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Desenvolvimento Infantil e Psicomotricidade

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22/03/2017 
1 
Desenvolvimento Infantil 
Prof. Marcelo Grandini Spiller 
Psicomotricidade 
2017.1 
1 
Um olhar sobre os marcos do 
desenvolvimento 
• Não é possível pensar em qualquer avaliação sem ter em 
mente que o que vamos observar é um sujeito em relação 
com o mundo; 
• Para que possamos compreender os dados que colheremos 
na avaliação psicomotora, é necessário o conhecimento do 
desenvolvimento infantil sadio; 
• A primeira avaliação pela qual passa o bebê é chamada de 
APGAR, que investiga o estado geral das funções vitais. Uma 
no primeiro e outra no quinto minuto de vida; 
2 
3 
22/03/2017 
2 
• Além de respirar sozinho, o bebe terá de se alimentar de 
forma completamente diferente da que vinha se alimentando. 
Para isso ele deve apresentar reflexo de sucção acompanhado 
do reflexo de deglutição, ambos presentes desde a vida intra-
uterina; 
• Os bebês prematuros ou com alguma deficiência poderão 
precisar de auxílio especial ou para sugar ou para deglutir; 
• O primeiro grande desafio do bebê recém-nascido é 
acostumar-se com a vida fora do útero. Os desconfortos que 
passa a sentir (fralda suja, cólica, frio ou calor, fome...) são 
traduzidos por um aumento da tensão global, movimentos 
incoordenados, na maioria das vezes acompanhados por 
choro forte. 
• Em contrapartida, quando o bebê está mais relaxado, 
permanece com o tônus relaxado. 
4 
• Qualquer pessoa consegue perceber as diferenças extremas 
desses dois estados tonicamente tão distintos, porém é a mãe 
que consegue ou outra pessoa que materna o bebê que é 
capaz de distinguir um choro de cólica de um choro de sono, 
por exemplo; 
• Ainda não encontramos a presença de movimentos 
intencionais, voluntários, pois durante os três primeiros 
meses de vida seu comportamento será basicamente regido 
por reflexos; 
 
5 
Processo de passagem gradual de um estágio 
inferior a um estágio mais aperfeiçoado. 
 
Espécie Humana DESENVOLVIMENTO = 
mudanças na fisiologia e no comportamento do 
organismo desde a concepção até a morte  
formação, crescimento e maturação dos 
sistemas orgânicos. 
O que é Desenvolvimento? 
22/03/2017 
3 
O que é Desenvolvimento Motor? 
Processo de mudança no comportamento motor que 
está relacionado à idade do indivíduo. 
 
 POSTURA e MOVIMENTOS 
 
 Ao nascimento = totalmente dependente 
 
 1º ano de vida  mudanças notáveis 
maturação do SNC = independência física 
 
 
Características 
genéticas 
 
 
Meio Ambiente 
 
 
Desenvolvimento 
Desenvolvimento Motor 
-Postura fletida intra-útero 
-Imaturidade do SNC 
-Incapacidade de vencer 
a ação da gravidade 
Hipertonia flexora fisiológica 
Postura fletida do neonato 
22/03/2017 
4 
Formação do Encéfalo 
Formação dos sulcos e giros 
 inicia no 5º mês de intra-uterina e continua 
até 2 anos de vida pós natal 
Mielinização 
 Bainha de mielina no SNC  oligodendrócitos  a 
formação inicia no 4° mês de vida intra-uterina e 
continua até o 1° ano de vida pós-natal 
Desenvolvimento do Sistema Nervoso 
Efetividade da 
transmissão 
nervosa 
Maturação do tônus muscular 
Do tônus flexor total para o extensor total 
 vencendo a ação da gravidade que não 
existia intra-útero  meio líquido 
 
 a postura fletida do neonato dá lugar à 
postura estendida na posição ereta 
 
 12 a 14 meses = marcha independente 
22/03/2017 
5 
Desenvolvimento Motor 
 1º ano de vida  mudanças notáveis 
maturação do SNC = independência física 
 
 No neonato e durante o 1º trimestre  pouca 
movimentação ativa, presença de reflexos 
primitivos/arcaicos e ausência de reações posturais 
imaturidade do SN 
tônus muscular 
Os reflexos primitivos são respostas motoras dadas de 
maneira involuntária a estímulos externos e que vão 
desaparecendo gradativamente por volta dos 6 
primeiros meses de vida pós-natal. 
 
