AULA 04 DIMENSÕES DE BACIAS E CANAIS PORTUARIOS

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PORTOS 01
DIMENSÕES DE BACIAS E CANAIS PORTUARIOS
AULA 04
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CANAIS DE ACESSO
ASPECTOS RELACIONADOS À PROFUNDIDADE DE CANAIS DE ACESSO PORTUÁRIO
	O VALOR DA PROFUNDIDADE REQUERIDA PELA EMBARCAÇÃO TIPO NO CANAL DE ACESSO PORTUÁRIO PODE SER CONSIDERADO, CONFORME MÉTODO DETERMINÍSTICO, COMO UMA SOMATÓRIA QUE INCLUI ASPECTOS RELACIONADOS À MARÉ LOCAL, BEM COMO EFEITOS DE ONDA, SQUAT (AFUNDAMENTO DINÂMICO PARALELO ACRESCIDO AO TRIM, QUE É O AFUNDAMENTO DA POPA), CALADO ESTÁTICO DA EMBARCAÇÃO TIPO E QUE NO PRESENTE CASO SERÁ CONSIDERADO AQUELE EXTREMO, OU SEJA, O VALOR DE CALADO EM CONDIÇÕES DE PLENO CARREGAMENTO, ALÉM DA VARIAÇÃO DA DENSIDADE DA ÁGUA E EVENTUAIS MARGENS DE SEGURANÇA ENVOLVENDO ESTES MESMOS ITENS. A REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DESTE PROCESSO ESTÁ SINTETIZADA NA FIG. 1.
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	EM RELAÇÃO A ESTES ASPECTOS, ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SE FAZEM NECESSÁRIAS, A SABER:
MARÉ 
	A INFLUÊNCIA DESTE FATOR É NOTÓRIA, UMA VEZ QUE DETERMINA A SITUAÇÃO CRÍTICA SOB A QUAL SE DARÁ A OBTENÇÃO DA PROFUNDIDADE REQUERIDA PELA EMBARCAÇÃO. NESTE CASO, TOMAR-SE-Á COMO VALOR CARACTERÍSTICO AQUELE CORRESPONDENTE À MENOR BAIXA-MAR, INCLUINDO EFEITO METEOROLÓGICO, POIS SE APRESENTA COMO A SITUAÇÃO MAIS DESFAVORÁVEL, OU SEJA, MÁXIMA DIMINUIÇÃO DA PROFUNDIDADE DISPONÍVEL.
TOLERÂNCIA PARA INCERTEZAS DO NÍVEL D´ÁGUA
VARIAÇÃO DE MARÉ DURANTE A TRAVESSIA DO CANAL 
CALADO ESTÁTICO DA EMBARCAÇÃO TIPO
VARIAÇÃO DE DENSIDADE
	LEVA EM CONTA EVENTUAIS VARIAÇÕES DA DENSIDADE DE ÁGUA, UMA VEZ QUE O AFUNDAMENTO AUMENTA COM ÁGUA DE MENOR DENSIDADE.
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Figura 1- Discretização das parcelas constituintes do cálculo da profundidade requerida de navegação para canal de acesso
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SQUAT
APESAR DE EXISTIREM INÚMERAS FORMULAÇÕES TEÓRICAS E EMPÍRICAS SOBRE A DETERMINAÇÃO DO AFUNDAMENTO SQUAT (AFUNDAMENTO PARALELO + TRIM), APRESENTA-SE AQUELA RECOMENDADA PELA PIANC (TODAS AS GRANDEZAS REPRESENTADAS EM UNIDADES DO SISTEMA INTERNACIONAL).
 
Squat(m) = 2,4 x x Fr2
 Lpp2 √(1 – Fr2) 
SENDO:
= CB x Lpp x B x T : Descolamento
Lpp: COMPRIMENTO DA EMBARCAÇÃO ENTRE PERPENDICULARES (FIG.10)
B: BOCA (FIG.10)
T: CALADO ESTÁTICO
CB: COEFICIENTE DE BLOCO (TABELA 11.1)
DESLOCAMENTO (TABELA 11.1)
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Fr = V 
 √g x h 
ONDE:
V: VELOCIDADE DA EMBARCAÇÃO
h: PROFUNDIDADE DO CANAL
g: ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE LOCAL
 
Figura 2 - EFEITO DAS ONDAS NAS EMBARCAÇÕES
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ONDAS
	É SABIDO QUE OS EFEITOS QUE UMA ONDA CAUSAM NUMA DADA EMBARCAÇÃO NO QUE TANGE AO SEU MOVIMENTO VERTICAL DEPENDEM DE MUITOS FATORES, DENTRE OS QUAIS CITAM-SE O COMPRIMENTO E VELOCIDADE DA EMBARCAÇÃO, BEM COMO PARÂMETROS CARACTERÍSTICOS DA ONDA (ALTURA, PERÍODO E DIREÇÃO). 
