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Metodologia Cientifica

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Considerações sobre o conceito de ciência
Afonso Galvão, Universidade Católica de Brasília
A idéia de ciência a que talvez nós estejamos mais acostumados diz respeito a uma
certa visão tradicional constantemente encontrada na mídia não-especializada ou
em declarações públicas de autoridades em respeito às supostas virtudes da
ciência. Quem nunca assistiu a filmes descrevendo o trabalho de frios cientistas de
jaleco branco isolados em seu laboratório que numa atitude neutra, desenvolvem
pesquisas que podem mudar o destino da humanidade para sempre, com a mais
absoluta imparcialidade científica? Tal estereótipo tem lá sua razão de ser, pois a
visão tradicional de ciência, envolve um número de premissas que tendem a ser
aceitas sem maiores questionamentos. Por exemplo há a idéia de que objetos no
mundo natural são objetivos e reais e tem uma existência independente da dos
seres humanos. A ação humana é basicamente incidental ao caráter objetivo do
mundo externo. Conseqüentemente, o conhecimento científico é determinado pelas
características estruturais do mundo físico. Assim, fazer ciência significa trabalhar
com uma série de métodos e procedimentos sobre os quais há consenso geral.
Considerando tudo isso, pode-se então afirmar que a ciência é uma atividade
individualista e cognitiva (Woolgar, 1996).
Tal definição de ciência começou a ser construída no século 17, quando da invenção
das ciências naturais. No entanto o seu uso como paradigma de toda e qualquer
investigação científica deu-se no século 19, quando o filósofo francês August Comte
criou o termo ‘positivismo’ para nomear uma doutrina geral de acordo com a qual
todo conhecimento genuíno é baseado na experiência sensível e somente pode ser
avançado por meio da experimentação e da observação sistemática. Atualmente o
termo positivismo é aplicado às ciências sociais com a intenção de identificar o
cientista social como um observador da realidade social. Assim, o produto da
investigação do cientista social pode ser formulado de modo análogo ao das
ciências naturais, isto é, em leis ou generalizações do mesmo tipo das estabelecidas
em relação aos fenômenos naturais.
Scientiae
Scientiae era simplesmente o termo latino para conhecimento. O termo ‘cientista’
teve uma de suas primeiras aparições por volta de 1840 num discurso de William
Whewell cuja intenção era a de diferenciar os filósofos naturais dos outros filósofos.
A idéia de ciência que surgiu no século 17 e perdura até hoje é oriunda de algumas
instituições filosóficas medievais e de certas atividades religiosas. Por exemplo, em
1663 foi fundada na Inglaterra por ordem real, a sociedade real para aprimoramento
por experimento do conhecimento natural. A ciência moderna foi influenciada
também por filósofos como Francis Bacon, cúja ênfase na lei positiva da natureza
deslocava preocupações dos princípios dedutivos escolásticos da lógica, da
matemática e da observação simples para a colaboração sistemática da
especulação, articulação e experimentação. Muitas pessoas que lidam com ciência
acreditam que somente atividades que se enquadrem no conceito acima podem ser
consideradas ‘cientificas’.
Essa visão de ciência derivada das ciências naturais modificou-se ao longo do
tempo. Por exemplo, durante muito tempo houve a idéia de que uma tese só era
científica se fosse baseada em fatos ao invés de opiniões. Isso foi depois substituído
pela idéia de que uma tese para ser científica tinha de ser provável. Tal critério por
sua vez foi derrubado pelo princípio da ‘falsificação, do filósofo Karl Popper (1934).
No livro ‘a lógica da descoberta científica’ Popper afirma que uma tese só é científica
se for falsificável. Por exemplo, a teoria da relatividade de Einstein baseava-se, entre
outras coisas, na idéia de que corpos sólidos defletem a luz. Tal proposição era
altamente improvável, na perspectiva da física Newtoniana, ainda então dominante.
Se fosse falsa, a proposicão colocaria a perder (falsificaria) a teoria inteira. Seguindo
esse raciocínio, a psicanálise, por exemplo não pode ser considerada uma teoria
científica, já que não é falsificável. Não há como provar a existência do inconsciente.
A capacidade da teoria freudiana de acomodar e explicar todo o comportamento
humano era vista por Popper como o aspecto mais fraco do trabalho de Freud, já
que a levava a uma falta de condição de previsibilidade. Assim, teorias psicanalíticas
Não são precisas o suficiente para que tenham implicações negativas, ficando então
imunizadas contra a falsificação experimental.
Considerando tal noção de ciência como verdadeira, somos levados a concluir que a
atividade do ‘verdadeiro cientista’ – aquele do jaleco branco em seu laboratório – é
altamente organizada dentro dos princípios científicos para ‘descobrir’ a verdade.
Mais do que isso, acreditamos também que o conhecimento científico desenvolve-se
através de uma linha sucessiva de descobertas que vão se acumulando.
Infelizmente tal prática limpa parece estar longe de qualquer verdade – positivista ou
nao. Para verificar se a atividade científica dos cientístas linha-dura era realmente
científica nos termos deles, cientistas sociais conduziram uma boa quantidade de
estudos etnográficos envolvendo longos períodos de intensiva e sustentada
observação participante de atividades laboratoriais diárias (e.g. Knorr Cetina, 1981;
Lynch, 1985; Latour & Woolgar, 1986; Traweek, 1988). Primeiro foi verificado que as
atividades científicas dos cientistas de laboratório se davam em meio a extrema
desordem e bagunça. Segundo, ao contrário do que se supunha, cientistas tinham,
na prática, poucas oportunidades de refletir sobre a ‘verdade’ de um dado resultado.
Ao invés disso, eles demonstravam uma atitude bastante pragmática: ficavam
excitados com a publicação de resultados não porque estes revelavam a ‘verdade’,
mas por deixarem aberta a possibilidade de se estruturar um próximo e talvez
decisivo experimento. Terceiro, decisões sobre que tipo de experimento realizar,
tipos de instrumentos a usar, e sobre as interpretações mais apropriadas eram
altamente dependentes das condições locais, circunstâncias e oportunidades. Pode-
se concluir então que a atividade científica parece ser melhor classificada como
‘construtiva’ do que como ‘descritiva’. Como diz Woogar (1988), cientistas não se
engajam meramente na descrição passiva de fatos pré-existentes sobre o mundo.
Ao contrário, se preocupam com uma formulação ativa e com uma construção do
caráter do mundo. Nas suas atividades diárias, cientistas constroem rascunhos,
memorandos, e-mails, cartas, artigos, gráficos, figuras, etc. Uma quantidade de
avaliações e decisões laboratoriais são implícitas no chamado ‘material básico’ do
laboratório. Metais usados em experimentos, por exemplo, são escolhidos entre uma
variedade de fontes, animais usados em testes são cuidadosamente criados e
alimentados, e a água usada em experimentos é purificada de acordo com
procedimentos pré-estabelecidos. Os instrumentos e objetos usados em laboratórios
também são considerados neutros por serem meramente usados ou aplicados aos
materiais ou organismos que fazem parte da pesquisa. Ocorre que mesmo a
utilização de meras máquinas envolve humanos, e conseqüentemente, depende de
processos interpretativos. Muitos aparelhos usados em laboratórios são desenhados
de acordo com princípios estabelecidos a partir de investigações anteriores. Por
exemplo o espectômetro de ressonância nuclear magnética não é uma caixa preta
neutra, mas o resultado de vinte anos de pesquisa em física. Ao usar tal aparelho,
cientistas invocam uma atitude neutra que na verdade é derivada e formatada em
conseqüência de uma grande quantidade de seleções, intervenções e decisões
empreendidaspor comunidades anteriores de cientistas. Portanto a prática científica
parece ser muito mais criativa e construtiva do que tem sido veiculado por versões
objetivistas da ciência.
Outra idéia de ciência
Há uma outra idéia sobre ciência que é inclusive mais velha do que a que foi
apresentada anteriormente. Esta ao invés de relacioná-la com a metodologia de
pesquisa tendo a experimentação ao centro, a define como uma abordagem
sistemática. Trata-se da ciência dos significados ou hermenêutica. Uma ciência
hermenêutica estabelece uma diferença entre explicação e interpretação, entre
verdade e significado. Uma pessoa pode não descobrir a verdade sobre a própria
vida, mas pode estruturar o seu significado. O cientista que adota este paradigma
não busca a verdade lá fora, tal como o cientista natural. Tal verdade se faz presente
através da criação de alguma coisa como ‘dados de pesquisa’. Freud por exemplo
faz isso tratando sonhos e outros pedaços de evidência como dados e então vai
além das aparências para encontrar a ‘verdade’ ou ‘significado’. Nesse caso, porque
há um processo de criação do objeto de estudo, o mundo é interpretado de alguma
forma antes que seja estudado. Assim, o pesquisador assume sua ontologia.
Portanto o método hemenêutico envolve avaliação, que por sua vez pode ter uma
relação reflexiva com a vida do pesquisador, podendo influenciar o seu
redirecionamento.
Uma abordagem científica que favorece a hermenêutica é o construcionismo social.
Construcionistas sociais enfatizam que processos de avaliação estão presentes em
toda a prática científica tanto em ciência natural, quanto em ciência social, pois em
ambas as crenças e valores pessoais do cientista assim como as ideologias da sua
cultura influenciam as descobertas. Assim, não há cientista, mas um eu científico,
construído, tal como outros eus, dos materiais disponíveis nos processos que
prevalecem.
