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Cultura Mundo

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A cultura-mundo
Gilles Lipovetsky e Jean Serroy
O mundo como imagem e como comunicação
Hipercultura ou cultura-mundo – fim da separação entre cultura e economia, significativo desenvolvimento da esfera cultural e absorção pela ordem mercantil;
Capitalismo cultural – quando a cultura-mundo designa o sistema socioeconômico do hipercapitalismo global;
A cultura-mundo testemunha a erosão 
 das barreiras da alta cultura;
A cultura passa a ser, então, mundo das
 marcas e de consumo, bem como o
 mercantilismo passa a ser cultural.
As indústrias culturais
Autonomia da arte – quebra dos padrões, rejeição a herança do passado, pretensões radicais, questionamento do estatuto do belo e da obra de arte;
Modernidade cultural – é bicéfala, de um lado uma cultura de despreza o mercado e se diz revolucionária, de outro a cultura industrial dos clichês;
Fim da cultura das elites – a cultura passa a ser de todos para todos, sem fronteiras;
Nova gramática – facilidade de acesso, retórica da simplicidade, requer pouco esforço;
Renovação da oferta – os produtos se tornam padronizados, mas ao mesmo tempo tentam ser singulares;
A cultura de massa ameaça a “verdadeira” cultura, através do caricaturamento de obras nobres, da difusão do kitsch e da ascensão e valorização do entretenimento.
A cultura-tela: Ato I
A tela (cinema) – imposição da linguagem representativa dos tempos modernos, na virada do século XIX para o XX; 
Os indivíduos se reúnem para escutar sons e imagens que constituem uma base comum – Aldeia global, McLuhan;
Cultura “mosaico” ou zapping – fragmentária, habitua os homens a mesma linguagem – Homo ecranis;
O mundo se torna informação – é pela imagem na tela que o mundo existe;
O mundo da tela global: Ato II
Teia de tela – criada pela rede, permite aos homens a interconexão – second life;
Os computadores passam a fazer parte de todos os processos;
A sociedade das telas é informacional;
Self media – trocas interpessoais e comunitárias, descentralizadas – cultura de todos para todos;
As relações se tornam individualizadas e personalizadas;
Comunidades virtuais – centros de interesses comuns.
As comunidades virtuais refletem a hipertrofia da individualização;
O individualismo moderno vai além do consumismo, denota expressão, participação, interação...
O uso dos sistemas de acesso à cultura se modifica;
O mundo das telas deslocalizou, dessincronizou, desregulou os espaço-tempo cultural;
As informações chegam desordenadas, sem hierarquias, cabe ao indivíduo se planejar, se projetar e, até mesmo, se educar;
Falta um método de orientação – distância analítica e crítica para compreensão dos sentidos.
Uma cultura das celebridades: 
A universalização do estrelato
Todas as áreas produzem estrelas;
O que ocorre na cultura, espelha-se na sociedade – reforçam-se as desigualdades, o enriquecimento dos célebres e o extremismo do sucesso.
Competição – os bens culturais passam a servir como objetos de competição – as cidades querem ter os melhores monumentos, museus...
Torna-se conhecido – sistema de celebridades;
O que não gera imagens não 
 existe, não é midiatizado.
Neoestrelato
World music – contaminação das culturas musicais, enriquecimento por meio da mestiçagem, cruzamentos e adaptações;
A sociedade do hiperconsumo empenha-se na revitalização de valores e sentidos;
Não existem causas sem a presença de estrelas, nem sem sonorização (show business).
Estrelomania – não decorre apenas do inchaço da sociedade midiática;
A hipervisibilidade das pessoas revela o avanço do imaginário igualitário, o culto do sucesso e dos valores individuais.
Uma cultura people
A arte no mundo
Os artistas contemporâneos visam o estrelismo e o lucro;
A busca deixa de ser pela glória imortal, busca-se a celebridade midiática – redes de promoção internacional;
O valor da obra não está mais no seu esteticismo, mas, sim, no seu preço de mercado;
O sistema artístico em que a arte era um mundo à parte morreu.
O museu era lugar de recolhimento – agora é espaço de recreação (consumo visual e hedonista);
“A cultura-mundo é aquela em que se interpretam as lógicas estéticas e as lógicas do desenvolvimento econômico turístico”;
Os grandes monumentos entram para rotas turísticas, pois são produtos chamarizes – o turista que percorre o mundo com guia cultural na mão tem a sensação de ganho intelectual e artístico.
Novo regime da arte – a massa da vida às atividades comerciais ligadas a arte.
Museus e turismo cultural
As marcas possuem lógica expressionista na sociedade pós-industrial;
Elas não se contentam mais com a implementação de seus logotipos – cercam novos domínios, empurrando os limites do campo de legitimidade;
A marca pretende-se global e cultural – criadora de um universo;
Assim, criar produtos não basta, é preciso criar identidade/estilo de vida;
A logica-moda tornou a marca elemento primordial – objeto de desejo do consumidor.
Um mundo de marcas
A marca como universo estético
A publicidade hipermoderna adotou a fórmula hollywoodiana – espírito do cinema;
Edificação da cultura pela estetização do mundo, estilização dos objetos que o imaginário e a sensibilidade solicitam;
Não se contentam apenas com a mobilização das celebridades – ambicionam o cultural, falam de ética, racismo...
A falsificação assinala o poderio das marcas;
Direito de propriedade intelectual;
As marcas triunfam com a erosão das organizações e das culturas de classe – surgem as identidades tribais.
O convívio com a arte se assemelha a uma atividade turística;
O fútil tem valor cultural – indiferenciação dos gêneros, confusão das hierarquias;
Cultura nobre de massa – “pós-cultura”.
Cultura ou a-cultura?
O desencanto da vida intelectual
A academia prioriza a quantidade à qualidade;
O mundo acadêmico se assemelha ao star-system – dinâmica do desencanto intelectual;
O desejo já não é mais sair de si, e, sim, ser confortado.
Amor pela arte, experiência turísitca
As obras recebem auras que dão lugar a experiências turísticas;
As obras funcionam como objetos de animação – matar o tempo;
A época hipermoderna é marcada pela confusão dos valores – igualação dos comportamentos culturais;
Reconhece-se o gênio das obras, porém não se mergulha nelas.

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