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* Degenerações, morte celular e alterações do interstício Prof: Augusto César * Retículo endoplasmático e Aparelho de Golgi - (1) Membrana nuclear, (2) Poro nuclear, (3) Retículo endoplasmático rugoso (RER), (4) Retículo endoplasmático liso (SER), (5) Ribossoma no RER, (6) Proteínas que são transportadas, (7) Vesícula transportadora, (8) Aparelho de Golgi ou complexo lameloso (9) Cisterna do AG, (10) Transmembrana do AG, (11) Cisterna do AG, (12) Vesícula secretora, (13) Membrana plasmática, (14) Proteína secretada, (15) Citoplasma, (16) Espaço extracelular http://pt.wikipedia.org/wiki/Complexo_de_Golgi * http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Diagram_of_a_human_mitochondrion_pt.svg * Degeneração e Morte Celular * Conceito: Lesão reversível , decorrente de alterações bioquímicas que resultam em acúmulo de substâncias no interior das células Classificação : são agrupadas de acordo com a substância acumulada. Degeneração Hidrópica: acúmulo de água e eletrólitos Degeneração Hialina e Mucóide: acúmulo de proteínas Degeneração Gordurosa – Esteatose/ Lipidose: acúmulo de lipídeos Glicogenoses e Mucopolissacaridoses: acúmulo de carboidratos DEGENERAÇÃO * DEGENEREÇÃO HIDRÓPICA Acúmulo de água e eletrólitos no interior da células Mais comum das degenerações Célula tumefeita Causas : Transtornos no equilíbrio hidroeletrolítico - Bomba de sódio e potássio - Hipóxia ( ATP) - Hipertermia exógena ou endógena ( consumo ATP) - Toxinas e/ou Radicais Livres lesões membrana - Inibidores da Na+K+ ATPase Retenção de Na+ PO retenção H2O dilatação cisternas REL acúmulo H2O citosol “ASPECTO VACUOLAR” Lesões Macroscópicas Lesões Microscópicas peso/volume órgãos Coloração pálida vol. celular/alteração relação citoplasma-núcleo Vacuolização vol. celular/alteração relação citoplasma-núcleo Vacuolização vol. celular/alteração relação citoplasma-núcleo Vacuolização * Degeneração hidrópica em polpa. Observar os espaços de variados tamanhos ocupando todo o estroma do tecido pulpar. Esses espaços constituem o aumento da extensão do citoplasma celular, levando até mesmo ao seu rompimento (HE, 100X). * - DEGENEREÇÃO HIALINA Acúmulo de material protéico no interior da célula Filamentos condensados, material virótico, proteinas endocitadas Corpúsculo de Mallory hepatócitos de alcoólatras crônicos Cirrose Juvenil Carcinoma Hepatocelular Toxinas bacterianas degeneração de fibras musculares esqueléticas e cardíacas Inflamações agudas/crônicas Proteinúria endocitose excessiva de proteínas (epitélio tubular renal) * ALTERAÇÃO HIALINA DE MALLORY. Abaixo, exemplos da alteração hialina de Mallory, material grumoso hialino (homogêneo e eosinófilo) no citoplasma de hepatócitos, geralmente visualisável em meio aos vacúolos lipídicos. Resulta da condensação de filamentos do citoesqueleto por ação tóxica do álcool. A alteração hialina de Mallory geralmente é observada em ingesta recente e intensa de álcool. Cirrose Hepática * * http://www.fcm.unicamp.br/deptos/anatomia/lamdegn6.html * ARTERÍOLAS NORMAIS HIALINOSE ARTERIOLAR * ESTEATOSE Deposição de gorduras neutras ( mono, di ou triglicerídios) no citoplasma de células que geralmente não as armazena. Etiopatogênese Alterações no metabolismo lipídico da célula, aumentando sua síntese e/ou dificultando o transporte, utilização e excreção. * Esteatose Hepática - TÓXICOS - TÓXICO-INFECCIOSO - ANÓXICOS E DIETÉTICOS * Agentes Tóxicos lesão RER Hipóxia ATP acetil CoA Ingestão abusiva de álcool - Causa mais freqüente - Agravado pela desnutrição Etanol oxidação Aldeído acético + Acetil CoA Fígado Em condições normais os hepatócitos captam ácidos graxos + triglicerídeos da circulação para produção de colesterol, lipoproteínas e corpos cetônicos. As lesões são consequências do aumento da captação de ác. graxos pelo fígado. Alterações dieta Ingestão excessiva de lipídeos Deficiências nutricionais Acúmulo de Triglicerídeos * Esteatose Hepática Aspecto macroscópico: aumento volume fígado (hepatomegalia), alteração da consistência (friável), bordas arredondadas coloração amarelada. Aspecto microscópico: células com grandes vacúolos claros de gordura no citoplasma, deslocando o