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EA D 4 Projetos de Produtos e Serviços 1. OBJETIVOS • Conceituar produtos e serviços. • Identificar e compreender fatores relacionados ao desen- volvimento de novos produtos e serviços. • Conhecer e explicar as fases de desenvolvimento de um projeto de produto. • Identificar e compreender o projeto de processos e os ti- pos de processos produtivos. • Apresentar os diagramas de fluxo. • Compreender ferramentas de melhoria de projetos. 2. CONTEÚDOS • Geração de um conceito. • Desenvolvimento de novos produtos e serviços. © Administração de Produção I104 • Projeto de processos. • Diagrama de fluxo. • Melhoria de projeto. 3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que você leia as orientações a seguir: 1) Caso você já trabalhe com desenvolvimento de produtos ou tenha interesse em se aprofundar no tema, sugeri- mos um livro bastante usado em empresas, escrito por um autor brasileiro, com conteúdo alinhado ao Project Management Book of Knowledge (PMBOK), ou Guia do Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Pro- jetos: ROZENFELD, H. et al. Gestão de desenvolvimento de produtos. São Paulo: Saraiva, 2005. 2) Visite o site disponível em: <http://www.qfdi.org>. Aces- so em: 29 jul. 2011, e pesquise a ferramenta Quality Function Deployment (QFD), que iremos abordar nesta unidade. 3) Para ampliar seus conhecimentos, leia, também, uma entrevista concedida por Klaus de Geus (disponível em: <http://musaeditora.com.br/entrevistas/entrevista- -com-klaus-de-geus-o-que-e-pd-criativo/>. Acesso em: 29 jul. 2011), professor e autor do livro Mentes Criativas, Projetos Inovadores, no qual ele afirma que o incentivo aos projetos de P&D é o melhor caminho para os desa- fios empresariais no século 21, que demandam cada vez mais inovação. 4) Nesta unidade, citaremos exemplos de empresas que são flexíveis quanto à forma com a qual seus funcio- nários executam seu trabalho, como aquelas que têm ambientes aconchegantes e coloridos por acreditarem que fatores como esse estimulam a criatividade. Para conhecer mais sobre elas, assista ao vídeo disponível em: <http://super.abril.com.br/videos/conteudo_vide- os_251028.shtml>. Acesso em: 27 jul. 2011. Claretiano - Centro Universitário 105© Projetos de Produtos e Serviços 4. INTRODUÇÃO À UNIDADE Quando os clientes procuram uma empresa, eles têm por objetivo adquirir produtos ou serviços, e, para atender às necessi- dades e às expectativas desses consumidores, as empresas devem oferecer produtos e serviços de alta qualidade, que sejam moder- nos, práticos, com preços justos e vários outros requisitos, com a principal função de oferecer satisfação ao cliente na utilização do produto ou serviço. Nesta unidade, estudaremos vários aspectos relacionados ao desenvolvimento de produtos e serviços – entre eles, as etapas do projeto de produto e o ciclo de vida do produto. Veremos, também, quais são os tipos de processos existen- tes que servirão para a fabricação dos produtos ou oferecimento dos serviços. Para cada situação, você conhecerá importantes técnicas que auxiliam na gestão de projetos de produtos e serviços, como a casa da qualidade (QFD), o diagrama de fluxo e o Método de Taguchi. Bons estudos! 5. GERAÇÃO DE UM CONCEITO Slack, Chambers e Johnston (2009) afirmam que os gerentes de produção nem sempre têm a responsabilidade direta pelo pro- jeto do produto ou serviço, mas sempre têm uma responsabilida- de indireta de fornecer as informações e recomendações das quais depende o sucesso do desenvolvimento do produto ou serviço. Podemos considerar que todos os produtos ou serviços pos- suem três aspectos: • Um conceito, que é o conjunto de benefícios esperados. • Um pacote de produtos e serviços, que são os "compo- nentes" que proporcionam os benefícios esperados no conceito. Um processo pelo qual a operação produz o pacote de produtos e serviços "componentes". © Administração de Produção I106 Geralmente, quando os consumidores fazem compras, não estão simplesmente comprando um produto ou um serviço; eles es- tão comprando bem mais que isso. Estão comprando um conjunto de benefícios que atendam às suas expectativas e necessidades. Por exemplo, ao comprar um aparelho celular, o consumi- dor está comprando, também, um conjunto de benefícios que esse produto pode proporcionar, como: ser eficiente, ter uma boa apa- rência, tirar fotos, enviar mensagens via internet, gravar voz, trans- mitir estações de rádio, entre outras funções. As ideias para conceitos de novos produtos ou serviços po- dem vir de fontes externas (consumidores e concorrentes) e fontes internas (pessoal de vendas, pessoal da linha de frente ou do de- partamento de Pesquisa e Desenvolvimento). A principal função do departamento de Marketing é estar sempre atento ao mercado consumidor para identificar a possibili- dade de projetar novos produtos ou serviços. Atualmente, muitas são as ferramentas de pesquisa de merca- do, e identificar técnicas adequadas é importante, pois não se deve pesquisar aleatoriamente, sem um