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Direito Penal Especial 1
12DO HOMICÍDIO – Artigo 121	�
13CONCEITO	�
13OBJETO JURÍDICO	�
13FIGURAS TÍPICAS DO CRIME DE HOMICÍDIO	�
13SUJEITO DO DELITO	�
14ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO	�
14MEIOS DE EXECUÇÃO	�
14HOMICÍDIO POR OMISSÃO – CONDUTA OMISSIVA	�
15HOMICÍDIO E NEXO CAUSAL	�
15HOMICÍDIO E ESTADO DE NECESSIDADE	�
16HOMICÍDIO E LEGÍTIMA DEFESA	�
17ELEMENTO SUBJETIVO E NORMATIVO DO TIPO	�
18HOMICÍDIO DOLOSO	�
18ELEMENTOS DO DOLO DO HOMICÍDIO:	�
18HOMICÍDIO E ERRO DE TIPO	�
21HOMICÍDIO E ERRO DE PROIBIÇÃO	�
21HOMICÍDIO E CRIME IMPOSSÍVEL	�
22HOMICÍDIO E CONCURSO DE AGENTES	�
24CONSUMAÇÃO E TENTATIVA	�
25HOMICÍDIO PRIVILEGIADO - § 1º	�
26HOMICÍDIO QUALIFICADO - § 2º	�
29HOMICÍDIO CULPOSO- § 3º	�
30HOMICÍDIO CULPOSO QUALIFICADO (§ 4º, 1ª PARTE).	�
32PERDÃO JUDICIAL - § 5º	�
33PARTICIPAÇÃO EM SUICÍDIO – ARTIGO 122	�
33INTRODUÇÃO	�
33OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
34NATUREZA JURÍDICA DA MORTE E DAS LESÕES CORPORAIS DE NATUREZA GRAVE	�
34SUJEITOS DO DELITO	�
34ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO	�
35ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
35QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA:	�
36CONSUMAÇÃO E TENTATIVA	�
36FIGURA QUALIFICADAS	�
37INFANTICÍDIO – ARTIGO 123	�
37OBJETIVIDADE JURÍDICA:	�
38SUJEITOS DO CRIME	�
38CONCURSO DE PESSOAS	�
38INFANTICÍDIO E ABORTO	�
39ELEMENTO TÍPICO TEMPORAL	�
39ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
39MEIOS DE EXECUÇÃO	�
39QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
40CONSUMAÇÃO E TENTATIVA	�
40CONCURSO DE AGENTES	�
41ABORTO – ARTIGOS 124 à 128	�
42CONCEITO	�
42ESPÉCIES DE ABORTO	�
42OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
42QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
42FIGURAS TÍPICAS	�
43SUJEITOS DO DELITO	�
43ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO	�
43ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
44CONSUMAÇÃO E TENTATIVA	�
44AUTO-ABORTO E ABORTO CONSENTIDO – ARTIGO 124	�
44FIGURAS TÍPICAS	�
44CONCURSO DE PESSOAS	�
44ABORTO PROVOCADO SEM O CONSENTIMENTO DA GESTANTE – ARTIGO 125	�
45CONCURSO DE CRIMES	�
45ABORTO CONSENSUAL- ARTIGO 126	�
46FORMA TÍPICA AGRAVADA (PARÁGRAFO ÚNICO)	�
46ABORTO QUALIFICADO – ARTIGO 127	�
46FIGURAS TÍPICAS QUALIFICADAS DO CRIME DE ABORTO:	�
46ABORTO LEGAL- ARTIGO 128	�
47GENERALIDADES	�
47FIGURAS TÍPICAS PERMISSIVAS DO ABORTO	�
48LESÕES CORPORAIS – ARTIGO 129	�
49CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
49SUJEITOS DO CRIME	�
49QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
50FIGURAS TÍPICAS	�
50ELEMENTOS OBJETIVO DO TIPO	�
50ELEMENTO SUBJETIVO E NORMATIVO DO TIPO	�
50MOMENTO CONSUMATIVO E TENTATIVA	�
51LESÃO CORPORAL DE NATUREZA LEVE- ARTIGO 129, CAPUT	�
51LESÕES CORPORAIS DE NATUREZA GRAVE – ARTIGO 129 § 1º e 2	�
51TIPOS PENAIS DO CRIME DE LESÃO CORPORAL	�
56PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE	�
57PERIGO DE CONTÁGIO VENÉREO – ARTIGO 130	�
57OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
58FIGURA TÍPICAS	�
58EXPOSIÇÃO AO CONTÁGIO	�
58SUJEITOS DO CRIME	�
58ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO	�
59ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
59QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA – (caput do artigo 130)	�
59CONSUMAÇÃO E TENTATIVA	�
59FIGURA TÍPICA QUALIFICADA- ARTIGO 130 § 1º	�
60PERIGO DE CONTÁGIO DE MOLÉSTIA GRAVE – ARTIGO 131	�
60CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
61SUJEITO ATIVO DO CRIME	�
61ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO	�
61ELEMENTOS SUBJETIVOS DO TIPO	�
62QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
62CONSUMAÇÃO E TENTATIVA	�
62PERIGO PARA VIDA OU SAÚDE DE OUTREM – ARTIGO 132	�
63CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
63OBJETO JURÍDICO	�
63SUJEITOS DO CRIME	�
63ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO	�
63ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
64QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
64CONSUMAÇÃO E TENTATIVA	�
64ABANDONO DE INCAPAZ – ARTIGO 133	�
65CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
65QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA E SUJEITO DO DELITO	�
66ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO	�
66ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
66CONSUMAÇÃO E TENTATIVA	�
66FIGURAS TÍPICAS QUALIFICADAS	�
67EXPOSIÇÃO OU ABANDONO DE RECÉM- NASCIDO - Art. 134	�
68OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
68ELEMENTOS DO TIPO	�
68SUJEITO ATIVO	�
68SUJEITO PASSIVO	�
68CONCURSO DE PESSOAS	�
68ELEMENTO SUBJETIVO	�
69MOMENTO CONSUMATIVO	�
69TENTATIVA	�
69FORMAS	�
69AÇÃO PENAL E PROCEDIMENTO. LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS	�
70OMISSÃO DE SOCORRO – ARTIGO 135	�
71CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
71SUJEITOS DO DELITO	�
72ELEMENTO OBJETIVO	�
72QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
73ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
73CONSUMAÇÃO E TENTATIVA	�
73FIGURAS TÍPICAS QUALIFICADAS PELO RESULTADO - CP. ART. 135 parágrafo único	�
73MAUS TRATOS – ARTIGO 136	�
74CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
74FIGURAS TÍPICAS	�
74SUJEITOS DO DELITO	�
74ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO	�
74ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
75CONSUMAÇÃO E TENTATIVA	�
75FIGURAS TÍPICAS QUALIFICADAS - CP. ART. 136, § 1º e 2º :	�
75CONCURSO DE CRIMES E NORMAS	�
75DA RIXA – ARTIGO 137	�
76CONCEITO:	�
76OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
76SUJEITOS DO DELITO:	�
77ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO	�
78QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
78MOMENTO CONSUMATIVO E TENTATIVA	�
78ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
78RIXA E LEGÍTIMA DEFESA	�
79FIGURAS TÍPICAS QUALIFICADAS – ARTIGO 137, parágrafo único:	�
79DOS CRIMES CONTRA HONRA	�
80GENERALIDADES PERTENCENTES A TODOS OS CRIMES CONTRA A HONRA	�
80OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
80ELENCO DOS CRIMES CONTRA A HONRA	�
80NATUREZA DO INTERESSE JURÍDICO	�
81AFINIDADES E DIFERENÇAS ENTRE OS CRIMES CONTRA A HONRA	�
81QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA:	�
81SUJEITOS DO DELITO:	�
82MEIOS DE EXECUÇÃO	�
82ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
83CONSENTIMENTO DO OFENDIDO:	�
83IMUNIDADE PARLAMENTAR	�
83CALÚNIA – ARTIGO 138	�
84SUJEITOS	�
84FIGURAS TÍPICAS	�
85NÚCLEOS DO TIPO	�
85ELEMENTO NORMATIVO DO TIPO	�
85ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
85FATO DEFINIDO COMO CRIME	�
85QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
86FORMAS DE CALÚNIA	�
86MOMENTO CONSUMATIVO E TENTATIVA	�
86PROPALAÇÃO E DIVULGAÇÃO - ARTIGO 138, § 1º	�
86CALÚNIA CONTRA A MEMÓRIA DOS MORTOS - ARTIGO 138, § 2º	�
86LIBERDADE DE CENSURA E EXCEÇÃO DA VERDADE	�
87CASOS DO 3° DO ARTIGO 138:	�
88DIFAMAÇÃO – ARTIGO 139	�
89CONCEITO	�
89SUJEITOS DO DELITO	�
89CONDUTA TÍPICA	�
89ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
89QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
90MOMENTO CONSUMATIVO	�
90EXCEÇÃO DA VERDADE – ARTIGO 139 – parágrafo único	�
90INJÚRIA – ARTIGO 140	�
91CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
91SUJEITOS	�
92ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
92QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
92MOMENTO CONSUMATIVO E TENTATIVA	�
93PERDÃO JUDICIAL - CP. ART. 140, § 1º	�
93INJÚRIA REAL- ARTIGO 140, § 2º	�
94INJÚRIA QUALIFICADA (§ 3º)	�
95DISPOSIÇÕES COMUNS DOS CRIMES CONTRA A HONRA	�
95FIGURAS TÍPICAS QUALIFICADAS – ARTIGO 141	�
96CAUSAS ESPECIAIS DE EXCLUSÃO DA ANTIJURIDICIDADE- ARTIGO 142	�
97RETRATAÇÃO – ARTIGO 143	�
98PEDIDO DE EXPLICAÇÃO EM JUÍZ- ARTIGO 144	�
100DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL	�
100GENERALIDADES	�
101CONSTRANGIMENTO ILEGAL – ARTIGO 146	�
101CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
101FIGURAS TÍPICAS	�
101SUJEITOS DO DELITO	�
101ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO	�
103QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
103ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO:	�
103MOMENTO CONSUMATIVO E TENTATIVA:	�
103FIGURAS TÍPICAS QUALIFICADAS – ARTIGO 146 § 1º	�
103NORMA PENAL EXPLICATIVA - ARTIGO 146, § 2º	�
104CAUSAS ESPECIAIS DE EXCLUSÃO DE TIPICIDADE- ARTIGO 146, § 3º	�
105AMEAÇA – ART. 147	�
105CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
105SUJEITOS DO DELITO:	�
105ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO	�
105QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA:	�
106MOMENTO CONSUMATIVO E TENTATIVA	�
106ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
107SEQÜESTRO OU CÁRCERE PRIVADO – ARTIGO 148	�
107CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
107SUJEITOS DO DELITO	�
107ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO	�
108ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
108QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
108CONSUMAÇÃO E TENTATIVA	�
108FIGURA TÍPICAS QUALIFICADAS – ARTIGO 148, § 1º	�
108TIPO QUALIFICADO PELO RESULTADO - ARTIGO 148, § 2º	�
109REDUÇÃO A CONDIÇÃO ANÁLOGA À DE ESCRAVO ARTIGO 149	�
109CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
109SUJEITOS DO DELITO	�
109QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
110CONSUMAÇÃO E TENTATIVA	�
111VIOLAÇÃO DE DOMICÍLIO – ARTIGO 150	�
111CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
111CONCEITO DE DOMICÍLIO	�
111SUJEITOS DO DELITO	�
113CONCEITO DE CASA – ARTIGO 150, § 4º	�
113DEPENDÊNCIAS PROTEGIDAS("CAPUT", PARTE FINAL)	�
113NÃO SE COMPREENDEM NA EXPRESSÃO "CASA" - ARTIGO 150, § 5º	�
113ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO E NORMATIVO	�
114QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
114MOMENTO CONSUMATIVO E TENTATIVA	�
114ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
114FIGURAS TÍPICAS QUALIFICADAS – ARTIGO 150, § 1º	�
115CAUSAS ESPECIAIS DE EXCLUSÃO DE ANTIJURIDICIDADE – ARTIGO 150, § 3º	�
117VIOLAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIA – ARTIGO 151	�
117CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
117CORRESPONDÊNCIA	�
118SUJEITOS DO DELITO	�
118ELEMENTO OBJETIVO DO TIPO	�
118ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
118ELEMENTO NORMATIVO DO TIPO	�
119QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
119MOMENTO CONSUMATIVO E TENTATIVA	�
119SONEGAÇÃO OU DESTRUIÇÃO DE CORRESPONDÊNCIA ARTIGO 151, § 1°, I	�
119SUJEITOS DO DELITO	�
119CONDUTA TÍPICA	�
119ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
119MOMENTO CONSUMATIVO E TENTATIVA	�
120VIOLAÇÃO DE COMUNICAÇÃO TELEGRÁFICA RADIOELÉTRICA OU TELEFÔNICA - ARTIGO 151, § 1°, I	�
120CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
120SUJEITO DO DELITO	�
120CONDUTA	�
120ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
120ELEMENTO NORMATIVO DO TIPO:	�
120MOMENTO CONSUMATIVO	�
120INTERCEPTAÇÃO DE CONVERSAÇÃO TELEFÔNICA	�
122IMPEDIMENTO DE COMUNICAÇÃO, INSTALAÇÃO OU UTILIZAÇÃO DE ESTAÇÃO DE APARELHO RADIOLÉTRICO. DISPOSIÇÕES COMUNS - ARTIGO 151, § 1°, III	�
122REVOGAÇÃO	�
122INSTALAÇÃO OU UTILIZAÇÃO DE ESTAÇÃO DE APARELHO RADIOELÉTRICO - ARTIGO 151, § 1°, IV	�
123DISPOSIÇÕES COMUNS - ARTIGO 151, § 2°, 3°e 4°	�
124CORRESPONDÊNCIA COMERCIAL – ARTIGO 152	�
124CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
124SUJEITOS DO DELITO	�
124CONDUTA	�
124ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
124MOMENTO CONSUMATIVO E TENTATIVA	�
125DIVULGAÇÃO DE SEGREDO – ARTIGO 153	�
125CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
125SUJEITOS DO DELITO	�
126ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
126QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
126MOMENTO CONSUMATIVO E TENTATIVA	�
126VIOLAÇÃO DE SIGILO PROFISSÃO § 1º - A	�
127VIOLAÇÃO DE SEGREDO PROFISSIONAL – ARTIGO 154	�
127CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
127SUJEITOS DO DELITO	�
127ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO	�
128QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
128ELEMENTO SUBJETIVO DO DOLO:	�
128ELEMENTO NORMATIVO DO TIPO:	�
128DANO	�
129FURTO – ARTIGO 155	�
129CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
129FIGURAS TÍPICAS	�
130OBJETO MATERIAL	�
131ELEMENTO NORMATIVO DO TIPO	�
131CONDUTA	�
131ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
132QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
132MOMENTO CONSUMATIVO E TENTATIVA	�
132CONCURSO DE CRIMES:	�
133FURTO DE USO	�
133FURTO NOTURNO – ARTIGO 155, § 1º	�
134FURTO PRIVILEGIADO OU MÍNIMO – ARTIGO 155, § 2º	�
135FURTO DE ENERGIA– ARTIGO 155, § 3º	�
135FURTO QUALIFICADO– ARTIGO 155, § 4º	�
136FIGURAS TÍPICAS DO FURTO QUALIFICADO	�
141FURTO DE COISA COMUM – ARTIGO 156	�
141CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
141SUJEITOS DO DELITO	�
141ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
141QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
141MOMENTO CONSUMATIVO E TENTATIVA (mesmo do furto):	�
142CAUSA ESPECIAL DE EXCLUSÃO DE ANTIJURIDICIDADE - CP. ART. 156 § 2°:	�
143ROUBO – ARTIGO 157	�
143CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
143ROUBO POSSUI DUAS FORMAS:	�
144SUJEITOS DO DELITO:	�
144OBJETOS MATERIAIS	�
144ELEMENTOS SUBJETIVOS DO TIPO	�
144QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
145CONSUMAÇÃO E TENTATIVA	�
145ROUBO CIRCUNSTANCIADO – ARTIGO 157 § 2º	�
148CONCURSO DE CRIMES	�
152EXTORSÃO – ARTIGO 158	�
152CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
152SUJEITOS DO DELITO	�
152CONDUTA	�
152MEIOS DE EXECUÇÃO:	�
153ELEMENTOS SUBJETIVOS DO TIPO:	�
153ELEMENTO NORMATIVO DO TIPO	�
153QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
153CONSUMAÇÃO E TENTATIVA	�
153FIGURAS TÍPICAS QUALIFICADAS - ARTIGO 158, 1º	�
153TIPO QUALIFICADO PELO RESULTADO – ARTIGO § 2º	�
155EXTORSÃO MEDIANTE SEQÜESTRO – ARTIGO 159	�
155CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
155SUJEITOS DO DELITO	�
155CONDUTA	�
155ELEMENTOS SUBJETIVOS DO TIPO	�
156RESULTADO	�
156QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
156CONSUMAÇÃO E TENTATIVA	�
156TIPO CIRCUNSTANCIADO- ARTIGO 159 § 1º	�
157FIGURAS TÍPICAS QUALIFICADAS PELO RESULTADO- ARTIGO 159, § 2º	�
157DELAÇÃO PREMIADA – ARTIGO 159 § 4º	�
158EXTORSÃO INDIRETA – ARTIGO 160	�
158CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
158SUJEITOS DO DELITO	�
158ELEMENTO OBJETIVO DO TIPO	�
158QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
159CONSUMAÇÃO E TENTATIVA	�
159ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
160USURPAÇÃO – ARTIGO 161	�
160ALTERAÇÃO DE LIMITES – ARTIGO 161, caput	�
160CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
160SUJEITOS DO DELITO	�
160ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO	�
160ELEMENTOS SUBJETIVOS DO TIPO	�
161ELEMENTO NORMATIVO DO TIPO	�
161QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
161CONSUMAÇÃO E TENTATIVA	�
161QUALIFICADORAS – ARTIGO 161, § 2º	�
161AÇÃO PENAL	�
161USURPAÇÃO DE ÁGUAS – ARTIGO 161, § 1º, I	�
161CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
161SUJEITOS DO DELITO	�
161ELEMENTOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS DO TIPO	�
162ELEMENTO NORMATIVO DO TIPO	�
162QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
162CONSUMAÇÃO E TENTATIVA	�
162ESBULHO POSSESSÓRIO – ARTIGO 161, § 1º II	�
162CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
162SUJEITOS DO DELITO	�
162ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO	�
163QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
163ELEMENTOS SUBJETIVOS DO TIPO	�
163CONSUMAÇÃO E TENTATIVA	�
164SUPRESSÃO OU ALTERAÇÃO DE MARCA EM ANIMAIS - ARTIGO 162	�
164CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
164SUJEITOS DO DELITO	�
164ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO	�
164ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
164ELEMENTO NORMATIVO DO TIPO	�
164QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
165CONSUMAÇÃO E TENTATIVA	�
166DANO – ARTIGO 163	�
166CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
166SUJEITOS DO DELITO	�
166ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO	�
167ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
167QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA:	�
167CONSUMAÇÃO E TENTATIVA	�
167FIGURAS TÍPICAS QUALIFICADAS – ARTIGO 163, parágrafo único	�
168AÇÃO PENAL - ARTIGO 167	�
169INTRODUÇÃO OU ABANDONO DE ANIMAIS EM PROPRIEDADE ALHEIA – ARTIGO 164	�
169CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
169SUJEITOS DO DELITO	�
169ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO	�
169ELEMENTO NORMATIVO DO TIPO	�
169ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
169QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
170CONSUMAÇÃO E TENTATIVA:	�
170AÇÃO PENAL - ARTIGO 167	�
171DANO EM COISA DE VALOR ARTÍSTICO ARQUEOLÓGICO OU HISTÓRICO – ARTIGO 165	�
171CONCEITO DE OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
171SUJEITOS DO DELITO	�
171ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO	�
171ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
171QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA	�
172CONSUMAÇÃO E TENTATIVA	�
172AÇÃO PENAL - ARTIGO 167	�
173ALTERAÇÃO DE LOCAL ESPECIALMENTE PROTEGIDO – ARTIGO 166	�
173CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
173SUJEITOS DO DELITO	�
173ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO	�
173ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
173ELEMENTO NORMATIVO DO TIPO	�
173CONSUMAÇÃO E TENTATIVA	�
174AÇÃO PENAL - ARTIGO 167	�
175APROPRIAÇÃO INDÉBITA – ARTIGO 168	�
175CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA	�
175SUJEITOS DO DELITO	�
175ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO	�
175ESPÉCIES DE APROPRIAÇÃO INDÉBITA	�
176COISAS FUNGÍVEIS E INFUNGÍVEIS- artigo 85 CC.:	�
176ELEMENTO NORMATIVO DO TIPO	�
176ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO	�
177QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA:	�
177MOMENTO CONSUMATIVO E TENTATIVA	�
177FIGURAS TÍPICAS QUALIFICADAS – ARTIGO 168, § 1º	�
177FIGURA TÍPICA PRIVILEGIADA - ARTIGO 170	�
179TIPOS ASSEMELHADOS À APROPRIAÇÃO INDÉBITA	�
179APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA – ART. 168 - A	�
179CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES	�
179SUJEITOS	�
179ELEMENTO SUBJETIVO	�
179CONSUMAÇÃO	�
180TENTATIVA	�
180FORMAS	�
180CAUSA EXTINTIVA DA PUNIBILIDADE	�
180PERDÃO JUDICIAL OU PENA DE MULTA	�
181AÇÃO PENAL. PROCEDIMENTO. COMPETÊNCIA	�
182APROPRIAÇÃO DE COISA HAVIDA POR ERRO, CASO FORTUITO OU FORÇA DA NATUREZA – ARTIGO 169, CAPUT	�
182ESPÉCIES DE APROPRIAÇÃO ACIDENTAL:	�
182APROPRIAÇÃO DE TESOURO - ARTIGO 169, PARÁGRAFO ÚNICO, I	�
183APROPRIAÇÃO DE COISA ACHADA - ARTIGO 169 - PARÁGRAFO ÚNICO, II	�
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DO HOMICÍDIO – Artigo 121
Homicídio simples
Art. 121 - Matar alguém:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos.