A ciência é uma atividade social com um papel na história da nossa cultura, e uma
prática com dimensões políticas. Por enfatizar método, razão e apelo à evidência, a
ciência se estabeleceu como autoridade superior à experiência subjetiva e aos
pronunciamentos religiosos. Toda atividade científica começa como um
empreendimento hermenêutico estruturado em significados. Mesmo a mais
experimental das perspectivas assume um significado implícito, já que tem de
determinar o que interessa, quais idéias ou problemas valem a pena ser
investigados. A linguagem científica tem sido dominada por uma separação entre
evidência e teoria e tem confiado na distinção entre a descrição dos eventos ou
observações e os pronunciamentos que os explicam. A epistemologia da ciência
demanda que haja padrões ou regularidades e uma ordem subjacente a ser
descoberta. A ordenação usual é através de teorias onde leis são teoremas num
sistema dedutivo e os padrões da natureza são revelados por experimentos que
testam essa ordem teórica. Sem tal estruturação não haveria sentido em fazer
ciência. Na verdade é o status dessa ordenação e como ela surge que é
constantemente disputado. Historicamente, o debate começou com a tese de
Francis Bacon de que teorias devem derivar de uma crença na verdade da natureza.
Seu empirismo desafiava uma prática acadêmica baseada no conhecimento
dedutivo aristotélico e acabou se tornando uma visão amplamente aceita de que
indução e descobertas empíricas deviam ser a base suprema do raciocínio científico.
Após Bacon, os debates se concentraram na realidade das teorias e fatos com
empíricos e racionalistas divergindo sobre papel da evidência e o status da teoria na
criação da ordem explicativa. O empírico Hume insistia que todo o ordenamento
teórico é estruturado na experiência, que é a base do conhecimento. Já Descartes
enfatizava o papel da razão na geração do conhecimento indicando que o conceito
de causalidade é necessário para a organização da experiência em teoria e
evidência. Kant resumiu o debate entre racionalismo e empirismo ao declarar que
nós vemos causas no mundo dos fenômenos, mas elas existem somente na
realidade psicológica devido ao nosso maquinário cognitivo inato (argumento
transcendental). Assim a noção de ‘causa’ é uma construção da mente humana.
Os construcionistas vão além do argumento Kantiano em seu ceticismo sobre a
realidade das teorias e entidades ao sugerir que a ordem teórica não é encontrada
na natureza, mas ‘lida’ nela. Os significados dos padrões observados dependem da
interpretação humana e não das sombras da aparência. Além disso, nossa leitura da
natureza é limitada não por causa dos sentidos humanos, mas porque os processos
de construção do conhecimento e a natureza fundamentalmente social da mente
humana são objeto de convenções lingüísticas e sociais. O importante aqui não é
somente o que teorias referenciam ou representam, mas também como elas são
elaboradas. Os atos de perceber, observar e raciocinar são situados na prática
social. Nós estamos sempre dentro de uma linguagem e de uma sociedade. A razão
e a experiência são dimensões de como nós organizamos e fazemos o
conhecimento. Em resumo, nós enxergamos através das lentes embaçadas das
nossas representações culturais.
Representação e objetos
O realismo epistemológico encontrado em versões tradicionais da ciência assume
que o mundo pode ser imaginado numa relação direta entre representação e objeto.
A idéia de representação é um conjunto de crenças e práticas de acordo com as
quais várias entidades (significados, causas, motivos, intenções, fatos, objetos, etc.)
existem a priori em relação às suas representações superficiais (documentos,
aparências, signos, imagens, ações, comportamento, linguagem, conhecimento,
etc.). Construcionistas sociais negam tal percepção da realidade por a entenderem
como algo socialmente construído, de modo múltiplo e dinâmico. Em outras
palavras, a noção humana de realidade resulta de um intrincado processo de
construção e negociação profundamente enraizadas na cultura (Bruner, 1990).
Assim, observações, científicas ou não, são mais bem entendidas se situadas dentro
de um contexto e de uma perspectiva. Portanto, objetos, eventos e o mundo real não
existem independentemente da interpretação humana.
O construcionismo social moderno deve muito da sua existência ao pragmatismo,
movimento filósofico liderado por pensadores como William James e John Dewey.
James afirmou que signficados são estabelecidos a partir de ações no mundo, não
por reflexão intelectual. A sociologia do conhecimento, iniciada por Karl Mannheim
também teve impacto no construcionismo. Mannheim argumentava que o
conhecimento se desenvolvia como um processo social, dessa forma, a origem das
idéias podia ser objeto de investigação sociológica. Assim ao invés de formular
perguntas ao modo da ciência tradicional, isto é, se tal idéia é verdadeira ou falsa, a
pergunta torna-se ‘por quê esse tipo de conhecimento, nesse momento da história?’.
O excessivo relativismo do construcionismo social porém gerou certas inquietações
de orderm ética, moral e política por dar a entender que se tudo é relativo, qualquer
coisa pode ser válida. Tal constatação pode levar a uma certa comodidade política e
existencial. Diante de tal indagação, Edwards et al. (1995) responde que não há
contradição entre ser um relativista e ser um membro de uma dada cultura com
compromissos, crenças e um senso comum compartilhado de realidade. A idéia de
que derrotar o realismo implica necessariamente que todos os nossos valores
ficaram deteriorados não é mais convincente do que a idéia de que a vida sem Deus
é destituída de significado e valor. A morte de Deus não fez o resto do mundo
desaparecer. Na verdade o deixou para nós fazermos. O que restou para nós não foi
um mundo sem significadoou valor, um mundo de absoluta imoralidade onde tudo é
permitido, tal como concluído por Nietzsche e Dostoyevsky, mas precisamente o
contrário. Há uma quantidade de valores e significados sobre os quais se pode
argumentar, alterar, defender e inventar, incluindo o metavalor de que alguns desses
significados e valores podem ser declarados universais e auto-evidentes. Auto-
evidência aqui é o resultado ao invés da negação da argumentação. Em outras
palavras, ao considerarmos conhecimento, realidade e verdade como construções
humanas, somos levados a trabalhar e defender um ponto de vista. Assim, não são
os valores humanos que se tornam decadentes e sim certos ‘valores autorais’
(Bruner, 1990) ou a autoridade final que pode decidir sobre a verdade para além do
diálogo, do debate, e da argumentação. Portanto o conceito de ‘verdade científica’
torna-se relacionado a como as coisas são na prática, com a idéia de ação e não de
contemplação.
Referências:
BRUNER, J. Acts of meaning. Cambridge, Mass.: Harvard University Press, 1990.
EDWARDS, D., Ashmore, M., & Potter, J. Death and furniture: the rhetoric, politics,
and theology of bottom line arguments against relativism. History of the Human
Sciences, 8, 25-49, 1995.
KNORR Cetina, K. The manufacture of knowledge: an essay on the constructivist
and contextual nature of science. Oxford: Pergamon Press, 1981.
LATOUR, B. & Woolgar, S. Research as praxis. Harvard Educational Review, 56,
257-277, 1986.
LYNCH, M. Art and artifact in laboratory science: a study of shop work and shop talk
in a research laboratory. London: Routledge, 1985.
POPPER, K. The logic of scientific discovery. London: Hutchinson, 1959.
TRAWEEK, S. Beam times and life times: the world of particle physics. Cambridge,
Mass. Harvard University Press, 1988.
WOOGAR. S. Science: the very idea. London: Tavistock, 1988.
WOOLGAR, S. Psychology, qualitative research methods and the ideas of science.
In: RICHARDSON, J. (org.) Handobook of qualitative research methods for
psychology and the social sciences. Leicester, UK: British Psychological Society,
1996.
Meios de comunicação e informação científica
Artigo científico
Artigos são comunicações escritas, publicadas em revistas especializadas, com o
objetivo de divulgar junto à comunidade científica os resultados, ainda que parciais,
de pesquisas em uma área específica. Os artigos não costumam ser muito extensos,
variando de 5 a, no máximo, 30 páginas. Quem define o tamanho máximo de um
artigo e a sua formatação básica é a revista na qual ele será publicado.
Monografia
Uma monografia é um trabalho escrito, sistemático e completo sobre um
determinado tema, geralmente fruto de uma pesquisa rigorosa. Uma monografia
deve ter um tema claramente definido, apresentar o resultado de uma pesquisa
pormenorizada, detalhada e aprofundada sobre o tema e que traga contribuições
importantes para a área de conhecimento a que se refere.
Ao longo de seus estudos, um estudante costuma passar por três tipos de
monografia:
- Monografia de graduação: é o resultado de uma pesquisa realizada ao final de
sua graduação;
- Dissertação: mais aprofundada que uma monografia de graduação, é o resultado
de uma pesquisa de mestrado; e
- Tese: mais aprofundada que uma monografia de graduação e mais extensa que
uma dissertação de mestrado, é o resultado de uma pesquisa de doutorado.
A estrutura interna de um texto monográfico varia muito de acordo com a área do
conhecimento a que se refere. Ou seja, para saber exatamente como você deverá
fazer sua monografia ao final de seu curso, você deverá ter conversado bastante
sobre ela com seus professores para saber o que a área do seu curso espera de
uma monografia. Em linhas gerais, ele segue a seguinte estrutura básica:
- uma introdução explicitando os objetivos, a justificativa e o objeto da pesquisa;
- a metodologia utilizada;
- a apresentação dos dados e sua análise;
- a interpretação dos resultados obtidos; e
- as conclusões a que se chegou.
Periódicos, anais e revistas eletrônicas
Periódico é todo tipo de publicação regular, como revistas, revistas científicas e
jornais. Eles tem uma função importante na circulação de informações atualizadas
nas comunidades científicas, por meio da publicação de artigos dos seus
pesquisadores.
Anais são a publicação dos resumos de trabalhos apresentados em eventos
científicos como Congressos, Encontros e Reuniões.
Atualmente, com o crescimento da internet, já encontramos muitos periódicos que
não são mais publicados em papel, mas circulam apenas em meio eletrônico. Estas
são as revistas eletrônicas. Muitos eventos também estão deixando de publicar
seus anais em papel, e passam a adotar os “Anais eletrônicos”, publicados em CD-
ROM ou disponibilizados na internet.
Relatório
O relatório é a redação dos resultados de uma pesquisa. Sua função se assemelha
a do artigo científico, mas sua utilidade é a de uma comunicação mais técnica e,
portanto, bem mais detalhada. Normalmente, usa-se fazer relatórios ao longo de
uma pesquisa para prestar contas à agência de fomento que estiver financiando as
investigações. Uma pesquisa comporta, portanto, relatórios parciais e um relatório
final. Práticas didáticas, como estágio, também pedem seus relatórios.