propósito predeterminado. A sequência de operações ou fases do desenvolvimento de um produto pode ser descrita pelas seguintes etapas (CORRÊA; CORRÊA, 2004, p. 322): • Desenvolvimento do conceito: arquitetura do produto, projeto conceitual, mercado-alvo. • Planejamento do produto: construção do mercado, teste em es- cala pequena, investimento. • Engenharia do produto/processo: projeto detalhado do produto e processo, construção e teste de protótipos. • Produção piloto/crescimento: teste de produção, início da fabri- cação. Essas etapas constituem as fases típicas do desenvolvimento de um produto ou serviço. Claretiano - Centro Universitário 107© Projetos de Produtos e Serviços Quality Function Deployment (QFD) Uma técnica bastante utilizada na identificação das necessidades dos consumidores é a Quality Function Deployment, ou "desdobramento da qualidade", que é mais conhecida somente por sua sigla QFD. O método foi desenvolvido por Yoji Akao, no final dos anos 1960, com a finalidade de “[...] sistematizar e facilitar a tradução das necessidades do cliente em características do produto" (MAXIMIANO, 1997, p. 52). O conceito elucidado pelo Instituto QFD é: QFD é um sistema de qualidade compreensível que sistematicamente conecta as necessidades do consumidor com as várias funções de negócio e processos organizacionais, como marketing, design, qualidade, produção, manufatura, vendas etc., alinhando toda a empresa na busca de um objetivo comum (INSTITUTO QFD, 2011). O Método QFD é utilizado não só para auxiliar no processo de desenvolvimento de produto, como também no planejamento da qualidade. O resultado final do QFD é a matriz da qualidade, ou casa da qualidade. Na Figura 1, ilustramos o modelo geral da casa da qualidade e seus conteúdos. Figura 1 Modelo geral da casa da qualidade. © Administração de Produção I108 As etapas para o desenvolvimento da casa da qualidade são descritas na Tabela 1, utilizando-se o exemplo de um sapato feminino de salto alto. Tabela 1 Etapas para a construção da casa da qualidade. ETAPAS 1 Identificar desejos do consumidor Captar, por meio de pesquisas de mercado, survey, brainstorming, as reclamações, exigências, elogios e sugestões dos consumidores que farão o produto ser superior no mercado. Sapato que não machuque o pé e salto que não quebre 2 Traduzir desejos do consumidor em requisitos Eliminar desejos redundantes, agrupar e hierarquizar os requisitos. Solado macio Salto resistente 3 4 Definir prioridades do consumidor Definir prioridade interna Pedir aos consumidores que atribuam valores aos requisitos apontados, como, por exemplo, numa escala de 0 (baixo valor)a 10 (alto valor). Solado macio – peso 8 Salto resistente – peso 5 5 Fazer benchmarking Pedir aos consumidores que comparem e avaliem os produtos dos concorrentes, para se ter uma ideia de como está a oferta dos concorrentes dos requisitos identificados. Solado macio – Concorrente X: peso 7; Concorrente Y: peso 9 Salto resistente – Concorrente X: peso 3; Concorrente Y: peso 5 6 Definir plano de qualidade Identificar quais pontos deverão ser melhorados, qual será o plano, as melhorias e os índices a serem focados. Solado macio Salto resistente Claretiano - Centro Universitário 109© Projetos de Produtos e Serviços ETAPAS 7 Traduzir requisitos em características da qualidade Transformar os requisitos do cliente em características técnicas do produto. Solado macio – Material do solado com constante de elasticidade igual a 200KN/m Salto resistente – Material do salto resistente à flexão (mínimo de 35.000 flexões) 8 Correlação entre requisitos e características da qualidade Fazer a correlação, usando, por exemplo, a notação “correlação forte”, “moderada” ou “fraca”. Solado macio X Material do solado com constante de elasticidade igual a 200KN/m: Correlação FORTE Solado macio X Material do salto resistente à flexão (mínimo de 35.000 flexões): Correlação FRACA Salto resistente X Material do solado com constante de elasticidade igual a 200KN/m: Correlação FRACA Salto resistente X Material do salto resistente à flexão (mínimo de 35.000 flexões): Correlação FORTE 9 Priorizar características da qualidade Pontuar as correlações, ou seja, dar pesos à notação utilizada, e, com isso, identificar os requisitos com maior peso, maior valor. Material do solado com constante de elasticidade igual a 200KN/m – PESO 8 Material do salto resistente à flexão (mínimo de 35.000 flexões) – PESO 5 10 Próxima casa da qualidade... Cada etapa exibida na Tabela 1 possui seu lugar específico na matriz da qualidade da Figura 1, em que o cruzamento e a relação entre as informações são visualizados de forma mais clara e útil. Citamos apenas dois exemplos de requisitos do cliente (so- lado macio e salto resistente) para ilustrar as etapas do desenvol- vimento da casa da qualidade, porém diversos requisitos podem surgir, e, para cada um deles, é possível a elaboração de mais de uma característica técnica. Olhando novamente a Figura 1, ressaltamos que os requisi- tos dos clientes alocados nas linhas principais