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NP2 PSICOLOGIA FENOMENOLÓGICA

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NP2 PSICOLOGIA FENOMENOLÓGICA
A OBRA FUNDADORA DE LUDWING BINSWANGER:
Aparecimento do ''Ser e tempo'' em 1927. - Surge aí uma nova definição compreendido como Dasein e Ser-no-mundo.
Porém, Binswanger decidiu usar o termo ''Daseinsanálise''.
Conhece na França p texto ''Sonho e existência''.
Nasceu dia 13 de abril de 1881 em uma família de Psiquiatras.
Daseinsanálise Binswangeriana se caracteriza em oposição a psicanálise.
Se afasta da psicanálise após ter contato com as obras de Husserl.
Dizia que, um fenômeno que desde sempre pareceu dever a se submeter às interpretações, esse fenômeno é o sonho.
Isso atesta o quanto o homem sabe pouco das coisas de si mesmo e está submetido as forças que ele não controla. - Trata-se da análise fenomenológica dos sonhos.
Para ele o sonho é uma possibilidade para o sonhador, o sonho revela o mundo espacial e temporal peculiar ao sonhador.
Traumdeutung freudiana – se ater a conteúdos manifestos do sonho.
Binswanger afirma que o sonho, tudo somado, é uma modalidade particular do ser humano.
Descobriu a relação entre o espaço, a tonalidade afetiva e o corpo.
Tonalidade afetiva: sempre me abro para o mundo e para o outro a partir de uma disposição afetiva: esperançosa, temerosa, otimista, pessimista, triste, alegre, depressiva, indiferente...
O espaço do Dasein, do existente, se articula, por oposição ao espaço estendido e mensurável da ciência.
Corporeidade: Corpo Físico.
Para a Psicopatologia não é suficiente se referir ao espaço geométrico, importa mais levar em conta o espaço físico e o espaço corporal.
Na Daseinsanálise, entende-se, que toda experiencia ser interpretada e decifrada.
O conceito principal é o dasein, ser-ai lançado no mundo.
Da filosofia Fenomenológica herda noções como:
Intencionalidade (Quando olha determinado objeto e atribui valores e o nomeia).
Ser-no-mundo.
E campos de aplicação:
Consciência, corporeidade, espaço e tempo, mundo, etc.
Os existenciais:
- Medo, temporalidade, espacialidade (ideia de finitude, etc...).
Ser-no-mundo (se dando em...).
Mundo próprio;
Mundo compartilhado;
Mundo ao redor (Mundo da circunvizinhança).
A singularidade aparece nos modos de ser-no-mundo:
Próprio/Impróprio.
Projeto (consciência da própria finitude de vida).
Impseidade (ideia de uma singularidade que contempla tudo, algo que articula, identidade ampliada, ser único, singular).
Temporalidade: eu vivo no presente com noção de passado e futuro, tudo isso no agora. A temporalidade é um acontecimento ATUAL, passado como já-sido e futuro como-ainda-não.
Binswanger foi o primeiro psiquiatra a se interessar pela fenomenologia, e buscou compreender a constituição do mundo do paciente. Paciente como Dasein, o que significa que o homem e mundo são indissociáveis, e que a patologia é o modo de ser no mundo.
Binswanger fala também de “espaço afinado”, e foi graças a Heidegger que ele descobriu a relação entre o espaço, a tonalidade afetiva e o corpo.
LINHAS DE TRABALHOS DASEINSANALÍTICO:
Compreensão da história de vida do paciente em sua singularidade como reflexão da estrutura total do ser-no-mundo.
Auto compreensão do paciente numa comunicação natural com o analista existencial.
O paciente como parceiro e não objeto para si (más é um parceiro de compreensão e reflexão). 
Convoca-lo parra uma nova estruturação / sonho como modo particular do ser-no-mundo.
Sonho é um modo particular do sujeito de ser-no-mundo.
Não compartilhado com o mundo, porque é consigo mesmo.
Recusa a visão entre elementos psíquicos e corporal, pois, considerava o ser humano como uma existência em sua história de vida.
Cada psicótico tem sua expressão através de seu caráter singular.
Cada psicose tem suas características de experiencias vividas.
Uma especificidade psicótica.
Elemento antropológico, experiencia vivida de cada um, um caráter de singularidade do indivíduo.
Estuda-se as experenciais vividas da psicose para trata-la e entende-la.