Na elaboração de um relatório é fundamental apresentar alguns itens de conteúdo
como:
- uma introdução explicitando os objetivos, a justificativa e o objeto da pesquisa ou
ação que está sendo relatada;
- a metodologia utilizada até o momento do relatório;
- a apresentação dos dados e sua análise;
- a interpretação dos resultados obtidos; e
- as conclusões a que se chegou e recomendações para encaminhamento futuro.
Seminário
De acordo com Hühne (2000), o objetivo fundamental de um seminário é a
apresentação para debate de um estudo aprofundado de uma questão. Isto implica
que, quando formos participar de um seminário, devemos providenciar:
- um estudo aprofundado que não se restrinja às características de um fichamento;
- um estudo com vistas à comunicação e discussão; e
- um estudo que só pode ser bem debatido se partir de um texto-roteiro,
preferencialmente entregue aos demais participantes.
Para isso, Hühne sugere as seguintes tarefas:
1. Tarefas em grupo:
- problematização do tema (geralmente introduzido pelo professor)
- estabelecimento de um cronograma que preveja:
- encontro de grupo para analisar a lista bibliográfica (levantamento e seleção de
livros)
- encontro para discussão da problemática à luz das fichas de leitura dos
integrantes do grupo (todos já devem ter lido e fichado os textos)
- encontro para elaboração de um texto-roteiro para o seminário (que deve ser
distribuído depois aos estudantes da turma)
- encontro para operacionalizar a apresentação do seminário (recursos
audiovisuais, técnicas de grupo, etc.)
2. Tarefas individuais:
- elucidação do tema ou do texto (ver sua parte dentro do grupo)
- leitura e fichamentos
- situar a sua parte no contexto do grupo
Projeto de pesquisa
Existem diversos modelos de apresentação e estruturação de um projeto de
pesquisa. Desse modo, apresentamos abaixo aqueles elementos imprescindíveis à
maioria destes modelos, isto é, apresentamos uma estruturação lógica de um projeto
de pesquisa científica que atende ao conjunto das diferentes disciplinas científicas
existentes em uma universidade.
Definições de projeto de pesquisa:
- É uma proposta teórica prévia , formulada a respeito de determinado assunto.
- É a previsão de todas as etapas da pesquisa.
- Este deve responder ao seguinte conjunto de questões: O quê? Por quê? Para
quê? Para quem? Onde? Como? Com quê? Quando? Quem? Com quantos?
Passos para elaboração do projeto:1. DELIMITAÇÃO DO TEMA: escolha sobre o que versará o trabalho
- Requer clareza a respeito do campo do conhecimento a que pertence o assunto;
- Deve determinar o lugar que ocupa no tempo e no espaço.
2. JUSTIFICATIVA: Menciona-se a pretensão do trabalho e seu valor nos
seguintes aspectos:
- RELEVÂNCIA CIENTÍFICA: O que essa pesquisa pode acrescentar à ciência?
- RELEVÂNCIA SOCIAL: Que benefício pode trazer à comunidade?
- INTERESSE: O que levou à escolha do tema?
- VIABILIDADE: Quais as possibilidades concretas desta pesquisa?
3. DELIMITAÇÃO E ENUNCIADO DO PROBLEMA:
- Situá-lo no tempo e no espaço, localizando as fontes de origem;
- O problema deve ser formulado de forma interrogativa;
- O problema deve ser claro e preciso.;
- O problema deve ser delimitado a uma dimensão viável
4. FORMULAÇÃO DE HIPÓTESE:
- Idéia geral a ser comprovada no decorrer da pesquisa;
- São respostas provisórias, anteriores à pesquisa
- Deve ser fundada em conhecimento prévio;
- Deve ser verificável;
- É formulada por uma afirmação;
5. ELABORAÇÃO DOS OBJETIVOS: Os objetivos representam o ponto de
chegada em relação ao teste da hipótese e indicam o que é pretendido com o
desenvolvimento da pesquisa.
- Objetivo geral: significa traçar as principais metas que nortearão a pesquisa;
- Objetivos específicos: cada objetivo específico atinge um ponto de vista do tema,
um ângulo a ser pesquisado.
6. DEFINIÇÃO DA METODOLOGIA: Representa a descrição formal dos métodos e
técnicas a serem utilizados na pesquisa. Define os seguintes aspectos:
- O caminho a ser percorrido: métodos de abordagem e método de procedimentos;
- Os instrumentos de pesquisa a serem utilizados;
- Delimitação do universo da pesquisa;
- Delimitação e seleção da amostra
7. REFERÊNCIAS TEÓRICAS:
- Exige capacidade de elaboração própria e espírito crítico;
- Contribui com informações inovadoras , acrescentando algo novo ao
conhecimento já existente;
- Requer um levantamento bibliográfico cuidadoso, para analisar as contribuições
já expressas acerca do assunto, capazes de esclarecer o fenômeno investigado.
8. CRONOGRAMA:
- É a previsão do ritmo de desenvolvimento da pesquisa, esclarecendo acerca do
tempo necessário para cada uma das fases
9. PREVISÃO DE RECURSOS:
- Levantar e arrolar os recursos materiais e humanos indicando a proveniência
dos mesmos
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- Nenhum texto científico sai exclusivamente da cabeça de um autor, isolado no
mundo. Quando você escreve um projeto de pesquisa, um trabalho de fim de
curso, uma monografia etc. Você estará se referindo constantemente a outros
textos de outros autores. É fundamental que você permita ao leitor do seu texto
encontrar os textos com os quais você está estabelecendo um diálogo. Mas
como dizer ao leitor os livros que você está utilizando, os artigos que você cita,
os capítulos nos quais você se baseia etc.? A maneira mais simples é oferecer
uma lista, ao final do seu trabalho, das obras utilizadas para compô-lo. Assim,
você poderia escrever uma lista mais ou menos assim:
Livro: A estrutura das revoluções científicas
Capítulo: posfácio
Autor: Thomas Kuhn
Editora: Perspectiva
Cidade: São Paulo
Ano: 1999
Mas isso seria muito trabalhoso e ocuparia um espaço muito grande. Para tornar
a coisa mais simples, permitindo a qualquer um identificar rapidamente qual o
título da obra, quem é o autor, qual a editora etc., foi estabelecida uma norma
comum para fazer a referência de qualquer obra ou material bibliográfico utilizado
no texto que você está escrevendo. Esta convenção está escrita na forma de
uma norma técnica (NBR 6023/2000) da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT). Por meio desta norma, podemos fazer aquela mesma
referência acima de maneira muito mais compacta:
KUHN, Thomas. Posfácio. In: ______ A estrutura das revoluções científicas.
São Paulo: Perspectiva, 1999.
Universidade Federal de Juiz de Fora
ACOPLAMENTO DOS SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO NATURAL E ARTIFICIAL PARA
OBTENÇÃO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO
Coordenador: Eduardo Breviglieri Pereira de Castro
Junho de 2005
Introdução
A eficiência energética de uma edificação é um tema que vem ganhando destaque nos
últimos anos diante da constatação do volume de energia consumido no interior de prédios
(residenciais e comerciais), ou seja, a importância da área imobiliária na matriz energética
brasileira. Atualmente, já começa a se considerar que uma edificação projetada sob os
preceitos de eficiência energética adquire uma vantagem competitiva em relação àquelas
projetadas sob outros parâmetros, seja em termos mercadológicos, seja em termos de
custos de manutenção a longo prazo ou mesmo em relação ao contexto ecológico atual.
O uso de energia em prédios pode ser expresso pela quantidade de energia consumida
no interior da própria edificação e no seu entorno direto. Esse consumo se deve a diversas
utilizações, como condicionamento do ambiente (ar-condicionado ou calefação), iluminação
elétrica (dos cômodos interiores e em alguns casos, do entorno exterior e fachadas),
equipamentos de escritório, etc. No Brasil, país de clima tropical, a maior parte da energia
elétrica é consumida com a refrigeração dos ambientes, enquanto que as demandas com a
iluminação representam a segunda maior fonte de gastos, com 25% do total (ver figura
abaixo). Entretanto, diferentemente do problema de arrefecimento das edificações, a
natureza provê uma fonte alternativa e gratuita que pode ser melhor aproveitada para a
iluminação dos ambientes construídos, pelo menos durante a fração diurna de um período de
24 horas: a luz natural, proveniente do sol e do céu.
Perfil de Consumo de Energia em Prédios de Escritórios no Brasil
Fonte: LABEEE/UFSC (1997)
Seguindo esta abordagem, e mais especificamente para o caso da iluminação de
ambientes, uma boa estratégia para se obter eficiência energética pode ser explorar os
recursos da Tecnologia da Informação, através da utilização de sistemas informatizados para
simulação do comportamento lumínico e do estudo qualitativo da edificação em relação ao
conforto dos usuários e dos iluminamentos possíveis. Um aplicativo computacional de
interface amigável que possa ser utilizado na prática diária do arquiteto/engenheiro e que
permita, com boa precisão, prever o comportamento da luz natural na edificação ainda em
fase de projeto, pode ser utilizado para dimensionar de maneira mais eficiente os sistemas de
iluminação artificial, tornando-os menos consumidores de energia. O estudo da simulação e
cálculo da luz artificial e natural nos ambientes e o desenvolvimento de uma ferramenta
computacional implementando estes conhecimentos (acoplamento de sistemas artificiais e
naturais de iluminação) é o enfoque proposto para este projeto de pesquisa.
Justificativa
Infelizmente, o uso da luz natural como fonte de iluminação primária nas construções
ainda é bastante incipiente e isso devido tanto a fatores culturais (relacionados à maneira de
se pensar as questões ligadas à arquitetura e a construção civil) quanto a pouca
disponibilidade de ferramentas e métodos de cálculo da iluminação natural e artificial para
prática de um projeto luminotécnico. Contudo, nas atuais conjunturas nacional e
internacional - em que se verifica uma incapacidade da estrutura de geração de energia
acompanhar a crescente demanda por este recurso - é estratégico pensar em soluções para
estas questões.