da matriz da quali- © Administração de Produção I110 dade representam o que a organização deve alcançar, e as colunas que possuem as características técnicas da qualidade mostram como atender a esses requisitos. Assim, podemos entender o porquê de a última etapa da construção da casa da qualidade, apontada na Tabela 1, ser a cons- trução da próxima casa da qualidade. O conjunto de características de "como" fazer uma matriz da qualidade pode ser transformado no conjunto de requisitos de “o que” fazer em outra casa da qua- lidade. Esse modelo que expande a casa da qualidade é conhecido como “QFD estendida”, ou “das quatro fases”, pois os requisitos do consumidor transformam-se nas características técnicas da quali- dade, que, por sua vez, se convertem nas características dos com- ponentes, modificadas em características do processo, sendo es- tas transformadas nas características das atividades de produção (CORRÊA; CORRÊA, 2004; SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2009). Cada organização possui autonomia para identificar como fazer a matriz da qualidade, quais departamentos estarão envolvi- dos e quantas matrizes da qualidade serão necessárias. No entan- to, a equipe envolvida não deve se prender ao formalismo rigoroso da ferramenta, a fim de que isso não desmotive seu uso ou de que seu objetivo não seja atingido. Ciclo de vida do produto Ao se desenvolver um produto ou serviço, é importante ter em mente que a maioria dos produtos possui um ciclo de vida. As- sim, os produtos, quando criados, passam por estágios diferencia- dos. O conhecimento desses estágios auxilia na alocação de recur- sos, na formulação de estratégias e na identificação dos processos necessários para a produção desses produtos. O ciclo de vida do produto mais utilizado é o demonstrado na Figura 2. Claretiano - Centro Universitário 111© Projetos de Produtos e Serviços Fonte: adaptado de Corrêa e Corrêa (2004, p. 331). Figura 2 Ciclo de vida do produto. A Figura 2 permite uma análise dos estágios do ciclo de vida do produto em uma escala temporal e em função do volume de vendas. Vejamos com mais detalhes cada estágio, conforme os au- tores Corrêa e Corrêa (2004): 1) Introdução: fase inicial na qual o volume de vendas ain- da é baixo e, consequentemente, os lucros também. Isso ocorre porque altos investimentos foram feitos para lan- çar o produto no mercado. Nessa fase, o projeto do pro- duto ainda sofre algumas modificações. 2) Crescimento: se o produto for bem aceito, inicia-se um estágio de altas vendas e, com isso, altos lucros. 3) Maturidade: o volume de vendas estabelece-se, pois a maior parte dos clientes já aceitou o produto, e, tam- bém, os produtos dos concorrentes começam a surgir com características parecidas às do produto novo. 4) Declínio: fase em que o volume de vendas começa a cair, e, assim, novas modificações no produto começam a ser analisadas. © Administração de Produção I112 6. DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS E SERVIÇOS De acordo com Gaither & Frazier (2001), novas ideias de pro- dutos e serviços podem vir de muitas fontes, como clientes; ge- rentes; departamento de Marketing, de produção, de engenharia. No entanto, as grandes corporações normalmente possuem um departamento específico de Pesquisa e Desenvolvimento. Nesse departamento, trabalham profissionais de diversas áreas, responsáveis por desenvolver novos produtos, fazer altera- ções em produtos já no mercado ou, ainda, criar acessórios extras aos produtos existentes. Existem diversas maneiras de estimular os profissionais de P&D. Algumas empresas, como a Microsoft, permitem que seus funcionários trabalhem em casa. Outras, como a Google, possuem, em suas empresas, ambientes aconchegantes, coloridos, confortá- veis e com entretenimento, pois acreditam que esses fatores esti- mulem a criatividade. Assim que é reconhecida a oportunidade de um novo produ- to, uma sequência de operações é desencadeada, como especifi- cado a seguir: 1) Estudos da viabilidade técnica e econômica: esses estu- dos determinam os recursos financeiros e os processos técnicos necessários para o desenvolvimento do projeto; 2) Projeto do protótipo inicial: o protótipo consiste numa "prévia" do produto final, com suas características físicas e mecânicas, a fim de exibir sua funcionalidade; 3) Testes de desempenho do projeto protótipo: testes de desempenho são realizados no protótipo até que se ob- tenha um desempenho satisfatório; 4) Percepção e avaliação do mercado: testes com clientes em potenciais e também testes de mercado para avaliar a reação do mercado diante do novo produto/serviço; Claretiano - Centro Universitário 113© Projetos de Produtos e Serviços 5) Avaliação econômica do projeto do protótipo: avaliação do volume de produção, dos custos e dos lucros, para que o projeto entre posteriormente na fase seguinte de produção. Função dos crivos Os crivos são parâmetros de elaboração de um projeto. Uma empresa organizada possui esses "parâmetros" quantificados e discriminados, permitindo que o projeto seja assessorado por da- dos confiáveis, o que fará que o projeto tenha sucesso e possa ser desenvolvido. Existem vários crivos para a elaboração de um produto ou serviço. Por exemplo: • Crivo de marketing: o departamento de Marketing deve se preocupar com a eliminação de conceitosque não se- rão aceitos no mercado; • Crivo da função produção: a produção deve analisar seus recursos e verificar sua capacidade de produção, a mão de obra e a tecnologia necessárias; • Crivo financeiro: o departamento financeiro deve anal- isar a necessidade de capital e investimento, as margens de lucro, os custos operacionais e a taxa de retorno. 