Caso de diminuição de pena
§ 1º - Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocaçãoda vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
Homicídio qualificado
§ 2º - Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - por motivo fútil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
Homicídio culposo
§ 3º - Se o homicídio é culposo:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.
Aumento de pena
§ 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
CONCEITO
Homicídio: destruição da vida de um homem praticada por outro (não fazem parte do conceito de crime: a violência e a injustiça).
OBJETO JURÍDICO 
Direito à vida 
FIGURAS TÍPICAS DO CRIME DE HOMICÍDIO
1) Homicídio Simples – matar alguém (CP. Art. 121 – Caput);
QUANDO O HOMICÍDIO SIMPLES É CRIME HEDIONDO: O homicídio simples, tentado ou consumado, é delito hediondo somente quando cometido em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que por um só executor, nos termos do art. 1º, I, da Lei n. 8.072/90 (Lei dos Crimes Hediondos), com redação da Lei n. 8.930, de 7-9-1994. 
IRRETROATIVIDADE: as normas de direito material da Lei n. 8.072/90 (arts. 2º, I e § 1º, tratando, respectivamente, da proibição de graça, indulto e anistia e do cumprimento da pena em regime fechado, e 5º, cuidando do livramento condicional), são irretroativas (CF, art. 5º, XL), não se aplicando aos fatos anteriores a 7 de setembro de 1994, data em que entrou em vigor a Lei n. 8.930/94. 
RETROATIVIDADE: as disposições de caráter processual penal da Lei n. 8.072/90, concernentes à liberdade provisória com ou sem fiança, apelação em liberdade e prisão temporária (arts. 2º, II e § 2º, e 3º), são de aplicação imediata, incidindo sobre os procedimentos em curso.
2) Homicídio Privilegiado - relevante valor moral, relevante valor social, domínio de violenta emoção logo em seguida injusta provocação da vítima. CP. Art. 121, § 1°;
3) Homicídio Qualificado - motivo torpe, fútil, veneno, fogo, asfixia, traição, emboscada, conexão com outro delito. CP. Art. 121, § 2°;
4) Homicídio Culposo:
simples CP. Art. 121, § 3°; 
qualificado CP. Art. 121, § 4°;
5) Perdão Judicial - § 5°;
SUJEITO DO DELITO
Sujeito do Delito: não contém exigência de qualidade pessoal do sujeito ativo ou passivo – qualquer pessoa pode sê-los – Se cometido contra Presidente da República, Senado, Câmara, Supremo – Lei de Segurança Nacional (Lei n. 7.170, de 14-12-1983, art. 29). Cometido o delito contra vítima menor de catorze anos, incide uma causa de aumento de pena, nos termos do § 4º, 2ª parte, desde que se trate de modalidade dolosa. Morte do feto durante o parto: configura homicídio ou infanticídio.
Homicídio Crime:
COMUM: praticado por qualquer pessoa – não há legitimidade especial de sujeito ativo;
MATERIAL: de conduta, resultado, legislador define a conduta – matar – menciona o resultado, exigindo a produção deste;
SIMPLES: só atinge objetividade jurídica única – direito a vida;
DANO: exige-se a efetiva lesão do objeto jurídico;
INSTANTÂNEO: atinge a consumação com a morte da vítima;
FORMA LIVRE: admite qualquer execução.
ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO 
NÃO é crime de forma vinculada – admite qualquer meio de execução. 
MEIOS DE EXECUÇÃO
Meios de execução do crime de homicídio:
Comissivo: dar tiros na vítima;
Omissiva: deixar de alimentar uma pessoa para matá-la;
Material: desferir uma facada na vítima;
Moral: trama psíquico;
Direto: trauma psíquica;
Indireto: açula um cão contra a vítima.
HOMICÍDIO POR OMISSÃO – CONDUTA OMISSIVA
Homicídio por intermédio de conduta: – negativa – omissiva – omissão não constitui causa do resultado – Omissão – não é causal mas normativa – A responsabilidade decorre da lei.Responde o agente quando executa uma conduta de fazer como quando deixa de realizar um comportamento que evitaria a produção do resultado.
A causalidade no crime de homicídio, não é formulada em face de uma relação entre a conduta de não fazer e a produção do resultado, mas entre este comportamento que o sujeito estava juridicamente obrigado a realizar e omitiu – Responde pelo resultado não porque o realizou pela omissão, mas porque não o impediu realizando a conduta a que estava obrigado.
Para que o sujeito responda por crime de homicídio por intermédio da omissão é necessário que tenha o dever jurídico de impedir a produção da morte da vítima – Teoria da omissão normativa– dever jurídico advém:
de um mandamento legal específico: regra composta pela lei determinando a prática do comportamento capaz de impedir a produção de um resultado;
quando o sujeito de outra maneira, tornou-se garantidor da não ocorrência do resultado: doutrina moderna não fala mais em dever contratual, pois essa posição pode advir de circunstância em que não exista vinculação obrigacional entre as partes. Relevante que o sujeito se coloque em posição de garantidor da não ocorrência do resultado. 
quando uma conduta precedente determinou essa obrigação de impedimento da produção de morte da vítima: sujeito pratica um fato provocador do perigo de dano, tendo por isso a obrigação de impedir a produção do resultado.
HOMICÍDIO E NEXO CAUSAL
RESPONSABILIDADE PENAL POR HOMICÍDIO: demonstração de nexo de causalidade entre a conduta e o resultado morte;
CP adotou a teoria da equivalência dos antecedentes: atribui relevância causal a todos os antecedentes do resultado, considerando que nenhum elemento, de que depende sua produção, pode ser excluída da linha do desdobramento causal. 
Procedimento hipotético de eliminação: para saber se uma ação é causa do resultado, basta mentalmente, excluí-la da série causal. Se com sua exclusão o resultado de evento NÃO teria ocorrido, como ocorreu, no momento que ocorreu – é causa -.
CP Resolve nexo causal: Teoria da Conditio sine Qua non ou equivalência dos antecedentes.
Causa é a ação sem a qual o resultado não teria ocorrido – Restrição: superveniência de causa relativamente independente, exclui a imputação quando por si só, produziu o resultado, os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.
Condutas ou Condições ou circunstâncias que interferem no processo causal junto à conduta do sujeito – CAUSA.
CAUSA: preexistente – concomitante – superveniente - relativa ou absolutamente - independente do comportamento do sujeito.
CAUSA: preexistente – concomitante – superveniente - absolutamente independente - há exclusão da causalidade decorrente da conduta – responde pelos atos anteriores.
CAUSAS: preexistente e concomitante - relativamente independente - não excluem o resultado. 
CAUSAS: supervenientes - relativamente independente - não é conditio sine Qua non do resultado.
HOMICÍDIO E ESTADO DE NECESSIDADE
ESTADO DE NECESSIDADE: é uma situação de perigo atual de interesses protegidos pelo direito em que o sujeito para salvar um bem próprio ou de terceiro, não tem outro meio, senão destruir o de outrem.ESTADO DE NECESSIDADE: - excludente de antijuridicidade – assim, embora típico o fato, não há crime de homicídio em face da ausência da ilicitude.
ILICITUDE: requisito genérico do delito – sua ausência opera a própria inexistência da infração penal.
O Estado de Necessidade pode ser desdobrado: 
Situação de perigo ou situação de necessidade: 
Perigo atual;
Ameaça de direito próprio ou alheio;
Situação não causada pelo sujeito;
Inexistência do dever legal de arrostar o perigo.
Conduta lesiva (ausência de qualquer dos requisitos exclui o Estado de Necessidade.), fato necessitado, exige : 
inevitabilidade do comportamento lesivo;
inexigibilidade do sacrifício do interesse ameaçado;
conhecimento da situação de fato justificado;
Estado de Necessidade pode ser: 
1- Próprio;
2- Terceiro: não se exige qualquer relação com o agente;
Só pode alegar estado de necessidade quem não provocou perigo por sua vontade (o perigo provocado dolosamente).
Estado de Necessidade : não pode alegar – quem tem o dever legal de enfrentar o perigo - .
Estado de Necessidade: não deve existir outro meio de evitar perigo ao bem jurídico próprio ou de terceiros, se não praticar o fato necessário, deve haver proporcionalidade entre a gravidade do perigo que ameaça o bem jurídico do sujeito ou alheio e a gravidade da causa pelo fato necessitado.
Não há Estado de Necessidade – quando o sujeito não tem conhecimento de que age para salvar um interesse próprio ou de terceiro.
Fato Necessário: requisito para que ocorra.
HOMICÍDIO E LEGÍTIMA DEFESA
REQUISITOS DA LEGÍTIMA DEFESA NO HOMICÍDIO (Ausente os requisitos, sujeito responde por homicídio):
agressão injusta, atual ou iminente;
direito do agredido ou de terceiro, atacado ou ameaçado pelo dano;
repulsa com os meios necessário;
uso moderado de tais meios;
conhecimento da agressão e da necessidade da defesa – vontade de defender-se.
Agressão Injusta: contrária ao ordenamento, ilícita. Se a agressão é lícita o homicídio não pode ser legítimo.
A injustiça da agressão deve ser analisada objetivamente independente da consciência da ilicitude por parte do agressor.
Comportamento deve representar objetivamente uma lesão ameaçadora - admite-se contra agressor inimputável. 
Provocação do agredido não exclui a injustiça da agressão (se for mera provocação e não agressão – não existe legítima defesa de legítima defesa).
Agressão injusta: - atual: que está acontecendo – iminente: prestes a ocorrer.
Não há legítima defesa – contra agressão passada, já ocorrida – legítima defesa é sempre preventiva.
