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1 Faculdade de Economia, Universidade Federal Fluminense Microeconomia III – 1° semestre de 2015 Lista 2 – Capítulo 10: Escolha intertemporal Respostas 0. Ver final do livro. 1. (Aristides). O que temos aqui nada mais é do que aquilo que vimos nos slides das aulas de escolha intertemporal (quando traçamos a linha orçamentária intertemporal), porém, com notação diferente – justamente para vocês se habituarem a não se assustarem diante de uma mera variação de notação! 2. (Máquina / VPs, TIRs e VPLS). a. Sim, pois o Valor Presente Líquido seria positivo (R$4.800,62). 62,800.4$)10,01( 000.12 )10,01( 000.14 )10,01( 000.8 )10,01( 000.6 )10,01( 000.2000.25 5432 RVPL =+ + + + + + + + + +−= b. A 5% e a 15%, compraria, pois o VPL nos dois casos seria positivo (respectivamente, R$10.177,79 e R$506,79). A uma taxa de desconto de 20%, já não valeria a pena, pois o VPL seria negativo em R$2.962,96. c. Seria indiferente entre comprar e não comprar a um taxa próxima a 15,5%, como se pode ver no gráfico abaixo. Algebricamente, devemos encontrar a taxa que iguale o desembolso inicial e o VP do fluxo de renda subsequente: Desembolso inicial = VP do fluxo de renda 5432 *)1( 000.12 *)1( 000.14 *)1( 000.8 *)1( 000.6 *)1( 000.2000.25 rrrrr + + + + + + + + + = � r*=~0.1567 Valor Presente Líquido para diferentes taxas de juros -5000 0 5000 10000 15000 20000 0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 Taxa de juros Va lo r Pr es en te Lí qu id o d. Nas novas condições, o VPL seria negativo em mais de seiscentos reais. 3. (Felisberto / restrição orçamentária / estática comparada). a. A reta orçamentária é: C1 + C2/4 = 600 + 1200/4. b. R$900,00 e R$3.600,00. c. O custo de oportunidade de uma unidade monetária de consumo no período 1 são R$4 de consumo no período 2. O custo de oportunidade de uma unidade monetária de consumo no período 2 são R$0,25 de consumo no período 1. d. A inclinação é – (1+r) = – (1+3) = – 4 (bastante inclinada!!!). e. Se, inicialmente, ele é tomador de empréstimos, ele fica pior com um aumento da taxa de juros. Contudo, se ele inicialmente é poupador, sua situação melhora com um aumento dos juros. Em termos gráficos, sua situação pioraria se, no momento inicial, sua escolha ótima se localizasse num ponto localizado à direita do ponto de dotação; e melhoraria se, no momento inicial, tal cesta se encontrasse à esquerda do ponto de dotação. 4. (Estática comparada: aumento de taxa de juros): a. Álgebra: como a inclinação da restrição orçamentária intertemporal é dada por –(1+r), a inclinação é mais negativa conforme cresce r. Logo, a reta é mais inclinada quanto maior for r. b. Intuição: Conforme aumenta a taxa de juros, torna-se mais interessante consumir no segundo período. Torna-se (relativamente) mais caro consumir no primeiro período. c. Gráfico: na figura abaixo, trata-se do giro da linha orçamentária preta para a cinza. 2 5. (Estática comparada: análise gráfica e com decomposição de Slutsky). a. Por preferência revelada, podemos dizer que, se o consumidor continuar como poupador após uma redução da taxa de juros, ele estará em uma situação pior que a inicial. Nada impede, porém, que um consumidor inicialmente poupador (como no gráfico abaixo, em que o ponto de escolha ótima original encontra-se à esquerda do ponto de dotação), desloque seu ponto de escolha ótima para algum ponto à direita do ponto de dotação, passando a ser um tomador de empréstimos. b. Por preferência revelada podemos dizer que se o consumidor continuar como tomador de empréstimos após o aumento da taxa de juros, ele estará em uma situação pior que a inicial. No entanto, nada o impediria de se tornar poupador. Ele poderia se encontrar inicialmente num ponto como aquele representado no gráfico abaixo, à direita do ponto de dotação, e, após o aumento da taxa de juros, deslocar-se