7. PROJETO DE PROCESSOS Há um processo simultâneo entre os projetos de produtos ou serviços e os projetos de processo. Nas unidades anteriores, já foram dadas as definições de “processo” e de “projeto”. De forma geral, podemos afirmar que o projeto de processos produtivos é a atividade de decidir como fabricar os produtos ou prestar os serviços. © Administração de Produção I114 No projeto de processos, descrevemos e especificamos pro- cessos específicos a serem utilizados na produção. O tipo de pro- cesso de produção a ser escolhido deverá ser o determinado pelas diretrizes das estratégias de operações e pelas características do produto a ser fabricado. Tipos de processos produtivos As operações produtivas (ou processos de produção) são bastante similares entre si, ou seja, obedecem ao modelo entrada- -transformação-saída que vimos na Unidade 1. No entanto, algu- mas características importantes fazem que elas sejam diferentes: 1) Volume dos recursos de saída. 2) Variedade dos recursos de saída. 3) Variação da demanda dos recursos de saída. 4) Visibilidade dos consumidores em relação ao processo de produção. Entre os aspectos citados, o volume e a variedade normal- mente são dependentes entre si e são os fatores que diferenciam os tipos de processos (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2009). Uma produção pode ter tanto um alto volume de produtos e serviços (refrigerantes, fios elétricos, parafusos, enlatados) como um baixo volume (consultorias, aviões, construção civil). Em con- trapartida, a produção pode possuir alta variedade de recursos de saída (projetos de arquitetura, máquinas, alimentos) ou baixa va- riedade (eletrodomésticos, brinquedos, energia elétrica). Podemos dizer que fabricar em grande quantidade normal- mente está associado a uma baixa variedade dos produtos ou ser- viços, da mesma forma que produzir poucas quantidades permite uma maior variabilidade nos recursos de saída. Assim, existe um continuum volume-variedade nas operações produtivas, e esse continuum permite a identificação dos diferentes tipos de processos de uma organização. Vejamos a Figura 3. Claretiano - Centro Universitário 115© Projetos de Produtos e Serviços VARIEDADE PROJETO JOBBING LOTES OU BATELADAS EM MASSA CONTÍNUO VOLUME + - - + Fonte: Slack, Chambers e Johnston (2009, p. 93). Figura 3 Tipos de processos no continuum volume-variedade. Processos de projeto Volume baixo, variedade alta. Os processos de projeto lidam com produtos altamente customizados, frequentemente com lon- go período de produção, roteiros de fabricação diferenciados e re- cursos especializados. Exemplos: construção de navios, instalação de sistemas de máquinas e computadores, grandes operações. Processos de jobbing Volume baixo, variedade alta. Os processos de jobbing, ou por tarefas, lidam com pequenos lotes de vários produtos com va- riados roteiros de fabricação. Apesar de diferentes, os produtos utilizam os mesmos recursos e são fisicamente menores que os produtos dos processos de projeto. Exemplos: móveis sob enco- menda, gráficas (impressão de documentos customizados), fabri- cação de máquinas. Processos de lotes Ampla faixa de volume e variedade. Os processos de lotes, ou bateladas, lidam com produtos similares em lotes repetitivos. © Administração de Produção I116 Parecido com o processo de jobbing, possui, porém, volume maior. Um mesmo equipamento é preparado e usado no lote inteiro. Exemplos: indústria química, de calçados, de embalagens, alguns alimentos, peças para conjunto, fabricação de roupas. Processos em massa Volume alto, variedade baixa. Os processos em massa ca- racterizam-se por atividades repetitivas e previsíveis, nas quais os produtos (em unidades) passam pelo mesmo processo básico de produção. Exemplos: linhas de montagem de automóveis, de ele- trodomésticos, brinquedos, alimentos, televisores. Processos contínuos Volume muito alto, variedade muito baixa. Os processos contínuos exigem pouca habilidade do operador – pois, normal- mente, usa-se apenas uma máquina no processo – e possuem bai- xo nível de estoque. Os produtos passam pelo processo em fluxo ininterrupto, podendo o processo durar muito tempo. Exemplos: petróleo, açúcar, siderurgia, papel, cervejaria. O conhecimento dos tipos de processos de produção dos produtos de uma organização auxilia na escolha do arranjo físico do chão de fábrica, que veremos adiante, em Administração de