Uma dessas soluções é exatamente a exploração racional de recursos naturais, em
substituição parcial de equipamentos elétricos com a mesma função. Este tipo de iniciativa é
cada vez mais incentivada, inclusive por programas institucionais, como o PROCEL. Instituído
em dezembro de 1985 e implantado no ano seguinte, o PROCEL visa a eficentização do uso da
energia elétrica,tanto no lado da produção como no do consumo, seguindo o conceito de que
conservar energia elétrica quer dizer melhorar a maneira de utilizar a energia, sem abrir mão
do conforto e das vantagens que ela proporciona. A importância desse tipo de abordagem é
que em termos de implicações ambientais e com a tecnologia hoje disponível, economizar
energia é mais barato do que produzi-la. Só para se ter uma idéia, as metas de longo prazo
do PROCEL consignadas para o ano de 2015, prevêem uma redução de demanda da ordem de
130 bilhões de kWh, evitando a instalação de 25.000MW. O ganho líquido calculado para o
país seria de algo em torno de R$ 34 bilhões (Min. Minas e Energia, 2004). Além disso, a
economia obtida dessa forma reverte em ganhos ambientais, como menores impactos
ambientais ou menos poluição, e isto não às custas de outros investimentos, mas como um
“efeito colateral”, um lucro adicional. Isso implica que, conservar energia elétrica ou
combater seu desperdício é a fonte de produção mais barata e mais limpa que existe, pois
não agride o meio ambiente.
Objetivos
A primeira fase da pesquisa tem por objetivo identificar o estado da arte em termos
de métodos e ferramentas que permitem calcular os níveis de iluminação em ambientes
construídos a partir de sistemas de luz artificial.
Numa etapa posterior, a pesquisa tem por objetivo implementar um destes
métodos na forma de um código computacional cuja entrada de dados (tipos de
luminárias e lâmpadas) seja representativo da realidade do mercado brasileiro.
Em seguida, numa terceira etapa, o código computacional desenvolvido deverá ser
acoplado a um código de simulação de luz natural já existente (NatLite) para que,
conjuntamente, formem uma ferramenta de projeto luminotécnico integrada que permita
o dimensionamento de sistemas de iluminação natural-artificial mais eficientes em termos
energéticos.
 Finalmente, será feita uma validação do código desenvolvido.
 
 
 
 
Metodologia e Estratégias de Ação
Na identificação dos métodos e ferramentas para cálculo dos níveis de iluminação
obtidos com equipamentos artificiais (luminárias e lâmpadas), será estudada a
documentação sobre os conhecimentos disponíveis neste campo, através de pesquisa
bibliográfica.
A partir do estudo dos métodos disponíveis, será escolhido um deles para ser
implementado na forma de um código computacional. O desenvolvimento deste software
dar-se-á através de programação/codificação com auxílio de uma ferramenta de
desenvolvimento de terceira geração como Fortran, Delphi ou semelhante. Da mesma
maneira, utilizando-se das mesmas ferramentas de programação, será realizado o
acoplamento do código desenvolvido ao software já existente, NatLite.
Para validação do código desenvolvido será realizada uma comparação dos
resultados obtidos com a utilização do software com aqueles obtidos por medições de luz
realizadas em ambientes reais construídos, com o auxílio de luxímetro (fotoradiômetro) de
precisão.
 
 
Resultados e os impactos esperados
Os resultados obtidos com a pesquisa permitirão responder às seguintes questões:
1. Qual a quantidade de luminárias e lâmpadas (segundo modelos disponíveis no
mercado brasileiro) que é necessária para se obter um nível de iluminação
adequado para a realização de tarefas em ambientes construídos?
2. Qual a quantidade de luz natural (segundo os níveis de iluminação adequados)
pode ser obtida com o uso de janelas dispostas nas fachadas das edificações?
3. Conhecendo os níveis de iluminação artificial e natural dentro dos ambientes,
como obter o melhor compromisso de projeto para a utilização destes dois
sistemas de iluminação de modo a obter a melhor eficiência energética
(consumo de energia com iluminação) da edificação?
Por sua vez, as respostas obtidas para estas questões, implementadas na forma de
um código computacional (produto da pesquisa) representam uma ferramenta de auxílio à
concepção de sistemas de iluminação mistos (natural e artificial) capaz de otimizar o
comportamento energético futuro da edificação, promovendo uma performance mais
eficiente desta em relação à utilização tanto dos recursos naturais disponíveis quanto em
termos de consumo de energia elétrica. Além disso, a utilização de ferramentas de
simulação computacional permite testar uma elevada quantidade de possibilidades de
aplicação de todos os recursos envolvidos, sem necessidade de vultosos investimentos em
modelos de escala real ou baseados num grande número de estudos de caso que possam
induzir ao conhecimento específico procurado.
Ressalta-se que a ferramenta computacional a ser desenvolvida ao longo da
pesquisa pode vir a ser utilizadas em disciplinas dos cursos de graduação de Engenharia
de Produção, Engenharia Elétrica, Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo da UFJF.
 
 
 
Cronograma
O projeto prevê um prazo total de 12 meses a partir do início dos trabalhos de
pesquisa, discriminados da seguinte forma:
1 - Bimestres 1 e 2: Identificação dos métodos e ferramentas para cálculo dos níveis
de iluminação obtidos com equipamentos artificiais (luminárias e lâmpadas) e
nivelamento do bolsista em termos de técnicas de programação.
2 - Bimestres 2, 3 e 4: Desenvolvimento (codificação) do Módulo de Iluminação
Artificial para o software NatLite.
3 - Bimestres 4 e 5: Acoplamento do Módulo de Iluminação Artificial desenvolvido ao
software NatLite
4 - Bimestre 6: Validação do código acoplado
 
 Quadro Resumo do Cronograma de atividades
Bimestre
ATIVIDADES 1 2 3 4 5 6
Identificação dos métodos e ferramentas para cálculo dos níveis de iluminação
obtidos com equipamentos artificiais (luminárias e lâmpadas)
Desenvolvimento (codificação) do Módulo de Iluminação Artificial para o software
NatLite
Acoplamento do Módulo de Iluminação Artificial desenvolvido ao software NatLite
Validação do código acoplado
(iluminação artificial + iluminação natural)
 
 
Orçamento
 
 Prevê-se a uma bolsa de Iniciação Científica ao longo do projeto para
desenvolvimento das pesquisas bibliográficas e codificação do software.
 Como equipamentos necessários para a realização das atividades previstas no
escopo da pesquisa, discrimina-se:
 
 1 - Um microcomputador PC com gabinete e fonte de 450W, placa mãe p/ Pentium4 com
som, rede e vídeo on-board, 4 saídas USB 2.0, Processador Intel Pentium4 3.2 GHz
FSB800 HT c/ cooler, HardDisk de 80 GB S.ATA, Gravador de DVD LG GSA 1463B,
Memória DDR400 512 MB, Teclado, Mouse ótico logitech PS2, Impressora HP Laserjet
1020.
 Valor Total: R$3750,00
 2 - Um fotoradiômetro digital modelo EAC S465H9221 com sonda de Iluminância
(resposta espectral de 400 a 760 nm, medições de o a 200.000 lux), precisão de
0.15% fornecido com mala de transporte, pilha de 9V e manual de instruções.
Aparelho a ser importado da Comunidade Européia (Fornecedor consultado: J. Roma
Ltda - www.jroma.pt).
 Valor total: 358,50 euros (x 3,50 reais) ~ R$1250,00
 
• Valor total dos equipamentos: R$5000,00 (cinco mil reais)
Referências Bibliográficas
CASTRO, E. B. P. Lightshelf: estudo da sua eficiência lumínica através de
simulação computacional. Tese de mestrado, FAU/UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil,
1996.
CASTRO, E. B. P. Método de auxílio à concepção arquitetônica baseado na análise
multicritério e em dados simulados dos comportamnetos da edificação. Tese
de doutorado, COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil, 2005.
CHAVEL, P., COLLINS, J. B., DOGNIAUX, R. “Glare from windows: current views of the
problem”. L.R. & T. n.14, p.31-46, 1982.
DOGNIAUX, R. Programme général de calcul des éclairements solaires
énergétiques et lumineux des surfaces orientées et inclinées. Belgique:
Institut Royal Météorologique de Bruxelas, Bélgica, 1985.
HOPKINSON, R. G., PETERBRIDGE, P., LONGMORE, J. Iluminação natural. Lisboa,
Portugal, Fundação Calouste Gulbenkian, 1966.
LOVINS, A. B., BROWNING, W. D. Negawatts for buildings.Snowmass, EUA, Rocky
Mountain Institute, 1992.
LOVINS, A. B., LOVINS, L. H. “Energy forever”. The American Prospect. n.13, pp.30-34.
MATHEWS, E. H., ARNDT, D. C., PIANI, C. B.,VAN HEERDEN, E. “Developing cost efficient
control strategies to ensure optimal energy use and sufficient indoor comfort”.
Applied Energy. n. 66, pp. 135-159, 2000.
MEIER, A., OLOFSSON, T., LAMBERTS, R. What is an energy-efficient building? In:
Anais do IX ENTAC, 2002.
ROBBINS, C. L. Daylighting design and analysis. Nova Iorque, EUA, Van Nostrand
Heinhold Inc., 1986.
TORCELLINI, P. “Better buildings by design”. Solar Today. pp. 41-43, Março/Abril 2001.
AEOLUS MZ – UM SOFTWARE AMIGÁVEL PARA CÁLCULO DA VENTILAÇÃO
NATURAL E QUALIDADE DO AR EM PRÉDIOS ALTOS.
