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Teorias Cognitivas da Aprendizagem

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Teorias Cognitivas da Aprendizagem
O cognitivismo perspective a aprendizagem como um processo interno, que envolve o pensamento, e que, portanto, não pode ser observado directamente: As mudanças externas e observáveis são fruto de mudanças internas relacionadas com mentalizações, sentimentos, emoções e significações da pessoa. Os cognitivistas definem aprendizagem como uma reestruturação que implica novas potencialidades. É neste processo que o sujeito tem um papel activo.
Dewey e a Pedagogia de Projecto
Jonh Dewey opôs-se a ideias da época, defendendo que a criança não é um adulto em miniatura, mas um ser em desenvolvimento, em transformação.
Dewey é considerado o pioneiro da pedagogia de projecto em que professa uma pedagogia baseada na experiência e natureza. 
Para ele, educar não é transmitir conhecimentos, mas levar a criança a desenvolver as suas tendências naturais, adquirindo o conhecimento através da experiência da interacção do indivíduo com o meio.
Dewey afirma que a pedagogia de projecto cria hábitos e fomenta a aquisição de processos de pesquisa e de resolução de problemas. Para ele o mais importante não são os produtos, os objectivos a atingir, as o processo e as aquisições que se fazem no decorrer da elaboração e concretização do projecto, vivenciar uma metodologia de pesquisa e de resolução de problemas dá competências nesta área ao sujeito e desenvolve as estruturas cognitivas, contribuindo para o aprender a aprender.
Jerome Bruner
A posição de Jerome Bruner é mais consistente com a posição cognitiva-gestaltista. Por exemplo, insiste que o objectivo último do ensino é promover a «compreensão geral da estrutura de uma matéria».
Bruner realça a importância que tem na aprendizagem a formação de conceitos globais, a construção de generalizações coerentes, a criação de gestalts cognitivas.
Bruner chama à sua posição uma teoria da instrução e não uma teoria da aprendizagem. Acha que uma teoria da aprendizagem é descritiva, isto é, faz uma descrição dos factos à posteriori. A teoria da instrução, por outro lado, é prescritiva, isto é, prescreve antecipadamente como um assunto pode se melhor ensinado. Se a teoria da aprendizagem nos diz que as crianças de seis anos ainda não estão prontas para compreender o conceito de reversibilidade, a teoria da instrução prescreve a melhor forma de guiar a criança a adquirir este conceito quando tiver idade suficiente para o compreender.
A teoria de Bruner tem quatro princípios fundamentais: motivação, estrutura, sequência e reforço.
O 1º Principio de Bruner, a motivação, especifica as condições que predispõem um indivíduo para a aprendizagem.
Bruner insiste que só através da motivação intrínseca se sustém a vontade de aprender, contudo não põe de parte a noção de reforço ou recompensa externa em que acredita que pode ser importante para iniciar determinadas acções ou assegurar que estas sejam repetidas.
Bruner preocupa-se mais com a motivação intrínseca do que com o que lhe parece ser um efeito transitório da motivação externa.
Talvez o melhor exemplo da motivação intrínseca seja o da curiosidade, porque todos nós nascemos equipados com o impulso da curiosidade; outra motivação inata é o impulso para adquirir competência e finalmente, Bruner lista a reciprocidade como uma motivação inerente às espécies. De acordo com ele, as motivações intrínsecas são em si próprias recompensadoras e por isso auto-suficientes.
Dado que a aprendizagem e a resolução de problemas exigem a exploração de alternativas, esta constitui o fulcro do problema e é crítico na criação de uma predisposição, de uma motivação para a aprendizagem a longo prazo.
A exploração de alternativas envolve três fases: activação, manutenção e direcção.
Activação
As crianças precisam de experimentar um certo grau de incerteza para actuarem a exploração, para poderem iniciar.
Manutenção
Uma vez activada, a exploração terá de ser mantida. Isto envolve assegurar à criança que a exploração não constituirá uma experiência perigosa ou dolorosa.
Direcção
A direcção da exploração é em função de dois factores: conhecer o objectivo e saber que a exploração de alternativas é relevante para alcançar o objectivo.
Deste modo, o 1º Principio de Bruner indica que as crianças têm uma vontade intrínseca para aprender.
O 2º Principio de Bruner, a estrutura, afirma que qualquer corpo de conhcimentos, pode ser organizado de uma forma óptima para ser transmitido e compreendido por praticamente qualquer aluno.
Para Bruner, a estrutura de qualquer corpo de conhecimentos pode ser caracterizada de três formas: 
Modo de apresentação
O modo de apresentação refere-se à técnica, ao método pelo qual a informação é comunicada.
