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LITERATURA BRASILEIRA II

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LITERATURA BRASILEIRA II
Aula 1: O Romance de José de Alencar
Quando pensamos o Romantismo no Brasil, a figura de Alencar e a importância de suas obras sobressaem . O autor publicou vinte e um romances, classificados, por assunto, em indianistas, históricos, regionais e urbanos. Alfredo Bosi, em sua História concisa da literatura brasileira, observa que  muito importava a “Alencar cobrir com a sua obra narrativa passado e presente, cidade e campo, litoral e sertão, e compor uma espécie de suma romanesca do Brasil” (BOSI, A História concisa da literatura brasileira, p. 137)
A versatilidade de sua pena tanto contemplava os mitos colonizadores, como se observa em suas narrativas históricas e indianistas, quanto nos romances de viés urbano, onde os valores da sociedade do século XIX são analisados e criticados.
O Guarani, publicado em 1857, é um romance de natureza histórica, exemplar para a compreensão da presença do índio na literatura romântica. No vídeo,  você assistirá a um pequeno trecho da obra, mas muito ilustrativo.
O GUARANI - Em uma breve síntese, Peri, protagonista da narrativa,  encanta-se por Ceci e devota a ela e a seu pai, Dom Antônio de Mariz, lealdade típica de um cavaleiro medieval.
As peripécias que conduzem a narrativa folhetinesca dão a conhecer um mundo de conflito entre índios  aimorés e brancos, assim como entre brancos de boa índole e os mercenários, comandados por Loredano.
Analisando a obra, Alfredo Bosi, em Dialética da colonização chama a atenção para a inserção do elemento indígena em um regime feudal,  conjugada à representação da sociedade colonial dos séculos XVI e XVII de maneira mítica e idealizada: “o mito é uma instância mediadora (...) o mito alencariano reúne, sob a imagem comum do herói, o colonizador, tido como generoso feudatário, e o colonizado, visto, ao mesmo tempo, como súdito fiel e bom selvagem.”
É importante observar que Peri concilia duas características importantes do Romantismo: a cor local, representada pela descrição da natureza brasileira e pelo indígena, e  a noção de bondade natural do homem, intocado pela sociedade.
A articulação desses aspectos elimina, de certa forma, o compromisso com a verossimilhança do texto, uma vez que a rebeldia do nativo desaparece, assim como a crueldade do colonizador. Nesse sentido, por não representar as verdadeiras relações entre colonizador e colonizado, por redimensioná-las no tempo passado, Alencar escapa da polemização resultante do movimento de lusofobia, decorrente da Independência recente.
O indígena ganha também o protagonismo da cena na obra Iracema (Lenda do Ceará), publicada em 1865. Obra definida como primitiva por Alencar. 
“ (...) primitiva, que se pode chamar de aborígine, são as lendas e mitos da terra selvagem e conquistada; são as tradições que embalaram a infância do povo, ele escutava como o filho a quem a mãe acalenta no berço com as canções da pátria, que abandonou.
Iracema pertence a essa literatura primitiva, cheia de santidade e enlevo, para aqueles que venceram na terra da pátria a mãe fecunda – alma mater, e não enxergam nela apenas o chão onde pisam.”
IRACEMA – O romance tb é exemplar da impressionante capacidade criadora de Alencar, só  ultrapassada pelo papel pioneiro no que se refere à pesquisa da linguagem, no sentido de fazer acompanhar o texto com os termos próprios àquela realidade e região.
No prólogo da obra Iracema,  o autor recomenda o estudo da língua indígena para a construção da nacionalidade da literatura, como lemos no trecho que segue:
“O conhecimento da língua indígena é o melhor critério para a nacionalidade da literatura. Ele nos dá não só o verdadeiro estilo, como as imagens poéticas do selvagem, os modos de seu pensamento, as tendências de seu espírito, e até as menores particularidades de sua vida.
E nessa fonte que deve beber o poeta brasileiro, é dela que há de sair o verdadeiro poema nacional, tal como eu o imagino.”