Eduardo Breviglieri Pereira de Castro
Dep. Engenharia de Produção, Universidade Federal de Juiz de Fora, Brasil
RESUMO
Em um edifício, a qualidade do ar e a ventilação natural dependem do envelope, do clima e
das características das aberturas. Este artigo descreve uma aplicação para microcomputadores
que foi desenvolvida para predição destas quantidades de maneira amigável e visando
usuários não especializados nos problemas mecânicos relacionados ao cálculo da ventilação
em estruturas construídas. O código é executado sob o ambiente windows em plataformas
Intel-compatíveis. Inicialmente, descreve-se as bases teóricas utilizadas no desenvolvimento
do programa. Em seguida, algumas interfaces e aspectos da utilização do software são
apresentados. Finalmente, alguns resultados de simulações e comparação com os de outra
ferramenta de simulação são mostrados.
Palavras-chave: Ventilação natural, Qualidade do ar, Simulação
1. INTRODUÇÃO
A ventilação natural pode ser usada como uma estratégia para se conseguir uma qualidade do
ar aceitável no interior das edificações, ou seja, prover para que o ar esteja livre de poluentes
que podem causar irritações, desconforto e doenças nos ocupantes. A predição da infiltração
dentro das edificações é portanto uma área de grande interesse. Apesar de já existirem
ferramentas de simulação capazes de executar este tipo de simulação, elas são geralmente
excessivamente complexas no que concerne à sua utilização, principalmente nos casos em que
cálculos simples são suficientes para a obtenção de bons resultados. É exatamente este o caso
quando se considera apenas a ventilação natural, ou seja, as contribuições de dispositivos
mecânicos de ventilação ou de refrigeração como aparelhos de ar-condicionado são
inexistentes. A situação é ainda mais simples no caso das aberturas internas permanecerem
sempre abertas e cada pavimento do prédio poder ser considerado como uma única zona.
Nestes casos, a utilização de um código simples mas que seja capaz de resultados precisos é
de grande utilidade, pois evita ter que dispor de softwares mais complexos e de difícil
manuseio por usuários não especialistas.
Este artigo descreve uma aplicação computacional que foi desenvolvida segundo estes
conceitos. Ela foi desenvolvida em Delphi e compilada em um único arquivo executável de
aproximadamente 1 Mb. O objetivo principal foi de criar um programa para estudo das
condições de ventilação e qualidade do ar em ambientes de trabalho do setor terciário
inseridos em prédios de múltiplos pavimentos. Um grande esforço foi feito para se
desenvolver uma interface a mais interativa possível, de modo a evitar o esquema complicado
de entrada de dados tão comum em outros códigos de ventilação. Esta facilidade no uso
permite que sejam realizadas um grande número de simulações “exploratórias” que podem ser
usadas na obtenção de uma boa estratégia de ventilação natural, principalmente nas etapas
iniciais da concepção de um edifício. Este código desenvolvido foi chamado de Aeolus MZ.
2. MODELO TEÓRICO
Aeolus MZ é baseado no conceito tradicional de modelagem de um edifício como uma
rede de escoamentos de ar consistindo de nós. Cada zona interior do edifício é considerada
um único nó, onde a temperatura e pressão são consideradas uniformes. Outros nós exteriores
representam as condições ambientais externas correspondentes à posição de cada abertura
(janela). Estes nós são caracterizados pela temperatura, pressão, e também pelo coeficiente
local de pressão que é devido ao vento incidente nas paredes das fachadas. As uniões entre
estes nós exteriores e os nós interiores e também entre dois nós interiores (ligando duas zonas)
são as passagens de ar (ou aberturas) as quais são modeladas como condutâncias não–
lineares. Um esquema geral representando um prédio com uma única zona interna e três
aberturas externas e a rede de escoamentos correspondente é mostrada na figura 1.
 
Figura 1 - Esquema diagramático da rede de escoamentos de ar
A modelagem baseada nestes conceitos apoia-se nas seguintes hipóteses:
• O edifício simulado é considerado como constituído de várias zonas prismáticas de
superfície horizontal retangular, unidas por aberturas de seções também retangulares.
• Os escoamentos entre as diversas zonas e com o exterior é considerado em regime
permanente para cada passo de tempo da simulação.
• As temperaturas e pressões são consideradas uniformes para toda a zona.
• A velocidade do ar é considerada uniforme dentro da zona.
A solução para o cálculo dos escoamentos é baseada no balanço iterativo da equação do
balanço dos fluxos de massa de cada zona:
∑
=
=
j
i
mQ
1
0 onde Qm é a taxa de fluxo de ar através da i’ésima abertura (em kg/s) dada por:
Qmi = ρ Ci (Pi-Pint)ni se Pi > Pint ou Qmi = -ρ Ci (Pint-Pi)ni se Pi < Pint
 j é o número total de aberturas da zona e ρ a densidade do ar. Cis são os coeficientes de
descarga para cada abertura e são calculados diferentemente dependendo de estiverem sendo
considerados abertos ou fechados (Flourentzou, 1998). As pressões externas induzidas pela
ação dos ventos incidentes é calculada utilizando-se a equação:
Pw = 0,5 ρ Cp vh2 onde Cp é o coeficiente local de pressão e vh a velocidade do vento.
O valor de Cp é obtido através de uma subrotina especial implementada no código.
Dependendo da direção do vento, esta rotina (Bastos, 2000) verifica a posição relativa de cada
abertura exterior na fachada e a compara com uma versão discretizada dos diagramas de
distribuição de Cps da ASHRAE (ASHRAE, 1997) para edifícios altos. Vinte e quatro destas
tabelas estão disponíveis, permitindo a simulação de ventos incidindo nas fachadas em todas
as direções com um passo de 15 graus. Um coeficiente redutor destes Cps devido à presença
de prédios adjacentes pode ser utilizado. O código ainda leva em conta o efeito de termo-
sifão, calculando as diferenças de pressões resultantes de gradientes térmicos. Também são
consideradas as diferenças de densidade do ar devido à altitude. As velocidades do vento Vh
no topo dos edifícios são calculados considerando uma velocidade de vento conhecida através
de medição em uma altura de referência de 10 metros e utilizando um perfil vertical de
velocidades exponencial dado por:
Vh = Vref K (h)α onde o expoente α e o K dependem do tipo de ambiente e terreno:
α = 0.17 e K= 0.68 para áreas de campo aberto
α = 0.20 e K= 0.52 para áreas de campo com obstáculos espaçados
α = 0.25 e K= 0.35 para áreas urbanas
α = 0.33 e K= 0.21 para áreas de centro urbano
Calculados todos estes parâmetros, a solução final para uma simulação dos escoamentos em
um edifício de múltiplas zonas é a resolução simultânea do sistema de equações não-lineares
resultante dos balanços de todas as zonas, onde as incógnitas são os valores das pressões
internas Pint. Com estas pressões, é possível calcular as vazões para todas as aberturas e todas
as zonas, o sentido do escoamento e a taxa de renovação de ar para todas as zonas.
Finalmente, a qualidade de ar no interior das zonas é obtida considerando o número de
pessoas nos ambientes, o tipode atividade, as taxas de renovação de ar calculadas e os tipos
de ambiente. Aplica-se então os valores de Fanger (Fanger, 1988) para as emissões
individuais de poluentes, em olfs. O código considera as seguintes emissões:
Atividade Não-Fumante Fumante
Descansando 1 olf 1 olf
Assentado 1 olf 5 olf
Trabalho em escritórios 1 olf 15 olf
Trabalho Pesado/Ginástica 30 olf 30 olf
Tabela 1 - Emissão de poluentes por uma pessoa dependendo da atividade
A estes valores, é adicionada uma emissão de 0,4 olfs por metro quadrado de superfície de
sala. Caso haja escoamentos provenientes de outras zonas, é acrescentado um número de olfs
calculado correspondentes à este fluxo poluído que entra na sala. O número de decipols, ou
seja, a poluição percebida no ambiente, é então obtido considerando a quantidade de ar
entrando no ambiente. A qualidade de ar percebida (dada pela percentagem de pessoas
insatisfeitas) pode então ser calculada pela relação:
IAQ = e5.98-(112/Decipol)0.25
2. INTERFACES E UTILIZAÇÃO
A utilização do programa se dá de forma bem direta. A interface é relativamente simples e
bastante amigável. Na janela principal (fig. 2) o usuário pode entrar/modificar os seguintes
parâmetros:
• dimensões exteriores do edifício
• direção do vento conforme a fachada principal do edifício
• velocidade do vento de acordo com o tipo de ambiente exterior
• densidade urbana do entorno local do prédio (obstruções adjacentes)
Figura 2 - Janela principal do programa
Na janela de entrada dos dados das zonas (fig. 3) o usuário pode entrar/modificar os seguintes
parâmetros:
• volumes das zonas
• superfície horizontal de cada zona
• altitude de cada zona (ao nível do piso)
• temperaturas internas
• número de pessoas na zona
• porcentagem de fumantes
• tipo de ambiente interno
• tipo de atividade realizada dentro da zona
Figura 3 - Janela de entrada – Zonas
De maneira semelhante, através da janela de entrada dos dados das aberturas (fig. 4) o usuário
pode entrar/modificar os seguintes parâmetros:
• Características de cada abertura (posições, dimensões, situação em relação às zonas,
coeficientes de pressão, expoentes de fluxo, coeficientes locais de pressão e status da
abertura: aberta=ventilação natural / fechada=infiltração)
Figura 4 - Janela de entrada – Aberturas
Após a entrada de todos ao dados, a simulação pode ser executada e os resultados surgem em
uma janela específica (figura 5). Ao mesmo tempo, um relatório contendo todos os resultados
numéricos é gravado em forma de arquivo texto no disco rígido.
Figura 5 - Janela de resultados
3. VERIFICAÇÃO DO CÓDIGO
Para verificar a precisão do código desenvolvido, foram feitas simulações de ventilação
natural para um caso padrão utilizando o software Aeolus MZ e depois comparou-se os
resultados com os obtidos com o software COMIS 3.0. O protótipo virtual representa um
pavimento de um prédio de escritórios de porte médio, possuindo uma superfície total de 384
m2 (figura 6). Neste exemplo, as janelas exteriores foram consideradas permanentemente
fechadas e as portas interiores sempre abertas. Com tal configuração, todo o pavimento pôde
ser modelado como uma única zona. Treze aberturas (janelas) foram consideradas e
modeladas. Vinte e quatro simulações foram executadas variando a direção dos ventos em
relação à fachada principal de 0 a 345 graus. Os Cps, coeficientes e expoentes da equação de
escoamentos calculados pelo software Aeolus MZ foram usados como parâmetros das
simulações no software COMIS para certificar que os mesmas condições estavam sendo
utilizadas pelos dois códigos. Os resultados estão mostrados na figura 7. Claramente, a
comparação entre os valores obtidos com o Aeolus MZ e com o COMIS demonstram boa
concordância.
