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Reflexão do caso psicologia escolar

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Reflexão do caso:
“Eduardo Bruno vai ser doutor?”
O filho que se tornou um enigma para os pais
	Observa-se já alguns desafios apresentados pelo Eduardo Bruno de 18 anos, ele está no segundo ano do ensino médio, contudo ainda não sabe ler nem escrever. É apontado pelos educadores a hipótese de que ele seje portador de algum problema de saúde mental. Foram realizadas algumas avaliações, sendo elas: pedagógicas, médico e psicológicos. Na entrevista clínica de orientação psicanalítica (ECOP), destaca-se uma certa alteração emocional, caracterizada por uma alegria superficial e risos imotivados; o jovem disse que gostaria muito de ser médico ou advogado, mas não restringe sua adoração por caminhões, até prefere falar mais sobre assuntos relacionados a caminhões do que sobre profissões de médico e advogado. Na entrevista, evidenciou-se a necessidade de ECOP com cada um de seus pais; a mãe procurou desculpas para não ir, o pai criou uma certa resistência também mas acabou colaborando, mas justificou-se criticando a escola; na entrevista José Antônio relata que Eduardo Bruno foi adotado aos 4 dias de vida e aos 4 meses ele começou apresentar convulsões seguidas, sendo assim, diagnosticado uma deficiência na região frontal do cérebro, segundo os médicos que avaliam então, poderia afetar definitivamente a capacidade de raciocínio da criança, também foi atribuído a ele, um quadro de diabetes e pressão arterial. O pai adotivo declara que tentaram descobrir o que podia ter acontecido com o menino no período de gestação, algo sobre o parto; disse que soube poucas informações, em função desses diagnósticos, Eduardo Bruno, fez uso de muitos medicamentos durante toda infância e acompanhamento regular por endocrinologista e neurologista. O pai adotivo contou a ele que era adotivo, e ele disse: “Eu sei que minha mãe não é minha mãe”. Ele sabe que é adotivo, diz o pai adotivo. Mas mãe e pai são os que adotam. Ele é registrado no meu nome e no nome da minha esposa. Se alguém falar que não é o documento “tá aqui”.
	Na concepção da psicanálise, pai e mãe são os que adotam no plano do desejo ou como você diz, no “coração”. Mesmo os que geram tem que adotar no coração, senão não exercem as funções de pai e de mãe e não transmitem algo do desejo para o filho.
	Na ECOP, foi mostrado para José Antônio que Eduardo Bruno pode trabalhar em algum serviço, não necessariamente ele tem que responder a expectativas dos pais de exercer a profissão de médico e advogado. A importância do trabalho com atividades de integração social é enfatizada; José Antônio então vislumbra perspectivas viáveis, destacando a facilidade dele de se apresentar e fazer conhecer e ser aceito pelas pessoas. O mais importante para ele é a promoção da escola de uma rotina e uma forma de convivência social com adultos e jovens da mesma idade, além das atitudes dos colegas com ele, ele precisa de atividade para aprender a se virar na vida, recomenda-se ao pai continuar a desenvolver atividades para ajudar Eduardo Bruno.

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