O paciente é a tradução (interpretação) de seu próprio sofrimento, tradução esta que cabe a nós entender.
Descrição fenomenológica da história de vida do sujeito.
REVIRAVOLTA FENOMENOLÓGICA DE BINWANGER:
Volta a Husserl.
Já não faz mais referência a uma fenomenologia descritiva nem antropológica.
Nos últimos livros, interessa-se não mais em descrever o mundo maníaco e melancólico, como numa fenomenologia antropológica do tempo vivido. Ao final da busca, encontra-se na identificação e compreensão das falhas estruturais dp dasein nas psicoses.
Nos estudos sobre mania e melancolia.
Compreende a constituição particular dos mundos psicóticos, esquizofrênicos, melancólicos e maníacos.
3 FASES DE BINSWANGER
Daseinsanálise - tentar compreender e descrever a experiência humana.
CONCEITO DE ESPACIALIDADE
Espaço afinado, como se estivesse num lugar, lugar de conforto, experencias de vivencias e espacialidade que leva a segurança e conforto.
A mania é entendida como uma falha da apresentação temporal em que o relaxamento temporal no maníaco ocorre de forma inversa em relação a melancolia.
A melancolia caracteriza-se por acentuada depressão, desgostos, muitas das vezes com inibição motora e ideia de autodestruição que podem levar ao suicídio.
A mania caracteriza-se por excitação eufórica do humor e agitação motora. O Maníaco pode distorcer a realidade de modo a não enxergar os riscos e perigos embutidos em suas ações.
DIFERENÇA ENTRE MANIA E MELANCOLIA
O melancólico se encontra preso ao seu passado.
Já o maníaco preso no seu presente, experiencia um constante agora, não consegue viver o seu presente.
Heidegger – Usava a fenomenologia (Daseinsanálise) para explicar a busca do ser.
Relação da morte, do ser-no-mundo, etc.
Já Husserl – Estava preocupado com os ''atos de consciência'', intencionalidade, etc. Não está preocupado com a existência, morte, etc.
Binswanger - é quase um recuo, ao se voltar as ideias de Husserl que está interessado ao estado de consciência, exemplo: psicótico.
Contribuição de Binswanger – pegar da fenomenologia de Husserl e fazer dela uma prática de saúde mental. E também, estudos sobre psicoses, manias, uma análise sobre esses conceitos na visão fenomenológica.
A DESEINSANALYSE DE MERDARD BOSS:
Nasceu dia 4 de outubro de 1903 na Suíça, onde cresceu e formou-se em Medicina no ano de 1928 na Universidade de Zurique.
Boss entra em contato com a Psicopatologia Fenomenológica de Binswanger na Clínica Psiquiátrica Burghlzli.
Por intermédio dos estudos de Binswanger que Boss entra em contato com as ideias de Heidegger - ''Ser e tempo''.
1938 – 1948 Participa de grupo de estudos com Carl Jung – entra em contato com outras críticas à Metapsicologia freudiana.
Construção de uma psicologia, uma psicopatologia fenomenológica.
Boss - é a partir dele que a Daseinsanályse passa a ser uma análise da psicologia.
Boss menciona que o mundo do Dasein é um ''Mundo Compartilhado''.
Dizia que era preciso desenvolver uma disciplina que demonstre os fenômenos existenciais comprováveis do Dasein.
É trabalhar com o saudável que foi possível compreender o fenômeno doença.
Doença como expressão do Dasein (interrupção, impedimento de expressão do Dasein, etc).
Como é que eu olho para o fenômeno suspendendo minhas concepções?
Para entender tal fenômeno, é preciso olhar para ele sem estabelecer uma generalização a priori (futuro) que me afasta da compreensão do mesmo.
É enxergar a singularidade daquele fenômeno, do que está condensado no agora, para entende-lo.
Nenhuma Patologia é igual a outra, pois, quando você vai atender um paciente que têm tal transtorno, sempre vai ser algo novo a experenciar diferente do outro que possua a mesma doença. É verificar como esse fenômeno aparece.
Para entender o Dasein, é preciso desvendar os mundos compartilhados.
Sempre pensar o dasein em relação.
A experiência de cada um acontece de forma singular mesmo estando no mesmo espaço onde estão outros. - Ou seja, numa sala de aula, pode-se apresentar o mesmo fenômeno a todos, más cada um vai interpretar ecompreender de acordo com sua experiencia singular.