Economia da Apresentação
A economia na comunicação de um corpo de conhecimentos depende da quantidade de informação que o aluno tem de reter para poder continuar a aprender. Quanto menos informação, menos os factos e maior a economia.
Poder de apresentação
Bruner acha que a natureza é simples, por isso, para ser poderosa, uma apresentação de algum aspecto da natureza terá de reflectir a sua simplicidade.
O 3º Principio de Bruner, a sequência, em que o grau de dificuldade sentido pelo aluno ao tentar dominar uma matéria depende, em larga medida, da sequência em que o material é apresentado.
Como Bruner acredita que o desenvolvimento intelectual ocorre de acordo com uma sequência inata, movendo-se da representação motora para a icónica até à simbólica, então é altamente provável que esta também seja a melhor sequencia para qualquer matéria.
Representação motora
A representação motora é necessária às crianças muito pequenas, que conseguem compreender melhos as coisas em termos de acções.
Representação icónica
Esta representação pode ser utilizada com crianças um pouco mais velhas. Aprendem a pensar a nível icónico quando os objectos são concebidos na ausência da acção.
Representação simbólica
A representação simbólica pode ser utilizada no estádio em que as crianças conseguem traduzir a experiência em termos de linguagem, permitindo que estas comecem a fazer derivações lógicas e a pensar de forma mais compacta.
De acordo com o 4º Principio de Bruner, a aprendizagem requer reforço. Para atingir a mestria de um problema, temos de receber informação retroactiva (feedback) sobre o que estamos a fazer.
A altura em que o reforço é dado é crucial para o sucesso da aprendizagem, assim como o reforço deve ser dado de uma forma compreensível para o adulto.
Aprendizagem por descoberta
Para Bruner, podemos aprender por recepção, assimilando saberes que nos são dados ou descobrindo esses saberes. Este psicólogo vai defender a qualidade da aprendizagem por descoberta. Nesta o indivíduo implicado descobrirá através de um pensamento analítico e intuitivo, através de actividade de exploração e de pesquisa. O sujeito tem um papel activo no acto de aprender.
A aprendizagem por descoberta contribui para uma melhoria das capacidades intelectuais, pois privilegia o processo de observar, analisar e pensar pois para Bruner “O saber é um processo não é um produto”.
Ausubel e a Aprendizagem Significativa
A base da teoria de David Acesubel (cognitivista-construtivista) é que a aprendizagem deve ser significativa, isto é, o sujeito aprende e está aberto a aprender quando integra a nova informação nos conhecimentos adquiridos. Os indivíduos não descobrem os princípios teóricos, eles reorganizam as estruturas cognitivas entre as novas informações e os conceitos já existentes com que se vão relacionar.
Segundo Acesubel: “O mais importante factor isolado que influencia a aprendizagem é o que o aprendiz já sabe”.
Acesubel defende que a aprendizagem significativa se desenvolve dedutivamente dos conceitos mais gerais para os conceitos mais específicos, em que existem relevantes conceitos gerais, com elevado grau de inclusividade e outros menos gerais que lhe estão subordinados.
Para que a informação seja integrada mentalmente comoaprendizagens significativas são utilizados organizadores prévios que são introduções que pretendem favorecer a fixação de novas informações nos conhecimentos existentes, em que Ausubel os definiu como pontes cognitivas entre o que o educando já sabe e o que tem de saber, facilitando assim a aprendizagem.
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Teorias de aprendizagem
As teorias que dominam a 1ª metade do séc. XX foram: A teoria de Thorndike, Pavlov e Gutherie.
Em 1899 Edward Lee Thorndike emitiu os conceitos e leis de aprendizagem que haviam de continuar por muitos anos. Thorndike foi, durante praticamente toda a primeira metade do séc. XX, o sr. Psicologia Educacional, dos EUA.
Thorndike via a aprendizagem como uma série de conexões estímulo- resposta (E-R). A sua teoria da aprendizagem descrevia o modo como estas conexões podiam ser, fortalecidas ou enfraquecidas.
Thorndike achava que a aprendizagem era, um empreendimento de tentativas e erros e prestou pouca atenção à possibilidade de formação de conceitos ou pensamentos. Este psicólogo postulou três leis fundamentais da aprendizagem.
Lei da prontidão: Quando o organismo se encontra num estado em que as unidades de transmissão (conexões E-R) estão prontas a transmitir, então a transmissão é satisfatória. Se a unidade de transmissão não está pronta, então a transmissão é perturbada. Thorndike mencionava uma prontidão transitória neurológica, um fenómeno mais momentâneo, uma espécie de momento neurologicamente ensinável e não uma prontidão maturacional.
Lei do exercício: Esta lei, também chamada lei do uso e do desuso, afirma que quanto mais uma conexão E-R for utilizada, mais forte se tornará, e o contrário também se verifica. Thorndike esclarece que a prática apenas leva a uma melhoria se for seguida de uma informação retroactiva positiva ou de uma recompensa.