para algum ponto à esquerda do ponto de dotação. c. Para o item (c), é preciso recorrer à decomposição de Slutsky. m c cm p c p c mst ∆ ∆ −+ ∆ ∆ = ∆ ∆ 1 11 1 1 1 1 )( (-) (-) (-) (+) (Bem normal) (?) (-) (-) (-) (Bem inferior) Podemos analisar as variações da demanda resultantes da variação da taxa de juros, através da soma do efeito substituição e do efeito renda. O efeito substituição é sempre negativo, ou seja, uma queda na taxa de juros aumenta a quantidade consumida no período 1. Tratando-se de um bem normal, o sinal do último termo será positivo. Sendo o 3 consumidor um tomador de empréstimos, c1>m1, o penúltimo termo é negativo. O efeito total é a soma dos dois efeitos, ambos negativos. Logo, o efeito total é contrário à variação dos preços: temos certeza de que uma queda na taxa de juros aumenta o consumo no período 1. d. Se o bem for inferior, o efeito renda total será positivo. Não há como saber o que ocorrerá com o consumo presente (se aumentará ou diminuirá), a menos que sejam conhecidas as magnitudes de ambos os efeitos. O efeito total é indefinido na equação. 6. (Conjuntos orçamentários / retas orçamentárias quebradas). a. No gráfico abaixo, ver linha azul (blue line). b. Veja-se linha vermelha (red line) no gráfico abaixo. Vale a pena aceitar a proposta, pois o novo conjunto orçamentário domina o conjunto orçamentário original, isto é, todas as cestas anteriormente acessíveis o são agora também. c. Veja-se linha preta (black line) no gráfico abaixo. Não é possível dizer de antemão se vale a pena ou não. A resposta dependerá das preferências do indivíduo. Isto porque algumas cestas acessíveis anteriormente não o são agora. 7. (Restrição orçamentária e estática comparada) a. VP = 3000, VF = 3300. Ver gráfico abaixo. b. Restrição orçamentária: 3000 1 2 1 =+ + r CC c. TMS = -UM1/ UM 2 = -c2/c1, d. Sabemos que TMS = razão dos preços. A TMS é -c2/c1. A “razão dos preços” é -1/(1/1+r). Igualando as equações, obtemos c2=c1(1+r). Ou seja, c2=1,1c1. Agora, basta usar a restrição orçamentária como segunda equação deste sistema de equações a fim de se obter c1 = 1,5 mil; c2 = 1,65 mil. Ver gráfico abaixo. e. Poupará 500. f. A porção do novo conjunto orçamentário que ficar dentro do conjunto orçamentário original não poderá ser escolhida, pois estava à disposição antes, mas for a escolhida (argumento baseado na ideia de preferência revelada). g. C1=1.458,3; c2 = 1.750. h. Poupará 541,70. 8. (“Despoupança”). a. Ver gráfico abaixo: 4 b. Sabemos que: 2 1 2 1 P P UM UM ==== ⇒ r c c r c c ++++ ====⇒⇒⇒⇒ ++++ ==== 1 1 1 2 1 1 1 2 Como os ratos consomem parte do que é armazenado de um ano para outro, a deterioração é como uma taxa de juros negativa: 600 1200)25,0(1 150000.12 11 1 1 2 1 2 1 = = −+ += + += + + c c r m m r c c c. Chamando de R o total de alimentos comido pelos ratos, temos: 100)6001000(25,0)( 11 ====−−−−====−−−−==== cmrR d. 45075,0600 1 2 2 1 ====××××====⇒⇒⇒⇒++++ ==== c r c c e. Ver linha azul no gráfico. f. Do item b, sabemos que: 2c1 = 1000 + (150/1,1) � c1 =~ 568 sacas. Do item b, também sabemos que: c2 = c1 (1 + r) = 568*1,1 =~625 sacas. 9. (Escolha ótima com Cobb-Douglas genérica). a. Para escrever a restrição orçamentária de Milena no período 1 devemos primeiro garantir que sua equação de consumo está escrita em termos do mesmo período. Vejamos primeiro a noção mais intuitiva do consumo no período 2. Sabemos que o consumo de Milena no período 2 é dado porsua renda naquele período somada à diferença existente entre a renda e o consumo do período anterior e ao juro recebido (devido) por essa diferença: ))(1( )()( 1122 111122 cmrmc cmrcmmc −++= −+−+= Rearranjando, obtemos: 2121 )1()1( mmrccr ++=++ O lado direito da equação mostra a restrição orçamentária intertemporal de Milena em valores futuros. Para, ao contrário, escrevê-la em termos de valor presente, bastam operações simples, dividindo ambos os lados por (1+r). Assim, sua restrição intertemporal em termos de valor presente será igual a sua renda naquele período, m1, somada a renda que receberá no período 2 descontada pela taxa de juros, paga para transportar aquela renda através do tempo: )1()1( 2 1 2 1 r m m r c c + += + + b. p1≈1, p2≈1/(1+r), m≈m1 + m2/(1+r) c. c1 = a.m/p1 no caso padrão. No caso intertemporal deste exercício, teremos: c1 = 0,2.