Existencial de Boss (ser-com-o-outro) é central na sua obra.
Expressão do fenômeno numa psicoterapia se dá através da ''fala'' (narração).
Ser para a Morte (ideia de finitude).
Com base nos existenciais ser-com-o-outro, entende-se a existência humana como uma abertura estendida e transparente, tanto no sentido temporal, quanto espacial. 
A essência do existir humano é ser está ''clareira'' que consiste um pode ''ver'', experenciar o que vêm ao seu encontro.
Ontico: ''Ente.
Ontológico: ''Ser (Dasein)''.
TERAPIA: todo tratamento que liberte daquilo que aprisiona.
A ironia é uma das formas mais covardes de expressar o que se sente.
“...Todos os sintomas patológicos corporais e os chamados psíquicos são sempre privações (de algo que nos é importante) e podem ser compreendidos como reduções de possibilidade de entender uma coisa em toda a sua amplitude e riqueza de conteúdo...”.
Quando encontro uma resposta, explicação, ficamos em paz. O psicólogo deve ter paciência para as dúvidas, para as respostas não obtidas.
Portanto, não limita explicações de ordem causal e origem, mas o esclarecimento da natureza existencial.
Muitas vezes interpretamos, e tiramos a chance de a pessoa vivenciar e descobrir os significados para ele mesmo. - Podemos auxiliar com a forma de fazer perguntas, estar aberto, entre outras técnicas.
“Toda ação humana é motivada por conta de algo reconhecido pela pessoa em questão, e este reconhecimento acontece no estar enganado de uma pessoa, por algum fenômeno que é endereçado a ela”.
É porque nós, seres humanos, existimos de tal modo que nosso presente se encontra sempre comprometido com nosso passado (o que aconteceu vai se repetir? Ao falar sobre o que aconteceu comigo, eu ressignifico).
A maneira como vemos o que foi e o que é agora está sempre relacionado com o modo como estamos dirigidos ao futuro” (o que faço agora é sempre voltado ao que vai acontecer depois).
Estender a mão é uma parceria onde a própria pessoa fará as descobertas, nós apontamos os riscos e a decisão é dela. Se dermos o caminho, tiramos a condição humana de pensar sobre si. O processo terapêutico gera uma dependência temporária, pois a pessoa descobre alguém que o escuta, e depois os laços se estendem quando a pessoa se torna responsável pelo que faz.
NOSSO DESAFIO:
-Dedicar-se na compreensão e estudo da teoria.
-Colocar-se aberto a própria experiência de estudar a Fenomenologia: “ser junto... Permanecer junto”. Não basta só ler, tenho que estar junto da leitura e ter tempo para refletir.
-Um compartilhar de experiências. Cuidados com os exemplos pessoais para não se perder nisso. - O desenvolvimento de uma prática.
-Uma mudança de paradigmas utilizados na prática do aprendizado: aplicar a partir de uma referência. 
-Adotar uma concepção própria do conhecimento e não a encaixar em algo já aprendido. Em algum momento do processo, temos que refletir o que pensamos sobre as coisas, não basta apenas reproduzir autores e sim usar a intuição.
-Busca do sentido através do vivido (experiência que vem à tona).
-Sentido: valores, conceitos, percepção que tenho sobre as coisas.
-Dar a mão é compreensão através da ação (parceria).
A prática clínica: Compreensão e Ação na Clínica Fenomenológica:
- Conceito de Compreensão, para que isto ocorra – suspendo concepções e visões prévias acerca dos fenômenos e depois Epoché, um olhar que não é do senso comum, más a sua intensão se constitui em compreender com o paciente.
Não é somente um entendimento cognitivo, é ressaltado a compreensão para além do senso comum.
- Conceito de Ação (Hannah) - Pensar a compreensão do paciente no seu Dasein, no seu mundo.
Ideia da tentativa de dar alguma resposta ao sujeito, mesmo que não seja este o objetivo da fenomenologia.
Esse movimento permite a compreensão do sofrimento e da dor.
Intensão de se aprofundar na vida prática da pessoa.
Fundamenta toda uma construção ligada as relações humanas.
Condição Humana – pensa muito a ideia do exercício da política como cuidado, cuidar do mundo, do país, da cidade, das pessoas, etc.
Cuidar das coisas do mundo (Cuidar Amoroso).
