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PRINCÍPIOS DIREITO ADMINISTRATIVO

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PRINCÍPIOS - DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
Princípio da legalidade: Determina que, em qualquer atividade, a Administração Pública 
está estritamente vinculada à lei. Assim, se não houver previsão legal, nada pode ser feito.É 
encontrado no inciso II, do artigo 5º da CF/88, que diz que “ninguém será obrigado a fazer 
ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. 
 
Princípio da Impessoalidade: O administrador é um mero representante temporário dos 
interesses do povo, e não pode se desvirtuar dessa finalidade. Qualquer agente público, seja 
ele eleito, concursado, indicado, etc., está ocupando seu posto para servir aos interesses do 
povo.Assim, seus atos obrigatoriamente deverão ter como finalidade o interesse público, e 
não próprio ou de um conjunto pequeno de pessoas amigas.(art. 37, § 1º, da CF/88). 
 
Princípio da Moralidade: Obedecendo a esse princípio, deve o administrador, além de 
seguir o que a lei determina, pautar sua conduta na moral comum, fazendo o que for melhor 
e mais útil ao interesse público. Tem que separar, além do bem do mal, legal do ilegal, justo 
do injusto, conveniente do inconveniente, também o honesto do desonesto. É a moral 
interna da instituição, que condiciona o exercício de qualquer dos poderes, mesmo o 
discricionário.(art. 5º, LXXIII) 
 
Princípio da Publicidade: Diz respeito à obrigação de dar publicidade, levar ao 
conhecimento de todos os seus atos, contratos ou instrumentos jurídicos como um todo. 
Isso dá transparência e confere a possibilidade de qualquer pessoa questionar e controlar 
toda a atividade administrativa que, repito, deve representar o interesse público, por isso 
não se justificam de regra, o sigilo.(art. 5º XIV,XXXIII,XXXIV, LX, etc) 
 
Princípio da Eficiência: Os agentes públicos devem agir com rapidez, perfeição e 
rendimento. Importante também é o aspecto econômico, que deve pautar as decisões, 
levando-se em conta sempre a relação custo-benefício. Construir uma linha de distribuição 
elétrica em rua desabitada pode ser legal, seguir a Lei de Licitações, mas não será um 
investimento eficiente para a sociedade, que arca com os custos e não obtém o benefício 
correspondente.(Lei nº 9.784/99, em seu art. 2º, caput) 
 
 Princípio da Supremacia do Interesse Público: Onde se sobrepõe o interesse da 
coletividade sobre o interesse do particular, o que não significa que os direitos deste não 
serão respeitados. Esse princípio deve ser seguido tanto no momento da elaboração da lei, 
quanto no momento da execução da mesma, num caso concreto, sempre vinculando a 
autoridade administrativa. Havendo atuação que não atenda ao interesse público, haverá o 
vício de desvio de poder ou desvio de finalidade, que torna o ato nulo.Por fim, o interesse 
público é indisponível. Assim, os poderes atribuídos à Administração Pública têm a 
característica de poder-dever, que não podem deixar de ser exercidos, sob pena de ser 
caracterizada a omissão. 
 
 
Princípio da Presunção de Legitimidade ou de Veracidade: Abrange dois aspectos: o 
primeiro quanto à certeza dos fatos, o segundo quanto à perfeita conformidade com a 
legislação.Com esse atributo, é possível a execução direta, imediata, das decisões 
administrativas, inclusive podendo criar obrigações ao particular, independentemente de 
sua concordância e executadas por seus próprios meios 
 
Princípio da Continuidade: O Estado deve prestar serviço públicos para atender às 
necessidades da coletividade. Essa prestação não pode parar, pois os desejos do povo são 
contínuos. 
 
Princípio da Hierarquia: Os órgãos da Administração Pública devem ser estruturados de 
forma tal que haja uma relação de coordenação e subordinação entre eles, cada um titular 
de atribuições definidas na lei.Como consequência desse princípio, surge a possibilidade de 
revisão de atos dos subordinados, delegação e avocação de atribuições, aplicação de 
penalidades; do ponto de vista do subordinado, há o dever de obediência.Essa relação 
hierárquica só existe nas atividades administrativas, não nas legislativas nem judiciais. 
 