Mediados pelas áreas subcorticais já maturadas no 
período pré-natal, sendo involuntários e constituindo 
manifestações primitivas de sobrevivência. 
maturação do SNC e do 
tônus muscular 
Reflexos primitivos/arcaicos ou do 
lactente 
Reflexos primitivos e Controle motor 
A teoria de controle motor baseada em respostas 
reflexas hierarquicamente organizadas e 
desencadeadas por informações sensoriais 
independentes tem cedido lugar a uma visão sistêmica, 
que enfatiza a múltipla organização e interação neural. 
O controle postural emerge da interação entre 
indivíduo, tarefa e ambiente, não podendo ser mais 
visto como simples resposta reativa a um estímulo 
sensorial, mas sim como uma habilidade baseada na 
experiência, intenção e adaptação. 
22/03/2017 
6 
“padrões motores primários” presentes ainda 
período pré-natal que aos poucos vão diminuindo 
Denominados “movimentos pré-funcionais” ou 
no 
e 
dando lugar as reações de retificação, de equilíbrio e 
de proteção. 
Reflexos primitivos ou do lactente 
CONTROLE POSTURAL 
EFICIENTE 
Por que estudar os reflexos primitivos ? 
Identificação precoce de lesões no SNC que levam a: 
- anormalidades no tônus e na postura 
- diminuição, persistência ou exacerbação dos reflexos 
Sinais clínicos indicativos de alterações no DNPM do 
neonato ou lactente  atividade reflexa e as reações 
posturais 
Intervenção terapêutica precoce 
Fazem parte do DNPM constituindo o padrão motor do 
lactente nos primeiros meses de vida 
Reflexos primitivos ou do lactente 
Reflexo de Busca/sucção 
Reflexo de Moro 
Reflexo de Babinsk 
Reflexo de Galant 
Reflexo Tônico cervical assimétrico (RTCA) / esgrimista 
Reflexo Tônico cervical simétrico (RTCS) 
Reflexo Tônico labiríntico (RTL) 
Reflexo de preensão palmar / plantar 
Reflexo de sustentação positiva 
Reflexo de marcha 
22/03/2017 
7 
Reflexos primitivos ou do lactente 
REFLEXO DE BUSCA OU PROCURA (4 PONTOS 
CARDEAIS, VORACIDADE, FUNDAMENTAL) 
 
Estímulo: estimula-se a face ao redor dos lábios do lactente. 
Resposta: o lactente gira a face para o lado do estímulo e abre 
os lábios (sugando o dedo ou objeto) 
Idade normal de resposta: 28 semanas IG a 3-4m 
Interfere com: desenvolvimento motor oral, controle de 
cabeça na linha média, acompanhamento visual e interação 
social 
Reflexos primitivos ou do lactente 
REFLEXO DE SUCÇÃO 
Estímulo : Coloca-se o dedo na boca do lactente. 
Resposta: reage sugando fortemente. 
Idade normal de resposta : 20 semanas de IG a 3 m 
Reflexo de procura e sucção 
22/03/2017 
8 
Reflexos primitivos ou do lactente 
REFLEXO DE MORO 
Estímulo : queda súbita da cabeça em extensão, estímulo 
sonoro forte, puxar coberta sob o lactente. 
Resposta: rápida extensão e abdução dos MMSS (como se 
abrisse os braços para um “abraço”) - 1ª fase – que segue- 
se a flexão e adução dos MMSS - 2ª fase. 
Idade normal de resposta : 28 semanas de IG a 4m. 
Interfere com: reações de equilíbrio em posição sentada, 
reações de proteção em posição sentada, acompanhamento 
visual. 
Reflexos primitivos ou do lactente 
REFLEXO DE MORO 
Reflexos primitivos ou do lactente 
REFLEXO DE BABINSKI 
Estímulo : Deslizar a unha na lateral de um pé do bebê. 
Resposta: Extensão dos dedos do pé estimulado. 
Idade normal de resposta : 28 semanas de IG a 4m. 
22/03/2017 
9 
REFLEXO DE GALANT 
Estímulo: tocar a pele ao lado da coluna vertebral do 
ombro até o quadril. 
Resposta: flexão lateral do pescoço e do tronco para o 
lado do estímulo. 
Idade normal de resposta : 30 semanas de IG a 2m. 
Interfere com: desenvolvimento do equilíbrio na 
posiçãosentada. 
Reflexos primitivos ou do lactente 
REFLEXO DE GALANT 
Reflexos primitivos ou do lactente 
Reflexo de Galant 
22/03/2017 
10 
REFLEXO TÔNICO-CERVICAL ASSIMÉTRICO (RTCA) 
Reflexo do esgrimista 
 