Legítima Defesa – pode ser: 
própria: o autor do homicídio é titular do bem jurídico atacado ou ameaçado;
terceiro: visa, o homicídio defender direito de terceiro.
Qualquer bem pode ser protegido pela legítima defesa – pessoais ou impessoais - honra vida tranqüilidade.
Só ocorre a causa de justificação quando o homicídio é necessário para repelir a agressão. Simples defesa não constitui fato típico. 
Repulsa sua medida – deve ser encontrada em face do valor do bem atacado ou ameaçado – deixará de ser necessário quando se encontrarem a disposição o procedimentos menos lesivos.
Erro ou Acidente: atinge pessoa diversa da pretendida – responde como se estivesse atingindo pessoa pretendida.
Requisitos de ordem objetiva e de ordem subjetiva: - o sujeito deve Ter conhecimento da situação de agressão injusta e de necessidade de repulsa.
Moderação: requisito necessário – não se deve empregar o meio além do que é preciso , caso contrário desaparece legítima defesa e aparece o excesso culposo. (Excesso - doloso ou culposo – artigo 23 do CP).
EXCESSO:
1- sujeito desde o início de sua conduta emprega meio desnecessário ou imoderadamente um meio necessário (exclui a legítima defesa a partir do momento em que o agente pratica o excesso).
2- Emprega moderadamente o meio necessário, vai mais além agindo imoderadamente – excesso na legítima defesa.
Sujeito pode não ter querido o excesso: 
Erro escusável invencível: erro que qualquer homem cometeria nas mesmas circunstâncias – isento de pena – por ausência de dolo e culpa – erro de tipo
Erro inescusável vencível: erro que homem equilibrado não deveria cometer, advindo de imponderação, desatenção – sujeito responde por crime culposo – excesso de natureza culposa.
	
Se o erro do sujeito decorre da sujeição dos requisitos normativos de uma causa excludente da ilicitude – erro de proibição.
HOMICÍDIO E ADULTÉRIO: ocorrência ou não de legítima defesa da honra. Há duas orientações: 
1ª) não existe legítima defesa;
2ª) há legítima defesa; 
ELEMENTO SUBJETIVO E NORMATIVO DO TIPO
HOMICÍDIO: formas dolosa e culposa.
DOLO: vontade de caracterizar os elementos objetivos do tipo. No homicídio a vontade de concretizar o fato é matar alguém. Pode ser:
Direto: quando o agente quer a morte da vítima;
Eventual: assume, o agente o risco de sua produção;
DOLO – de dano inclusive a tentativa – elemento subjetivo do tipo exige a sentença de efetivamente lesar o bem jurídico.
Formas Culposas:
a) Consciente: culpa com previsão passa pela mente do agente a probabilidade da vítima mas acredita que com suas habilidades esta não ocorrerá.
b) Inconsciente: culpa comum, com imprevisão de resultado.
c) Própria: com imprevisão em que o sujeito não quer o resultado.
d) Imprópria: com previsão o sujeito quer a produção do resultado, mas a prática, o fato por erro de tipo inescusável que exclui o dolo, mas não a culpa. Na verdade temos um crime doloso apenado com sanção de delito culposo.
HOMICÍDIO DOLOSO
DOLO: vontade de concretizar as características objetivas do tipo – no homicídio – concretizar o fato matar alguém.
O artigo 18, I do CP. Adota a teoria da vontade – não basta a representação da morte, exige-se a vontade de praticar a conduta e de produzir a morte – ou assumir o risco de produzi-la.
ELEMENTOS DO DOLO DO HOMICÍDIO:
1. Momento Intelectual:
Consciência da conduta e morte;
Consciência da relação causal objetiva entre a conduta e a morte;
2. Momento Volitivo:
Vontade de praticar a conduta e de produzir a morte da vítima
 
Homicídio duas formas de dolo – direto ou determinado – ou - indireto ou indeterminado:
Alternativo – artigo 18, I – 1ª parte;
Eventual – artigo 18, I – 2ª parte.
DOLO DIRETO: o sujeito visa ao resultado morte – dolo se projeta na forma direta no resultado morte. Art 18, I, 1ª parte;
DOLO INDIRETO: quando a vontade do sujeito não se dirige precisa e exclusivamente ao resultado morte – divide-se em – alternativo e eventual.
DOLO INDIRETO ALTERNATIVO: quando a vontade do sujeito se dirige a morte da vítima ou a outro resultado – ferir ou matar;
DOLO INDIRETO EVENTUAL: sujeito assume o risco de produzir a morte, isto é, aceita o risco de produzi-la – ele não quer a morte – senão seria dolo direto – prevê a morte da vítima e age. A vontade não se dirige ao resultado, mas a conduta prevendo que esta pode produzir aquele. Prevê que é possível causar o resultado – não obstante pratica o comportamento – Entre desistir da conduta e causar o resultado , prefere que este produza.
Observação: A quantidade da sanção – penal – pena abstrata – não varia segundo a espécie do dolo ou sua intensidade – a pena cominada é a mesma.
HOMICÍDIO E ERRO DE TIPO
ERRO DE TIPO: Incide sobre os elementares ou circunstâncias da figura típica do homicídio – faz supor a ausência de elemento ou circunstância da figura típica.
Em face deste erro não se encontra presente o elemento subjetivo do crime – o dolo - há desconformidade entre a realidade e a representação do sujeito que se conhecesse a realidade não praticaria a conduta.
ERRO DE TIPO: o dolo se : - evitável ou inevitável – pode o sujeito responder por crime culposo.
ERRO DE TIPO NO HOMICÍDIOE SEUS EFEITOS:
1. Essencial
Vencível: há exclusão do dolo , subsistindo a culpa;
Invencível: exclusão do dolo e da culpa.
2. Acidental: irrelevante, subsiste dolo e culpa.
ERRO DE TIPO ESSENCIAL : versa sobre elementares ou circunstâncias da figura típica do homicídio. Falsa percepção impede o sujeito de compreender a natureza criminosa do fato – apresenta-se sob duas formas:
Invencível: escusável; não pode ser evitado pela normal diligência, qualquer pessoa no lugar do agente incide em erro. Exclui o dolo e a culpa.
Vencível: inescusável; pode ser evitado pela diligência ordinária, resultado de imprudência ou negligência – qualquer pessoa empregando prudência normal não incidiria em erro. Exclui o dolo, mas subsiste a culpa.
ERRO DE TIPO ACIDENTAL: versa sobre dados secundários do crime. Não beneficia o sujeito. Não versa sobre elementos ou circunstâncias do homicídio, incidindo sobre dados acidentais do delito ou sua conduta executória – sujeito tem consciência do caráter ilícito da conduta – mesmo que não ocorresse sua conduta seria antijurídica.
Sujeito age com consciência do fato, engana-se a respeito de um dado não essencial ao homicídio, ou, quanto a maneira de sua execução – não exclui o tipo do homicídio.
Erro acidental pode ser: 
A) Erro sobre pessoa – error in persona .Sujeito atinge uma pessoa, supondo, tratar-se da que deseja matar – pretende matar certa pessoa, vindo atingir outra inocente, pesando tratar-se da primeira.
É previsto pelo agente, nexo causal. Não exclui a tipicidade do fato homicídio. Não devem ser considerados os dados subjetivos da vítima efetiva, mas sim da vítima virtual – que o agente pretendia matar. 
B) Erro na execução – aberratio ictus . Aberração no ataque desvio de golpe, não exclui a tipicidade do homicídio – ocorre quando o sujeito, pretendendo matar uma pessoa que se encontra do lado da outra, vem ofender esta.
Aberratio ictus difere de Erro sobre pessoa , neste não há concordância entre a realidade do fato e a representação do sujeito – supõe-se tratar de uma pessoa, quando na realidade é outra. Naquele, não existe viciamento da vontade no momento da realização do fato, mas erro ou acidente no emprego dos meios de execução do homicídio. Neste a pessoa visada sobre perigo de dano, que não ocorre naquele.
Aberratio Ictus: ocorre por acidente ou erro no uso dos meios de execução – erro de pontaria, desvio da trajetória do projétil, desvio do golpe pela vítima, etc..
Aberratio Ictus: homicídio – resultado único ou resultado duplo.
1 . Resultado único: morte (artigo 73 – 1ª parte - CP). Em face do erro da conduta causal do agente, terceiro morre – sujeito responde por um só homicídio.
Podem ocorrer duas situações com resultado único:
Terceiro sofre lesão corporal: tentativa de homicídio, a lesão é absorvida;
Terceiro Morre: um só homicídio doloso consumado.
Tal como o error in persona os dados subjetivos da vítima efetiva, não são levados em conta, mas, sim, os da vítima virtual.
2 . Resultado duplo: morte e lesões (artigo 73 – 2ª parte - CP) Agente atinge a vítima virtual e a terceira pessoa – forma-se uma unidade complexa, aplica-se o princípio do concurso formal de crimes. Com uma só conduta comete dois crimes, solução dada pelo código, unidade da atividade criminal.
Concurso ideal (formal) de crimes: (artigo 70 –CP) Quando o agente mediante uma só ação ou omissão pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais graves das penas cabíveis, ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso de 1/6 até a metade.
Assim pode ocorre, no aberratio ictus com resultado duplo:
 Morte dos dois – terceiro e vítima: homicídio doloso consumado com aumento de pena;
 Morte da vítima e ferimento de terceiro: homicídio doloso consumado com aumento de pena;
 Fere a vítima e terceiro: tentativa de homicídio com aumento de pena;
 Mata a vítima e fere o terceiro: um só crime de homicídio dolo, com aumento de pena. 
É possível que o sujeito tenha previsto e aquiescido a morte do terceiro – dolo eventual - embora o concurso permaneça formal, aplica-se à pena a regra do concurso material as penas devem ser somadas, não há o acréscimo, aplicação cumulativa das penas – não se pode falar em culpa em relação ao terceiro, mas em dolo eventual.
É possível que o sujeito não tenha agido dolosa ou culposamente – em relação a morte ou lesão do terceiro - o resultado na vítima efetiva não pode lhe ser imputado. Responde por homicídio ou tentativa em relação a vítima virtual. Caso contrário. Responsabilidade penal objetiva.
C) Resultado diverso do Pretendido – aberratio criminis ou delicti: desvio de crime, o agente quer atingir um bem jurídico, e ofende outro de espécie diversa.
Aberratio Ictus: erro de execução – a persona in personam; Responde como se tivesse atingido a vítima virtual.