núcleo para a periferia da célula. EVOLUÇÃO Geralmente reversível Abstinência de álcool redução ou desaparecimento Etilismo crônico pode evoluir para cirrose Reação inflamatória devido rompimento dos hepatócitos Embolia gordurosa Morte celular * www.sistemanervoso.com/pagina.php?secao=11... www.sistemanervoso.com/pagina.php?secao=11... www.sistemanervoso.com/pagina.php?secao=11... * Esteatose hepática em fígados de crianças (difusa e focal). Chama a atenção a cor fortemente amarelada do fígado. * Esteatose hepática macro- e microgoticular. Observa-se distribuição difusa dos vacúolos lipídicos nos hepatócitos. Os vacúolos são redondos, de limites nítidos e tamanho variável. Os vacúolos maiores se formam por confluência dos menores. Quando volumosos, deslocam o núcleo e citoplasma do hepatócito para a periferia porque, sendo os lípides (no caso, triglicérides) insolúveis em água, não se misturam com o citoplasma. As principais causas de esteatose hepática na prática clínica são a desnutrição e o alcoolismo crônico. Nesta lâmina de fígado com esteatose não há corpúsculos hialinos de Mallory * ATERIOSCLEROSE Grupo de processos que tem em comum o espessamento da parede e da diminuição da elasticidade arterial. Depósito de colesterol e seus ésteres nas íntimas das artérias de médio e grande calibre, no interior de macrófagos e de células musculares lisas que migram da camada média. Principais fatores de risco: - Hipertensão - Tabagismo - Diabetes * ARTERIOSCLEROSE Outros fatores: - Obesidade. - Sedentarismo. - Sexo masculino. - Idade avançada. - História familiar. - Estresse. - Uso anticoncepcional. - Aumento do consumo de carboidratos. * ARTERIOSCLEROSE. Outra alteração vascular comum no envelhecimento, na hipertensão e no diabetes é a arteriosclerose de pequenas artérias renais e de outros órgãos. Ocorre em artérias um pouco mais calibrosas que as arteríolas (definição destas acima). Caracteriza-se por espessamento da camada íntima por fibras musculares lisas ou fibroblastos, fibras colágenas e substância fundamental do tecido conjuntivo. Não tem o aspecto homogêneo característico da hialinose arteriolar ou arteriolosclerose hialina * MORTE CELULAR Morte celular que ocorre em organismos vivos seguido por autólise. Morte celular programada. Processo ativo no qual a célula sofre contração e condensação de suas estruturas, fragmenta-se e é fagocitada por células vizinhas ou macrófagos residentes, sem sofrer autólise. NECROSE APOPTOSE NECROSE Causas: * Classificação: NECROSE * Infartos anêmicos do baço (exemplo de necrose coagulativa). O baço, sendo órgão sólido e de consistência firme, tende a ter necrose do tipo coagulativo. Os infartos são necrose de origem vascular, mais comumente por obstrução de um ramo arteria. * * NECROSE NECROSE POR LIQUEFAÇÃO · Comum no encéfalo · Zona necrosada adquire consistência mole e semifluida · E comum após anóxia do tecido nervoso, da supra renal e da mucosa gástrica · É causada pela liberação de grande quantidade de enzimas lisossômicas · Podeocorrer em algumas infecções purulentas * Infarto cerebral antigo cístico (exemplo de evolução de uma necrose liqüefativa). Nesta peça houve um extenso infarto de parte do território da A. cerebral média em que o paciente sobreviveu à fase aguda. A necrose no cérebro é do tipo liqüefativo, sendo rapidamente removida por células fagocitárias (chamadas células grânulo-adiposas ) * Ocorrência comum na Tuberculose. Macroscopicamente possui um aspecto de massa de queijo. Microscopicamente, a principal característica e a transformação das células necróticas em uma massa homogênea, acidófila, com núcleos picnóticos e fragmentados, principalmente na periferia. Células perdem seus contornos. NECROSE CASEOSA * NECROSE CASEOSA Tuberculose pulmonar exsudativa com extensa necrose caseosa (um tipo especial de necrose coagulativa). É característica da tuberculose a necrose caseosa, uma lesão com aspecto semelhante a queijo mineiro ou ricota, que pode envolver extensas áreas, levando a destruição de alvéolos e grande redução da área arejada do pulmão http://www.fcm.unicamp.br/ * Tuberculose pós-primária. Caverna apical + disseminação broncogênica. Aqui a lesão apical sofreu eliminação