Estímulo: virar a cabeça do lactente para um dos lados 
ou estimular a movimentação com objetos. 
Resposta: extensão dos MMSS e MMII do lado da face e 
flexão dos MMSS e MMII do lado occipital. 
Idade normal de resposta : ao nascimento até 3-4m. 
Interfere com: alimentação, acompanhamento visual, 
uso das mãos na linha mediana, uso bilateral das mãos, 
rolar, desenvolvimento do engatinhar. 
Reflexos primitivos ou do lactente 
REFLEXO TÔNICO-CERVICAL ASSIMÉTRICO (RTCA) 
Reflexo do esgrimista 
Reflexos primitivos ou do lactente 
Reflexos primitivos ou do lactente 
REFLEXO TÔNICO-CERVICAL SIMÉTRICO (RTCS) 
 
Estímulo: posição da cabeça em flexão ou extensão. 
Resposta: cabeça em 
inferiores estendidos; 
flexão – MMSS flexionados e 
cabeça em extensão – MMSS 
estendidos e MMII flexionados. 
Idade normal de resposta : 3-6m. 
Interfere com: atingir e manter postura de 4 apoios, 
engatinhar recíproco, equilíbrio na postura sentada, 
22/03/2017 
11 
REFLEXO TÔNICO-CERVICAL SIMÉTRICO (RTCS) 
Reflexos primitivos ou do lactente 
REFLEXO TÔNICO-LABIRÍNTICO (RTL) 
Estímulo: posição da cabeça em flexão ou extensão em 
decúbito.Considerado patológico. 
Em DD há hiperextensão de cervical, de tronco e MMII 
com RI e adução, os MMSS estão em flexão e as mãos 
fechadas. 
Idade normal de resposta : nascimento aos 6m. 
Interfere com: capacidade de iniciar o rolar, capacidade 
de flexionar o tronco e os quadris para permanecer na 
posição sentada, extensão total do corpo que interfere 
com o equilíbrio na posição sentada ou ortostática. 
Reflexos primitivos ou do lactente 
REFLEXO TÔNICO-LABIRÍNTICO (RTL) 
22/03/2017 
12 
Reflexos primitivos ou do lactente 
REFLEXO DE PREENSÃO PALMAR 
 
Estímulo: desencadeado quando toca-se 
a região palmar do lactente. 
Resposta: reage apertando a mão do 
examinador fortemente, de forma que 
pode até mesmo ser suspenso por ela. 
Idade normal de resposta : do 
nascimento aos 3-4m. 
Interfere com: capacidade de apreender 
e soltar objetos voluntariamente, suporte 
de peso sobre a mão aberta para apoiar- 
se em 4 apoios ou na posição sentada. 
Reflexos primitivos ou do lactente 
REFLEXO DE PREENSÃO PLANTAR 
Estímulo: estimulando-se a superfície 
plantar, na base das articulações 
metatarsofalangeanas 
Resposta: o lactente reage com flexão dos 
dedos e do antepé 
Idade normal de resposta : 28 semanas 
de IG aos 8-9m. 
Interfere com: capacidade de permanecer 
de pé, reações de equilíbrio e transferência 
de peso em ortostatismo. 
Reflexo de Preensão Palmar e Plantar 
22/03/2017 
13 
Reflexos primitivos ou do lactente 
REFLEXO DE SUSTENTAÇÃO POSITIVA 
 