SAIBA MAIS - Em Iracema, por exemplo, o léxico condiciona a musicalidade e a poesia do texto, como podemos ler nesse belíssimo trecho em que a índia Iracema é apresentada ao leitor e quando conhece o amor de sua vida, o branco Martim. Desse encontro nascerá a trama: Avance a tela  para conhecer.
“Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.
Romance urbano - Dos romances urbanos de Alencar, Senhora e Lucíola merecem atenção pela crítica aos costumes da sociedade burguesa da época, bem como pela riqueza da descrição de cenários e personagens. É nos salões cariocas que o enredo  se desenvolve:   Aurélia Camargo, protagonista de Senhora, denuncia o casamento por interesse, movido pelo dote, e não pelo sentimento.
Ao iniciar o romance, a personagem é uma moça pobre, rejeitada por Fernando Seixas, que se compromete com outra por um dote maior.  No entanto, Aurélia  enriquece e engendra uma vingança contra ele.
A narrativa, de estrutura folhetinesca, é marcada por embates verbais entre os personagens, criando o suspense pelo final feliz, já que a tensão entre o amor e a ambição, ou entre o perdão e o rancor, move o andamento da trama.
Lucíola, personagem central que dá nome ao romance, narra a vida de uma cortesã, figura comum nos salões do século XIX. A delicadeza da trama do amor impossível é tecida com força dramática e energia lírica, percebida nas descrições das cenas mais fortes para a época. 
Avance a tela para conhecer  um trecho dessa história.
Aula 2: A poesia romântica. A geração indianista ou nacionalista – Gonçalves Dias
O Romantismo foi um período estético que teve uma grande duração, em torno de meio século, e por essa razão é possível divisar três gerações de poetas, cujas obras desenvolvem temáticas e técnicas semelhantes
A primeira delas nasceu com a intensidade do desejo de valorizar o Brasil, primando pela idealização da paisagem exuberante, bem como pela presença mítica do indígena. Recebeu o nome de Nacionalista e/ou Indianista.
O surgimento do Romantismo no Brasil é balizado pela publicação da obra Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães, em 1836. O autor foi também responsável pela fundação em Paris, no mesmo ano, da Niterói, revista brasiliense.
Domingos José Gonçalves de Magalhães estudou na Europa, e, quando retornou ao Brasil, caiu nas graças do Imperador D.Pedro II, conquistando cargos políticos e diplomáticos.
Avance a tela e leia um trecho do poema.
(...)
Terras da minha pátria, eu vos saúdo,
     Depois de longa ausência!
Eu te saúdo, oh sol da minha infância!
Inda brilhar te vejo nestes climas,
Da Providência esmero,
Onde se apraz a amiga liberdade
Tão grata aos corações americanos!
Minha terra saudosa,
Terra de minha mãe, como és tão bela.
Se em ti não venho achar da Europa o fausto,
Pelo suor dos século regado,
Também não acharei suas misérias,
Maiores que o seu brilho,
Verdes montanhas que cercais meu berço,
Como sublimes sois, como sois grande.”
No poema, observamos que o eu-lírico se lamenta pela saudade que sente de sua terra – “lá” –, o Brasil. Interessante notar que esse  sentimento contrapõe os dois espaços: a terra natal (lá)  e a terra do exílio, Portugal (cá). 
Sabe-se que, à época,  o poeta Antônio Gonçalves Dias estava em terras lusas, fazendo o curso superior, como muitos outros filhos de famílias abastadas. Assim, o exílio, a que se refere o eu-lírico, não é político; trata-se de um período de afastamento por opção.
A saudade, no entanto, faz com que traga à lembrança, de forma emocionada e subjetiva, elementos que representam a sua terra: o sabiá, as palmeiras, as aves e as flores. Elementos que sempre são apresentados em situação de superioridade em relação à terra portuguesa.O poema tem inspirado os nossos artistas até os dias de hoje, seja como crítica, paródia ou imitação. Também a nossa música faz menção ao poema Canção do Exílio; como Sabiá de Chico Buarque e Tom Jobim, quer ouvir?
Observe as sílabas marcadas, leia em voz alta  e perceba a simulação de um tambor ritmado.
Canção do tamoio
(Natalícia)
I
Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida, 
É luta renhida:    
Viver é lutar.   
A vida é combate, Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar.