Aberratio Criminis: erro de execução – a persona in rem ou a re in personam. Pune a título de culpa o resultado diverso do pretendido. Podem ocorrer vários casos:
sujeito quer atingir coisa e mata pessoa – resultado punido com culpa – homicídio culposo;
sujeito quer matar pessoa e atinge coisa - tentativa de homicídio – dano impunível, código não prevê modalidade culposa para o crime de dano;
sujeito atinge pessoa e coisa: - não há dano culposo - responde pelo crime, contra a pessoa;
quer atingir coisa, destrói o objeto e mata pessoa: dois crimes: dano e homicídio culposo em concurso formal.
Em caso de duplicidade de resultado agente pode Ter agido: dolo direto em relação a um e dolo eventual em relação ao outro, em face da produção dos dois resultados, responderá por dois crimes em concurso material.
ERRO PODER SER:
ESPONTÂNEO: incide em erro sem a participação de terceiros;
PROVOCADO: quando o sujeito a ele é induzido por conduta de terceiros.
Doloso – Provocação(determinação) dolosa: erro preordenado pelo terceiro, este conscientemente induz o sujeito a incidir em erro. O provocador ( terceiro) responde por homicídio a título de dolo. 
Culposa – Provocação (determinação) culposa - : quando terceiro age com imprudência, negligência e imperícia. Neste caso responde pelo homicídio praticado pelo provocado a título de culpa.
Responde pelo crime de homicídio – dolo e culpa – conforme o elemento subjetivo do induzimento.
POSIÇÃO DO PROVOCADO:
Erro Vencível: não responde por dolo, subsiste a culpa;
Erro Invencível: não responde por dolo ou culpa.
Se o sujeito e o terceiro agem dolosamente: ambos respondem por homicídio doloso em face da participação.
Se o provocador age com culpa e o sujeito com dolo: não há erro provocado pois o sujeito incidiu em erro – não há participação culposa em crime doloso – provocador: homicídio culposo – sujeito (provocado) : homicídio doloso.
HOMICÍDIO E ERRO DE PROIBIÇÃO
ERRO DE PROIBIÇÃO: incide sobre a ilicitude do fato, sujeito não tem possibilidade de saber que o fato é proibido , sendo inevitável o desconhecimento da proibição a culpabilidade fica afastada, agente supõe lícito o fato do homicídio por ele concedido.
ERRO DE PROIBIÇÃO – OCORRE:
Erro de direito ou ignorância da lei: sujeito sabe o que faz, não conhece bem ou interpreta mal, a norma jurídica; O erro e a ignorância impede que o sujeito possua a representação real da conduta não permite que tenha consciência da antijuridicidade de seu comportamento, conseqüentemente há exclusão da culpabilidade – acredita o sujeito estar praticando o ato dentro da esfera da licitude. (Damásio: impossível erro de direito – no homicídio ninguém pode afirmar que desconhece que matar alguém é crime). Exceção: caso em que o código exclui a culpabilidade com base no erro de direito, é no artigo 22 – obediência hierárquica, em que o executor do homicídio, que por erro de direito supõe a legalidade da ordem.
Suposições errôneas da existência de causa de exclusãoda ilicitude não reconhecida juridicamente; É caso de erro de proibição, atenuador de pena se evitável. Assim, não responde pelo crime o sujeito que pratica o fato, acreditando que a ordem jurídica prevê uma causa de exclusão de ilicitude. Ex.: pai pensa que pode matar o estuprador de sua filha.
Discriminantes putativas sujeito supõe erradamente que ocorre causa excludente de ilicitude; Ocorrem quando o sujeito levado a erro pelas circunstâncias do caso concreto ou sobre a ilicitude do fato, supõe agir em face de uma causa excludente da licitude.
Supõe o sujeito por erro plenamente justificado encontrar-se em estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular do direito. – isenta o agente de pena.
Surgem as eximentes putativas, ou causas putativas de exclusão de antijuridicidade, combinação do artigo 20 §1° com os incisos do artigo 23 e com remissão aos artigos 24 e 25, do código penal.
Eximentes putativas erro de tipo ou causas de exclusão da culpabilidade, quando invencível o erro.
Causas do artigo 23, excluem a ilicitude a incidência sobre elas, do erro as transformam, causas de exclusão de dolo e culpa se invencível ou excludente da culpabilidade – erro de proibição. 
EX.: agente acredita que se encontra face agressão injusta (inexistente na realidade) vindo a matar seu agressor – Supõe-se situação de fato (suposição de agressão injusta) que se existisse (houvesse realmente a agressão) tornaria a ação legítima (haveria legítima defesa real – excludente de antijuridicidade). Não havia agressão injusta, o fato cometido é ilícito. Mas houve erro de tipo: invencível : exclui dolo e culpa - vencível: homicídio culposo.
Se o erro não deriva da apreciação de um fato, mas de um requisito normativo da excludente – ex.: injustiça da agressão – não se trata de erro de tipo mas de proibição inescusável, homicídio doloso, pena reduzida.
Discriminantes putativas no homicídio, estado de necessidade putativo, legítima defesa putativa, estrito cumprimento do dever legal putativo, exercício regular do direito putativo.
O erro deve ser plenamente justificado pelas circunstâncias – se vencível: responde por homicídio culposo; - se invencível: exclui o dolo e a culpa.
HOMICÍDIO E CRIME IMPOSSÍVEL
CRIME IMPOSSÍVEL: verifica-se que o agente nunca poderia consumar o homicídio quer pela ineficácia absoluta do meio empregado, quer pela absoluta impropriedade do objeto material (pessoa).
Casos de crime impossível: (ausência de tipicidade): 
por ineficácia absoluta do meio: o meio empregado pela própria, absolutamente incapaz de produzir a morte;
por impropriedade absoluta do objeto pessoa: inexiste pessoa sobre a qual deveria recair a ação, ou, quando sua situação ou condição, torna impossível a produção do resultado.
Para que ocorra Crime Impossível: é preciso que sejam absolutas a ineficácia dos meios empregados, se relativa há tentativa.
Ineficácia Relativa do Meio: não obstante eficaz a produção do resultado, este não ocorre por circunstâncias acidentais. Ex.: desfecha um tiro contra a vítima, mas a arma nega fogo. 
Impropriedade Relativa do Objeto: 
Condição acidental do próprio objeto material neutraliza a eficácia do meio usado pelo agente. Ex.: cigarreira desvia o projétil;
Presente o objeto na fase inicial da conduta vem, ausentar-se no instante do ataque. Ex.: agente dispara tiros no leito da vítima, que dele saíra segundos antes.
Crime impossível: não constitui figura típica de homicídio, não enseja a aplicação da pena ou medida de segurança. 
Ineficácia do meio ou impropriedade do objeto material do homicídio: 
Absoluta: não há crime – artigo 17;
Relativa: responde o sujeito por tentativa de homicídio.
HOMICÍDIO E CONCURSO DE AGENTES
Homicídio: delito monossubjetivo – crime que pode ser cometido por uma só pessoa; excepcionalmente pode ser cometido por mais de um agente, surge o concurso de agentes : autoria, co-autoria e a participação.
AUTORIA: Autor do homicídio é quem realiza a conduta que se enquadra no núcleo do tipo – verbo “matar”. 
TEORIAS SOBRE A AUTORIA:
Restritiva: autor é somente quem pratica ação que se amolda ao verbo “matar”- nosso CP. Adota essa teoria.
2 - Extensiva : autor é quem dá causa a morte da vítima, pouco importando que sua conduta se enquadra direta ou indiretamente na figura típica, por isso não há diferença entre autoria e participação.
AUTOR: quem realiza o núcleo do tipo – matar.
PARTÍCIPE: é quem sem realizar o núcleo do tipo contribui para a morte da vítima por intermédio de: induzimento, instigação e de auxílio secundário.
FORMAS DE CONCURSO DE AGENTES:
1- Co- autoria (propriamente dita): vários agentes praticam a conduta descrita pela figura típica. Essa conduta caracteriza pela circunstância de que os cooperadores, conscientemente, conjugam seus esforços no sentido da produção das várias atividades. 
Co-autoria divisão do trabalho com nexo subjetivo, unifica comportamento de todos, cada um tem consciência de colaborar na obra comum.
Não existe fato principal que acedam condutas acessórias, cada um contribui com sua atividade na integração da figura típica, executando a conduta nela descrita objetivamente. Há diversos executores do tipo penal. Não é necessário que todos executem a conduta produtora direta da morte. Ex.: é co-autor que segura a vítima.
2- Participação: os agentes não cometem o comportamento, negativo ou positivo, descrito na norma penal incriminadora, mas concorrem de qualquer modo para a realização do homicídio. Conduta acessória de um fato principal;
Participação propriamente dita – agente não pratica atos executórios do crime de homicídio, mas concorre de qualquer modo para sua realização, não comete a conduta descrita pelo preceito primário mas pratica uma atividade que contribui para a formação do delito.
Atos de participação: não integram elemento algum da realização da figura típica, não sendo puníveis por si mesmos; sua punibilidade não pode deixar de ser uma acessão do fato do autor ou do executor.
O agente que participou só pode ser imputado condicionalmente, depende do principal.
Diferença entre autor e partícipe: o primeiro existe em razão do tipo que se amolda a sua conduta, segundo só se enquadra por força de regra da ampliação pessoal.
Participação delituosa – ação – base: conceito de ação princípio da causalidade – participação não é o simples conhecimento da conduta criminosa mas contribuição à sua realização.
Ações do partícipe: ligados ao fato material pelo nexo da causalidade física – não é suficiente para que a participação exista – imprescindível elemento subjetivo – cada concorrente tem consciência de contribuir para realizar a obra comum.
Não é necessário acordo de vontades, basta que uma vontade adira a outra.
Elemento subjetivo de participação: necessário em relação ao partícipe, pode falhar ao Autor, este pode recusar a participação. A participação opera partícipe - autor.
Homogeneidade de elemento subjetivo – autor e partícipe - devem agir com dolo, se, houver 
Heterogeneidade, não haverá o concurso de agentes na modalidade de participação.
Não há:
participação dolosa em crime culposo;
participação culposa em crime doloso;
homicídio culposo não admite participação – só co-autoria.
Inexistência do vínculo subjetivo entre os participantes – autoria colateral.
AUTORIA COLATERAL: quando os agentes desconhecendo cada um a conduta do outro, realizam atos convergentes à produção da morte da vítima, mas que ocorre em face do comportamento de um só deles. Um responde por homicídio e outro por tentativa.
FORMAS DE PARTICIPAÇÃO: 
Participação moral: fato de incutir na mente do autor, o propósito criminoso ou reforçar o preexistente – determinação, induzimento, instigação.
Participação material: fato de alguém insinuar-se no processo de causalidadefísica –auxílio prestado na preparação ou execução do delito ( corresponde a antiga cumplicidade ).
COOPERAÇÃO DOLOSAMENTE DISTINTA:
Participantes colaboram com consciência e vontade do mesmo fato e a culpabilidade de cada um deles deve referir-se ao acontecer punível em seu conjunto, pelo excesso ou pela prática de crime mais grave responde somente o executor.