Figura 6 - O edifício padrão
 
0 ,0 0
0 ,2 0
0 ,4 0
0 ,6 0
0 ,8 0
1 ,0 0
1 ,2 0
0 1 5 3 0 4 5 6 0 7 5 9 0 1 05 1 20 1 35 1 50 1 65 1 80 1 95 2 10 2 25 2 40 2 55 2 70 2 85 3 00 3 15 3 30 3 45
W ind Dir ec tion
Figura 7 - Resultados das simulações (Azul:Aeolus; Rosa:COMIS)
4. CONCLUSÕES, LIMITAÇÕES E PERSPECTIVAS
Em nossa opinião, o software descrito tem um grande potencial no estudo de soluções
arquitetônicas capazes de prover boas condições de conforto e ventilação higiênica quando o
conforto térmico não apresenta situações problemáticas. Neste último caso, o acoplamento
existente no problema termo-aeráulico exige uma análise mais cuidadosa. Como perspectivas
futuras, pretende-se implementar a possibilidade de simular edificações de pequena altura e
implementar subrotinas para determinação da velocidade de escoamento no interior das zonas.
Este último aspecto é imprescindível para a que se possa acrescentar ao programa a
capacidade de prever condições de conforto térmico no interior das zonas.
5. AGRADECIMENTOS
Este trabalho é resultado de uma pesquisa de tese de doutorado desenvolvida no escopo do
acordo CAPES-Brasil/COFECUB-França (Ref. 284/99-II) em conjunto com a Universidade
Federal do Rio de Janeiro (PEM-COPPE/UFRJ) e o Institut National des Sciences Appliquées
de Lyon (CETHIL, Equipe de Thermique du Bâtiment – INSA-Lyon).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASHRAE (1997) Fundamentals Handbook. American Society of Heating, Refrigerating and Air-conditioning
Engineers, GA, USA.
Bastos, L. E. G., Silveira, A. A. (2000) Análise da renovação de ar em ambientes construídos. MERCOFRIO
2000 Proceedings, Porto Alegre, Brazil.
Fanger, P.O. (1988) Olf and Decipol: New units for perceived air quality. Build. Serv. Eng. Res. Technol. 9(4)
155-157.
Flourentzou, F., Van der Maas, J., Roulet, C.-A. (1998) Natural ventilation for passive cooling: measurement of
discharge coefficients. Energy and Buildings 27, 283-292
IEA Annex 23. (1996) COMIS User’s Guide. LNBL, Berkeley, USA.
Orme, M. (1999) Applicable Models for Air Infiltration and Ventilation Calculations. AIVC, University of
Warwick Science Park, Great Britain.
Liddament, M. W. (1986) Air Infiltration Calculation Techniques – An Applications Guide. AIVC, University of
Warwick Science Park, Great Britain.
ENDEREÇO DO AUTOR: Dep. de Engenharia de Produção, Faculdade de Engenharia, Universidade Federal
de Juiz de Fora, Campus Universitário, S/N. - Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil.
email:edubrevi@engprod.ufjf.br
COMO FAZER REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Maria Bernardete Martins Alves & Susana Margareth Arruda 
1 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA & BIBLIOGRAFIA 
1.1 Referência Bibliográfica:
Representação dos documentos efetivamente citados no trabalho. 
1.2 Bibliografia: 
Lista de obras sugeridas e/ou lidas mas não citadas no trabalho. 
2 ELEMENTOS ESSENCIAIS & ELEMENTOS COMPLEMENTARES SEPARADOS POR TIPO DE 
PUBLICAÇÃO
2.1. Monograria no todo (livros, dissertações, teses, etc...)
2.1.1 Dados essenciais:
o Autor;
o Título e subtítulo; 
o Edição (n.); 
o Imprenta (local : editora e data). 
2.1.2 Dados complementares:
o Descrição física (número de páginas ou volumes), ilustração, dimensão; 
o Série ou coleção; 
o Notas especiais; 
o ISBN. 
2.2 Partes de monografias (trabalho apresentado em congressos, capítulo de livro, etc...)
2.2.1 Dados essenciais:
o Autor da parte referenciada;
o Título e subtítulo da parte referenciada, seguidos da expressão "In:" ;
o Referência da publicação no todo (com os dados essenciais); 
o Localização da parte referenciada (páginas inicial e final). 
2.2.2 Dados complementares:
o Descrição física; 
o Série; 
o Notas especiais; 
o ISBN. 
2.3 Publicações Periódicas ( revistas, boletins, etc...) coleção .
2.3.1 Dados essenciais:
o Título do periódico, revista, boletim; 
o Local de publicação, editora, data de inicio da coleção e data de encerramento da publicação, se 
houver.
2.3.2 Dados complementares:
o Periodicidade; 
o Notas especiais ( mudanças de título ou incorporações de outros títulos,indicação de índices); 
o ISSN.
2.3.3 Fascículos, suplementos, números especiais com título próprio
2.3.3.1 Dados essenciais:
o Título da publicação; 
o Título do fascículo, suplemento, número especial; 
o Local de publicação, editora; 
o Indicação do volume, número, mes e ano e total de páginas. 
2.3.3.2 Dados complementares:
o Nota indicativa do tipo do fascículo, quando houver (p. ex.: ed. especial); 
o Notas especiais. 
2.3.4 Partes de publicações periódicas (Artigos)
2.3.4.1 Dados essenciais:
o Autor do artigo; 
o Título do artigo, subtítulo (se houver); 
o Título do periódico, revista ou boletim; 
o Título do fascículo, suplemento, número especial (quando houver); 
o Local de publicação;
o Indicação do volume, número, mes e ano e páginas inicial e final; 
o Período e ano de publicação. 
2.3.4.2 Dados complementares:
o Nota indicativa do tipo de fascículo quando houver (p. ex.: ed. especial); 
o Notas especiais. 
2.4 Artigos em jornais 
2.4.1 Dados essenciais: 
o Autor do artigo; 
o Título do artigo, subtítulo (se houver); 
o Título do jornal; 
o Local de publicação; 
o Data com dia. mês e ano; 
o Nome do cademo ou suplemento, quando houver; 
o Página ou páginas do artigo referenciado .
o Nota: Quando não houver seção, caderno ou parte, a paginação do artigo precede a data. 
2.4.2 Dados complementares
o Seção;
o Caderno ou suplemento. 
3 ORDENAÇÃO DA BIBLIOGRAFIA
3.1 As referências bibliográficas podem ter uma ordenação alfabética, cronológica e sistemática (por 
assunto). Entretanto neste manual, sugerimos a adoção da ordenação alfabética ascendente. 
3.2 Autor repetido: Quando se referencía várias obras do mesmo autor, substitui-se o nome do autor das 
referencias subsequêntes por um traço equivalente a seis espaços. 
3.3 Localização: As referências bibliográficas podem vir: 
o Em listas após o texto, antecedendo os anexos; 
o No rodapé; 
o No fim do capítulo; 
o Antecedendo resumos, resenhas e recensões. 
4. ASPECTOS GRÁFICOS
4.1 Espaçamento: as referências devem ser digitadas, usando espaço simples entre as linhas e espaço duplo 
para separá-las. 
4.2 Margem: As referência são alinhadas somente à margem esquerda. 
4.3 Pontuação:
 o Usa-se ponto após o nome do autor/autores, após o título, edição e no final da referência; 
o Os dois pontos são usados antes do subtítulo, antes da editora e depois do termo In: ; 
o A virgula é usada após o sobrenome dos autores, após a editora, entre o volume e o número, páginas da 
revista e após o título da revista; 
o O Ponto e vírgula seguido de espaço é usado para separar os autores;
o O hífen é utilizado entre páginas (ex: 10-15) e, entre datas de fascículos seqüências (ex: 1998-1999); 
o A barra transversal é usada entre números e datas de fascículos não sequüências (ex: 7/9, 1979/1981); 
o O colchetes é usado para indicar os elementos de referência, que não aparecem na obra referenciada, 
porém são conhecidos (ex: [1991]); 
o O parêntese é usado para indicar série, grau (nas monografias de conclusão de cusrso e especialização, 
teses e dissertações) e para o título que caracteriza a função e/ou responsabiblidade, de forma abreviada. 
(Coord., Org., Comp.). 
 Ex: BOSI, Alfredo (Org.)
o As Reticências são usadas para indicar supressão de títulos. 
 Ex: Anais.. .
4.4 Maiúsculas: usa-se maiúsculas ou caixa alta para:
o Sobrenome do autor; 
o Primeira palavra do título quando esta inicia a referência ( ex.: O MARUJO); 
o Entidades coletivas (na entrada direta);
o Nomes geográficos (quando anteceder um orgão governamental da administração: Ex: BRASIL. 
Ministério da Educação); 
o Títulos de eventos (congressos, seminários, etc.). 
4.5 Grifo: usa-se grifo ou
 itálico para:
o Título das obras que não iniciam a referência; 
o Título dos periódicos; 
o Nomes científicos, conforme norma própria. 
4.6 Abreviaturas devem ser conforme a NBR10522
5 AUTORIA 
5.1 Autor Pessoal
o Nota: "Indicar o sobrenome, em caixa alta, seguido do prenome, abreviado ou não desde que haja 
padronização neste procedimento, separados entre si por ponto e vírgula seguidos de espaço" (NBR 6023)
5.1.1 Um Autor 
SCHÜTZ, Edgar. Reengenharia mental: reeducação de hábitos e programação de metas. Florianópolis : 
Insular, 1997. 104 p.