Estímulo: peso colocado sobre o coxim dos pés em posição 
ereta 
Resposta: enrijecimentos dos MMII e do tronco em 
extensão 
 
Idade normal de resposta : 35 semanas de IG aos 2 m. 
Interfere com: posição ortostática e marcha, reações de 
equilíbrio e transferência de peso em ortostatismo 
REFLEXO DE MARCHA 
Estímulo: sustentação da posição ereta em superfície firme, 
sendo inclinado levemente para frente 
Resposta: flexão e extensão recíproca dos MMII 
Idade normal de resposta : 38 semanas de IG aos 2 m. 
Interfere com: posição ortostática e marcha, reações de 
equilíbrio e transferência de peso em ortostatismo 
Reflexos primitivos ou do lactente 
REFLEXOS DE SUSTENTAÇÃO POSITIVA E 
DE MARCHA 
22/03/2017 
14 
Reflexo de Marcha 
Os reflexos gradativamente diminuem dando 
lugar ao surgimento de movimentos voluntários e 
posturais de 
respostas de 
surgem também as reações 
endireitamento e equilíbrio e 
proteção. 
Reações Posturais 
TAREFA INDIVÍDUO, 
E AMBIENTE 
REAÇÃO DE LANDAU 
Segurando-se o lactente em suspensão ventral este 
reage com extensão da cabeça e tronco (4-5 m.), e 
também dos MMII (6-8 m.) 
 
Ausência após os 6 meses  lesão no SNC 
Reações Posturais 
22/03/2017 
15 
Reação de Landau 
REAÇÃO LABIRÍNTICA DE RETIFICAÇÃO 
Reação tônica dos extensores e flexores do pescoço, 
que promove uma retificação da cabeça em relação ao 
corpo. Inicia-se ao nascimento e progride. 
 
É verificada quando seguramos o lactente em 
posição ventral, dorsal (quando puxado para sentado) e 
quando o lactente é inclinado lateralmente em posição 
vertical. 
Reações Posturais 
REAÇÃO LABIRÍNTICA DE RETIFICAÇÃO 
 
O controle da cabeça na posição PRONA inicia- 
se ao nascimento e é mais forte no 3º mês. 
Reações Posturais 
3 meses 
22/03/2017 
16 
REAÇÃO LABIRÍNTICA DE RETIFICAÇÃO 
Em SUPINO, aos 3-4 m., quando o lactente 
segura a cabeça quando “puxado para sentar”, e aos 
5-6 m., levanta a cabeça do apoio para ser puxado 
para sentado 
Reações Posturais 
4 meses 
Reação Labiríntica de Retificação 
REAÇÃO LABIRÍNTICA DE RETIFICAÇÃO 
realiza o os 6 meses 
em relação ao corpo 
Na VERTICAL, após 
endireitamento da cabeça 
quando na posição vertical. 
Reações Posturais 
6 meses 
22/03/2017 
17 
Reações Posturais 
REAÇÃO CERVICAL DE RETIFICAÇÃO 
Com o lactente em 
delicadamente 
DD, 
rodando 
segurando-o 
sua cabeça 
para o lado. 
pelo occipital e 
O restante do corpo move-se 
reflexivamente na mesma posição da cabeça. Presente 
do 4º ao 6º mês. 
REAÇÃO DE ANFÍBIO 
 
Lactente na postura PRONA, essa reação é testada 
levantando-se um lado da cintura pélvica. Como 
resposta, haverá flexão de tronco e do MI ipsilateral 
 
Essa reação permite o desenvolvimento do arrastar e 
do engatinhar, sendo normal a partir do 6º mês. 
Reações Posturais 
Reações Posturais 
RESPOSTAS OU REAÇÕES DE EQUILÍBRIO 
São consideradas ajustes ou respostas posturais a 
fontes extrínsecas que perturbam o equilíbrio (que alteram 
o centro de gravidade do corpo). 
 
Estão presentes em todas as posições: PRONO, 
SUPINO, SENTADO, QUADRÚPEDE E BÍPEDE. 
 