Sujeito quis participar de um crime menos grave, sofre a pena deste, se, entretanto, lhe era previsível o resultado mais grave, a pena do delito menos grave e aumentada de metade.
AUTORIA INCERTA: dá-se quando na autoria colateral, não se apura a quem atribuir a produção do evento - CP. Não responde o problema. (Damásio: punir ambos por tentativa).
COMUNICABILIDADE E INCOMUNICABILIDADE DAS CIRCUNSTÂNCIAS:
Tema do concurso de pessoas – não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.
Circunstâncias: elementos acessórios – acidentais que agregados ao crime tem função de aumentar ou diminuir a pena. Não interferem na qualidade do crime, mas, sim, afetam a sua gravidade – “quantitas delicti.”
Circunstâncias:
1 – Objetivas: materiais ou reais: se relacionam com os meios e modos de realização do crime, tempo, ocasião, lugar, qualidade da vítima.
2 - Subjetivas : de caráter pessoal: só dizem respeito a pessoa do participante sem qualquer relação com a materialidade do delito, com os motivos determinantes , condições, etc...
REGRA QUANTO AS CIRCUNSTÂNCIAS DO HOMICÍDIO: 
não se comunicam as circunstâncias de caráter pessoal – de natureza subjetiva – Em caso de co-autoria ou participação , os elementos inerentes a pessoa de determinado concorrente não se estendem aos fatos cometidos pelos outros participantes. Ex.: “A” pratica homicídio por relevante valor social, com participação de “B”, que desconhece essa determinante, não se aplica a “B” a causa de diminuição de pena.
Circunstância objetiva não pode ser considerada no fato do partícipe , se não entrou na esfera de seu conhecimento. EX.: “A” aconselha “B” a praticar um crime, “B” o pratica com uso de asfixia – “A” partícipe não responde por homicídio qualificado se o meio de execução empregado por “B”(asfixia) não ingressou na esfera de seu conhecimento.
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
HOMICÍDIO: consuma-se com a morte da vítima, admite a forma tentada, quando o sujeito não alcança a consumação.
TENTATIVA DE HOMICÍDIO:
IMPERFEITA ou TENTATIVA PROPRIAMENTE DITA: o processo executório é interrompido por circunstâncias alheias a vontade do agente. O agente não exaure todas as potencialidades lesivas. Não chega a praticar todos os atos de execução necessários a produção da morte por circunstâncias alheias a sua vontade.
PERFEITA ou CRIME FALHO: a fase de execução é integralmente realizada pelo agente, mas a morte não se verifica por circunstância alheias a sua vontade - crime subjetivamente consumado em relação do agente que o comete, mas não o é objetivamente em relação a pessoa contra a qual se dirigia.
Tentativa perfeita ou imperfeita: (essa distinção oferece relevância no tema desistência voluntária e arrependimento eficaz) não recebem tratamento diferente , pela lei penal na aplicação da pena in abstrato – artigo 14 – parágrafo único CP. Na imposição da pena in concreto deve ser levada em conta – artigo 59 CP.
DOLO ESPECIAL: tentativa não o possui, dolo da tentativa o mesmo do crime consumado.
HOMICÍDIO admite:
Desistência Voluntária: artigo 15 da 1ª parte: “o agente que voluntariamente desiste de prosseguir na execução”; Consiste numa abstenção de atividade o sujeito cessa o seu comportamento delituoso;
Arrependimento Eficaz: artigo 15 da 2ª parte: “impede que o resultado se produza”. Quando o agente, tendo já ultimado o processo de execução do crime de homicídio, desenvolve nova atividade impedindo a produção do resultado morte.
Tentativa difere de Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz , pois naquele o agente é impedido ou interferem circunstâncias outras independentes de sua vontade, fortuitas ou não fazendo-o suspender a pratica dos atos executivos.
Não obstante Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz o agente responde pelos atos já praticados.
HOMICÍDIO PRIVILEGIADO - § 1º 
HOMICÍDIO PRIVILEGIADO: admite três figuras: 
matar alguém impelido por motivo de relevante valor social;
matar alguém impelido por motivo de relevante valor moral;
matar alguém sob domínio de violenta emoção, logo após de injusta provocação do ofendido;
No tipo não temos elementos ou elementares, mas circunstâncias legais especiais ou específicas – dados eventuais não interfere na qualidade do crime, permanece o mesmo homicídio, mas na qualidade da pena.
 O homicídio privilegiado não é hediondo : só o homicídio simples, que pode conter o privilégio, que é hediondo. Quando cometido em conduta típica de grupo de extermínio, circunstância incompatível com as do art. 121, § 1º, do CP (relevante valor moral ou social ou violenta emoção logo em seguida a injusta provocação da vítima).
Hipótese do concurso do agentes: tais circunstâncias são incomunicáveis entre os concorrentes.
REDUÇÃO DA PENA: obrigação ou faculdade judicial. Há duas posições: 
1ª) a redução é obrigatória, tratando-se de um direito do réu.; 
2ª) é facultativa.
HOMICÍDIO PRIVILEGIADO - QUALIFICADO: Existem três posições: 
1ª) a composição é impossível, de modo que a causa de diminuição da pena não se aplica ao homicídio qualificado.; 
2ª) o privilégio pode concorrer com as qualificadoras de natureza objetiva, mas não com as subjetivas.; 
3ª) o privilégio exclui as qualificadoras objetivas, nos termos do art. 67 do Código Penal. De modo que, concorrendo uma das circunstâncias do privilégio com qualificadora objetiva, o sujeito responde por homicídio privilegiado. 
1) MOTIVOS DE RELEVANTE VALOR SOCIAL OU MORAL: Os motivos de relevante valor social ou moral estão previstos no art. 65, III, a, do Código Penal, como circunstâncias atenuantes. Aqui, o legislador as transformou em causas de diminuição de pena, em face do que não incidem as atenuantes genéricas.
ESPÉCIES: 
1 - O motivo de relevante valor social ocorre quando a causa do delito diz respeito a interesse coletivo. 
2 - O motivo de relevante valor moral diz respeito a interesse particular. 
ERRO DE TIPO: Se o sujeito, levado a erro por circunstâncias de fato, supõe a existência da causa do motivo (que, na verdade, inexiste), aplica-se a teoria do erro de tipo (CP, art. 20), não se afastando a redução da pena (i. e., o privilégio do homicídio).
2) EMOÇÃO VIOLENTA:
O privilégio não se confunde com a atenuante genérica do art. 65, III, c, parte final, do Código Penal: no homicídio privilegiado, o agente se encontra sob o domínio de violenta emoção e há de realizar a conduta logo após a provocação da vítima; na atenuante genérica, ele se encontra sob a influência da emoção, não exigindo o requisito temporal. 
REQUISITOS DA FIGURA TÍPICA: 
1º) emoção violenta; 
2º) injusta provocação da vítima; 
3º) sucessão imediata entre a provocação e a reação.
Provocação: É necessário que a vítima somente tenha provocado o sujeito ativo. Se a provocação tomar ares de agressão, estaremos em face de legítima defesa, que exclui a antijuridicidade do fato do homicídio, pelo que o sujeito não responde pelo crime, pode ser contra terceiro ou até um animal, não e necessário ser contra o homicida, deve a provocação ser uma conduta injusta, capaz de provocar violenta emoção.
Exige-se imediatidade entre a provocação injusta e a conduta do sujeito. De acordo com a figura típica, é indispensável que o fato seja cometido "logo em seguida" a injusta provocação do ofendido. A expressão significa quase imediatidade: é indispensável que o fato seja cometido momentos após a provocação. Um homicídio cometido horas ou dias depois da provocação injusta nãoé privilegiado. 
ERRO DE TIPO: A errônea suposição de ter sido o sujeito provocado injustamente aproveita, aplicando-se os princípios atinentes à legítima defesa putativa (CP, art. 20, § 1º).
HOMICÍDIO QUALIFICADO - § 2º 
Motivos Determinantes: paga, promessa de recompensa, outro motivo torpe ou fútil, (inciso I e II);
Meios : veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura, outro meio insidioso e cruel de que possa resultar em perigo comum (inciso III);
Formas de Execução: traição, emboscada, dissimulação ou outro recurso que torne impossível a defesa do ofendido (inciso IV);
Conexão com outro Crime: fato praticado para assegurar a execução ocultação a impunidade ou vantagem de outro crime (inciso V).
PREMEDITAÇÃO: Não constitui circunstância qualificadora. Nem sempre a preordenação criminosa constitui circunstância capaz de exasperar a pena diante do maior grau de censurabilidade de seu comportamento. Muitas vezes, significa resistência à prática delituosa. Entretanto, não é irrelevante diante da pena, podendo agravá-la nos termos do art. 59 do Código Penal (circunstância judicial).
CONCURSO DE PESSOAS: As qualificadoras referentes aos motivos determinantes do crime são incomunicáveis entre os participantes. 
Desta forma, se os sujeitos A e B praticam homicídio, agindo o primeiro por motivo torpe, desconhecido do segundo, só o primeiro responde pela forma qualificada. Nos termos do art. 30 do Código Penal, as circunstâncias de caráter pessoal não se comunicam. 
Os motivos do homicídio constituem circunstâncias subjetivas: são incomunicáveis entre os sujeitos.
Parentesco : não qualifica o homicídio – circunstância de agravante genérica.
CONCURSO DE QUALIFICADORAS: Motivo fútil e torpe ao mesmo tempo: inadmissibilidade.
CRIME HEDIONDO: O homicídio doloso qualificado, tentado ou consumado, em qualquer de suas figuras típicas (incisos I a V do § 2º do art. 121 do CP), é DELITO HEDIONDO.
A) MOTIVO TORPE (I)
É o moralmente reprovável, demonstrativo de depravação espiritual do sujeito. Torpe é o motivo abjeto, desprezível.Ex.: Homicídio de esposa pelo fato de negar-se à reconciliação; para obter quantidade de maconha; matar a vítima porque deseja interromper a prática de atos de libidinagem.
INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA: O inciso encerra forma de interpretação analógica, em que o legislador, após fórmula exemplificativa, emprega fórmula genérica. No caso, o enunciado exemplificativo está nas circunstâncias da paga e da promessa de recompensa; a cláusula final ou genérica está prevista no outro motivo torpe ("ou por outro motivo torpe").
B) PAGA E PROMESSA DE RECOMPENSA
São motivos torpes..
DISTINÇÃO: A paga difere da promessa de recompensa. Na paga, o recebimento é prévio, o que não ocorre na promessa de recompensa. Os dois sujeitos respondem pela forma qualificada: o que realizou a conduta e o que pagou ou prometeu a recompensa. 
