Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RESUMO Direito marítimo é um ramo do direito tido por alguns como pertencente ao direito dos transportes. É, contudo, tratado pela doutrina internacional como área específica. Considera-se o direito marítimo como o conjunto de normas jurídicas que regulamenta, toda e qualquer atividade, originada da utilização dos bens e meios para navegação, e da exploração do mar e das águas interiores, seja qual for a sua finalidade e objetivo, em todo seu potencial, e realize-se em superfície ou submersa. No Brasil Deve-se destacar que o direito marítimo é regulado no Brasil pela segunda parte do Código Comercial de 1850, a única parte não revogada deste, pelas leis ordinárias e decretos e pelos tratados internacionais além da prática reiterada do mercado, tecnicamente denominada Lex Mercatoria. O Direito Marítimo regula as relações oriundas da movimentação de carga e pessoas em meio aquaviário, bem como as relações decorrentes da utilização dos portos (direito portuário e direito do trabalhador portuário) e aduanas (direito aduaneiro). As soluções de controvérsias valem-se, via de regra, do direito processual brasileiro e da arbitragem (composição entre as partes, sem a incitação do Poder Judiciário). Consiste, pois, num ramo complexo do direito, ainda não devidamente codificado. O Direito Internacional Marítimo (algumas vezes chamado de Direito Marítimo Internacional) é o ramo do Direito Internacional que aborda as questões relativas ao mar, nas áreas da navegação, disputas fronteiriças, utilização e exploração de recursos naturais, resolução de acidentes, seguros, etc. O direito internacional marítimo ou direito do mar. O direito do mar consagra o equilíbrio do exercício do princípio da liberdade dos mares com o do respeito à soberania nacional. Orientar as Nações para o desenvolvimento do comércio e indústria realizados pelo mar tem sido um dos grandes desafios para humanidade. No século passado, destacam-se as Convenções de Genebra de 1958 e de Montego Bay, (United Nations Convention on the Law of the Sea) Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar de 1982. Tais diplomas supranacionais e outros acordos bilaterais existentes, sempre se preocuparam em trazer uma definição e regime jurídico dos espaços marítimos, que atualmente são conhecidos como: águas interiores; mar territorial; zona contígua; zona econômica exclusiva; alto mar; plataforma continental; águas arquipelágicas; zona internacional dos fundos dos mares; casos especiais: estreitos, canais e rios; que fossem iguais em todo mundo ou pelo menos mais próximos. Outro ponto relevante é o de delimitação destes espaços marítimos, ou seja, de como estabelecer um fator determinante uniforme de delimitação e os seus critérios de eqüidistância e de equidade, como integrantes de uma solução legal internacional definitiva. Vale reconhecer que é importante para o mundo que estas regras uniformes representem o anseio da humanidade e com um grau elevado de neutralidade para questões marítimas em seus aspectos gerais a fim de evitar que superpotências navais comerciais e de guerra estejam a prevalecer interesses exclusivos dos seus Estados em detrimento dos demais integrantes das Nações Unidas, sejam eles países pobres ou ricos. IMO- International Maritime Organization ( Organização Marítima Internacional). O que ela faz? A IMO, é um órgão filiado a ONU, responsavel por padronizar e manter e controlar todas as regras de navegação, segurança (SOLAS), e meio ambiente marítimo (MARPOL), cooperação técnica, certificação de profissionais e embarcações. Ou seja ela é responsavel pela padronização mundial da indústria marítima ( que compreende, navegação, construção naval, pesca, e portos). Foi criada em 1948, atualmente sua sede é em Londres UK, possue 167 países membros e 3 países associados ( o Brasil é membro desde 1963). Ela elabora convenções internacionais, para prevenir acidentes no mar, como: padronização de projetos de navios, equipamentos, construção, operação e gerencia, as convenções mais conhecidas são: SOLAS-convenção responsavel pela segurança no mar. MARPOL- convenção sobre poluição no mar. STCW- convenção sobre padronização e certificação, e treinamentos mínimos requeridos aos marítimos. A IMO elege 40 membros para o conselho em três categorias - Países A, B e C. Os 10 Estados eleitos para Categoria A, que detêm o maior interesse em prestar serviços de transporte marítimo internacional, são China, Grécia, Itália, Japão, Noruega, Panamá, República da Coréia, Federação Russa, Reino Unido e os Estados Unidos. A categoria B consiste em 10 estados com os maiores interesses no comércio marítimo internacional. Os eleitos são: Argentina, Bangladesh, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Índia, Holanda, Espanha e Suécia. A categoria C é composta por 20 estados não eleitos nas categorias A ou B mas que possuem interesses especiais no transporte marítimo ou navegação e cuja eleição para o conselho irá garantir a representação de todas as principais áreas geográficas do mundo. Os eleitos são: Austrália, Bahamas, Bélgica, Chile, Chipre, Dinamarca (que ganhou por um voto à Nigéria, tomando o ligar desta), Egito, Indonésia, Jamaica, Quénia, Libéria, Malásia, Malta, México, Marrocos, Filipinas, Singapura, África do Sul, Tailândia e Turquia
Compartilhar