERFIL DO DISTRITO DE NAMAACHA PROVÍNCIA DE MAPUTO, Edição 2014.

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