Como testá-las, estimulá-las ou treiná-las? 
Modificando o centro de gravidade ao extremo, até 
os limites da estabilidade. 
22/03/2017 
18 
Reações Posturais 
RESPOSTAS DE EQUILÍBRIO EM DD E DV 
 
É verificada quando o lactente é colocado em DV e a 
é inclinada. O lactente adapta-se à inclinação 
os MMSS e MMII do lado mais alto para se 
superfície 
levantado 
equilibrar. 
4 meses 
Reações Posturais 
RESPOSTAS OU REAÇÕES DE EQUILÍBRIO 
Prono aos 6 meses 
Supino aos 7-8 meses 
Sentada aos 8 meses 
 
Quadrúpede aos 9-10 meses 
 
Bípede aos 13-14 meses 
REAÇÃO DE EXTENSÃO PROTETORA (paraquedas) 
Desencadeada quando, segurando-se o lactente em 
suspensão ventral e abaixando-o de encontro a uma 
superfície/solo; ele responde estendendo os MMSS em direção 
ao solo. 
 
- 6º ou 7º mês para a frente 
- 8º mês para os lados e 
- 10º - 12º mês para trás 
 
Evoluem de acordo com o DNPM em todas as posições 
 PRONO, SUPINO, SENTADO, QUADRÚPEDE E BÍPEDE. 
Reações Posturais 
22/03/2017 
19 
Reações Posturais e Respostas de Proteção 
Reações de Equilíbrio e Proteção 
REFLEXOS DO 
LACTENTE 
-Respostas motoras que fazem parte do DNPM 
ainda na fase pré-natal 
-Desaparecem dando lugar a outros padrões de 
movimento 
-Emergência do controle postural que depende 
do INDIVÍDUO, TAREFA e AMBIENTE 
REAÇÕES 
POSTURAIS 
Respostas que auxiliam o 
desenvolvimentode 
força e de equilíbrio nas 
diferentes posturas = 
CONTROLE POSTURAL 
EFICIENTE 
22/03/2017 
20 
 
Primeira infância  
inclui as maiores 
transformações do SN 
Marcos do 
Desenvolvimento Motor 
• Controle Cefálico 
• Virar e Rolar 
• Sentar 
• Engatinhar 
• Marcha 
Marcos do Desenvolvimento Motor no 
Primeiro Ano de Vida 
- Estes marcos fazem parte do Desenvolvimento Motor 
Grosseiro (Função Motora Ampla) 
 
- Existe uma variação de tempo normal para a completa 
conquista de cada nova capacidade; 
 
- Ritmo individual deve ser respeitado. 
Marcos do Desenvolvimento Motor no 
Primeiro Ano de Vida 
 
