Buscar

Ética na avaliação psicológica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Ética na avaliação psicológica
A definição de ética, deriva de dois termos gregos muito semelhantes no seu significado e pronúncia. Éthos significa hábito ou costume - entendidos, com uma certa superficialidade, como maneira exterior de comportamento; éthos tem um significado mais amplo e rico: o de lugar ou pátria onde habitualmente se vive e o carácter habitual (ou maneira de ser ou até forma de pensar) da pessoa. Assim, o ético poderia traduzir-se por modo ou forma de vida, no sentido mais profundo da palavra, compreendendo as disposições do homem na vida, o seu carácter, costumes e, claro, também a moral.
Uns dos motivos para validação encontra-se dentro desses quatro pressupostos: (Liberdade, Conhecimento, Ato Humano e a Responsabilidade) que devem estar intrinsecamente enraizados no profissional que faz da ciência psicológica o seu modus vivendi. Abre-se assim, um desafio à psicologia, como ciência que estuda e interpreta o comportamento humano, sujeito, ele mesmo, à complexidade de continuas e profundas transformações porque o mundo vive em constantes mudanças. A cada dia, torna-se mais complicado e difícil acompanhá-las devido à velocidade dos acontecimentos e à impossibilidade de se ter uma ideia das significações que estas mudanças representam. Sendo o Homem um ser de relação, sujeito a continuas mudanças na sua labuta diária para ocupar, a cada dia, o espaço que lhe compete no mundo, e ao mesmo tempo, sendo o Homem o sujeito e o objeto de estudo da psicologia, um código de Ética na Ciência psicológica é fundamental para que exista uma uniformização dos atos éticos na prática profissional do psicólogo.
De forma geral, pelo se foi entendido, a avaliação psicológica pode ser entendida como um processo técnico e científico de coleta de dados, estudo e interpretação das informações a respeito dos fenômenos psicológicos, que são resultantes da relação do indivíduo com a sociedade, utilizando-se, para tanto, de estratégias psicológicas − métodos, técnicas e instrumentos.
O uso de testes é muito comum na prática da avaliação psicológica. Embora os testes sejam os instrumentos mais científicos, testes e avaliações não são sinônimos. Os testes são uma das ferramentas mais usadas no processo de avaliação. Mas, avaliar é muito mais do que aplicar testes.
 O Psicólogo deve basear seu trabalho no respeito à promoção à liberdade, à dignidade, á igualdade, à integridade ao ser humano apoiado nos valores que embasam a Declaração dos Direitos Humanos.
 A avaliação deve trazer mais benefícios que prejuízos, o sujeito deve ser informado sobre os procedimentos aos quais ele será submetido e os instrumentos utilizados devem ser apropriados.
 Os Psicólogos tende trabalhar visando à promoção da saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para eliminação de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência e crueldade, bem como opressão.
 Por meio de avaliações adequadas, indivíduos sejam encaminhados a tratamentos condizentes com seus quadros e contextos.
 O psicólogo deverá atuar com responsabilidade social, analisando de forma crítica e histórica a realidade política e econômica, social e cultural.
 A Avaliação Psicológica dá-se a partir de um tripé, que contempla possibilidades de observações e dinâmicas, entrevistas, e testes diversos (projetivos, gráficos e psicométricos), e que necessariamente considera a questão do contexto no qual o sujeito está inserido.
A fim de garantir a qualidade e a ética no uso de testes, o Comitê Internacional de Testes (ITC, 2001) publicou as diretrizes gerais para o uso e para a revisão dos testes. O CFP traduz e adapta essas normas para o nosso país.
 A criação de laboratórios de testes, de instituições como o IBAP, ANPEPP, ASBRO contribuem para o desenvolvimento e fortalecimento da área.
 É vetado ao Psicólogo:
- Xerocar ou reproduzir material
- Avaliar a distância (exceto para pesquisas)
- Gravar sessões sem o consentimento prévio do examinando
- Substituir o psicólogo por material informatizado
- Utilizar testes sem parecer favorável do SATEPSI
A Avaliação Psicológica é, em sua complexidade, algo que exige a especialização do psicólogo. Não basta somente a formação acadêmica, mas sim a constante procura por estudos relacionados e que possam contribuir positivamente para o processo, é necessário a constante atualização sobre os avanços na área.
 É também importante conhecer a amplitude do processo de Avaliação, sem reduzi-lo apenas a aplicação de testes.