5.1.2 Dois Autores
SÓDERSTEN, Bo;GEOFREY, Reed. International economics . 3. ed. London : MacMillan, 1994. 714 p. 
5.1.3 Três Autores
NORTON, Peter ; AITKEN, Peter ; WILTON, Richard. Peter Norton : a bíblia do programador. Tradução: 
Geraldo Costa Filho. Rio de Janeiro : Campos, 1994. 640 p.
5.1.4 Mais de três Autores
BRITO, Edson Vianna, et. al. Imposto de renda das pessoas físicas : livro prático de consulta diária. 6. 
ed. atual. São Paulo : Frase Editora, 1996. 288 p. 
o Nota: Quando houver mais de três autores, indicar apenas o primeiro, acrescentando-se a expressão et al. 
Em casos especificos tais como projetos de pesquisa científica nos quais a menção dos nomes for indispensável 
para certificar autoria, é facultado indicar todos os nomes. 
5.1.5 Autor Desconhecido
o Nota: Em caso de autoria desconhecida a entrada é feita pelo título. o termo anônimo não deve ser usado em 
substituição ao nome do autor desconhecido.
PROCURA-SE um amigo. In: SILVA, Lenilson Naveira e. Gerência da vida : reflexões filosóficas. 3. ed.
Rio de Janeiro : Record, 1990. 247. p.212-213. 
5.1.6 Pseudônimo:
o Nota: Quando o autor da obra adotar pseudônimo na obra a ser referenciada, este deve ser considerado para 
entrada. Quando o verdadeiro nome for conhecido, deve-se indicá-lo entre colchetes após o pseudônimo.
ATHAYDE, Tristão de [Alceu Amoroso Lima]. Debates pedagógicos . Rio de Janeiro : Schmidt, 1931. 
5.2 Organizadores, compiladores, editores, adaptadores, etc. 
o Nota: Quando a responsabilidade intelectual de uma obra for atribuída a um organizador, editor, 
coordenador, etc., a entrada da obra é feita pelo sobrenome, seguido das abreviaturas correspondentes entre 
parênteses. Quando houver mais de um organizador ou compilador, deve-se adotar as mesmas regras para 
autoria (ítens: 5.1 a 5.5) 
BOSI, Alfredo (Org.). O conto brasileiro contemporâneo . 3. ed. São Paulo : Cultrix, 1978. 293p. 
5.3 Autor Entidade Coletiva (Associações, Empresas, Instituições.)
o Nota: Obras de cunho administrativo ou legal de entidades independentes, entrar diretamente pelo nome da 
entidade, em caixa alta, por extenso, considerando a subordinação hierárquica, quando houver 
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Instituto Astronômico e Geográfico. Anuário astronômico .
São Paulo, 1988. 279 p. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMAGEM. Centro de Estudos em Enfermagem. 
Informações pesquisas e pesquisadores em Enfernagem . São Paulo, 1916. 124 p.
INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL (Brasil). Classificação Nacional e 
patentes .3.ed. Rio de Janeiro, 1979. v.9.
o Nota: Quando a entidade, vinculada a um órgão maior, tem uma denominação espeífica que a identifica, a 
entrada é feita diretamente pelo seu nome. Nomes homônimos, usar a área geográfica, local.
BIBLIOTECA NACIONAL( Brasil). Bibliografia do folclore brasileiro . Rio de Janeiro: Divisão 
de Publicações, 1971.
BIBLIOTECA NACIONAL ( Lisboa). Bibliografia Vicentina . Lisboa: [s.n.], 1942.
5.3.1 Orgãos governamentais
o Nota: Quando se tratar de orgãos governamentais da administração (Ministérios, Secretarias e outros) 
entrar pelo nome geográfico em caixa alta (país, estado ou município), considerando a subordinação 
hierárquica, quando houver.
BRASIL. Ministério do Trabalho. Secretaria de Formação e Desenvolvimento Profissional. Educação 
profissional : um projeto para o desenvolvimento sustentado. Brasília: SEFOR, 1995. 24 p. 
5.4 Tradutor, prefaciador, ilustrador, etc.
o Nota: Quando necessário, acrescenta-se informaçõesreferentes à outros tipos de responsabilidade logo após 
o título, conforme aparece no documento. 
SZPERKOWICZ, Jerzy. Nicolás Copérnico : 1473-1973. Tradução de Victor M. Ferreras Tascón, Carlos 
H. de León Aragón Varsóvia : Editorial Científica Polaca, 1972. 82p. 
6 ELABORAÇÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
6.1 Monografias consideradas no todo 
o Nota: Monografia é um estudo minuncioso que se propõe a esgotar determinado tema relativamente restrito. 
(cf. Novo dicionário da língua portuguesa, 1986) 
AUTOR DA OBRA. Título da obra: subtítulo . Número da edição . Local de Publicação : Editor , ano de 
publicação . Número de páginas ou volume . (Série).Notas.
6.1.1 Livros
DINA, Antonio. A fábrica automática e a organização do trabalho . 2.ed. Petrópolis : Vozes, 
1987.132p.
6.1.2 Dicionários
AULETE, Caldas. Dicionário contemporâneo da Língua Portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro : Delta, 
1980. 5v.
6.1.3 Atlas 
MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas . Atlas celeste. 5. ed. Petrópolis : Vozes, 1984. 175 p.
6.1.4 Bibliografias 
INSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃOEM CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Bibliografia Brasileira 
de Ciência da Informação: 1984/1986. Brasília : IBICT, 1987
6.1.5 Biografias
SZPERKOWICZ, Jerzy. Nicolás Copérnico : 1473-1973. Tradução de Victor M. Ferreras Tascón, 
Carlos H. de León Aragón Varsóvia : Editorial Científica Polaca, 1972. 82p. 
6.1.6 Enciclopédias
THE NEW Encyclopaedia Britannica: micropaedia. Chicago : Encyclopaedia Britannica, 1986. 30 
v.
6.1.7 Bíblias
BÍBLIA. Língua . Título da obra. Tradução ou versão. Local : Editora, Data de publicação. Total de páginas. 
Notas (se houver).
BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução de Padre Antônio Pereira de Figueredo. Rio de 
Janeiro : Encyclopaedia Britannica, 1980. Edição Ecumênica. 
6.1.8 Normas Técnicas
ORGÃO NORMALIZADOR. Título : subtítulo, n. da Norma. Local, ano. Volume ou Página (s).
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Resumos : NB-88. Rio de Janeiro, 1987. 3 
p.
6.1.9 Patentes
NOME e endereço do depositante, do inventor e do titular. Título da invenção na língua original. 
Classificação internacional de patentes. Sigla do país e n. do depósito. Data do depósito, data da publicação 
do pedido de privilégio.Indicação da publicação onde foi publicada a patente. Notas.
ALFRED WERTLI AG. Bertrand Reymont. Dispositivo numa usina de fundição de lingotes para 
o avanço do lingote fundido.
 Int CI3B22 D29/00.Den.PI 8002090. 2 abr. 1980, 25 nov. 1980. Revista 
da Propriedade Industrial, Rio de Janeiro, n.527, p.17.
6.1.10 Dissertações e Teses
AUTOR. Título : subtítulo. Local. Ano de apresentação. Número de folhas ou volumes. Categoria (Grau e área 
de concentração) - Instituição.
RODRIGUES, M. V. Qualidade de vida no trabalho. Belo Horizonte, 1989. 180f.. Dissertação 
(Mestrado em Administração) - Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade Federal de 
Minas Gerais. 
6.1.11 Congressos, Conferências, Simpósios, Workshops, Jornadas e outros Eventos Científicos
NOME DO CONGRESSO. n. , ano, Cidade onde se realizou o Congresso. Título… Local de publicação : 
Editora, data de publicação. Número de páginas ou volume.
o Nota: Quando se tratar de mais de um evento, realizados simultâneamente, deve-se seguir as mesmas regras 
aplicadas a autores pessoais.
6.1.11.1 Jornadas
JORNADA INTERNA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 18, JORNADA INTERNA DE INICIAÇÃO 
ARTÍSTICA E CULTURAL, 8, 1996, Rio deJaneiro. Livro de Resumos do XVIII Jornada de 
Iniciação Científica e VIII Jornada deIniciação Artística e Cultural . Rio de Janeiro : UFRJ, 
1996. 822p.
6.1.11.2 Reuniões 
ANNUAL MEETING OF THE AMERICAN SOCIETY OF INTERNATIONAL LAW, 65, 1967, 
Washington. Proceedings... Washington: ASIL, 1967.227p.
6.1.11.3 Conferências 
CONFERÊNCIA NACIONAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, 11, 1986, Belém. 
Anais… [s.l.] : OAB, [1986?]. 924p.
6.1.11.4 Workshop 
WORKSHOP DE DISSERTAÇÕES EM ANDAMENTO, 1, 1995, São Paulo. Anais… São Paulo : 
ICRS, USP, 1995. 39 p.
6.1.12 Relatórios oficiais 
COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR. Departamento de Pesquisa Científica e 
Tecnológica. Relatório . Rio de Janeiro, 1972. Relatório. Mimeografado.
6.1 13 Relatórios técnico-científicos 
SOUZA, Ubiraci Espinelli Lemes de; MELHADO, Silvio Burratino. Subsídios para a avaliação do 
custo de mão-de-obra na construção civil. São Paulo: EPUSP, 1991. 38p (Série Texto 
Técnico,TT/PCC/01 ).
6.1.14 Referências Legislativas
6.1.14.1 Constituições
PAÍS, ESTADO ou MUNICÍPIO. Constituição (data de promulgação). Título . Local : Editor, Ano de 
publicação. Número de páginas ou volumes. Notas.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil : promulgada em 5 
de outubro de 1988. Organização do texto: Juarez de Oliveira. 4.ed. São Paulo : Saraiva, 1990. 168 
p. (Série Legislação Brasileira).
6.1.14.2 Leis e Decretos 
PAÍS, ESTADO ou MUNICÍPIO. Lei ou Decreto , n. , data (dia, mês e ano). Ementa. Dados da publicação que 
publicou a lei ou decreto.
