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Teoria Geral do Delito

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2.1- Elementos da Conduta
A) Fato Típico: é uma conduta proibida em lei que caso seja praticada tem uma sanção para aquela conduta prevista na lei.
A.1) Elementos do fato típico:
1- Conduta: Segundo Weltzel: ''Conduta é uma ação ou omissão voluntária e consciente direcionada a um determinado fim''. É dividida em 3 elementos: Vontade, consciência e fim. Porém, existem alguns que esses elementos podem ser excluídos da conduta:
-Casos que excluem a vontade:
Caso Fortuito: uma fatalidade aconteceu. Exemplo: Você está esperando o ônibus, quando o poste de luz ao lado cai te esmaga.
Força maior: Forças da natureza, como vulcão, tsunami, terremoto, etc.
Coação física irresistível: Quando não se tem um controle. Exemplo: Esmagar uma criança ao tropeçar no asfalto.
-Atos de Reflexos
- Casos que excluem consciência:
-Estados de inconsciência: Sono profundo, sonambulismo.
2- Resultado: É baseado no principio da lesividade, que para se ter um crime, o mesmo deve estar previsto em lei, ou haver um perigo (como dirigir embriagado). Há várias formas de resultado:
-Materiais: A própria lei descreve e exige o resultado para consumação. Exemplo: Matar alguém.
-Formais: Descreve o resultado, mas não exige consumação do ato para ser considerado crime. Exemplo: Sequestro mediante a extorsão. Não é necessário que o autor do crime receba o dinheiro dos parentes da vítima para que o crime seja consuma, ele já é feito desde o sequestro.
-Mera Conduta: A lei descreve apenas a conduta, independendo do resultado. O crime é consumado no momento em que é cometido. Exemplo: Invasão de domicílio
3- Nexo Causal: É a ligação entre a conduta e o resultado. Segundo o artigo 13 do Código Penal, trata-se da teoria da equivalência dos antecedentes (tudo que contribui para o resultado é causa). Porém esse método foi bastante criticado por apresentar o problema da causalidade infinita. Para solucionar, a doutrina traz o dolo e a culpa atribuída ao nexo causal.
-Dolo: É quando o indivíduo age com intenção de fazer algo, tendo vontade e consciência de seus atos. Existem 3 tipos de dolo:
Dolo de 1 grau: A pessoa tem e consegue cumprir a sua vontade.
Dolo de 2 grau: A pessoa tem e consegue cumprir a sua vontade, mas a sua ação gera consequências. Exemplo: 11 de setembro. Explodir a torre era um dolo de 1 grau e a morte dos passageiros é um dolo de 2 grau.
Dolo Eventual: O indivíduo assume o risco de uma conduta considerada perigosa de forma indireta. Exemplo: Dirigir embriagado.
-Culpa: é um agir sem intenção. Ela pode-se dar das seguintes maneiras:
Culpa inconsciente:
Negligência: presume-se uma falta de cuidado. Exemplo: Uma mãe que se esquece de amamentar seu filho.
Imprudência: Uma pessoa que age sem pensar nas consequências de suas ações.
Imperícia: A pessoa que não é perito em uma área. Exemplo: Advogado sem OAB.
Culpa Consciente: o agente faz uma atividade perigosa de forma consciente, mas não tem intenção de causar nenhum dano. Exemplo: Piloto Profissional, atirador de facas, etc.
4- Tipicidade: É a característica daquele fato típico.
B) Fato Ilícito: é a contradição entre a conduta e o ordenamento jurídico, consistindo na prática de uma ação ou omissão ilegal. Há na lei exceções permissivas para sua conduta, de modo que não há ilicitude da ação.
B.1) Casos que excluem a ilicitude ou antijuricidade:
1- Legítima defesa: Lesionar o bem de outro, para proteger o seu bem jurídico ou de um terceiro. Porém para se exercer a legítima defesa, precisa-se de alguns requisitos: Estar diante de uma agressão injusta ou imotivada (que você não provocou), que esta acontecendo neste exato momento ou recente, e e reconhecer que está em Legítima Defesa. É dividido em:
Legítima defesa Próprio: Protege o seu bem jurídico
Legítima defesa Impróprio: Protege o bem jurídico de um terceiro.
2- Estado de Necessidade: Infringe-se o bem jurídico de um terceiro para salvar o seu próprio bem jurídico. Porém é necessário ter uma proporcionalidade entre os bens. Deve-se sacrificar um bem jurídico de menor importância (Patrimônio x Vida) ou de importâncias iguais (vida x vida). O Estado de necessidade também se precisa de alguns requisitos para ser alegado: Estar em uma situação de risco em que você não provocou, e reconhecer que está em Estado de Necessidade. É divido em:
Estado de Necessidade Agressivo: Sacrifica o bem jurídico de outro para salvar o seu.
Estado de Necessidade Defensivo: Sacrifica o bem jurídico daquele que causou o perigo.
3- Estrito cumprimento de dever legal: São casos em que o agente público é obrigado por lei a realizar condutas, podendo usar dos meios necessários para cumprir as mesmas.
4- Exercício regular de direito: Aquele que exerce um direito assegurado pelo ordenamento jurídico, não atuando de forma ilícita ao infligir o bem jurídico de outros. Exemplo: Cirurgião plástico, tatuador, etc.
C) Fato Culpável: É a possibilidade de se considerar alguém culpado pela prática de uma infração penal.
C.1) Elementos da Culpabilidade:
1- Imputabilidade: Possibilidade de se atribuir a autoria ou responsabilidade por fato criminoso a alguém. Maiores de 18 com ou sem capacidade civil.
Inimputáveis: menores de 16 com ou sem capacidade, doença mental, desenvolvimento incompleto, e embriaguez acidental.
2- Potencial consciência da Ilicitude: Se a pessoa teve ou não possibilidade de saber se sua ação foi típica ou não.
Exclusão da Ilicitude: Erro de proibição (a pessoa tem noção de certo e errado, mas pratica mesmo assim).
3- Exigibilidade de Conduta Diversa: A pessoa só tinha apenas 1 caminho a seguir, sem opção de escolha (Coação moral irresistível)
Exclusão da Exigibilidade: Obediência Hierarquia não manifestante ilegal (obedecer alguém que você não sabe que é um criminoso).
3- Teorias do Delito Majoritárias:
Teoria Bipartida: Fato típico e Fato antijurídico. 
Essa corrente majoritária retira a culpabilidade do conceito de crime e baseia-se na Teoria Finalista da ação, formulada por Hans Welzel na Alemanha na década de 1930, que veio modificando a ideia de que o dolo e a culpa sediavam na culpabilidade, retirando-os deste contexto para integrá-los ao fato típico, mais precisamente na conduta.
Teoria Tripartida: Fato típico, antijurídico/ilícito e culpável.
Baseada na Teoria Causal-Naturalista deFranz von Liszt, dizia que o crime só pode ser um fato típico, ilícito (antijurídico) e culpável, uma vez que, sendo o dolo e a culpa imprescindíveis para a sua existência e estando ambos na culpabilidade, por óbvio esta última se tornava necessária para integrar o conceito de infração penal.

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