Círculo Hermenêutico: Estudo e aprofundamento dos fenômenos.
O ''Aí'' do (ser-aí) significa ''aqui''.
Para se entender um fenômeno, é preciso um movimento circular em torno dele para se dar sua compreensão. - Quando um paciente faz o seu relato, é preciso sempre um movimento circular, um olhar novo aos mesmos fenômenos que se abre para a nossa compreensão. - Sair da zona de conforto para entender o fenômeno, olhar para ele com uma certa abertura, um olhar para além das coisas concretas.
O Fenômeno só acontece no espaço de abertura (clareira). Na clínica o espaço que se dá é entre o psicólogo e o paciente. - Tal abertura permite um olhar circundante nos fenômenos que são desvelados no momento (clareira + círculo Hermenêutico). Isso deve acontecer no tempo do cliente, basta paciência na escuta, não cabe a nós pressioná-lo.
Sentido: Aquilo que se pode articular na compreensão. - A partir do sentido que algo se torna compreendido. - O sentido que aparece no relato do paciente é fundamental para compreensão do fenômeno, sendo este, a possibilidade de o paciente compreender seu modo de ser-no-mundo.
Eichmann em Jerusalém:
O mal se dá de modo cotidiano.
Conceito de operador do sistema (aquele que cumprem ordens por mais terríveis que sejam, exemplo, os nazistas).
Para superar a maldade, somente através de uma consciência ética, de uma reflexão.
A Fenomenologia não pode ser entendida como mais uma teoria de aplicação, pois, ela não é um conjunto de ferramentas com intuito de dar conclusões e verdades prévias (Metafisica).
Clareira: Abertura na medida que você é lançado ao mundo, condição de abertura para o mundo. - Só é possível entender o indivíduo no seu ''estar lançado no mundo''. - Quando essa abertura não se dá, há uma interrupção, seja doença ou outras coisas, aí não é possível uma compreensão por não estar aberto. - O analista deve estar lançado no mundo do paciente.
Todo ente já está compreendido, exemplo: Cadeira, Mesa, etc... matéria as quais quando olho já atribuo valor e significado.
-Cuidado com a escuta apressada. Ela pode te tornar cego, surdo e mudo.
-Compreensão com a expressão e os sentidos.
Ajudar o paciente a ganhar sua própria liberdade de pensar, sentir e agir (vai fazer o que é bom para ele, arcando com as consequências). -Caminhar lado a lado.
O temor nos leva ao receio da perda de controle. O temor pode configurar o rompimento com o valor que se legítima. Gera desconforto e a sensação de aniquilamento, e de perda do controle, ameaça à própria existência. Há momentos que é negativo e há momentos que é importante para proteção.
A não-liberdade - Condição originária do fracasso, da dificuldade de enfrentamento: a condição de não-ser (impedido do uso da liberdade).
A angústia - Nos coloca diante da nossa vulnerabilidade, porque ficamos uma situação que não queríamos estar. -O ser cotidiano busca a fuga de sua falta de apropriação de sua existência. - Buscamos a alienação do que nos é próprio: a morte um dia. A vulnerabilidade, fuga é uma maneira de lidarmos com o que não conseguimos evitar (morte). -No poder-ser temos a morte como certa. A relação própria do homem com a morte abre espaço para que ele se conquiste na sua totalidade.
A terapia - Inicia-se com as tonalidades afetivas do desabrigo do paciente e do ser lançado do terapeuta. O terapeuta também é lançado numa condição de vulnerabilidade por não saber com quem está ligado, como vai ocorrer, tudo é indeterminado. 
O tempo - “Somos devorados pelo tempo, não por nele vivermos, mas por acreditarmos na realidade do tempo”. Ter consciência de que ele acaba. - “A terapia funciona?”, “Quanto tempo leva?”. - Quem faz pressão sobre nós é a vida moderna.
Noção de tempo - Nós criamos o tempo que o tempo é. Ele nos coloca em situação de vulnerabilidade. - O tempo é extensão e criação da realidade humana: criamos otempo, mas não o determinamos. - Ao mesmo tempo em que é noção condição, nos coloca em condição de impermanência, de impropriedade. - O tempo representa a construção do homem, diante da impropriedade, diante da impotência, diante do limite, diante da morte. - Nossa tendência: negar o tempo, querer controlar a impermanência.
