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Aula XIII - RESSEGURO

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AULA – 	XIII
RESSEGURO
Definição : Consiste o resseguro na transferência de parte ou de toda a responsabilidade do segurador para o ressegurado..
Para resguardar-se desses desvios, a carteira deverá manter um valor médio constante para os riscos. Tudo que exceder será cedido ao ressegurador. Exerce, pois, o resseguro função essencial à estabilidade técnica do segurador, pois facilita a homogeneização dos riscos de suas diferentes carteiras de operação. Seria contraproducente ao segurador revelar suas limitações de negócio, expondo-se à concorrência de congêneres. A prática do resseguro é tão velha quanto o seguro, pois de trata de operação da mesma natureza, circunscrita à atividade dos seguradores.
MODALIDADES DE RESSEGURO:
Resseguro de Excedente de responsabilidade – cede-se a parte que ultrapassa a capacidade de retenção no risco. O prêmio recebido é dividio na mesma proporção. Conhecido também como resseguro proporcional.
Resseguro por Cota Parte – Consiste no estabelecimento de uma percentagem fixa de todas as responsabilidades contraídas pelo segurador. O resseguro por cota é praticado em diversos casos principalmente quando o volume dos negócios do ressegurador é fraco e o ressegurador não se contenta em receber apenas o resseguro excedente, exigindo uma participação nos demais contratos – quase sempre é desvantajosa para o ressegurado que se vê, ainda, na obrigação de ceder riscos que poderia reter normalmente.
Resseguro de Excesso de Danos – “Excess of loss” – é aquele em que, sendo fixado limite de perda do segurador no mesmo sinistro, em um mesmo risco isolado ou em vários, garante recuperar do ressegurador o valor da indenização e das despesas que ultrapassarem aquele limite. É baseado no comportamento da carteira e com base na formulação do plano de excesso de danos que visa equilibrar a distribuição da frequência das indenizações com as despesas pagas.
Resseguro de Cobertura de Catástrofe – Modalidade de seguro de excedente de responsabilidade, em que se transfere ao ressegurador a parcela que ultrapassa a capacidade de retenção do ressegurado no mesmo risco isolado. Pode ocorrer um sinistro que atinja mais de um risco isolado, por exemplo, a destruição de vários veículos segurados pela mesma empresa num mesmo acidente. A Cobertura de Catástrofe é frequente nas carteiras incêndio e acidentes pessoais. Não obstante o rigor técnico na formulação dos planos de seguro, pode ocorrer maior frequência de sinistros em determinada carteira, comprometendo os resultados finais do exercício anual. O resseguro de excesso de sinistro-prêmio tem por objetivo dar cobertura a esses desvios de modo que a empresa ressegurada mantenha sua previsão dentro dos limites técnicos estabelecidos. Muitos autores consideram que em vista da imponderabilidade deste seguro ele ainda tem muito de jogo e de especulativo pois ainda não se formulou base técnica, preponderando ainda, entre as partes, a álea que apresenta sérias riscos para a resseguradora.
MODALIDADES DE RESSEGURO:
Resseguro Avulso – É por natureza facultativo sendo que o segurador discute com o ressegurador as condições de cada operação. Só se concluirá se houver acordo. Frequente em seguros marítimos e excepcional nos terrestres.
Resseguro Automático – É consequencia do próprio desenvolvimento das operações de seguro em massa que não permitem o exame caso por caso. Prescinde de entendimentos prévios e reveste a forma geralmente obrigatória para as partes contratantes. Nada impede que este tipo de resseguro se torne facultativo para certas faixas de retenção do segurador.
PRÁTICA:
A – Plano de Resseguro Incêndio – abrange as cessões por excedente de responsabilidade, cota-parte, excesso de danos e catástrofe. As primeiras de forma obrigatória e a última facultativa.
B – Resseguro para as carteiras de acidentes pessoais, aeronáuticos e automóveis inclçuem os resseguros obrigatórios de excedentes de danos e catástrofe.
C – Resseguros de cascos, global de bancos, fidelidade, lucros cessantes, responsabilidade civil facultativa de veículos, riscos diversos, riscos de engenharia e roubo só operam com o resseguro obrigatório de excedente de responsabildiade.
D – Para as carteiras de transportes, há resseguros de excedente de responsabilidade e de excesso de danos.
RETROCESSÃO: É a operação em que o ressegurador procura colocar seus excedentes, seja para o mercado interno junto a congêneres, seja para o exterior através de convênios.
Através de resseguros e retrocessões são absorvidos os riscos que ultrapassam a capacidade do segurador. Outro sistema de cooperação mútua é o que adiciona o sistema de “consortium,” e o sistema de “Pool”.
NATUREZA JURÍDICA DO RESSEGURO.
Contrato de Fiança – Crítica : Não pode ser porque o ressegurador não entra em relação jurídica direta com o segurado, como se verifica entre o fiador e o seu credor.
Mandato – Crítica – esquecem que o segurador se obriga pessoalmente ao segurado e não nada a ver com o ressegurador.
Cessão – O resseguro cria um novo contrato, estranho ao segurado, enquanto a cessão se restringe a transferir o primitivo.
Contrato de Sociedade em Conta de Participação – Não há entre segurador e ressegurador a “affectio societatis” – 
Seguro de Dano – independentemente da natureza do seguro original seja ele de dano ou pessoal, em que no primeiro a obrigação do segurador é eventual e no segundo em que sua obrigação é certa desconhecendo-se, no entanto, somente o dies a quo – Argumento crítico da petição de princípio.
Pedro Alvim perfilia a seguinte concepção: A diferença específica entre os dois contratos, isto é, o de seguro e o de resseguro, está no fato de que este último só se configura quando se ttrata de um seguro de seguro. Daí a denominação de resseguro.
O Instituto de Resseguros do Brasil, antes da Emenda Constitucional nº 13 de 1996, detinha o monopólio de resseguros no Brasil. A partir desta emenda outras companhias, com força na lei maior, disponibilizam em regime de livre mercado a possibilidade do resseguro.

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