Obs.: responde qualificadamente quem executou e quem prometeu a paga.
C) MOTIVO FÚTIL 
CONCEITO: É o insignificante, apresentando desproporção entre o crime e sua causa moral. 
AUSÊNCIA DE MOTIVO: Há duas posições: 
1ª) não se confunde com o motivo fútil. Se o sujeito pratica o fato sem razão alguma, não incide essa qualificadora, nada impedindo que responda por outra, como é o caso do motivo torpe. É a nossa posição; 
2ª) são equiparados.
EMBRIAGUEZ: Há três posições: 
1ª) exclui o motivo fútil.; 
2ª) não exclui.; 
3ª) só exclui quando compromete completamente o estado psíquico 
D) HOMICÍDIO COMETIDO COM EMPREGO DE VENENO, FOGO, EXPLOSIVO, ASFIXIA, TORTURA OU OUTRO MEIO INSIDIOSO OU CRUEL, OU DE QUE POSSA RESULTAR PERIGO COMUM
Interpretação analógica: O Código Penal emprega uma fórmula casuística inicial, referente ao emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia ou tortura. Afinal, emprega a fórmula genérica: meio insidioso, cruel ou de que possa resultar perigo comum. Significa que estes meios devem ter a mesma natureza do conteúdo da parte exemplificativa.
MEIO INSIDIOSO: Existe no homicídio cometido por intermédio de estratagema, perfídia.
FOGO: Pode ser meio cruel ou de que pode resultar perigo comum, conforme as circunstâncias. O álcool (assim como a gasolina) é altamente inflamável.
ASFIXIA: Pode ser mecânica ou tóxica. Asfixia tóxica pode dar-se pelo ar confinado, pelo óxido de carbono e pelas viciações do ambiente. Os processos de provocação da asfixia mecânica são: enforcamento, estrangulamento, afogamento, submersão e esganadura.
TORTURA: É meio cruel. Pode ser física ou moral. A Lei n. 9.455, de 7 de abril de 1997, ao definir o crime de tortura, comina a pena de oito a dezesseis anos de reclusão na hipótese de resultar morte (art. 1º, § 3º, 2ª parte). Trata-se de crime qualificado pelo resultado e preterdoloso, em que o primum delictum (tortura) é punido a título de dolo e o evento qualificador (morte), a título de culpa. Aplica-se no caso de haver nexo de causalidade entre a tortura, seja física ou moral, e o resultado agravador. Ocorrendo dolo quanto à morte, seja direto ou eventual, o sujeito só responde por homicídio qualificado pela tortura (art. 121, § 2º, III, 5ª fig.), afastada a incidência da lei especial. Se, entretanto, durante a tortura o agente resolve matar a vítima, por exemplo, a tiros de revólver, há dois crimes em concurso material: tortura (art 1º da lei nova) e homicídio, que pode ser qualificado pelo motivo torpe, recurso que impediu a defesa da vítima etc. Tortura contra criança, resultando morte dolosa: o sujeito responde por homicídio qualificado pela tortura.Tortura contra criança, resultando morte preterdolosa: aplica-se o art. 1º, §§ 3º, 2ª parte, e 4º, II, da Lei n. 9.455, de 7 de abril de 1997.
E) HOMICÍDIO COMETIDO À TRAIÇÃO, DE EMBOSCADA, OU MEDIANTE DISSIMULAÇÃO OU OUTRO RECURSO QUE DIFICULTE OU TORNE IMPOSSÍVEL A DEFESA DO OFENDIDO (IV)
INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA; O Código Penal, após fórmula casuística, usa fórmula genérica. A primeira está na menção à traição, emboscada e dissimulação. Por fim, refere-se a outro recurso qualquer que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido. Nesta hipótese, é necessário que o outro recurso tenha a mesma natureza das qualificadoras anteriormente descritas.
TRAIÇÃO: Espécies: Pode ser física, como matar pelas costas, ou moral; exemplo de o sujeito atrair a vítima a local onde existe um poço. Tiros pelas costas.
EMBOSCADA Conceito: É a tocaia .
DISSIMULAÇÃO: Conceito e espécies: Ocorre quando o criminoso age com falsas mostras de amizade. A qualificadora pode ser material ou moral. Pode ser:
Material: caso de o sujeito se disfarçar para matar a vítima. 
Moral: quando ele dá mostras falsas de amizade para melhor executar o fato.
RECURSO QUE DIFICULTE OU TORNE IMPOSSÍVEL A DEFESA DO OFENDIDO: Requisito: É necessário que tais meios se assemelhem à traição, emboscada ou dissimulação. Surpresa: Qualifica o crime, desde que tenha impossibilitado a defesa da vítima. Não basta que o ofendido não espere o ato agressivo.Dolo eventual: É incompatível com a qualificadora da surpresa.
F) HOMICÍDIO QUALIFICADO PELA CONEXÃO
Ocorre quando cometido para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem em relação a outro crime. Conexão: É o liame objetivo ou subjetivo que liga dois ou mais crimes.
Espécies: 
1ª) conexão teleológica; Conexão teleológica: Ocorre quando o homicídio é cometido a fim de assegurar a execução de outro crime. Se o outro delito é considerado inexistente: Não subsiste a qualificadora
2ª) Conseqüencial; e Conexão conseqüencial: Ocorre quando o homicídio é cometido a fim de assegurar a ocultação, impunidade ou vantagem em relação a outro delito. Na ocultação, o sujeito visa a impedir a descoberta do crime. Na impunidade, o crime é conhecido, enquanto a autoria é desconhecida
3ª) ocasional. Conexão ocasional: Ocorre quando o homicídio é cometido por ocasião da prática de outro delito. Há dois crimesem concurso material.
Vantagem: Pode ser: 
produto de crime – coisas adquiridas diretamente com o crime;
preço de crime – paga ou promessa de recompensa;
proveito do crime – toda e qualquer vantagem, que não seja preço ou produto.
G) AUMENTO DA PENA EM FACE DA IDADE DO SUJEITO PASSIVO (§ 4º, 2ª parte)
Referência constitucional: Constituição Federal, art. 227, § 4º, que determina severidade na punição da violência contra a criança e o artigo 230 do mesmo estatuto, que assegura tratamento digno ao idoso.
Noção: Tratando-se de vítima menor de catorze anos de idade e doloso o homicídio, a pena é agravada de um terço, nos termos do § 4º, 2ª parte, do art. 121 do CP, de acordo com redação trazida pela Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente).
O mesmo descrito acima se dará quando a vítima for maior de 60 anos, conforme o Estatuto do Idoso (Lei nº 10741/2003).
Natureza; Trata-se de circunstância legal especial de natureza objetiva e de aplicação obrigatória.
APLICAÇÃO: Incide somente sobre as formas dolosas do homicídio, seja o tipo simples, privilegiado ou qualificado. Requisitos: 
Que a vítima seja menor de catorze anos de idade. 
Que o homicídio seja doloso.
HOMICÍDIO CULPOSO- § 3º 
Homicídio culposo na teoria finalista da ação: 
Culpa: constitui elemento do tipo; elemento do tipo do crime de homicídio – refere-se a inobservância do dever de diligência – cuidado objetivo. Falta de cuidado objetivo: pratica de uma conduta causadora de resultado morte sem o discernimento e prudência que uma pessoa normal deveria Ter – a inobservância do cuidado necessário objetivo é elemento do homicídio culposo.
Culpa: típica é toda conduta que infringe o cuidado necessário objetivo – tipo é aberto ao contrário do doloso não é precisamente definido em face da diversidade de formas de condutas. Para estabelecer critérios de culpa: comparação das condutas concreta do sujeito e a que teria uma pessoa modelo – surge a previsibilidade objetiva – cuidado necessário deve ser objetivamente previsível – imprevisibilidade objetiva exclui a tipicidade.
Verificação da tipicidade: constitui indícios de antijuridicidade que pode ser afastada por suas causas de exclusão – legítima defesa – estado de necessidade.
Culpabilidade no homicídio culposo: decorre da previsibilidade subjetiva – possibilidade do sujeito agir conforme o direito segundo a circunstâncias do caso concreto. Mesmos elementos do doloso: imputabilidade, potencial consciência de antijuridicidade, exigibilidade de conduta diversa. Observância do dever genérico de cuidado – exclui a tipicidade do fato – a observância do dever pessoal de cuidado – exclui a culpabilidade.
PREVISIBILIDADE OBJETIVA E SUBJETIVA DA MORTE CULPOSA: Previsibilidade: possibilidade de ser antevista a morte nas condições em que o sujeito se encontrava. Essa possibilidade é ilimitada. Previsibilidade do que normalmente pode acontecer – não do excepcional extraordinário – deve ser examinada em face das circunstâncias concretas em que o sujeito se colocou não se projeta para um futuro remoto. Previsibilidade: deve ser presente e atual – nas circunstâncias do momento da prática da conduta.
Critério de aferição da previsibilidade:
a) Objetivo: previsibilidade deve ser apreciada não do ponto de vista do sujeito que pratica a conduta, mas em face do homem comum colocado nas condições concretas – projeta-se no campo do tipo penal.
b) Subjetivo: deve ser vista as condições pessoais do sujeito. Não se pergunta o que o homem comum deveria fazer naquele momento, mas sim o que era exigível do sujeito nas circunstâncias em que se viu envolvido – projeta-se na culpabilidade.
ELEMENTOS DO TIPO CULPOSO DE HOMICÍDIO – Elemento do fato típico homicídio culposo: 
1) Conduta humana voluntária – de fazer e não fazer;
2) Inobservância do cuidado objetivo através da: negligência, imprudência ou imperícia;
3) Previsibilidade objetiva do resultado – morte; 
4) Inexistência de previsão do resultado – ausência – não previu a morte;
5) Resultado morte involuntária;
6) Tipicidade.
IMPRUDÊNCIA: pratica de um fato perigoso – dirigir veículo, em rua movimentada, com excesso de velocidade;
NEGLIGÊNCIA: ausência de precaução ou indiferença em relação ao ato realizado – deixar arma de fogo ao alcance de uma criança.
DIFERENÇA ENTRE IMPRUDÊNCIA E NEGLIGÊNCIA: na primeira a conduta é positiva, o sujeito pratica uma conduta que a cautela indica que não deva ser realizada, a Segunda é negativa sujeito deixa de fazer alguma coisa que a prudência impõe – algo imposto pela ordem jurídica.
IMPERÍCIA: falta de aptidão para o exercício de arte ou profissão em face de ausência de conhecimento técnico ou pratica ; esses profissionais no desempenho de suas atividades, venham a causar a morte de terceiros – deve ser no mister de sua profissão – não se confunde com o erro profissional.