Lei do efeito: Esta é, de longe, a mais importante lei de Thorndike, em que, afirma que uma conexão E-R é fortalecida se for seguida de satisfação (recompensa). Do mesmo modo, uma conexão é enfraquecida se for seguida de uma punição.
Nos seus últimos anos Thorndike, chegou à conclusão que a recompensa fortalece muito mais a aprendizagem, enquanto que a punição a enfraquece.
A partir da sua lei do efeito, Thorndike foi o 1.º psicólogo a realçar a importância da motivação na aprendizagem.
Quando um indivíduo é recompensado por aprender, então é mais provável que a aprendizagem ocorra.
Thorndike também elaborou um outro conceito bastante importante, o da transferência. A sua lei dos elementos idênticos especificava que quem aprende, consegue confrontar melhor novos problemas se estes tiverem elementos semelhantes aos que já tenham sido anteriormente resolvidos com sucesso.
Ex.: Se tivermos aprendido a usar uma enciclopédia na escola, teremos provavelmente mais facilidade em preparar uma refeição requintada a partir das instruções do livro de receitas.
O trabalho de laboratório do fisiólogo russo Ivan Pavlov foi de grande importância para o estudo da aprendizagem.
Em 1904, Pavlov ganhou o prémio Nobel da medicina pelo seu trabalho sobre a actividade digestiva dos cães. Toda a gente conhece a experiência de Pavlov, em que os cães salivam, não só quando a carne era directamente colocada nas suas bocas mas também quando ouviam os passos do tratador, mesmo antes de verem a carne. Pavlov, posteriormente, criou a expressão “reflexo condicionado” para descrever este fenómeno. Este reflexo exige um estimulo identificável que imediatamente elícita a resposta, mesmo que não tenha ocorrido aprendizagem.
O sistema de Pavlov pode ser chamado de neurocomportamental, no lugar (E-R), há E-N-R (estimulo- mediação nervosa- resposta). O associacionismo objectivo de Pavlov fundamenta-se no conceito de reflexo condicionado, que hoje conhecemos por condicionamento clássico. No condicionamento pavloviano, um estímulo não condicionado (ENC), por exemplo, comida, produz uma resposta não condicionada (RNC), por exemplo, a salivação; a associação repetida de um estimulo condicionado (EC) resulta, por sua vez, no aparecimento de um reflexo condicionado ou resposta condicionada (RC). A resposta condicionada é a que é desencadeada pelo estímulo que tem de ser aprendido por associação.
Pavlov descobriu que o condicionamento de reflexos tinha alguns efeitos secundários importantes, isto é, quando um dado estímulo condicionado é associado a um reflexo, outros estímulos similares também adquirem o poder de elícitarem resposta. As reacções fóbicas podem ser compreendidas sob esta perspectiva. Pavlov verificou que o processo de “extinção” era a única forma de quebrar a associação entre um estímulo e uma resposta condicionada. Alcança-se a extinção quando o EC perde o seu poder de evocar a RC; isto é conseguido com a apresentação repetida do EC sem se seguir o EI.
Primeiros teóricos cognitivistas
Max Wertheimer fundou a escola da psicologia chamada gestaltismo ou configuracionismo.
Wertheimer insistia que era inútil estudar pequenas partes, como a percepção ou a aprendizagem. Estudar partes isoladas não se justificava, pois ao modificar uma parte necessariamente iria modificar o todo. Do mesmo modo, o todo poderá manter-se, mesmo quando todas as partes foram modificadas.
Preocupava-se com a forma como as crianças aprendem, em especial na escola. Acima de tudo, queria que as crianças alcançassem a compreensão, conseguissem discernir a natureza do problema.
Segundo ele existem duas soluções para os problemas. A solução do tipo A é a que utiliza a originalidade e discernimento, ao passo que a do tipo B é a que faz o uso das associações passadas, de uma forma rígida e não apropriada.
Juntamente com Wertheimer na universidade de Frankfurt, trabalhou Wolfgang Kohler. Segundo Kohler o discernimento (insight) era mais típico da aprendizagem, especialmente da aprendizagem humana, do que o conceito de Thorndike de tentativa de erro às cegas. Para fundamentar a sua teoria, Kohler baseou-se em várias experiências que realizou com chimpanzés durante a I Guerra mundial na ilha de Tenerife. Kohler explicava que os chimpanzés eram capazes de ver o problema como um todo unificado, e só depois dessa reorganização de percepções é que se discernia a solução do problema. Achava que a aprendizagem por discernimento não dependia da experiência passada e não era apenas um caso especial de transferência.
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