por via brônquica, constituindo uma caverna. Notar os numerosos pequenos nódulos esbranquiçados (tubérculos) que resultaram da disseminação do material caseoso para o resto do pulmão, e a distribuição irregular destes, o que caracteriza a disseminação broncogênica. http://www.fcm.unicamp.br/ * Tuberculose pulmonar exsudativa e margem de caverna. Fragmento de pulmão mostrando a margem de uma caverna, como a da peça, e processo inflamatório tuberculoso no parênquima pulmonar vizinho. A margem da caverna é constituida por material necrótico e exsudato fibrinoso http://www.fcm.unicamp.br/ * * EVOLUÇÃO DAS NECROSES Regeneração: reabsorção restos celulares e regeneração completa dos tecidos pela liberação de fatores de crescimento. Cicatrização: tec.conjuntivo cicatricial – reação inflamatória – envolvimento de PG, peptídeos, cininas, resposta imune. Encistamento: reação inflamatória ao redor da lesão formando uma cápsula reabsorção lenta do material necrosado. Eliminação: material necrosado lançado no meio externo. Calcificação: comum na necrose caseosa. Mecanismos desconhecidos. * Apoptose Em 1972, o australiano John Kerr e os colaboradores escoceses Andrew Wyllie e Alastair Currie descreveram os diferentes aspectos das células na morte programada e na patológica. Para distingui-los, batizaram o primeiro de "apoptose", em oposição à necrose. Em grego arcaico, a palavra apoptose significa "o ato de cair", como caem as pétalas das flores e as folhas das árvores no outono * APOPTOSE Morte celular programada célula ativa mecanismos que culminam com sua morte Não ocorre autólise Célula é fragmentada e os restos endocitados por células vizinhas Ocorrência fisiológica e patológica Estados Fisiológicos Embriogênese: remodelação dos órgãos Controle proliferação e diferenciação celular Lactação: apoptose dos ácinos Estados patológicos: envolvimento de diversos agentes (vírus, substâncias químicas, radiações, radicais livres, etc. * APOPTOSE Patogênese e Morfologia Desidratação célula condensação citoplasma Proteólise Depressões membrana fragmentação Condensação cromatina: ação de endonucleases (núcleos em meia-lua) Cariorrexe * APOPTOSE CASPASES: responsáveis pela maioria eventos apoptóticos ativam clivagem DNA Inibem enzimas reparação Fatores pró e anti-apoptóticos Pró: genes família bax, glicocorticóides ativam caspases Anti: genes família bcl-2, hormônios tróficos inibem caspases DETECÇÃO: difícil, normalmente ocorre em células isoladas * http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Morfologia_apoptose.png * Ocorrência de apoptose fisiológica * Tab. 2. Diferenças básicas entre apoptose e necrose Tab. 2. Diferenças básicas entre apoptose e necrose Diferenças básicas entre apoptose e necrose * Tab. 2. Diferenças básicas entre apoptose e necrose Tab. 2. Diferenças básicas entre apoptose e necrose Diferenças básicas entre apoptose e necrose * Alterações do Interstício AMILOIDOSE Deposição substância amilóide (material protéico-fibrilar) Causa compressão e hipotrofia das células Forma massa nos órgãos com prejuízo funcional Associado a algumas neoplasias de tireóide, pâncreas, adrenal Observada na tuberculose e sífilis Associado a senilidade: placas amilóides no cérebro e coração (Alzheimer) Etiologia: pouco conhecida * Amiloidose renal e esplênica Amiloidose renal e esplênica. O rim e o baço estão aumentados de volume e com cor clara devido à deposição de amilóide. No rim a deposição é principalmente nos glomérulos . No baço, a deposição neste caso ocorreu na polpa vermelha, dando o aspecto chamado baço em presunto, ou baço lardáceo. http://www.fcm.unicamp.br/ * Alterações do Interstício AMILOIDOSE As placas senis são lesões no neurópilo (o tecido entre os corpos celulares dos neurônios). Há depósito de substância amilóide, que pode ser visível já na HE (como nesta foto de córtex cerebral). Há também espessamento e tortuosidades dos dendritos e axônios nas proximidades do depósito, que podem ser demonstrados com impregnação pela prata. http://www.fcm.unicamp.br/ * http://www.fcm.unicamp.br/deptos/anatomia/lamdegn12.html * * http://library.med.utah.edu/WebPath/CINJHTML/CINJ027.html
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