	CONFORME MOSTRADO NA FIG. 2, O MAIOR EFEITO DAS ONDAS SOBRE A EMBARCAÇÃO OCORRE QUANDO O SEU COMPRIMENTO É MUITO MENOR DO QUE O COMPRIMENTO DA ONDA, SITUAÇÃO EM QUE PODE-SE CONSIDERAR UM ACRÉSCIMO DE PROFUNDIDADE DE METADE DA ALTURA DA ONDA, QUANDO A EMBARCAÇÃO ENCONTRA-SE NO CAVADO DA MESMA.
FOLGA LÍQUIDA SOB A QUILHA
	NA PRÁTICA MARÍTIMA ADOTA-SE O VALOR DE 2 PÉS = 0,60m COMO MARGEM DE SEGURANÇA DE FOLGA LÍQUIDA SOB A QUILHA (PÉ DO PILOTO).
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 TOLERÂNCIAS PARA INCERTEZAS DO LEITO (SEDIMENTAÇÃO E DRAGAGEM), ALTERAÇÕES DO LEITO ENTRE DRAGAGENS E NA EXECUÇÃO DA DRAGAGEM.
 PARA CANAIS E BACIAS ABRIGADOS DAS ONDAS É PRÁTICA COMUM ESTABELECER UM MÍNIMO DE 1,10 PARA A RELAÇÃO PROFUNDIDADE/CALADO, O QUE É ADOTADO EM MUITAS ÁREAS PORTUÁRIAS.
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ASPECTO RELACIONADOS À LARGURA DE CANAIS DE ACESSO PORTUÁRIOS
FUNDAMENTOS
	NA FIG. 3 ESTÁ APRESENTADO O ESQUEMA BÁSICO DOS ELEMENTOS DE UM CANAL DE ACESSO PORTUÁRIO DIMENSIONADO PARA UMA EMBARCAÇÃO TIPO, CONSISTINDO DO CANAL PROPRIAMENTE DITO E DA FAIXA BALIZADA SINALIZADA.
Figura 3 - ELEMENTOS DO CANAL DE ACESSO.
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OS CANAIS DE ACESSO PORTUÁRIOS PODEM SER SUBDIVIDIDOS EM EXTERNOS, EXPOSTOS À AÇÃO DA AGITAÇÃO ONDULATÓRIA, E INTERNOS, ABRIGADOS DAS ONDAS.
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		A PARCELA DA LARGURA DE UM CANAL DE ACESSO REFERENTE À MANOBRABILIDADE INERENTE DA EMBARCAÇÃO ESTÁ APRESENTADA NA FIG. 11.4.
		VÁRIOS FATORES AMBIENTAIS AGREGAM-SE NA DEFINIÇÃO DA LARGURA DE UM CANAL DE ACESSO, SENDO QUE NA FIG. 11.5 PODE-SE OBSERVAR, COMO EXEMPLO, O EFEITO DE FORTE VENTO CRUZADO NA MANOBRA.
		EM CANAIS DE MÃO DUPLA DEVE-SE CONSIDERAR UMA LARGURA ADICIONAL ENTRE AS FAIXAS DE MANOBRA, QUE LEVA EM CONTA A REDUÇÃO DA INTERAÇÃO HIDRODINÂMICA NAVIO-NAVIO (VER FIG. 11.6).
		OUTRA MARGEM DE SEGURANÇA ADICIONAL A CONSIDERAR NA LARGURA DE UM CANAL DE ACESSO SÃO AS FOLGAS COM AS MARGENS (VER FIG. 7).
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Figura 7 - MARGEM DE SEGURANÇA DEVIDO À PROXIMIDADE DAS MARGENS
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NA FIGURA ACIMA ESTÃO APRESENTADOS DE UM MODO GERAL, OS ELEMENTOS DA LARGURA DE UM CANAL DE ACESSO DE MÃO DUPLA, SENDO QUE PODEM SER DISCRETIZADOS 13 FATORES QUE COMPÕEM A LARGURA REQUERIDA (VER FIGURA A SEGUIR)‏
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AS DIMENSÕES CARACTERÍSTICAS DA EMBARCAÇÃO TIPO ESTÃO APRESENTADAS NA FIG. 10, SENDO QUE NA TAB. 11.1 SÃO FORNECIDAS DIMENSÕES TÍPICAS DE EMBARCAÇÕES MARÍTIMAS
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FIGURA 10 - DIMENSÕES CARACTERÍSTICAS DOS NAVIOS
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		TANTOS NOS CANAIS DE ACESSO, QUANTO NAS BACIAS PORTUÁRIAS, É RECOMENDÁVEL A ASSISTÊNCIA DE REBOCADORES DE ACORDO COM O PORTE BRUTO DA EMBARCAÇÃO.