ESPÉCIES DE CULPA NO HOMICÍDIO: 
1) Culpa Inconsciente: a morte da vítima não é prevista pelo sujeito embora previsível – Culpa comum – manifesta-se pela imprudência, negligência ou imperícia;
2) Culpa Consciente: resultado morte é previsto pelo agente, que espera levianamente que não aconteça ou que possa evitá-lo – Culpa com previsão – previsão é elemento do dolo , mas excepcionalmente pode integrar a culpa em sentido estrito – Culpa consciente. Ex.: numa caçada sujeito vê um animal próximo de seu companheiro, percebe que, atirando na caça , poderá acertar o companheiro confia na sua apontaria, acreditando que não virá a matá-lo – atira e mata o companheiro – não responde por crime doloso – mas por homicídio culposo – sujeito previu o resultado levianamente acreditou que não ocorresse. 
Culpa consciente difere de dolo eventual: neste o sujeito tolera a produção do resultado este lhe é indiferente, tanto faz que ocorra ou não – assume o risco de produzi-lo – naquele – o agente não quer o resultado não assume o risco de sua produção nem lhe é tolerável ou indiferente. O evento lhe é representado (previsto) mas confia na sua não produção.
Culpa consciente comparável a culpa inconsciente: em face da pena abstrata é a mesma para os dois casos.
3) Culpa Própria: (culpa comum) – resultado morte não é previsto embora seja previsível – o agente não quer o resultado, nem assume o risco de produzi-lo.
4) Culpa Imprópria: (culpa por assimilação extensão ou equiparação) – resultado morte é querido pelo sujeito que labora em erro de proibição inescusável ou vencível. Ex.: sujeito cansado de ser assaltado, posta-se de atalaia a espera do ladrão, um vulto penetra em seu jardim – levianamente – imprudentemente ou negligentemente – supões tratar-se do ladrão, acreditando estar em legítima defesa de sua propriedade atira no vulto – mata-o - posteriormente prova-se ser terceiro inocente. O agente responde por homicídio culposo. Observe-se que o resultado morte foi querido – o agente realizou a conduta por erro de tipo – vencível ou escusável – pois se tivesse sido mais diligente teria percebido que não se tratava de um ladrão – afasta-se o dolo mas subsiste a culpa. 
GRAUS DE CULPA NO HOMICÍDIO: grave, leve e levíssima – pena abstrata não há distinção quantitativa da culpa – a pena cominada é a mesma.
COMPENSAÇÃO E CONCORRÊNCIA DE CULPAS NO HOMICÍDIO: compensação de culpas incabível em matéria penal – a culpa do ofendido não exclui a culpa do sujeito. Só não responde o sujeito pelo resultado morte se a culpa foi exclusiva da vítima.
HOMICÍDIO CULPOSO QUALIFICADO (§ 4º, 1ª PARTE).
FIGURAS TÍPICAS
1ª) inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício; 
2ª) omissão de socorro à vítima; 
3ª) não procurar diminuir as conseqüências do comportamento; 
4ª) fuga para evitar prisão em flagrante.
INOBSERVÂNCIA DE REGRA TÉCNICA DE PROFISSÃO, ARTE E OFÍCIO Ex.: motorista , dirigindo veículo, causa a morte de um transeunte deixando de observarregra de trânsito; Não se confunde com imperícia, , na qualificadora o sujeito tem conhecimento da regra técnica, mas não a observa. Só é aplicável à profissional.
Imperícia: distinção: A inobservância regulamentar não se confunde com a imperícia, que indica inabilidade de ordem profissional, insuficiência de capacidade técnica. Na causa de aumento de pena, o sujeito tem conhecimento da regra técnica, mas não a observa. 
 Destinatário da causa de aumento de pena: Só é aplicável a profissional, uma vez que somente nessa hipótese é maior o cuidado objetivo necessário, mostrando-se mais grave o seu descumprimento. 
OMISSÃO DE SOCORRO: sujeito após atropelar a vítima, sem risco pessoal, não lhe presta assistência, NÃO responde por dois crimes, vindo ela a falecer ==> homicídio culposos + omissão de socorro ==> Responde por homicídio culposo qualificado. 
Aplica-se o princípio da subsidiariedade implícita, em que um delito é descrito pelo legislador como circunstância qualificadora de outro. Suponha-se que motorista e passageiro estejam viajando de automóvel. O primeiro, por imprudência, vem a matar um transeunte , sendo induzido pelo segundo a fugirem do local, não prestando socorro à vítima, que vem a falecer - motorista responde por homicídio culposo qualificado pela omissão de socorro, o passageiro como NÃO se trata de co-autoria no homicídio culposo, uma vez que não teve nenhuma interferência na conduta culposa do motorista, não participou do fato atropelamento. O crime culposo não admite participação, mas somente co-autoria. 
Houve concurso de agentes somente no crime de omissão de socorro – a adoção da teoria unitária levaria à unidade de crime para ambos, trata-se de EXCEÇÃO pluralística do princípio unitário. Embora haja concurso de agentes, há dois crimes: o motorista responde por homicídio culposo qualificado pela omissão de socorre e o passageiro, por crime de omissão de socorro qualificado pela morte do terceiro. 
O induzimento do passageiro, tornou-se irrelevante. Trata-se de problema de co-autoria em qualificadora. 
O elemento subjetivo da qualificadora omissão de socorro, é o dolo de perigo, a vontade livre e consciente de expor a vítima a perigo de dano ou após a conduta culposa que adveio a lesão corporal, sob o efeito de tal perigo. Há duas condutas uma inicial: culposa: produção da lesão e outra subseqüente, dolosa, consistente na omissão de socorro. Forma típica em que um crime culposo tem qualificadora punida a título de dolo. A qualificadora só incide quando cabível o socorro, a vítima falecendo no momento do fato , impossível falar-se em exasperação da pena.
Tratando-se de crime cometido no trânsito: Vide art. 304 do Código de Trânsito Brasileiro (Lei n. 9.503, de 23-9-1997).
Cabimento: A qualificadora só incide quando cabível o socorro. Se a vítima falece no momento do fato, é impossível falar-se na circunstância de exasperação da pena. Lesões leves, sem necessidade de assistência: não incide a qualificadora.
 Vítima socorrida por terceiros: Há duas posições: 
1ª) não subsiste a qualificadora. (dominante);
2ª) subsiste a qualificadora. .
 Morte instantânea: Impede a incidência da qualificadora.
Fuga à prisão em flagrante:
Tratando-se de crime cometido no trânsito: Vide art. 305 do Código de Trânsito Brasileiro (Lei n. 9.503, de 23-9-1997).
Perigo de linchamento: Não há qualificadora quando o sujeito foge a fim de evitar linchamento. 
Dolo: Exige-se a finalidade de fugir à prisão .
PERDÃO JUDICIAL - § 5º
Crimes observações:
É um instituto pelo qual o juiz , não obstante a prática de um delito por um sujeito culpado, não lhe aplica a pena, levando em consideração determinadas circunstâncias.
Amásia: Reconhecimento da medida, tratando-se de união estabilizada há certo tempo. União estável (CF, art. 226, § 3º): A solução, no sentido de o perdão judicial aplicar-se na hipótese de "companheiro", é correta, especialmente em face do instituto da "união estável", que equiparou o "companheiro" ao cônjuge (CF, art. 226, § 3º). Pai da companheira: Nesse caso, não se exige certidão de casamento do réu com a filha da vítima.
HIPÓTESES EM QUE NÃO SE RECONHECEU O PERDÃO JUDICIAL
Lesões corporais leves na esposa;
Lesões leves no próprio agente;
Morte da esposa: Inadmissibilidade de incidência do perdão judicial;
Esposa e filhos: Lesões graves neles e no condutor.
 
CAUSA EXTINTIVA DA PUNIBILIDADE.
A sentença que concede o perdão é absolutória ou condenatória - Se o juiz chega a conclusão de conceder o privilégio, deve condenar o réu e depois deixar de aplicar a pena, ou não condena, desde logo deixando de aplicar a pena. A solução, à essas perguntas refletem-se na questão da reincidência.
Há quatro orientações: 
1) A sentença que concede o perdão é condenatória ,subsistindo seus efeitos quanto ao lançamento do nome do réu no rol dos culpados, e responsabilidade pelas custas processuais. Apenas extingue os efeitos principais (aplicação das penas e medidas de segurança); subsistindo os efeitos reflexos ou secundários.
 
2) A sentença que concede o perdão judicial é condenatória, mas libera o réu de todos os seus efeitos, entre os quais a responsabilidade pelas custas e o lançamento do nome do réu no rol dos culpados.
3) É absolutória a sentença que concede o perdão judicial. 
4) A sentença que concede o perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade. Não é nem condenatória e nem absolutória é concessiva do perdão judicial : é declaratória da extinção da punibilidade, tendo a mesma natureza de que reconhece qualquer das causas previstas no art. 107 do CP. 
Dámasio e STF: É condenatória a sentença que concede o perdão, que apenas exclui os efeitos principais - aplicação das penas e medidas de segurança - subsistindo as suas conseqüências reflexas e secundárias, entre as quais se incluem a responsabilidade pelas custas, o lançamento do nome do réu no rol dos culpados.
O perdão judicial constitui causa extintiva de punibilidade a ser decretada pelo juiz na própria sentença condenatória. O juiz deve efetivamente condenar o réu, somente deixando de aplicar a sanção penal. Somente se perdoa quem errou. A simples concessão do perdão judicial já significa que o juiz entendeu existir o delito. O juiz para conceder o perdão judicial, deve necessariamente passar por conclusão preliminar: que o réu praticou um fato típico e ilícito, ficando demonstrada a censurabilidade de sua conduta. 
Pergunta-se, qual a diferença entre a sentença absolutória e concessiva de perdão judicial - No primeiro caso o réu não praticou crime, no segundo caso houve a pratica de um crime. Não é possível perdoar quem não errou. Logo condiciona-se o perdão judicial a prática de um crime de homicídio culposo. O efeito único do perdão judicial: desnecessidade de pena. Ele só exclui a exigência de fixação e aplicação de pena. Os outros efeitos subsistem. 
PARTICIPAÇÃO EM SUICÍDIO – ARTIGO 122
 
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio
Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.
Parágrafo único - A pena é duplicada:
Aumento de pena
I - se o crime é praticado por motivo egoístico;
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.
INTRODUÇÃO
O suicídio, sob o aspecto formal, constituiu indiferente penal, ou seja, a legislação não pune o fato como infração. 
Não figura constrangimento ilegal a coação exercida para impedi-lo nos termos do artigo 146, § 3°, II do CP. Significa que é absolutamente legal o fato de não permitir que alguém tire a própria vida.
Suicídio

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