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Introdução à Ovinocultura 1.1
Com mais de 17 milhões de cabeças, o rebanho ovino no Brasil e no mundo compreende um importante mercado de produtos, como carne, leite e derivados, lã e pele.
O mercado de carnes ovinas é carro-chefe dos produtos da ovinocultura. Atualmente tem sido vista como uma carne diferenciada, muito utilizada pela alta gastronomia
Há mais de um bilhão de cabeças de rebanho ovino no mundo, e alguns países da América Latina fazem parte desse montante, sendo expressivos em produzir carne, couro, leite ou lã. O Brasil tem toda capacidade para avançar ainda mais nessa criação
A ovinocultura, muitas vezes, tem sido vista como uma nova opção para criadores ou uma alternativa para pecuaristas em todo o mundo pela adaptação versátil de muitas raças às diferentes condições climáticas e geográficas.
Apesar de algumas crises econômicas que afetaram ou fizeram oscilar os preços dos produtos ofertados pela ovinocultura, o mercado tem potencial de expansão, visto que há uma crescente demanda nos grandes centros urbanos pela carne ovina, assim como pelo leite para a produção de derivados diferenciados, como nobres queijos e iogurtes.
*obs: Ovinos raça Santa Inês – são ovinos deslanados (sem lã). Têm como principal aptidão produtiva a carne.
Fase de terminação – quando os ovinos estão prontos para serem abatidos, tem-se a fase de encerramento da criação, no caso, quando animais que produzirão carne atingem o peso esperado para o abate e posterior comercialização da carne.
Cuidados na Ovinocultura 1.2
Manejar adequadamente os animais é o caminho para uma criação produtiva, além da oferta de produtos de alta qualidade, pois o manejo envolve todo o planejamento e ações para atender às necessidades da criação. A higiene e limpeza das instalações e dos pastos são essenciais; os manejos nutricional e reprodutivo são fundamentais, assim como o manejo sanitário, prevenindo doenças e surtos.
Um esquema de vacinação deve ser implantado, principalmente nos primeiros meses de vida dos animais, quando há redução da imunidade materna transferida pelo colostro. Uma atenção especial deve ser dada aos cordeiros, assim como às ovelhas prenhes e recém-paridas.
Todos esses pontos favorecem a ovinocultura, assim como outras criações, para que obtenham sucesso, criando animais saudáveis e, consequentemente, otimizando a produção e os lucros advindos deste trabalho.
Ovinos na Propriedade
Primeiro passo: é preciso saber mais sobre a raça adquirida e sua aptidão produtiva.
Ovinos da raça Santa Inês: são animais deslanados, de grande porte, produtores de carne e peles. Com ótima habilidade materna, produzem carne magra e de excelente qualidade.
Os animais têm 50 dias de vida, são jovens, denominados cordeiros, termo aplicado aos animais do nascimento ao desmame, ou seja, até os 3-5 meses de vida.
Se o interesse é produzir carne, mais raças especializadas em carne podem ser introduzidas na propriedade.
É de fundamental importância a ingestão do colostro para a transferência de imunidade passiva e natural, transferência de imunoglobulinas, predominantemente IgG.
Raças Ovinas e Características Produtivas
As raças ovinas têm diferentes aptidões, que podem ser para carne, leite, pele e lã. Muitas raças apresentam aptidões mistas.
No Nordeste do país há a predominância de raças rústicas, voltadas à pele e carnes. Exemplos: Morada Nova, Santa Inês, Cabugi.
Já no Sul, por exemplo, a raça Corriedale representa grande parte do rebanho, com dupla aptidão para lã e carne.
 Manejo do Rebanho Ovino e Seleção de Animais 1.3
Nesta seção, você aprenderá sobre importantes aspectos relacionados à ovinocultura, como as enfermidades peri e neonatais em ovinos, os cuidados que devem ser ministrados às fêmeas prenhes, principalmente no terço final da gestação, e aos filhotes recém-nascidos.