-PARA PORTES BRUTOS ATÉ 60.000 tpb: 2 REBOCADORES
-PARA PORTES BRUTOS ENTRE 60.000 E 120.000 tpb: 3 REBOCADORES
-PARA PORTES BRUTOS ENTRE120.000 E 170.000 tpb:4 REBOCADORES
-PARA PORTES BRUTOS ENTRE170.000 E 220.000 tpb:5 REBOCADORES
-ACIMA DE 220.000 tpb: 6 REBOCADORES COM POTÊNCIAS
 CRESCENTES COM O PORTE
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METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DA LARGURA DE CANAIS DE ACESSO PORTUÁRIOS
	A METODOLOGIA DETERMINÍSTICA UTILIZADA, RECOMENDADA PELA PIANC (1997), ESTÁ ILUSTRADA NAS TABS. 11.2 A 11.12 E NAS FIGS. 11.11 E 11.12. NOS TRECHOS EM CURVA DEVE-SE VERIFICAR O RAIO MÍNIMO DA CURVA REQUERIDO (VER FIG. 11.11), BEM COMO A SOBRELARGURA REQUERIDA (VER FIG. 11.12).
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BACIAS PORTUÁRIAS
BACIAS DE EVOLUÇÃO
	A LOCALIZAÇÃO DE UMA BACIA DE EVOLUÇÃO PARA AS MANOBRAS DE ATRACAÇÃO E DESATRACAÇÃO DEVE ESTAR PROTEGIDA DE ONDAS, FORTES CORRENTES E VENTOS, BEM COMO LIVRE DE PASSAGEM DE DUTOS E CABOS SUBMARINOS, E OUTRAS OBSTRUÇÕES.
	A DIMENSÃO DA BACIA DE EVOLUÇÃO É FUNÇÃO DO COMPRIMENTO E MANOBRABILIDADE DA EMBARCAÇÃO TIPO, BEM COMO DO TEMPO DISPONÍVEL PARA EFETUAR A MANOBRA (SE O TEMPO PERMITIDO FOR REDUZIDO O DIÂMETRO DA BACIA DE EVOLUÇÃO AUMENTA). A PROFUNDIDADE É CALCULADA DE FORMA SEMELHANTE AOS CANAIS DE ACESSO, DESCONSIDERANDO OS ITENS LIGADOS AO MOVIMENTO DA EMBARCAÇÃO, SENDO A FOLGA SOB A QUILHA DE NO MÍNIMO 1,00m VALOR ADOTADO TAMBÉM PARA OS BERÇOS DE ATRACAÇÃO, PARA EVITAR QUE A EMBARCAÇÃO ASSENTE NO FUNDO
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	A DIMENSÃO ÓTIMA DE UMA BACIA DE EVOLUÇÃO CONSISTE NUMA ÁREA CIRCULAR CUJO DIÂMETRO É 4 VEZES O COMPRIMENTO DA EMBARCAÇÃO TIPO. UMA DIMENSÃO INTERMEDIÁRIA, QUE OFERECE MAIOR DIFICULDADE DE GIRO, CORRESPONDE A 2 VEZES O COMPRIMENTO DA EMBARCAÇÃO TIPO, TOMANDO MAIS TEMPO DE MANOBRA E UTILIZANDO, ALÉM DOS RECURSOS DE MÁQUINA E LEME DA EMBARCAÇÃO, A ASSISTÊNCIA DE REBOCADORES.
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BACIAS DE ESPERA
	UMA EMBARCAÇÃO FUNDEADA NUMA ÚNICA ÂNCORA NECESSITA DISPOR DE UM CÍRCULO DE RAIO IGUAL A 5 VEZES A PROFUNDIDADE LOCAL EM PREAMARES DE SIZÍGIA ACRESCIDO DO COMPRIMENTO DO NAVIO E UMA FOLGA PARA EVENTUAL MOVIMENTAÇÃO DA ÂNCORA (DA ORDEM DE 5M). JÁ UMA EMBARCAÇÃO QUE DISPONHA NO FUNDEIO DE UMA ÂNCORA À VANTE E OUTRA À RÉ OCUPA UM CÍRCULO DA ORDEM DE 1,5 VEZES O SEU COMPRIMENTO, SENDO O CÍRCULO NECESSÁRIO PARA MANTER A EMBARCAÇÃO AFILADA COM AS CORRENTES E O VENTO. A PROFUNDIDADE É CALCULADA DE FORMA SEMELHANTE AOS CANAIS DE ACESSO, DESCONSIDERANDO OS ITENS LIGADOS AO MOVIMENTO DAEMBARCAÇÃO.