O presente é o momento de ação imediata. Está conectado ao que já fomos e ao que seremos. - Não há separação entre passado e presente. - O futuro se relaciona com o passado e presente. - O que dá realmente movimento à temporalidade do ser é sentido da trajetória atribuída, o quanto aquilo faz sentido e é importante para nós.
Na clínica:
Na Clínica, trabalhar o conceito de compreensão além do senso comum. 
O Dasein denomina o modo de ser no mundo do sujeito. Está situado no tempo e espaço, sua existência só se dá no mundo. Só é possível compreende-lo no tempo e no mundo, no aqui e agora.
No decorrer dos relatos, desvelamentos do paciente e psicólogo, permite-se a aproximação da realidade e seu modo de ser-no-mundo. - Buscar liberar o paciente para a compreensão de si e para ele mesmo aproximar-se do seu modo de existir.
Para Hannah, você faz trabalho de compreensão e depois passa ao pensamento racional (um entendimento apreensível da realidade, uma ação imediata como um setting – rever sua relação com aquilo que te traz medo).
Compreensão (Reflexão) - Paciente e terapeuta.
Pensamento (Ação) - Paciente. - Essa ação só acontece após a compreensão e analise do pensamento.
A repetição dos fenômenos se constitui na não compreensão do mesmo, é isso causa angustia. - O homem existe no automatismo de início e nas maiores partes das vezes em sua ocupação cotidiana sem se dar conta – restringe-se ao surgimento de um novo modo de ser.
Relação Clínica e o Manejo na Clínica fenomenológica:
A fenomenologia não trabalha com a prática prescritiva que esta, tem o intuito de resolver ou curar um problema.
A maioria das Clínicas psicológicas tem um caráter prescritivo (de cura), más não é este o objetivo da fenomenologia. Pois, o caráter prescritivo é aquele que diz: faça isso, faça aquilo, tome tal remédio, para chegar um tal resultado adequando, considerado ''normal'' ao padrão de vida.
A prescrição leva o paciente a um modo adequado de se viver que já está dado aí fora. Seria retomar o caminho correto. (Crítica).
Quando não conseguimos se adequar ao modo de viver, isso pode causar dor, sofrimento e também angústia.
Toda vez que se foge desse caminho, se é considerado anormal, inadequado ou patológico.
Já nascemos com a vida em prescrição, então, não cabe a nós profissionais tentar levar o cliente a uma tal adequação, pois, a vida já exige isto dele.
Cabe a nós leva-los a tematizar e compreender as impropriedades na sua vida, propriedades estas que o leva a sentir culpa, fracasso e sofrimento. Na análise é possível se aprofundar nestas questões.
Para evitar sentimentos negativos. Muitas das vezes caímos na impropriedade a fim de evita-los.
A solidão é tomada como algo que deve ser evitado, considerado inadequado.
Exige-se que este vazio seja preenchido de alguma forma, por exemplo: tecnologias, trabalhos excessivos, etc. Tudo isso para preencher esse espaço de vazio e solidão que o ocupa.
É trabalho dá fenomenologia romper com essa ideia pejorativa de silencio e vazio que parece não poder ser vivido.
O sentimento de inadequação pode estar na prescrição de que, para a mulher ser completa, precisa de um homem ao seu lado.
A fragilidade ontológica leva o dasein a busca de estabilidade no mundo, algo que já está dado, pronto e prescrito, via identidade que o sustenta.
Nadidade – sentimento de nada – esse sentimento de nada nos leva a busca de algo que nos completa, exemplo: drogas, trabalhos, etc. Fuga do nada, experiência do tédio.
O nosso trabalho consiste no enfrentamento desses empasses através de análise e compreensão.
É preciso voltar-se ao permanente originário para aparecer as possibilidades de aparição dos fenômenos que ficaram obscuros pelas determinações.
A queixa de solidão torna-se mais presentes na vida das mulheres do que na vida de homens, más estes também sofrem com a solidão.
Nosso trabalho é não fazer uma leitura mecanicista do sofrimento do paciente.
Para entendermos tudo isso, inicialmente, vamos buscar a gênese daquilo que encontramos nas queixas de solidão. Vamos buscar nos gregos antigos o sentido original daquilo que pretendemos discutir, ou seja, a constituição do fenômeno. Ao proceder uma análise de como se cristalizou ao longo do tempo, podemos compreender o que ocorre hoje. 