Uma vez que esses animais estão mais propensos às enfermidades, todos os cuidados e medidas profiláticas para reduzir os riscos são imprescindíveis para a saúde dos animais. Caso haja casos de aborto na propriedade, eles devem ser investigados para que sejam descobertas as causas.
Outro ponto relevante nesta seção corresponde às características fenotípicas relacionadas à produtividade esperada dos ovinos. Então, vamos descobrir mais sobre esses tópicos!
Medidas Profiláticas com o Novo Rebanho
Sr. Odair adquiriu animais de 50 dias de vida da raça Santa Inês. Sua meta é instituir um rebanho para manter a criação na propriedade. Sr. Odair fará a compra de ovelhas e carneiros, assim como de borregos para reprodução.
Pensando o Problema do Sr. Odair
Para instituir um rebanho constante na propriedade, mais animais de diferentes idades devem ser adquiridos.
Por exemplo: pode haver a aquisição de algumas matrizes e reprodutores para que possam se reproduzir e continuar a criação de ovinos; borregas também podem ser adquiridas para que tenham a primeira cria e, assim, sejam incorporados à criação.
Um manejo específico para animais reprodutores e esquemas profiláticos deve ser implantado a fim de que se tenha um rebanho saudável e livre de enfermidades.
O conhecimento das principais enfermidades que afetam a sanidade do rebanho ovino é de grande relevância para a tomada de medidas e cuidados.
O interesse produtivo é uma questão essencial para a seleção de animais de raças especializadas, assim como as características fenotípicas esperadas.
Os cuidados com o neonatos serão abordados nesta seção.
Nascimento da ovelha da raça Ile de France
Enfermidades em Fêmeas Prenhas e Neonatos
Enfermidades perinatais: podem ocorrer distúrbios metabólicos no período gestacional, como hipocalemia, cetose ou hipomagnesemia, que podem causar sérios problemas para as ovelhas e levar ao aborto, principalmente no terço final da gestação. Porém enfermidades infecciosas podem também levar ao aborto ou ao aumento da natimortalidade, como leptospirose, aborto enzoótico das ovelhas, vibriose, entre outras.
Enfermidades neonatais: diarreias, hipotermia e diversas infecções podem acometer o recém-nascido, por ele estar mais suscetível ou por má nutrição materna durante a gestação ou por falha da transferência de imunidade passiva
Cuidados peri e neonatais: são os cuidados de manejo que devem ser administrados às ovelhas prenhes, assim como aos neonatos.
Profilaxia do Rebanho e Características Fenotípicas
Profilaxia de enfermidades: Envolve os cuidados preventivos para mitigar os riscos de infecções que acometem o rebanho. Um exemplo é a realização da quarentena nos animais recém-chegados na propriedade.
Características fenotípicas: De acordo com a especialidade de produção ‒ carne, lã, leite ou pele ‒ raças são selecionadas em termos físicos e produtivos para que seus produtos sejam otimizados e haja animais cada vez melhores e com menos defeitos classificatórios.
Sistemas de criação e instalações na ovinocultura 2.1
O sistema de criação escolhido pelo criador é fundamental para o tipo de raça e produto final que ele deseja obter, seja carne, lã, leite ou pele. O sistema pode ser classificado em três categorias: intensivo, semi-intensivo e extensivo. As instalações e equipamentos devem ser adequados ao tamanho do rebanho, à categoria e ao sistema de criação. 
Indica-se que instalações sejam feitas para rebanhos superiores a 50 cabeças, pois um número menor de animais pode utilizar alguns espaços já existentes para outras criações na propriedade. Existem categorias produtivas na ovinocultura, que são cria, recria, matrizes e reprodutores, de modo que cada um desses grupos tem necessidades diferenciadas, inclusive no aspecto nutricional, para que consigam atingir o melhor desempenho produtivo
Pontos importantes
Conheça os sistemas de criação:
Extensivo: animais criados a pasto, sem suplementação.
Semi-intensivo: criação a pasto (natural ou cultivado), com suplementação.