Produção II. Seguindo a mesma lógica dos processos de produtos, ou seja, usando o continuum volume-variedade, podemos identificar, também, os tipos de processos de serviço. Vejamos a seguir. Serviços profissionais Variedade muito alta, volume baixo. Os serviços profissio- nais atendem clientes altamente customizados, com necessidades individuais. A ênfase do serviço está no processo (como), e não no produto (o que), e é muito importante o contato com o cliente. Exemplos: advogados, cirurgiões, alguns salões de beleza, arqui- tetos. Claretiano - Centro Universitário 117© Projetos de Produtos e Serviços Lojas de serviço Variedade e volume intermediários. Tanto o processo como o produto são relativamente customizados. Exemplos: bancos, lo- jas, restaurantes, hotéis, hospitais, academias. Serviços de massa Variedade baixa, volume alto. Os serviços possuem tempos limitados de atendimento e baixa customização. O contato com o cliente é mínimo. Exemplos: supermercados, estradas, aeroportos, livrarias, transportes em massa, grandes refeitórios, fornecimento de água, gás. Vale ressaltar que os tipos de processos produtivos se ca- racterizam pelo continuum volume-variedade, ou seja, variam de acordo com cada organização e seus objetivos de produção e re- cursos disponíveis. Podem, então, surgir processos com outros no- mes, mas que também se encaixarão no continuum apresentado. Planejamento de processos Após a identificação do tipo de processo a ser empregado na produção, devemos partir para uma visão sistêmica, na qual identificaremos quais são as atividades que constam no processo de produção, a sequência dessas atividades, quem irá executá-las, as informações e recursos necessários etc. No Quadro 1, vejamos alguns exemplos de processos de produção. Quadro 1 Processos de produção. ALIMENTOS MONTAGEM ACABAMENTO MINERAÇÃO Cozer Soldar Polir Secar Congelar Prender Limpar Triturar Enlatar Ajustar Pintar Escavar Pasteurizar Cimentar Lixar Peneirar Esterilizar Colar Limar Extrair Enlatar Juntar © Administração de Produção I118 Observe, na Tabela 2, a descrição de um sistema de planejamento para o projeto de processos. Tabela 2 Sistema de planejamento e projeto de processo. ENTRADAS (INPUTS) PLANEJAMENTO E PROJETO DE PROCESSO SAÍDAS (OUTPUTS) 1. Informações sobre produtos/serviços – Demanda – Preços/volumes – Padrões – Ambiente competitivo – Desejos e necessidades do consumidor – Característica do produto desejado 2. Informação sobre o sistema de produção – Disponibilidade de recursos – Aspectos econômicos da produção – Tecnologias conhecidas – Tecnologia que pode ser adquirida – Potencialidades – Fragilidade 3. Estratégia de operações – Posicionamento – Armas competitivas – Alocação de recursos – Foco das fábricas – Foco das instalações 1. Escolha do tipo de processo – Coordenado por estratégias 2. Estudos da integraçãovertical – Capacidades do fornecedor – Decisões de aquisição – Decisões de fazer ou comprar 3. Estudos do processo/ produto – Passos tecnológicos – Simplificação do produto – Padronização do produto – Projeto para obter produtividade 4. Estudos do equipamento – Nível de automação – Ligações de máquinas – Escolha do equipamento – Ferramentaria 5. Estudos dos procedimentos de produção – Sequência – Especificações de materiais – Necessidade de pessoal 6. Estudos das instalações – Projetos de construção – Layout das instalações 1. Processos tecnológicos – Projeto de processos específicos – Ligações entre processos 2. Facilidades – Layout das instalações – Escolha de equipamentos – Projeto de construções 3. Estimativa de pessoal – Número de empregados – Treinamento – Requisitos – Supervisão – Nível de habilidade Fonte: Gaither & Frazier (2001, p. 104). Claretiano - Centro Universitário 119© Projetos de Produtos e Serviços 8. DIAGRAMA DE FLUXO Uma forma simples e bastante útil para visualizar os projetos é por meio dos diagramas de fluxo, ou mapas de processo, ou, ain- da, análise de fluxo de processo. De acordo com Slack (et al., 1999), os diagramas de fluxo simples são utilizados para identificar os principais elementos de um processo. Os autores exemplificam, demonstrando a sequên- cia de um dia de aventuras de uma pessoa que está em férias. Ob- serve a Figura 4. Levantar-se Lavar-se Vestir-se Tomar desjejum Praticar tiro ao alvo Almoçar Velejar Jantar Reunião em torno da fogueira Preparar-se para dormir Fonte: Slack (et al., 1999, p. 127). Figura 4 Diagrama de fluxo simples. Os diagramas de fluxo simples também podem ser usados para fluxos de materiais e de informações. © Administração de Produção I120 Diagrama de fluxo de processo A construção de diagramas de fluxo de processo é comumen- te utilizada para documentar os processos na gestão da produção. Pelo diagrama, podemos ver, de forma geral, as atividades básicas do processo e a sequência em que elas ocorrem. Há várias formas de construção dos diagramas, mas alguns símbolos gerais e comuns a vários autores e países são usados para identificar as atividades. Veja, no Quadro 2, alguns desses símbo- los e