Buscar

aula 5 producao acucareira

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Produção açucareira 
 
Para além da demanda os portugueses contavam com outros fatores que 
favoreciam essa empreitada. O primeiro era que já possuíam experiência no 
cultivo de cana-de-açúcar e haviam sido bem sucedidos, nas ilhas Açores e 
Cabo Verde, por exemplo. O segundo estava no clima e no solo oferecido no 
litoral nordestino que se apresentava propício ao plantio. A partir de 1942 a 
cana-de-açúcar foi introduzida em Pernambuco. 
Pela concessão de terras (as sesmarias) a produção açucareira ocorria 
nos engenhos, consideradas unidades básicas de produção das riquezas da 
colônia. Como unidade produtora, o engenho era composto pela casa-grande, 
onde ficavam os senhores e suas famílias, a senzala, local dos negros 
escravizados, casa do engenho, parte reservada a produção propriamente 
dita, e a capela. Para a produção do Açúcar haviam dois tipos diferentes de 
engenho, os movidos à água, chamados de engenhos reais e os movidos a 
tração animal, chamados de trapiches. As terras que cercavam os engenhos 
eram constituídas por canaviais, áreas dedicas ao cultivo de alimentos e 
pastagem. 
Do ponto de vista social, estas propriedades eram características da 
sociedade escravista do período colonial. A diferenciação entre as construções 
da casa grande, luxuosa em contrapartida a construção rústica da senzala 
onde habitavam os escravos marcou o período. Por volta de 1560 haviam em 
torno de 50 a 60 engenhos em funcionamento no Brasil. 
As principais regiões de engenhos eram São Vicente, em São Paulo, a 
Bahia e parte do Rio de Janeiro. Entre os séculos XVI e XVII o Brasil passou a 
ser o maior produtor de açúcar, fornecendo para diversos países. Além disso o 
Brasil fornecia metais, produtos tropicais e subtropicais a preços baixos, 
sempre estabelecidos pela metrópole e fazia o caminho inverso comprando 
manufaturas e escravos por valores altos. O que garantia o lucro de Portugal. 
 
 
 
A organização dos engenhos e a produção, de forma geral, era 
sustentada pelo trabalho escravo. Esse sistema ficou conhecido como 
monocultura ou plantation. A utilização desse tipo de mão de obra tornava os 
custos mais baixos. E a organização dos engenhos também contribuía nesse 
sentido, pois abrigavam não somente as instalações necessárias para o 
 
 
plantio, bem como os trabalhadores e os equipamentos necessários: moenda, 
caldeira e casa de purgar. 
 
O trabalho escravo, dentre outras razões, era justificado pela questão 
territorial. As lavouras canavieiras tornavam inviável a utilização de trabalho 
livre assalariado pela sua grande extensão de terras, que poderiam ser 
facilmente ocupadas e utilizadas para atividades de subsistência. Alem disso, 
o tráfico de escravos era uma atividade econômica da qual Portugal retirava 
bastante lucro e incentivava a compra por parte de suas colônias. 
 
 
 
Pela forma como foi estruturada a colônia brasileira, ela exigia 
robustos recursos econômicos: para a montagem dos engenhos, compra de 
escravos, ferramentas e mudas de cana-de-açúcar. Fora a questão do 
transporte do produto e da distribuição pelo mercado internacional. Assim, os 
 
 
banqueiros holandeses foram acionados e embora na contabilização final 
entre taxas e impostos, lucros e gastos, Portugal ficasse com a menor soma, o 
mais importante era garantir a posse e a colonização do território.

Outros materiais