Intensivo: criação em confinamento, com total suplementação.
Instalações e equipamentos:
Currais
Bretes
Comedouros
Salas de ordenha
Salas de tosquia
Manjedouras
Cercasetc.
Para saber quais instalações serão necessárias é preciso escolher o sistema de criação, assim como o tipo de produção esperada, que no caso em estudo sabe-se que é carne de cordeiro.
Instalações e categorias de criação
Equipamentos e instalações: centro de manejo (composto de currais, seringa e tronco de contenção); abrigos ou apriscos; instalações adicionais de acordo com o tipo de criação.
Bebedouros / manjedouras / cochos ou comedouros a serem instalados nos piquetes, de acordo com o tipo de criação, e nos abrigos ou currais.
Cercas com altura de 1 m para animais mais baixos e lanados, e cercas de 1,5 m de altura para animais maiores e geralmente deslanados, produtores de carne.
Conheça as categorias de criação:
Cria (animais em amamentação)
Recria (animais desmamados até período pré-púbere, para engorda ou para se tornarem matrizes ou reprodutores)
Matriz (ovelhas em fase reprodutiva, usadas para produção de cordeiros saudáveis)
Reprodutor (carneiro utilizado para cobrir as fêmeas, voltado a produzir filhos saudáveis)
Instalações e categorias de criação
Necessidades nutricionais de acordo com a produção: níveis de concentrado e proteína bruta variam de acordo com a categoria de produção.
Enfermidades ovinas e manejo profilático 2.2
Algumas enfermidades são muito comuns no rebanho ovino, como clostridioses, ectima contagioso, podridão dos cascos, fotossensibilização ou mesmo parasitoses, principalmente causadas por Haemonchus contortus, Strongylus spp. e Oestrus ovis
É fundamental que um manejo sanitário seja realizado na propriedade a fim de minimizar os riscos da ocorrência de doenças ou mesmo surtos. Para isso, deve ser instituído um esquema de vermifugação e vacinação baseado na casuística de enfermidades da região.
Exame de OPG: deve ser realizado rotineiramente com uma amostragem do rebanho. O método Famacha pode ser empregado para auxiliar na escolha dos animais a vermifugar, evitando assim o aparecimento de resistência parasitária.
O casqueamento e pedilúvio auxiliam na prevenção da pododermatite, assim como banhos de pulverização podem ser realizados de acordo com a necessidade, evitando a ocorrência de doenças causadas por moscas, carrapatos e ácaros. 
Adaptando o manejo profilático
Você está auxiliando dois criadores de ovinos que resolveram unir suas propriedades vizinhas para começar a produzir carne de cordeiro com qualidade, a fim de suprir a demanda do mercado. 
Como já foi mencionado, os criadores Sr. Macedo e Sra. Rosana já possuem um rebanho de aptidão mista produzindo leite e carne, porém em baixa quantidade. Eles querem manter esse rebanho na propriedade, porém irão adquirir um novo lote de animais da raça Suffolk, em fase de cria e recria, assim como algumas matrizes secas e dois reprodutores para formar um novo rebanho. 
Os criadores estão preocupados com a chegada desses animais em pouco tempo e com todo o manejo sanitário que deve ser realizado a fim de evitar enfermidades.
 Pensando na propriedade
*Animais presentes na propriedade: produção de leite e carne. Já existe um manejo prévio com esquema de vacinação e vermifugação.
*Novos animais adquiridos da raça Suffolk (com aptidão para carne) necessitam de um período de quarentena e medidas iniciais de manejo profilático.
*Categorias diferentes de produção (cria / recria / matriz / reprodutor) apresentam diferentes necessidades de manejo.
*Levantamento das enfermidades com maior ocorrência na região da propriedade: instituir novo esquema de vacinação.
Ciclo do Fasciola hepatica, um importante parasita de ovinos que afeta ductos biliares e o parênquima hepático. Além desse, muitos outros parasitas podem causar enfermidades em rebanhos.
