Buscar

Muitos alunos ainda insistem em plagiar textos na hora de elaborar o TCC

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Muitos alunos ainda insistem em plagiar textos na hora de elaborar o TCC
POSTED BY EDNELSON PRADO | OUTUBRO - 29 - 2010 | 2 COMMENTS
���
Final de ano é sempre a mesma coisa: alunos na correria para finalizar os Trabalhos de Conclusão de Curso, os famosos TCCs; e professores com a missão de corrigir o material. Como professor de ensino superior, estou aqui, na responsabilidade de avaliar mais uma leva desses trabalhos. Por determinação da Instituição na qual leciono, para este ano, uma mudança tem feito com que avaliações ao longo do ano sejam realizadas, ao invés de termos apenas a banca final. Com isso, espera-se poder avaliar todo o processo, e não mais apenas o produto final. Vejo boa a iniciativa que, entre outras coisas, evita surpresas de última hora.
É justamente sobre essas surpresas que gostaria de falar neste momento. O correto é vermos os alunos envolvidos com a produção de suas monografias, ou trabalhos práticos, ao longo de todo o ano. Como sempre, porém, é comum ver aqueles que deixam tudo para a última hora. É nesse momento que as surpresas acontecem. Infelizmente, a tentativa de plágio ainda é uma realidade na academia. Os alunos (aqueles que não se comprometem com seu trabalho desde o início), se acham sempre os mais espertos e apelam para cópias de material sem dar o devido crédito a quem é de direito: o autor. Isso contitui-se em plágio, que inclusive, é crime.
Uma questão para a qual os alunos não se atentam é que o professor não é ingênuo como eles pensam. Hoje, mais até do que antes, não se engana o professor de forma tão fácil como se espera. O aluno precisa entender que, assim como ele encontra artigos e textos na internet, o professor, com uma breve pesquisa, também o faz. Claro que, como em toda a profissão, há professores mais, e outros menos, comprometidos. Talvez é nos menos comprometidos que os alunos apostam, e, muitas vezes, se dão mal. Há alguns pontos aos quais os alunos, que pensam em burlar o sistema, precisam estar atentos. Vou dizer aqui como a coisa funciona para o professor.
Primeiro, o estudante, no mínimo, foi aluno do professor por um breve período, então, o educador sabe da capacidade de escrita desse aluno. Ao ler a monografia, ou o relatório de pesquisa, ele já tem uma impressão inicial se o texto apresenta sinais, ou como preferem alguns professores, as marcas linguísticas daquele aluno. Textos fora dos padrões de escrita do aluno levantam suspeitas. Claro que a linguagem deve ser acadêmica, nesse tipo de trabalho, mas o professor sabe quando o aluno tem ou não condições para isso.
Outro fator que deve ser considerado é que o material precisa conter coesão textual. Quando percebemos que há problemas de coesão, e eles não estão restritos a possíveis deficiências de escrita com as quais o professor já esteja acostumado a encontrar nos textos desses alunos, ele pode entender como o indício de possível fraude. A falta de referenciação, claro, é um sinal de algo pode estar muito errado. Em se tratando de pesquisa, aprendemos, desde o início de nossa vida acadêmica, que não achamos nada, temos sempre de estar embasados em autores que sustentem nossas avaliações sobre o tema abordado. Textos longos, sem citações e referências podem ser um erro do aluno, mas, também, podem ser um sinal de que o texto pode não ser dele.
Há, claro, muitos outros sinais, que levam o professor/avaliador a ir pesquisar o material recebido. Hoje, com as ferramentas de busca da Internet, assim como o aluno obteve seus textos, o professor consegue encontrar a origem da escrita. Resultado: material vetado, ou que não vai pra banca, ou acaba reprovado no momento da apresentação. Nos dois casos, prejuízo para o aluno, que perde um ano, por falta de comprometimento e responsabilidade.
Além disso, o universitário precisa entender que o plágio, além de ser um crime, coloca em xeque, também, a imagem do orientador. Sabemos que, muitas vezes, há orientadores menos comprometidos, mas que há também alunos que não ficam atentos às orientações e, de última hora, tomam decisões e escrevem seu material sem passar pelo crivo do orientador. Isso resulta, sempre, em consquências ruins para o aluno e deixa em situação desconfortável o orientador.
Por isso, o melhor é encarar o desafio de elaboração do TCC com seriedade e responsabilidade, ao longo de todo o ano. Para isso, existe um cronograma. Para um resultado positivo, é só segui-lo. A procrastinação é o erro inicial cometido pelo aluno, que termina em um erro ainda maior, que é o plágio. Seja inteligente, evite isso. Professor não é tolo, como muitos imaginam.
http://www.ednelsonprado.com/?p=265

Outros materiais