Conquistas funcionais 
Idade 
média de 
aquisição 
(meses) 
Variação 
normal 
(meses) 
Mantém a cabeça ereta e firme 0,8 0,7 a 4 
Vira-se da posição lateral para supina 1,8 0,7 a 5 
Senta-se com apoio 2,3 1 a 5 
Vira-se da posição supina para a posição lateral 4,4 2 a 7 
Rola da posição supina para prona 6,4 4 a 10 
Senta-se sem apoio (sozinho e mantém) 6,6 5 a 9 
Primeiros passos com apoio 7,4 5 a 11 
Puxa-se para a posição de pé 8,1 5 a 12 
Anda com auxílio 9,6 7 a 12 
Permanece em pé sozinho 11 9 a 16 
Anda sem apoio 11,7 9 a 17 
Marcos do Desenvolvimento Motor no 
Primeiro Ano de Vida 
22/03/2017 
21 
1º mês 
• Recém-nascido (RN) com membros inferiores e superiores, 
em grande parte do tempo, aduzidos e em flexão com mãos 
cerradas; 
• Postura assimétrica e motricidade descoordenada; 
• Sua coluna possui apenas duas curvaturas (cervicodorsal e 
lombossacral) e seu controle motor é precário; 
• Realiza somente eventuais rotações da cabeça para ambos os 
lados , com esforço; 
• Em prono, tem dificuldade em manter o queixo elevado por 
mais de poucos segundos; 
• Início da conquista da verticalidade, fortalecendo musculatura 
do pescoço e paravertebrais, resultando na possibilidade de 
sustentação da cabeça contra a gravidade, formando, assim, a 
curvatura cervical; 
61 
• Por fim, faz-se necessário lembrar que a relação que se 
estabelece com o outro e o ambiente é o que impulsionará e 
mediará todo o seu desenvolvimento; 
• Diversos aspectos de desenvolvimento se entrelaçam 
formando o que se chama de “organizadores do psiquismo” 
(Spitz apud Ajuriaguerra, 1981), isto é, marcadores dos 
fenômenos do desenvolvimento psíquico. O primeiro 
organizador é o surgimento do sorriso enquanto resposta à 
relação, que é um sinal visível do desenvolvimento do 
aparelho psíquico; 
• Para Spitz, a angústia do 8ºmês refletida no estranhamento 
de não familiares indica o aparecimento do segundo 
organizador, demonstrando uma mudança radical na conduta 
do bebê. 
62 
• Estes dois primeiros marcos pertencem ao campo das 
descargas de impulsos pela ação motora; 
• Já no terceiro organizador a primazia da comunicação vem, 
pouco a pouco, substituir a ação. Esse terceiro organizador 
seria, então, a capacidade de julgamento e negação, expressa 
pela compreensão e domínio do “não” por meio de gestos e 
palavras; 
63 
22/03/2017 
22 
3º mês 
• O bebê já começa a perceber melhor o ambiente ao seu 
redor; 
• Começa a se interessar por diversos estímulos e, 
principalmente, por objetos de cores fortes e vivas, sendo 
capaz de seguir um objeto em deslocamento no espaço e 
procurar uma fonte sonora; 
• Começa a balbuciar, sua capacidade de “comunicação” se 
amplia, uma vez que a mãe traduz e dá significado a estes 
sons característicos do desenvolvimento; 
• Seus ensaios motores do primeiro trimestre e a maturação 
do sistema nervoso proporcionaram a inibição de alguns 
reflexos, a redução do tônus flexor, resultando no 
surgimento dos movimentos voluntários, como por exemplo, 
o controle motor da cabeça e numa simetria corporal, isto é, a 
capacidade de levar as mãos ao centro do corpo. 
64 
• Agora, neste período, pode rolar sobre o seu eixo (ainda em 
bloco), despertando a musculatura do tronco. Reage ao peso 
do pé, porém sem sustentar-se. 
65 
A partir do 4º mês 
• A partir do 4º mês o bebê já dorme menos, sorri mais, 
reconhece a mãe, emite sons guturais e é incomodado pelo 
início do nascimento dos dentes; 
• Em sua postura , permanece pouco em supino, e inicia o rolar 
dissociando as cinturas, tenta alcançar os objetos levando-os 
rapidamente à boca, e sua curvatura cervical se acentua, os 
ensaios motores de rolar levam a uma apropriação e a um 
maior controle da musculatura do tronco; 
• A conquista deste controle vai permitir a manutenção da 
posição sentada (*controle de tronco?) com apoio, e 
posteriormente por volta do 6º mês, a liberação dos MMSS 
nesta mesma posição; 
66 
22/03/2017 
23 
• Quanto à linguagem, podemos observar a presença de 
imitação, por parte do bebê, de sons produzidos pela mãe. Tal 
comportamento está ausente nos bebês surdos devido à falta 
do feedback auditivo; 
• Uma vez conquistado o tronco, acentua-se a coordenação dos 
movimentos de MMII, eles flexionam-se e estendem-se, 
dando início às diversas formas de arrastar, dando ao bebê 
uma possibilidade a mais de deslocamento do corpo no 
espaço; 
• Até aqui segundo Le Boulch (1992), o comportamento da 
criança se organiza sob a forte influência dos estímulos 
sensoriais e o bebê tem na figura da mãe um intermediário 
indispensável para suas experiências emocionais, 
caracterizando o estágio pré-objetal; 
67 
7º e 8º mês 
• Quando sentado , o bebê já é capaz de se proteger de quedas, 
inicialmente para a frente, mais tarde, para os lados, com o 
apoio das mãos; 
• Consegue transferir objetos de uma mão para a outra, 
coordenando melhor sua capacidade oculomotora; 
• No campo percepto-cognitivo, já possui a noção de 
permanência do objeto, que segundo Piaget, é a capacidade 
de considerar a existência de um objeto apesar deste ter sido 
retirado de seu campo visual; 
• Nesta fase a criança pode começar a estranhar pessoas que 
não fazem parte do seu rol familiar, vivenciando o segundo 
organizador de Spitz (1981); 
 