A clínica infantil:
-Como assumir uma atitude fenomenológica em uma clínica infantil, suspendendo qualquer teoria de Psicologia? Queremos dar nome as coisas, mas temos que descobrir o sentido das coisas através do vivido.
-Como atender com crianças à máxima da análise existencial de deixar o outro livre para si mesma?
-Como é possível, no caso da criança, junto ao outro dar um passo atrás e deixar que este outro assuma a responsabilidade ou tutela pelas suas próprias escolhas? Como dar esse espaço à criança, acreditando que ela não sabe nada? Temos que aprender a construir com a criança o próprio destino dela.
-Podemos falar de responsabilidade na criança já que esta, em sua fragilidade e vulnerabilidade, não pode tutelar a si mesmo? Temos que propiciar momentos em que ela pode tutelar a si mesma, de acordo com sua idade e seu desenvolvimento.
Postura diante da queixa:
-Postura natural: rotular, classificar. Traz o diagnóstico, o fenômeno desaparece e dá lugar a uma configuração já dada, o adulto assume a tutela da criança.
-Postura antinatural: não fazer generalizações e previsões a respeito da queixa. Acompanha o fenômeno em sua mobilidade estrutural (quem é a pessoa, por que agiu assim, por que isso é importante para ela, quais as emoções), devolver à criança o seu ter de ser, o seu cuidado, evitar a contaminação com o que foi previamente trazido (não ficar preso a primeira queixa, mas sim estar aberto à criança).
Nossa meta: Resgatar, conhecer o fenômeno e sua singularidade. - Evitar a profecia auto realizadora: a criança acreditar que não cabe a ela a responsabilidade de sua existência (tira a responsabilidade da criança de dizer quem é). - Evitar a promoção do medo é solidão (se fizer isso, vai acontecer aquilo). - Possibilitar à criança a sua entrega a si mesma, permanecendo o mais longo possível em sua condição, voltada para si mesma.
O que é comum acontecer? A presença de pressupostos: da Psicologia, do senso comum e problemas do psiquismo ou condição biológica.
RELAÇÕES AFETIVA NA ''ERA'' DA TÉCNICA E O TRABALHO NA CLÍNICA:
A angústia frente a necessidade de controle e segurança nos relacionamentos enquanto possibilidades de sentido que compõem o horizonte histórico do homem moderno.
Papel da psicoterapia nesse contexto.
Ajustamento x Meditação.
Hera da Técnica: Ideia de sucesso.
Sucesso no amor, na vida profissional, etc....
Seu estar no mundo projetando o sucesso e não a tristeza/derrota.
Refugiar-se da sensação de que minha vida é ruim, tédio, vazio e solidão.
A solidão é vista como uma incompetência na era da técnica. Isso é internalizado, causando angustia e sofrimento.
Para tudo existe uma técnica para lidar com a vida (era da técnica) para não se tornar insuficiente. - Esse buscar se torna inautêntico.
A psicologia também no seu campo, muitas das vezes têm o seu olhar instrumental de resolução dos paradigmas existentes. - Um ser substancializado, objeto, um aparelho psíquico.
Vivemos uma era da técnica a qual somos influenciados por ela.
A dimensão instrumental impede uma reflexão fenomenológica das coisas.
Ajustamento (Técnica) x Meditação (Reflexão).
2 ESTAR SÓ:
Para a fenomenologia o estar só pode ser bom, no sentido de um espaço para reflexão dos relacionamentos, da vida existencial.
Outro tipo de solidão, é aquela por experiencia angustiada de não conseguir ter ninguém, sofrer por estar só. Porque somos seres de relaçãoe de cuidado.
Ocupação: Cuidar dos entes, dos objetos. (Hoje o que mais acontece é tratar o outro como objeto, para satisfação dos seus desejos).
Na ocupação, se o outro não me satisfazer, não me fazer feliz, machuco, agrido ou descarto (abandono namoro, relacionamento...).
Pré-Ocupação: cuidar e amar o outro.
O homem é essencialmente necessitado de ajuda e cuidado, por estar sempre em perigo de se perder, de não conseguir lidar consigo. Este perigo é ligado à liberdade do homem. Toda a questão do poder-ser-doente está ligada à imperfeição de sua essência. Toda doença é uma perda de liberdade, uma limitação de possibilidade de viver 
ASSI. ANDERSON GOUVEIA - PSICOLOGIA UNIP 7° SEMESTRE DE 2018

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