seu significado. Quadro 2 Símbolos para diagrama de fluxo de processo. OPERAÇÃO Uma operação, tarefa ou atividade de trabalho que diretamente agrega valor. TRANSPORTE Um movimento de materiais, informações ou pessoas de um lugar a outro. INSPEÇÃO Uma inspeção, uma verificação ou exame de materiais, informações ou pessoas. ATRASO Um atraso, uma pausa no processo. ESTOQUE Uma estocagem, um estoque de materiais ou arquivo de informações, ou fila de pessoas. Fonte: adaptado de Slack (et al., 1999, p. 128). Claretiano - Centro Universitário 121© Projetos de Produtos e Serviços 9. MELHORIA DE PROJETO Método de Taguchi De acordo com Stevenson (2001), a abordagem do engenhei- ro japonês Genichi Taguchi é adequada para projetos “robustos”, ou seja, projetos de produtos ou serviços que necessitem manter seu desempenho mesmo em condições adversas (SLACK; CHAM- BERS; JOHNSTON, 2009). Sua principal premissa é que, frequentemente, é mais fá- cil projetar um produto que seja resistente a fatores ambientais, durante sua fabricação ou utilização, do que controlar os fatores ambientais. A característica central do Método de Taguchi é o projeto de parâmetros. Esse tipo de projeto envolve a determinação de espe- cificações, tanto para o produto quanto para o processo, que resul- tem em um projeto "robusto" em relação às variações do processo de fabricação, fatores de deterioração do produto e condições de utilização. O procedimento utilizado é estatístico, no qual vários experimentos são testados para se encontrar a melhor combina- ção de fatores que farão que o produto ou serviço tenha o melhor desempenho. Como mencionado, o fundamento da ideia é que o produ- to ou serviço mantenha o seu desempenho mesmo em condições adversas. Por exemplo, não é esperado que uma caneta caia, mas, caso isso ocorra, é esperado que ela funcione mesmo tendo caído no chão. Assim, o Método de Taguchi analisa a melhor combinação de fatores (material da caneta, formato etc.) que permita que ela seja resistente e continue funcionando mesmo após uma queda. Segundo Slack (et al., 1999), ainda no caso das férias, mos- trado no tópico anterior, os projetistas precisam planejar as férias considerando contingências como: tempo ruim, falhas em equipa- mentos, falta de pessoal, acidentes, doenças etc. Assim, no projeto © Administração de Produção I122 do dia de férias, por exemplo, deveriam estar previstas ações para sanar os imprevistos que pudessem ocorrer, sem alterar o anda- mento normal das atividades. Engenharia de Valor A Engenharia de Valor é utilizada quando se quer avaliar o produto ou serviço antes de sua finalização, ou seja, na fase de projeto. A análise de valor é feita quando o produto ou serviço já está no mercado. O objetivo principal da Engenharia de Valor é reduzir os cus- tos desnecessários em um produto ou serviço. A melhor maneira de aplicação é realizar uma análise rigorosa de todos os compo- nentes existentes, sua função e seus custos, a fim de encontrar componentes que desempenhem a mesma função ou que possam ser trocados a um custo menor (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2009). Corrêa e Corrêa (2004, p. 330) apontam alguns questiona- mentos que devem ser feitos para cada componente, material e função do produto ou serviço: Pode ser eliminado? Faz mais do que deveria? Custa mais do que vale? Sua manutenção fácil? Algo diferente pode fazer melhor? Pode ser feito por um método melhor? Pode ser feito de outro material mais barato? Pode ser feito melhor ou mais barato por outra operação? Pode ser reutilizado/reciclado? Sua disposição final é ambientalmente sustentável? Claretiano - Centro Universitário 123© Projetos de Produtos e Serviços 10. TEXTOS COMPLEMENTARES Para complementar os estudos desta unidade, leia o artigo a seguir, bastante interessante, sobre inovação e os departamentos de Pesquisa e Desenvolvimento no Brasil, bem como sobre a rela- ção da criatividade com o sucesso das organizações no mercado. Empresas precisam aumentar investimentos em práticas inovadoras de gestão e tecnologia –––––––––––––––––––––– Só 33,6% dos empreendimentos são inovadores e nível de aplicações em programas de pesquisa e desenvolvimento (P&D) está abaixo da meta nacional. Apenas um terço das empresas nacionais utiliza algum tipo de prática inovadora em sua gestão. Segundo dados apresentados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 33,6% dos empreendimentos são inovadores e o nível de investimentos feitos pelo setor privado em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) está abaixo da meta estabelecida para o País. Em 2010, o dispêndio das empresas privadas em P&D deve alcançar 0,56% do Produto Interno Bruto (PIB), ante uma meta de 0,65% do PIB. “O nível de envolvimento das micro e pequenas empresas com o tema ainda é muito baixo. A inovação deve ser prioridade número um dentro das estratégias das empresas, precisa ocupar o papel central da indústria brasileira”, afi rma o analista de Estudos e Políticas Industriais da CNI, Rodrigo Teixeira. Por outro lado, ressaltou, o