68 
• Os punhos iniciam flexões, bebê já consegue segurar um 
objeto com a participação apenas dos dedos polegar, 
indicador e médio e aprende a soltá-lo e lançá-lo 
voluntariamente; 
• Já será capaz de apontar o que deseja; 
• Mantém a posição sentada e novo padrão de locomoção, o 
engatinhar, proporciona o surgimento e o fortalecimento da 
curvatura lombar (fundamental para a postura em pé); 
• A criança já reconhece sua mãe e lhe atribui um valor de 
desejo e não mais de apenas suprir suas necessidades; 
• A angústia do 8º mês pode provocar uma redução da 
atividade sensório-motora de exploração do meio, pois é 
entre o 9º e o 11º mês que o medo de estranhos atinge seu 
ponto mais crítico; 
69 
22/03/2017 
24 
10º ao 12º mês 
• Os ensaios motores darão força e controle aos MMII 
possibilitando a conquista do agachar, levantar, sem apoio; 
• Com o fortalecimento da lombar, os MMII passam a não só a 
suportar o peso do corpo numa posição mais verticalizada 
como a ter maior coordenação resultando, primeiramente, na 
marcha lateral com apoio e, finalmente, na marcha 
independente, concluindo a evolução cefalocaudal (Coghill, 
1998); 
• Realização de pinça inferior (oposição do polegar e indicador); 
• Manipula objetos com destreza, descobrindo suas 
particularidades, mas a boca ainda é um dos meios preferidos 
pela criança de exploração do mundo; 
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• Já compreende bem a linguagem oral apesar de possuir 
vocabulário muito restrito, sendo capaz de cumprir ordens 
simples. A linguagem implanta o aspecto simbólico colocado 
em cena no 3º organizador de Spitz; 
• Controle de cabeça, rotação de tronco, a aquisição da postura 
sentada, as reações de equilíbrio, as conquistas da marcha, 
aspectos funcionaisdo corpo, só têm sentido quando 
estimulados pela troca afetiva entre o bebê e o outro; 
• Essa troca virá promover a construção da imagem do corpo, 
constituindo o “corpo próprio”; 
• As conquistas da marcha e da linguagem ampliam as 
possibilidades da criança em realizar suas demandas, buscar 
seus desejos e continuar seu processo de exploração do 
espaço, do tempo e, principalmente, das relações com o 
outro. 
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• No que diz respeito ao esquema corporal, Le Boulch (1982) 
nos descreve etapas que levarão a criança á construção de 
uma “imagem do corpo operatório”; 
• Para chegar a ela a criança passa, num primeiro momento, 
pela experiência do “corpo vivido” marcada pelas vivências 
afetivo-sensório-motoras (Muchielli, 1982), experimentadas 
durante os 3 primeiros anos de seu desenvolvimento; 
• Estas vivências são básicas para o equilíbrio entre o 
espontâneo e controlado e o fundamento para a estruturação 
espaço-temporal; 
• Segue-se a esta etapa um período transitório, tanto no que se 
refere à estruturação espaço-temporal quanto no que diz 
respeito à estruturação do esquema corporal; 
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25 
• O período do “corpo percebido” corresponde à organização 
do esquema corporal, isto é, uma estreita relação dos dados 
sensoriais, cuja soma resulta na fusão da imagem visual e 
cinestésica do corpo; 
• A fase do “corpo representado” corresponde, para Le Boulch 
(1982), ao ingresso no ensino fundamental. 
• Ao final do primeiro segmento do ensino fundamental, por 
volta dos 12 anos, a criança seria capaz de dispor de uma 
“imagem do corpo operatório”, a partir da qual teria 
condições e disponibilidade de exercer sua ação sobre o 
mundo, domínio sobre seu próprio corpo e suas produções 
motoras. 
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FIM 
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