TAMBOR - Esse efeito sonoro é obtido graças à combinação de versos curtos, redondilhas menores, cuja tonicidade recai sobre a 2ª e a 5ª sílabas de forma constante. Note também que o poema é distribuído em oitavas, isto é, estrofes compostas de oito versos, em que predominam rimas emparelhadas. A explicação, entre parênteses, “Natalícia” dá a conhecer ao leitor as circunstâncias do canto vigoroso: o pai descreve ao pequeno nascituro as glórias de ser um indígena. 
A valorização do índio se apresenta mediante um movimento de aproximação ao cavaleiro medieval – o “brasão” é o bem a ser conquistado pelo futuro guerreiro. Trata-se de uma influência clara do Romantismo europeu, que tomava o mito do “bom selvagem”, de Rousseau, como referência ética e estética.
O valor da obra de Gonçalves Dias se consolida na perenidade dos temas e das imagens que permanecem inspirando a literatura brasileira. Nesta aula, você conheceu a poesia romântica da Primeira Geração, focalizada na obra de Gonçalves Dias.
 Avance a tela para ver os vídeos e veja como o poema Canção do Exílio ganhou matizes novos nos poemas de Murilo Mendes  e Ferreira Gullar
Aula 3: A Segunda Geração Romântica: a Poesia Egótica de Álvares de Azevedo
O trecho a que você assistiu é um dos momentos mais eletrizantes da peça “O fantasma da ópera”, inspirada no romance francês de Gaston Leroux, publicado em 1911.
O enredo se desenvolve no teatro Ópera, de Paris, no século XIX. A protagonista Christine, uma jovem bailarina e cantora, é amada por um homem que vive escondido nos subterrâneos do teatro, Erik.  Por ter o rosto oculto por uma máscara devido a uma deformidade,  os atores e empregados do teatro acreditam que Erik é  um fantasma. Toda a peça transcorre em um ambiente de mistério e terror, nele o romance impossível é o tema soturno da peça.
O trecho a que você assistiu é um dos momentos mais eletrizantes da peça “O fantasma da ópera”, inspirada no romance francês de Gaston Leroux, publicado em 1911.
Na história da humanidade, ciclicamente, a sensação de melancolia, depressão e fuga da realidade se expressam na arte por meio de manifestações com características muito semelhantes. A extrema subjetividade, o gosto pela noite, a morte e a depressão tornam-se temas recorrentes.
A segunda geração do Romantismo, conhecida como ultrarromântica, egótica ou byroniana, representa na nossa literatura a matriz desse tipo de sentimento, muito comum na adolescência: o tédio. E é a partir dele que se desenvolve uma série de outros que lhe são complementares.
Também é comum denominar essa como a “Geração Mal do século”. Alguns estudiosos  associavam a expressão “mal do século” à tuberculose que acometia muitos jovens nessa época, doença para a qual não havia remédio. Entretanto, pesquisas mais recentes percebem que o “mal do século” se refere a uma sensação de descontentamento,  de desajuste entre as expectativas grandiosas e a realidade insatisfatória.
Em nossa literatura, Manoel Antônio Álvares de Azevedo é o poeta que melhor representa essa geração, seja por trazer o tema muito bem desenvolvido em obra variada, seja pela erudição precoce. Afinal, nosso jovem poeta faleceu aos 21 anos e deixou uma obra que assombra pelo volume e variedade, já que também escreveu contos e uma peça de teatro.
Leia uma crítica de Machado de Assis à obra de Lira dos Vinte Anos, de Álvares de Azevedo:
“Álvares de Azevedo era realmente um grande talento: só lhe faltou o tempo, como disse um dos seus necrólogos. Aquela imaginação vivaz, ambiciosa, inquieta, receberia com o tempo as modificações necessárias; discernindo no seu fundo intelectual, aquilo que era próprio de si, e aquilo que era apenas reflexo alheio, impressão da juventude, Álvares de Azevedo, acabaria por afirmar a sua individualidade poética. Era daqueles que o berço vota à imortalidade. Compare-se a idade com que morreu aos trabalhos que deixou, e ver-se-á que seiva poderosa não existia, naquela organização rara. Tinha os defeitos, as incertezas, os desvios, próprios de um talento novo, que não podia conter-se, nem buscava definir-se.”
Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!
 
Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que manhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!
Que sol! Que céu azul que doce n'alva
Acorda a natureza mais louçã!
Não me batera tanto amor no peito
Se eu morresse amanhã!
 
Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o dolorido afã...
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!
Também nesse poema, Álvares de Azevedo reúne uma série de temáticas contempladas em sua obra, mas a que sobressai é a morte. A antecipação da morte, a reação dos familiares ao passamento do eu-lírico, bem como os desejos póstumos  confirmam o seu protagonismo na cena.
Assim, a morte não é rejeitada pelo eu-lírico, pelo contrário, ela é aguardada com grande expectativa, pois representa o término de angústias, de desejos insatisfeitos, de ilusões vãs da “alma errante”, consumida pelo fogo insensato das paixões da juventude e da vida mundana. 
É interessante notar que o egotismo romântico encontra expressão diferenciada na última estrofe; nela, o apelo do eu-lírico se volta à natureza, para que  permita que a luz da lua focalize a sua lápide, como o refletor em uma cena, e para que também ela chore pelo seu fim.
O ambiente sombrio também serviu de cenário à obra Noites da Taverna. Embora em prosa, seus contos macabros, de temática satânica, constituem material significatico a compor o perfil do poeta, juntamente com a peça Macário.
Apesar de não ser uma vertente muito divulgada na obra de Álvares de Azevedo, e embora possa parecer paradoxal, o humor também encontra lugar em sua poética, principalmente na segunda parte da Lira dos vinte anos.  O poema, a seguir, ilustra bem essa faceta: avance a tela para ver o poema.
Namoro a cavalo
Eu moro em Catumbi. Mas a desgraça
Que rege minha vida malfadada
Pôs lá no fim da rua do Catete
A minha Dulcineia  namorada.
 
Alugo (três mil-réis) por uma tarde
Um cavalo de trote (que esparrela!)
Só para erguer meus olhos suspirando
A minha namorada na janela...
Todo o meu ordenado vai-se em flores
E em lindas folhas de papel bordado
Onde eu escrevo trêmulo, amoroso,
Algum verso bonito... mas furtado.
 
Morro pela menina, junto dela
Nem ouso suspirar de acanhamento...
Se ela quisesse eu acabava a história
Como toda a Comédia – em casamento.
Ontem tinha chovido... que desgraça!
Eu ia a trote inglês ardendo em chama,
Mas lá vai senão quando uma carroça
Minhas roupas tafuis encheu de lama...
 
Eu não desanimei. Se Dom Quixote
No Rocinante  erguendo a larga espada
Nunca voltou de medo, eu, mais valente,
Fui mesmo sujo ver a namorada...
O Dom Quixote brasileiro e romântico, como é descrito o eu-
-lírico desse poema, é protagonista de uma ação que se desenvolve por meio da paródia à obra de Cervantes.  
No breve enredo, o eu-lírico está enamorado de uma jovem, por quem faz grandes despesas, como alugar cavalo, comprar flores e papéis de carta. Humilde e sonhador, como Dom Quixote, não se intimida nem mesmo quando fica todo enlameado por uma carroça. Obstinado em encontrar a jovem, passa pela casa da moça, mas ela ficairritada e bate com a janela em seu rosto, assustando o cavalo, que o joga no chão e rasga a sua roupa.
A ironia e o humor estão presentes e revelam a gaiatice e a leveza do jovem culto, complementando uma imagem não apenas feita de tristeza.     
 
As características que marcaram a Segunda Geração do Romantismo encontram ecos nos dias de hoje, seja por meio de atitudes que cultivam a melancolia e a introversão, seja mediante posturas mais radicais, como os grupos góticos. 
Se você quer conhecer um pouco mais, pesquise também sobre os poetas Junqueira Freire e o popular Casimiro de Abreu

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