apoio governamental em relação a outros países também é baixo e deveria se elevar. Atualmente os incentivos fi scais e subvenções totalizam 0,16% do PIB. “Já é baixo, e se retirarmos o volume que é atrelado ao setor de informática, cai para apenas 0,05%”, afi rma. Em palestra durante o XX Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas e XVIII Workshopda Associação Nacional das Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), que está sendo realizado esta semana em Campo Grande (MS), Teixeira defendeu, entre outros pontos, a simplifi cação e o aprimoramento dos incentivos fi scais, além de uma melhoria dos marcos regulatórios referentes ao setor de inovação e tecnologia. Engajamento Representante do governo federal no evento, o secretário executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luiz Antonio Rodrigues Elias, disse que os investimentos federais na área têm avançado e concordou que a alavancagem privada ainda é reduzida. “Temos uma evolução crescente do orçamento do Ministério (o orçamento passou de R$1,9 bilhão em 2000 para R$7,9 bilhões em 2010), mas isso ainda não conseguiu incentivar o lado privado. É necessário que o setor empresarial participe do risco do conhecimento. O risco está em envolver o lucro nesse processo, não contar apenas com recurso público. Não temos tido a mesma resposta, a mesma envergadura no setor privado”, afi rmou. O representante da CNI destacou como uma defi ciência brasileira a falta de investimento em recursos humanos e em equipamentos e máquinas, o que, segundo ele, compromete a competitividade. “Precisamos de cientistas e engenheiros. Dos brasileiros que têm nível superior, apenas 11% são cientistas e engenheiros. Na China, esse © Administração de Produção I124 volume é de 39%. Na Alemanha, de 31%”. Segundo o secretário, entre os desafi os do País nos próximos dez anos está o fortalecimento da capacidade de inovação das empresas. “Temos hoje recursos e instrumentos efi cientes para fomentar planos de inovação nas MPE e fortalecer redes de pesquisa e inovação para o mercado brasileiro, como por exemplo, por meio do Sebraetec (programa do Sebrae que fornece consultorias para ajudar a introdução de conceitos de inovação nos pequenos negócios)”, afi rma. De acordo com ele, é necessário que a cultura da inovação se introduza no setor empresarial e que os parques tecnológicos e as incubadoras possam ajudar fortemente na elevação dessa capacidade. A CNI lidera a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) que tem por objetivo sensibilizar as empresas para que invistam em inovação e trabalhem junto ao governo no aprimoramento das políticas públicas. O Sebrae é parceiro da entidade e tem a função de atuar na incorporação do tema inovação pelas micro e pequenas empresas. O conceito de inovação, segundo Teixeira, engloba inovação de produto, de processo, a organizacional, a tecnológica e de marketing. Parques tecnológicos O Ministério da Ciência e Tecnologia publica na próxima semana dois editais para incentivar o aprimoramento dos parques tecnológicos e incubadoras de empresas existentes no Brasil. O primeiro, com um volume de R$40 milhões, prevê investimentos nos 75 parques tecnológicos existentes no País; 25 em exercício. O segundo, de R$10 milhões, será dirigido para as incubadoras de empresas. “Queremos promover melhorias nas estruturas para pesquisa, além de aumentar a capacitação e melhorar a gestão nos parques e nas incubadoras. Queremos deixar uma estrutura de parques bem adequada para o próximo governo, deixar um projeto de longo prazo”, afi rma Elias.O Seminário, que será realizado até a próxima sexta-feira (24) em Campo Grande (MS), é promovido pela Anprotec em parceria com o Sebrae. Com 670 participantes inscritos, tem como tema central o desenvolvimento de empreendimentos sustentáveis. A Anprotec reúne 400 incubadoras em atividade no País, que contam com mais de 6,3 mil empresas. Juntas, elas faturam cerca de R$3,5 bilhões por ano e empregam 25 mil trabalhadores (FLORES, 2010). –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– O artigo a seguir aponta a importância dos fluxogramas na Administração de Produção. Vejamos. Fluxograma ajuda a gerenciar funções do sistema produtivo Instrumento é de muita importância para conhecer melhor e mapear as atividades do sistema produtivo. Conhecer as atividades, suas inter-relações e como buscar o desempenho esperado e promover as melhorias necessárias são conhecimentos essenciais no gerenciamento de um sistema produtivo. Para facilitar esse mapeamento, o fl uxograma de processos desponta como a ferramenta mais indicada. Para gerenciar as funções de um sistema produtivo, é preciso conhecer quais são suas atividades, como elas se relacionam e o que fazer para que o sistema atinja o desempenho esperado e possa promover melhorias contínuas. O instrumento mais adequado para conhecer melhor e mapear tais atividades é Fluxograma de Processos. Costuma-se dizer que um “fl uxograma vale por mil procedimentos” Claretiano - Centro Universitário 125© Projetos de Produtos e Serviços por ser de entendimento fácil por todos os níveis das organizações. O primeiro passo a ser feito é a descrição dos processos críticos atuais, preferencialmente por meio de um fl uxograma denominado Desenho do Estado Atual, que representa a descrição do processo ideal após a eliminação total das perdas. A representação gráfi ca do processo, observado “ao vivo” no dia e na hora do seu registro, é a que chamamos de trabalho realizado (operação, tempo de espera, transporte, inspeção, estoque) (LEONARDI, 2010). –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 11. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS Confira, a seguir, as questões propostas para verificar o seu desempenho no estudo desta unidade: 1) Considerando o que foi visto nesta unidade e nas anteriores, defina o que é “produto” e o que é “serviço”. Explique o ciclo de vida da maioria dos produtos quando introduzidos no mercado. Discuta qual a importância de se conhecer o ciclo de vida do produto. 2) O que é QFD e para que serve? Faça uma matriz da qualidade para uma nova pasta de dente e uma cadeira para salas de aula. Pense em quatro requisitos do cliente que devem ser transformados em características da qualidade e os compare com seus colegas. Para obter mais informações de como construir a matriz da qualidade, leia a bibliografia indicada e pesquise o site apresentado nas orientações do começo desta unidade. 3) O que é “continuum volume-variedade”? Desenhe um continuum volume- variedade e localize as seguintes operações: a) Indústria de microscópios eletrônicos. b) Fábrica de canetas. c) Fábrica de chocolates. d) Indústria de ventiladores. e) Indústria de café. f) Show de rock. g) Padaria. h) Videolocadora. i) Fábrica de parafusos. j) Salão de beleza. k) Posto de gasolina. l) Restaurante popular. © Administração de Produção I126 Gabarito Depois de responder às questões autoavaliativas, é im- portante que você confira o seu desempenho, a fim de que pos- sa saber se é preciso retomar o estudo desta unidade. Como as questões autoavaliativas propostas anteriormente são de caráter aberto, discuta com seus amigos e tutores suas respostas. 12. CONSIDERAÇÕES Nesta unidade, vimos os projetos de produtos e serviços no contexto da Administração e a geração de um conceito para que o projeto seja trabalhado. Aprendemos como os projetos são esta- belecidos, suas fases e algumas ferramentas que auxiliam no de- senvolvimento do produto ou serviço, tais como a matriz da quali- dade e a compreensão do ciclo de vida do produto. Entendemos quais são os tipos de processo e como cada um se caracteriza conforme o continuum volume-variedade de recur- sos de saída. Estudamos, também, que estabelecer fluxos ou dia- gramas de processo constitui ferramenta importante para o plane- jamento e o controle da produção. Por fim, aprendemos duas formas de melhoria de projeto, sendo elas o Método de Taguchi e a Engenharia de Valor. Na próxi- ma unidade, enfocaremos o processo de planejamento e controle de maneira mais detalhada. Bons estudos! 13. EͳREFERÊNCIAS Sites pesquisados FLORES, M. Empresas precisamaumentar investimentos em práticas inovadoras de gestão e tecnologia. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/integra_ noticia?noticia=10705130>. Acesso em: 29 set. 2010. Claretiano - Centro Universitário 127© Projetos de Produtos e Serviços INSTITUTO QFD. What is QFD?. Disponível em: <http://www.qfdi.org/what_is_qfd/ what_is_qfd.html>. Acesso em: 28 fev. 2011. LEONARDI, S. Conceitos de sistemas produtivos e gestão da produção. Disponível em: <http://www.busca.sebrae.com.br/search?q=Conceitos+de+sistemas+produtivos+e +gest%C3%A3o+da+produ%C3%A7%C3%A3o&btnG.x=0&btnG.y=0&entqr=3&getfi elds=*&output=xml_no_dtd&sort=date%253AD%253AL%253Ad1&entsp=0&client= web_um&ud=1&oe=UTF-8&ie=UTF-8&proxystylesheet=sebrae2&filter=0&lr=lang_ pt&site=web_all&sitesearch>. Acesso em: 3 set. 2010. MUSA EDITORA. Entrevista com Klaus de Geus: o que é P&D criativo?. Disponível em: <http://musaeditora.com.br/entrevistas/entrevista-com-klaus-de-geus-o-que-e-pd- criativo/>. Acesso em: 12 jan. 2011. QFD – QUALITY FUNCTION DEPLOYMENT. Home page. Disponível em: <http://www.qfdi. org/>. Acesso em: 12 jan. 2011. 14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de Produção e operações: manufatura e serviços. São Paulo: Atlas, 2004. GAITHER, N.; FRAZIER, G. Administração de Produção e operações. 8. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001. MAXIMIANO, A. C. A. Administração de projetos: como transformar idéias em resultados. São Paulo: Atlas, 1997. ROZENFELD, H. et al. Gestão de desenvolvimento de produtos. São Paulo: Saraiva, 2005. SLACK, N. et al. Administração de Produção. São Paulo: Atlas, 1999. SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da Produção. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. STEVENSON, W. J. Administração das operações de produção. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001.
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