Fascíola hepática em ovinos e caprino
Principais enfermidades ovinas e profilaxia
Enfermidades causadas por bactérias: clostridioses – Clostridium spp.; linfadenite caseosa – Corynebacterium pseudotuberculosis; pododermatite – Dichelobacter nodosus e Fusobacterium necrophorum.
Enfermidades causadas por vírus: ectima contagioso – Parapoxvius; raiva – Lyssavirus.
Enfermidades causadas por parasitas: hemoncose – Haemonchus contortus; cenurose – Taenis multiceps; coccidiose – Eimeria spp.
Esquemas profiláticos:
*Uso de vermífugos e rotação de princípios ativos para evitar resistência parasitária.
*OPG (ovos por grama de fezes): verificar ocorrência de parasitas no rebanho.
*Isolamento e tratamento de animais doentes.
Controle reprodutivo e biotécnicas de reprodução 2.3
Os ovinos são considerados poliéstricos estacionais. Nas regiões temperadas ou que apresentam estações do ano mais demarcadas, apresentam cio nos períodos do ano em que os dias têm duração mais curta. Já os animais de regiões tropicais apresentam cio ao longo do ano, o que favorece a produtividade do rebanho. Clique na imagem e saiba mais.
O manejo reprodutivo de rebanhos é uma importante ferramenta, em que é possível utilizar métodos para induzir e sincronizar os cios, permitindo inseminação artificial ou monta natural e, assim, programando os partos e a otimização reprodutiva das matrizes e reprodutores.
Além disso, existem biotécnicas cada vez mais avançadas em reprodução, como a MOTE e a clonagem transgênica, para que se aproveite o máximo de animais de alto valor zootécnico ou com algumas aplicações em medicina.
Manejo reprodutivo na propriedade
Um rebanho em diferentes fases de criação foi adquirido pelo Sr. Macedo e pela Sra. Rosana, e já está na nova propriedade. Agora, com base no plantel de matrizes adquiridas e de reprodutores,
Um rebanho em diferentes fases de criação foi adquirido pelo Sr. Macedo e pela Sra. Rosana, e já está na nova propriedade. Agora, com base no plantel de matrizes adquiridas e de reprodutores, clique aqui e descubra o que a Sra. Rosana, que ficou responsável por organizar e programar o manejo reprodutivo na propriedade juntamente com você, médico veterinário, quer saber:
Vale observar que os carneiros reprodutores vieram com um laudo em que foram considerados aptos à reprodução.
Manejo reprodutivo
Seleção de ovinos aptos como matrizes ou reprodutores no rebanho: testes para avaliar a saúde e aptidão para a reprodução.
Seleção de ovinos aptos como matrizes ou reprodutores no rebanho: testes para avaliar a saúde e aptidão para a reprodução.
Manejo reprodutivo: indução e sincronização de cios por hormônios ou uso de machos próximos às fêmeas para que seja estimulada a ovulação.
Biotécnicas: MOTE (múltipla ovulação e transferência de embriões), IA, clonagem, transgenia e PIV (produção in vitro de embriões).
Reprodução de ovinos
Nesta seção você conhecerá diversas enfermidades que podem afetar o rebanho ovino. Informe-se sobre as principais medidas profiláticas.
Seleção de animais aptos à reprodução: Puberdade atingida entre 6 e 7 meses. Deve-se esperar o animal atingir 75% do peso adulto para iniciar a reprodução – cerca de um ano para as fêmeas e 1,5 a 2 anos para os machos.
Machos (reprodutores): exame físico e andrológico e espermograma (avaliação do sêmen). 
Fêmeas (matrizes): exame físico, boas características reprodutivas (úbere bem implantado) e ausência de inflamação nos tetos e na vulva. 
Cio: 17 dias em média.
Boa nutrição e instauração do manejo reprodutivo: programar cio, identificar os métodos a serem escolhidos e as formas de inseminação, e avaliar a possibilidade do uso de biotécnicas de reprodução.

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