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Aula nº. 17 - Do pagamento indevido.

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XXII- Do pagamento indevido e 
do enriquecimento sem causa
História
È freqüente e normal que uma parte enriqueça em detrimento de outra, como, aliás, acontece no campo dos contratos unilaterais. Registre-se, contudo, que na quase totalidade das vezes esse aumento patrimonial provém de uma causa justa, de um ato jurídico válido.
Todavia, o enriquecimento pode ocorrer sem fundamento, sem causa jurídica, sem que se distinga um fato gerador. Isto ocorre quando alguém efetua o pagamento de uma dívida inexistente; paga uma dívida a quem não é seu credor, ou constrói sobre terreno alheio. Em tais circunstâncias estará ocorrendo o enriquecimento sem causa, injusto, imoral e contrário ao direito.
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XXII- Do pagamento indevido e do
enriquecimento sem causa
CONCEITO
Enriquecimento sem causa consiste no aumento injustificável, sem fundamento, sem causa jurídica, do patrimônio.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
CÓDIGO CIVIL
Parte Especial
DOS CONTRATOS EM GERAL
TÍTULO VII 
Dos Atos Unilaterais
Capítulo IV
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Artigos 884 a 886
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XXII- Do pagamento indevido e do
e do enriquecimento sem causa
REPETIÇÃO DO PAGAMENTO
O pagamento indevido é tido na moderna dogmática como modalidade peculiar de enriquecimento sem causa, e, na proporção em que faz crescer de forma injustificável um aumento do patrimônio do accipiens, gera para o solvens uma ação de repetição do indébito – ação in rem verso.
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E
M
R
E
S
U
M
O
Enriquecimento de um
 +
 empobrecimento de outro
 +
 ausência de causa
 = 
indébito
I
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E
M
R
E
S
U
M
O
Segundo ditame contido no artigo 876 do Código Civil Brasileiro, todo aquele que tenha recebido o que não lhe é devido fica obrigado a restituir. 
Trata-se de uma obrigação que ao accipiens é imposta por lei, cuja origem é o recebimento do indébito, e que somente se extingue com a restituição do indevido.
II
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E
M
R
E
S
U
M
O
Para que o solvens tenha direito à repetição do indébito faz-se necessário a presença dos seguintes requisitos:
1	 Que tenha havido uma prestação;
2	 Que esta prestação tenha caráter de pagamento;
3	 Que a dívida não exista, pelo menos nas relações entre o solvens e accipiens. 
III
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Caso especial de indébito, e que encontra a mesma solução, é o do pagamento de dívida condicional, antes do implemento da condição. 
 
Com efeito, condicional a divida, o credor nada mais tem que uma expectativa de direito que se poderá ou não transformar em direito e o devedor não tem uma obrigação efetiva a solver. 
I
Caso especial 
de indébito.
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Outro caso peculiar, de incidência frequente, é o do pagamento de tributo indevido. 
A doutrina e a jurisprudência entendem que o fundamento para o pedido de restituição do imposto pago indevidamente não é o erro do solvens, mas a ilegalidade ou a inconstitucionalidade da cobrança ou em termos gerais da falta de causa. 
II
Caso especial 
de indébito.
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Os efeitos da repetição do pagamento variam conforme o animus do acipiente, bem como da natureza da prestação.
Aquele que, de boa-fé, recebe o indevido, se obriga a restituir o que recebeu e mais os frutos estantes (não colhidos), e, se não for possível a devolução em espécie, retornará ao solvens a sua estimação. 
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 Aquele que recebe de boa-fé...
I - Não está sujeito a devolver os frutos consumidos;
II – Não responde pelas deteriorações ou perecimento da coisa, exceto se houver concorrido com culpa;
III – Faz jus a indenização pelas benfeitorias úteis e necessárias, podendo levantar as voluptuárias;
IV – Goza do direito de retenção para defesa das duas primeiras.
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 Aquele que recebe de má-fé...
O accipiens que recebe o indevido de má-fé restituirá a coisa com seus frutos e acessões, pelos quais res-ponderá civilmente. Somente poderá ser ressarcido das benfeitorias ne-cessárias (Sem direito de retenção), as úteis não são indenizáveis e as voluptuárias não as poderá levantar.
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Nem sempre o pagamento indevido pode ser reavido mediante ação de repetição. 
A lei atende a que a razão de equidade é que inspira a restituição, de tal que, segundo o diploma civil, é permitida a retenção do pagamento indevido nos casos previstos nos artigos 880, 882, 883 e 886.
Retenção do 
pagamento indevido
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APLICAÇÃO DA TEORIA DD ENRIQUECIMENTO 
SEM CAUSA NO DIREITO BRASILEIRO. 
A legislação brasileira, em particular o Código Civil, adotou o princípio de impedir o locupletamento sem causa, donde resulta que sempre que houver prejuízo econômico sem causa jurídica, haverá a ação de enriquecimento.
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Aplicação do instituto
REQUISITOS...
... do enriquecimento sem causa 

CÓDIGO CIVIL
Artigo 884. 
JURISPRUDÊNCIA
 
“O confisco de bens, como sanção que é do enriquecimento ilícito, não deve excedê-lo, pelo que é de se devolverem os bens confiscados em valor superior ao locupletamento.”
OBJETO DA RESTITUIÇÃO 
“Não pode ultrapas-sar o enriquecimento efetivo recebido pelo agente (credor), nem, tampouco, pode ultrapassar o montante em que o patrimônio sofre diminuição.”
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AÇÃO DE IN REM VERSO 
(Repetição de Indébito).
É a ação através da qual a parte que sofre empobrecimento indevido pode requerer em juízo a restituição do quanto foi subtraído de seu patrimônio.
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DO PAGAMENTO INDEVIDO.
I - Pagamento em geral. Conteúdo;
II - Código Civil. Pressupostos do paga-mento indevido;
III - Erro do solvens;
IV - Pagamento de dívida condicional..
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CASOS EM QUE NÃO OCORRE A REPETIÇÃO DO INDÉBITO.
I – Pagamento de obrigação natural:
	- de dívida prescrita;
	- de dívida de jogo;
II – Pagamento para fim ilícito, imoral ou contrário aos bons costumes..
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