(m1 + m2/(1+r)) / 1 c1 = 0,2.(m1 + m2/(1+r)) c1 = 0,2m1 + 0,2m2/(1+r) Já para c2, temos: c2 = [(1-a)(m)]/p2 no caso padrão, e c2 = 0,8.[m1 + m2/(1+r)][1/(1+r)] c2 = 0,8.m1.(1+r)+ 0,8.m2. d. aumento de r � redução de c1 (portanto, aumento da poupança s1) e aumento de c2. e. Aqui temos: m1= 500; m2 = 880; a = 0,6; r = 0,1. Portanto, seu consumo original é: c~1 = 0,6.500 + 0,8.880/(1+0,1) Caso sua renda do período dobrasse, teríamos: c^1 = 0,6.1000 + 0,8.880/(1+0,1) A diferença entre os dois é: c^1 – c~1 = 0,6 (1000– 500) = 300. Portanto, seu consumo no período 1 aumentaria em R$300. (O interessante aqui é que o aumento do consumo é dado pelo aumento da renda ponderado pelo parâmetro 0,6. Afinal, com Cobb-Douglas, gasta-se proporção fixa da renda com cada um dos bens.) 10. Primeiro, calculamos a TMS: TMS = – (UM1)/ (UM2) = – (0,5. d1-1/2)/(0,8.0,5.d2-1/2) = – (0,5. d1-1/2)/(0,4.d2-1/2) Depois, igualamos a TMS à razão dos preços (como sempre!). Isto é: 5 (0,5. d1-1/2)/(0,4.d2-1/2) = r++++1 1 1 Esta expressão sempre terá de ser válida para a função de utilidade dada, e para qualquer taxa de juros. Assim, o enunciado nos pergunta qual seria a taxa de juros em caso de igualdade de consumo nos dois períodos, vamos impor a condição d1 = d2 na equação anterior. Teremos: (0,5. d1-1/2)/(0,4.d1-1/2) = r++++1 1 1 � 1,25 = 1 + r � r = 0,25 (Resposta c) (É importante notar que há uma informação dada no enunciado – a saber: que a renda no período 1 é três vezes mais alta que a renda no período 2 – que, embora seja irrelevante para a resolução do exercício, é interessante de ser discutida. A irrelevância para fins de resolução do exercício se deve ao fato de estarmos lidando com uma função homotética (toda Cobb-Douglas o é), para a qual, indepentemente da dotação total de renda, a proporção da renda total gasta com cada bem permanece fixa. (Aproximadamente 55,56% (1,0/1,8) da dotação de renda serão gastos com d1 e aproximadamente 44,44% (0,8/1,8) da dotação de renda serão gastos com d2, independentemente da magnitude do conjunto orçamentário intertemporal e da razão entre m1 e m2). Num caso assim, a cesta ótima estará necessariamente localizada sobre um ponto de uma reta que parte da origem. No caso específico deste exercício, o enunciado determina que d1 = d2, portanto, que esta reta que parte da origem tenha ângulo de 45° (inclinação = +1) com cada um dos eixos. O que se pede no exercício, portanto, é encontrar a declividade da reta orçamentária que garanta que a cesta ótima seja tangente a uma curva de indiferença (TMS=razão dos preços), mas que, além disso, esteja situada sobre esta reta que parte da origem com inclinação de + 1. A informação dada no enunciado sobre a renda em cada período serve apenas para determinar o ponto inicial (de dotação) e a magnitude do conjunto orçamentário, mas é irrevelante para a determinação do que se pede no exercício: a taxa de juros à qual o indivíduo escolherá consumir d1=d2, o que equivale à determinação da declividade da reta orçamentária.) Exercício 10 d1 d2 m2 m10 0 Declividade = +1 (determinada pelo enunciado, quando se afirma que d1=d2) Declividade = - (1+r) (r é o que queremos encontrar!!!) Sabemos que a curva de indiferença deve ser tangente à reta orçamentária: TMS = -(p1/p2) em Micro I TMS = -(1+r) no quadro intertemporal m^1 m^2 m1 e m2: rendas conforme enunciado m^1 e m^2: outras possíveis rendas
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