A Avaliação Psicológica está em constante crescimento, estimulada pela necessidade do mercado. Dessa forma, produzir trabalhos nessa área e devolver o conhecimento à classe é de grande importância para o desenvolvimento constante da avaliação.
Os 12 pecados mortais no uso de testes psicológicos:
1. Utilizar testes não aprovados pelo CFP.
2. Usar cópias de testes.
3. Não encarar a Avaliação Psicológica como um processo.
4. Dispensar a entrevista.
5. Adaptar os testes de acordo com a sua vontade: alterar tempos, instrumentos, não observando a padronização.
6. Não pedir ao candidato para assinar o teste.
7. Não registrar todas as informações pertinentes ao caso.
8. Aceitar remuneração incompatível com a sua prática.
9. Não esclarecer a respeito da Avaliação Psicológica ao cliente e ao usuário do serviço.
10. Não fazer entrevistas de devolução.
11. Não se aperfeiçoar em reciclagens, cursos, supervisões e congressos.
12. Não guardar os materiais por cinco anos.
É esta ética que faz do psicólogo um profissional enraizado socialmente no mundo visto que uma profissão é forte quando a sociedade reconhece a sua importância e esta se revela eficaz na sua implicação com o contexto social e psicossocial.
Por outro lado, como ciência de costumes, a ética trata dos deveres sociais do homem e das suas obrigações na comunidade.
A satisfação das aspirações morais faz parte integrante do conjunto dos desejos humanos, pois nenhuma sociedade ou grupo pode viver fora de qualquer regra ou lei. A vida é uma contínua seleção e criação, não é apenas um deixar-se viver.
A conduta moral tem como base a disciplina, a adaptação à vida em grupo e a autonomia da vontade.
Portanto, o Código deve refletir sobre o outro lado do agir humano, reconhecendo simultaneamente a importância do sentimento pessoal perante a norma, a importância de se acreditar num ideal de homem e de vida, permitindo um encontro real entre a norma e o homem, o qual dignifica o seu comportamento.
É importante lembrar que o agir ético vai alem do pensar bem e honestamente, é a ressonância de um mundo individual e pessoal mas exige que a consciência, que é “uma síntese em perpetua realização “ se manifeste de modo explícito através de ações claras e visíveis.
A confidencialidade dos dados é da nossa maior preocupação. É oferecida ao examinando a possibilidade de decidir acerca da transmissão dos seus dados para outros técnicos, no caso destes a solicitarem (em documento adequado).
Um dos métodos inovadores na gestão dos dados, é a possibilidade (mediante consentimento informado) do registo através de gravação em formato digital dos dados da entrevista, que ficam arquivados para posterior elaboração de novos relatórios adequados aos diferentes interlocutores.
Estes dados têm obviamente uma validade, e ao fim deste tempo os dado são destruídos.
Penso que quando se tem estas questões em consideração, é possível gerir as situações em benefício do examinando, e trabalhar com rigor e com Ética.
Não é de hoje que a ética se faz presente na discussão do fazer do psicólogo, afinal, a sua atuação está diretamente ligada à saúde mental e, portanto, ao bem estar do ser humano. O Código de Ética Profissional do Psicólogo, indica em seu I Princípio Fundamental, que a prática deste profissional deve estar embasada na Declaração Universal dos Direitos Humanos visando à “promoção da liberdade, da igualdade e da integridade do ser humano” (CFP, 2005. p.7). Vivenciamos hoje um momento propício para uma reflexãodo tema e consequente articulação com vista à efetiva prática ética.
Enfim, se queremos uma Avaliação psicológica responsável e ética, que beneficie indivíduos, instituições e a sociedade em geral, temos que desenvolver um projeto nacional de longo prazo envolvendo as universidades, os Conselhos Federal e Regionais de Psicologia, as sociedades científicas, os editores e usuários de testes e outras técnicas. O IBAP, em conjunto com a SBRo e outros grupos organizados, pode e deve liderar o movimento pela organização da Avaliação Psicológica no Brasil, garantindo aos psicólogos a possibilidade de um exercício profissional digno e ético e disponibilizando para a população do nosso país os benefícios de serviços psicológicos eficientes e eficazes.
Referência Bibliográfica: Conselho Federal de Psicologia (CFP). (2003, 14 de junho). Resolução nº 007/2003. Brasília: CFP
 Conselho Federal de Psicologia (CFP). (2003, 24 de março). Resolução nº 002/2003. Brasília: CFP
Conselho Federal de Psicologia (CFP). (2011) Ano da Avaliação Psicológica – Textos geradores. Brasília: CFP

Outros materiais