Princípio da Autotutela: Como deve obediência ao princípio da legalidade, sempre que um 
ato ilegal for identificado deve ser anulado pela própria Administração. Cabe também a 
revogação daqueles atos que não sejam mais convenientes ou oportunos seguindo critérios 
de mérito. É o poder-dever de rever seus atos, respeitando sempre o direito de terceiros de 
boa-fé.Inclui-se nesse princípio o poder de zelar por seus bens, conservando-os 
adequadamente. (Súmulas 346 e 473 STF). 
 
Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade: Onde a lei dá duas ou mais opções 
válidas ao administrador, se este toma alguma decisão destituída de razoabilidade ou 
coerência, será ilegítima, ainda que dentro da lei. Pelo critério da razoabilidade busca-se a 
melhor maneira de concretizar a utilidade pública postulada pela norma; é a congruência 
lógica entre as situações postas e decisões administrativas. O princípio da 
proporcionalidade pode ser visto no art. 2º, parágrafo único,VI, VIII e IX, da Lei nº 9.784/99, 
considerado apenas como um aspecto do princípio da razoabilidade.a inobservância desse 
princípio da razoabilidade e da proporcionalidade implica nulidade do ato. 
 
Princípio da Motivação: Cada decisão tomada pela Administração Pública deve estar 
fundamentada pelas razões de fato e direito que levaram a ela (A Lei nº 9.784/99, em seus 
arts. 2º, parágrafo único, VII, e 50 prevê). Os atos vinculados sempre devem ser motivados. 
Já os discricionários têm algumas poucas exceções de dispensa. Um dos melhores 
exemplos é o caso de nomeação e exoneração “ad nutum” para cargos em comissão, onde 
não se exige a motivação. Assim, se o motivo é inexistente, ou não justifica adequadamente 
o ato, este pode vir a ser anulado pelo Judiciário, como no caso da exoneração “ad nutum”, 
motivada, se ficar provado que tal motivo não existiu. 
 
 
 
Princípio da Igualdade: Naturalmente, esse princípio não é absoluto. Cabe à 
Administração Pública o regramento para a fruição de serviços públicos, o que não fere este 
princípio. O que está vedada é a existência de privilégios ou favorecimentos de uns em 
detrimento de outros. 
 
Princípio da Segurança Jurídica: revela a importância de ser ter certa imutabilidade ou 
certeza de permanência dessas relações jurídicas, visando impedir ou reduzir as 
possibilidades de alteração dos atos administrativo, sem a devida fundamentação. busca 
evitar as constantes mudanças de interpretações da lei feitas pela Administração, bem 
como evitar que sejam invalidados seus atos, sem causa justificativa, causando prejuízos a 
terceiros de boa-fé.Ressalte-se que, sempre que houver ilegalidade, os atos deverão ser 
anulados retroativamente, pois atos nulos não geram direitos. 
 
Princípio do Devido Processo Legal: Com base constitucional, todo processo, inclusive o 
administrativo, deve obediência ao devido processo legal (“due process of law”), de onde 
provém também os princípios contraditório e da ampla defesa.Assim, devido processo é 
aquele que segue as normas processuais em vigor, legalmente previstas. Se alguma dessas 
regras não é seguida, o processo conterá um vício que poderá ser anulado. É 
particularmente importante esse princípio na esfera judicial, mas a Constituição é clara ao 
exigi-lo também no âmbito da Administração Pública no artigo 5º, LIV e LV. 
Os outros dois princípios, que advém também do devido processo legal, são o contraditório 
e ampla defesa.O contraditório assegura que a parte tem o direito de se manifestar sobre 
todas as provas produzidas e sobre as alegações feitas pela parte adversa. Por ampla 
defesa entende-sea possibilidade que o acusado tem de usar todos os meios lícitos 
admitidos para provar o que alega, inclusive manter-se calado (art. 5º, LXIII, CF/88) e não 
produzir provas contra si.

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