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AULA IV - Prêmio

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AULA IV
O PRÊMIO
Definição.
 
O prêmio é um dos elementos essenciais do seguro e a principal obrigação do segurado. É a importância em pecúnia, entregue pelo segurado à seguradora, em virtude da transferência do risco, a fim de assegurar-lhe o direito à indenização ajustada.
Prêmio – do grego Proemion – prefácio, exórdio, princípio – primordial que dá início ao negócio.
Franceses – Prime – pagava-se o prêmio antes de tudo, logo após a assinatura da apólicie.
Prêmio – é o preço do seguro, pois através dele o segurado paga à seguradora a compra do direito a uma eventual indenização, em função dos riscos previstos na apólice.
“É com a receita de prêmios que o segurador constitui fundo comum de onde retira as verbas para cumprir suas obrigações perante os segurados. É, portanto, um elemento imprescindível à estabilidade de suas operações. Quer técnica, quer juridicamente, ensina Amílcar Santos, sua importância é manifesta, constituindo mesmo, pode-se dizer, a base sobre a qual repousa toda operação. Em hipótese alguma, portanto, pode o segurador dispensar o prêmio.” Pedro Alvin – Contrato de Seguro.
Espécies de Prêmio.
Prêmio Adicional – prêmio suplementar pago pelo segurado, para que a cobertura dos riscos seja estendida a fim de que seja coberto algum risco não previsto no contrato ou para que seja alargado o prazo de vigência do seguro.
Prêmio Bruto – É o prêmio comercial acrescido dos encargos financeiros da seguradora e do IOF.
Prêmio Comercial – é aquele efetivamente exigido, correspondendo ao prêmio puro acrescido de carregamento comercial (taxa comercial para compensar as despesas da seguradora com corretagem, publicidade e gestão do fundo comum).
Prêmio Constante – é o prêmio cujo montante real não se modifica, ficando invariável ao longo do tempo, independentemente das alterações que venham a ocorrer na exposição ao risco do objeto segurado.
Prêmio Mínimo – é o valor mínimo que o segurado pode pagar pela cobertura do risco assumido pela seguradora, seja em razão de sua classificação específica seja pelo estabelecimento de valores mínimos pela autoridade administrativa competente.
Prêmio Parcelado ou Fracionado – é aquele dividido em várias parcelas. O Prêmio, em princípio e em termos mundiais, é indivisível (daí se falar na teoria da indivisibilidade do prêmio), principalmente por causa do mutualismo que vigora no contrato de seguro. No entanto, diversos países, inclusive o Brasil, admitem o fracionamento do prêmio em parcelas semestrais, trimestrais, bimestrais ou mensais.
Prêmio Puro – é o prêmio estatístico marginado, ou, em outras palavras, aquele adicionado de uma margem de segurança destinada a cobrir as flutuações aleatórias desfavoráveis observadas na massa que serviu de supedêneo para a geração do prêmio estatístico. Pode-se dizer, ainda, que é o prêmio suficiente para a cobertura do risco assumido pela seguradora, sem coloca-la sujeita a desvios desfavoráveis de sinistralidade, na quase totalidade do período de exposição ao risco.
Prêmio Estatístico – é aquele apurado pela repartição pura da totalidade dos prejuízos sofridos por alguns segurados pelo total dos segurados que compõem o fundo ou a carteira de seguros.
Quem deve pagar o Prêmio.
O Seguro é contratado normalmente pelo segurado, cabendo a ele, então, o recolhimento do prêmio. No entanto, nem sempre é o próprio segurado quem contrata o seguro, podendo o seguro ser contratado pelo estipulante. Nos seguros obrigatórios, o estipulante se equipara ao segurado para os efeitos de contratação e manutenção do contratado, segundo o Decreto-Lei nº 73/66. Já nos seguros facultativos, o estipulante é considerado legalmente mandatário do segurado. Saliente-se que o não-recolhimento dos prêmios recebidos de segurados, nos prazos devidos, sujeita o estipulante à multa, imposta pela Susep, de importância igual ao dobro do valor dos prêmios por ele retidos, sem prejuízo da responsabilidade penal por crime de apropriação indébita.
Cobrança de Prêmios.
O pagamento dos prêmios é feito obrigatoriamente através da rede bancária cabendo, excepcionalmente, em dois casos, o pagamento feito direto a seguradora, ou no caso de seguro de vida individual ou, no caso do seguro individual de acidentes pessoais, quando o valor do prêmio for igual ou inferior a 25% do maior valor de referência vigente no país ( Lei 5.627/70).
	Compete a Seguradora indicar ao segurado os bancos e agências e enviar os documentos para o recolhimento do prêmio até a data-limite estampada na nota de seguro. O pagamento do mesmo terá vigência a partir da data constante na apólice que terá suspensa, sua cobertura, até o pagamento do prêmio e seus encargos. (art. 132 do Decreto-Lei 73/66)
Fracionamento do Prêmio.
É admitido no Brasil, observando-se os seguintes detalhes:
o custo da apólice é pago na primeira prestação;
o IOF incide sobre o valor de cada parcela, sobre o custo da apólice e sobre o adicional de fracionamento;
o vencimento da última prestação não pode ultrapassar o trigésimo dia que anteceder a data de vencimento de seguro;
a taxa de juros real máxima que determina o adicional de fracionamento é de
12% ao ano.

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