BRASIL. Decreto n. 89.271, de 4 de janeiro de 1984. Dispõe sobre documentos e procedimentos 
para despacho de aeronave em serviço internacional. Lex: Coletânea de Legislação e 
Jurisprudência, São Paulo, v. 48, p.3-4, jan./mar.,1. trim. 1984. Legislação Federal e marginália
BRASIL. Lei n. 9273, de 3 de maio de 1996. Torna obrigatório a inclusâo de dispositivo de 
segurança que impeça a reutilização das seringas descartáveis. Lex: Coletânea de Legislação e 
Jurisprudência, São Paulo, v. 60, p.1260, maio/jun., 3. trim.1996. Legislação Federal e Marginália
6.1.14.3 Pareceres 
AUTOR (Pessoa física ou Instituição responsável pelo documento). Ementa, Tipo, número e data (dia, mês e 
ano) do parecer. Dados da publicação que publicou o parecer.
BRASIL.Secretaria da Receita Federal. Do parecer no tocante aos financiamentos gerados por 
importações de mercadorias, cujoembarque tenha ocorrido antes da publicação do Decreto-lei n. 
1.994, de 29 de dezembro de 1982. Parecer normativo, n. 6, de 23 de março de 1984. Relator: Ernani 
Garcia dos Santos. Lex: Coletânea de Legislação e Jurisprudência,São Paulo, p. 521-522, jan./mar. 
1. Trim., 1984. Legislação Federal e Marginália.
6.1.14.4 Portarias, Resoluções e Deliberações
AUTOR. (entidade coletiva responsável pelo documento). Ementa (quando houver). Tipo de documento, n. e 
data (dia, mês e ano). Dados da Publicação que publicou .
6.1.14.5 Portarias
BRASIL. Secretaria da Receita Federal. Desliga a Empresa de Correios e Telégrafos - ECT do 
sistema de arrecadação. Portaria n. 12, de 21 de março de 1996. Lex: Coletânea de Legislação e 
Jurisprudência, São Paulo, p.742-743, mar./abr., 2. Trim. 1996. Legislação Federal e Marginália.,
6.1.14.6 Resoluções
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Aprova as instruções para escolha dos 
delegados-eleitores , efetivo e suplente à Assembléia para eleição de membros do seu Conselho 
Federal. Resoluçã n. 1.148, de 2 de março de 1984. Lex: Coletânea de Legislação e Jurisprudência, 
São Paulo, p.425-426, jan./mar., 1. Trim. de 1984. Legislação Federal e Marginália.
6.1.14.7 Acórdãos, Decisões, Deliberações e Sentenças das Cortes ou Tribunais 
AUTOR (entidade coletiva responsável pelo documento). Nome da Corte ou Tribunal. Ementa (quando 
houver). Tipo e n. do recurso (apelação, embargo, habeas-corpus , mandado de segurança, etc.). Partes 
litigantes. Nome do relator precedido da palavra "Relator". Data, precedida da palavra (acórdão ou decisão ou 
sentença) Dados da publicação que o publicou. Voto vencedor e vencido, quando houver.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Ação Rescisória que ataca apenas um dos fundamentos do 
julgado rescindendo, permanecendo subsistentes ou outros aspectos não impugnados pelo autor. 
Ocorrência, ademais, de imprecisão na identificação e localização do imóvel objetoda demanda. 
Coisa julgada. Inexistência. Ação de consignação em pagamento não decidiu sobre domínio e não 
poderia fazê-lo, pois não é de sua índole conferir a propriedade a alguém. Alegação de violação da 
lei e de coisa julgada repelida. Ação rescisória julgada improcedente. Acórdão em ação rescisória 
n. 75-RJ. Manoel da Silva Abreu e Estado do Rio de Janeiro. Relator: Ministro Barros Monteiro. 
DJ, 20 nov. 1989. Lex: Coletânea de Legislação e Jurisprudência, São Paulo, v.2, n. 5, jan. 1990. 
p.7-14.
6.2 Partes de Monografias
AUTOR da parte . Título da parte . Termo In : Autor da obra. Título da obra . Número da edição . Local de 
Publicação : Editor , Ano de publicação, Número ou volume , páginas inicial-final da parte,e/ou isoladas .
6.2.1 Capítulos de livros 
NOGUEIRA, D. P. Fadiga. In: FUNDACENTRO. Curso de médicos do trabalho. São Paulo, 1974. 
v.3, p. 807-813.
6.2.2 Verbetes de Enciclopédias 
MIRANDA, Jorge. Regulamento. In: POLIS Enciclopédia Verbo da Sociedade e do Estado: 
Antropologia, Direito, Economia, Ciência Política. São Paulo : Verbo, 1987. v. 5, p.266-278. 
6.2.3 Verbetes de Dicionários: 
HALLISEY, Charles. Budismo. In: OUTHWAITE, William, BUTTOMORE, Tom. Dicionário do
pensamento social do século XX . Tradução de Eduardo Francisco Alves ; Álvaro Cabral. Rio de 
Janeiro: Zahar, 1996. p.47-49.
6.2.4 Partes isoladas
MORAIS, Fernando. Olga São Paulo : Alfa-Omega, 1979. p.90,91,96,175,185.
6.2.5 Bíblia em parte
Título da parte. Língua . In: Título. Tradução ou versão. Local : Editora, Data depublicação. Total 
de páginas. Páginas inicial e final da parte. Notas (se houver).
Jó. Português. In: Bíblia sagrada. Tradução de Padre Antônio Pereira de Figueredo. Rio de Janeiro : 
Encyclopedia Britânnica, 1980. p. 389-412. Edição Ecumênica. Bíblia. A. T
6.2.6 Trabalhos apresentados em Congressos, Conferências, Simpósios, Workshops, Jornadas, Encontros
e outros Eventos Científicos .
AUTOR. Título do trabalho. In: NOME DO CONGRESSO, n. , ano, Cidade onde se realizou o Congresso. 
Título (Anais ou Proceedings ou Resumos…). Local de publicação : Editora, data de publicação. Total de 
páginas ou volumes. Páginas inicial e final do trabalho.
6.2.6.1 Encontros
RODRIGUES, M. V. Uma investigação na qualidade de vida no trabalho. In: ENCONTRO ANUAL 
DA ANPAD, 13, Belo Horizonte, 1989. Anais… Belo Horizonte : ANPAD, 1989. 500p. p. 455-468.
6.2.6.2 Reuniões Anuais 
FRALEIGH, Arnold. The Algerian of independence. In: ANNUAL MEETING OF THE 
AMERICAN SOCIETY OF INTERNATIONAL LAW, 61, 1967, Washington. Proceedings…
Washington : Society of International Law, 1967. 654 p. 6-12.
6.2.6.3 Conferências 
ORTIZ, Alceu Loureiro. Formas alternativas de estruturação do Poder Judiciário.In: 
CONFERÊNCIA NACIONAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, 11, 1986, Belém.
Anais… [s.l.] : OAB, [1986?]. 924p. p. 207-208 .
6.2.6.4 Workshop 
PRADO, Afonso Henrique Miranda de Almeida. Interpolação de imagens médicas. In: 
WORKSHOP DE DISSERTAÇÕES EM ANDAMENTO, 1, 1995, São Paulo. Anais…São Paulo : 
IMCS, USP, 1995. 348p. p.2.
7 PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS 
7.1 Consideradas no todo
7.1 1 Coleções 
TITULO DO PERIÓDICO. Local de publicação (cidade) : Editora, ano do primeiro e último volume. 
Periodicidade. ISSN (Quando houver).
TRANSINFORMAÇÃO. Campinas : PUCCAMP. 1989-1997. Quadrimestral. ISSN: 0103-3786 
7.1.2 Fascículos 
TÍTULO DO PERIÓDICO. Local de publicação (cidade) : Editora, volume, número, mês e ano.
VEJA. São Paulo : Editora Abril, v.31, n.1, jan. , 1998. 
7.1.3 Fascículos com título próprio 
TÍTULO DO PERIÓDICO. Titulo do fascículo. Local de publicação (cidade) : Editora, volume, número, mês e 
ano. Notas
GAZETA MERCANTIL. Balanço anual 1997. São Paulo, n.21, 1997. Suplemento. 
EXAME. Melhores e maiores: as 500 maiores empresas do Brasil, São Paulo : Editora Abril. jul. 
1997. Suplemento. 
7.2 PARTES DE PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS
7.2.1 Artigo de Revista
AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título da Revista , (abreviado ou não) Local de Publicação, Número 
do Volume, Número do Fascículo, Páginas inicial-final, mês e ano.
ESPOSITO, I. et al. Repercussões da fadiga psíquica no trabalho e na empresa. Revista Brasileira de 
saúde ocupacional,
 São Paulo, v.8, n.32, p.37-45, out./dez. 1979.
7.2.2 Artigo de jornal
AUTOR DO ARTIGO . Título do artigo . Título do Jornal , Local de Publicação , dia , mês e ano . Número ou 
Título do Caderno , seção ou suplemento e, páginas inicial e final do artigo. 
o Nota: Os meses devem ser abreviados de acordo com o idioma da publicação, conforme modelo anexo. 
Quando não houver seção, caderno ou parte, a paginação do artigo precede a data. 
OLIVEIRA, W. P. de.Judô: Educação física e moral. O Estado de Minas, Belo Horizonte, 17 mar. 
1981. Caderno de esporte, p.7.
SUA safra, seu dinheiro. Folha de São Paulo, São Paulo, 17 ago. 1995. 2. cad. p.9. 
8. IMPRENTA (Local, Editora e Data)
8.1 Local
o Nota: nome do local (cidade), deve ser indicado tal como aparece na obra referenciada . Quando houver 
homônimos, acrescenta-se o nome do estado ou país. 
Viçosa, MG 
Viçosa, RN 
o Nota: Quando o Local e a Editora não aparecem na publicação mas é conhecio, indicar entre colchetes. 
[s.l. : s. n.] 
8.2 Editora
o Nota: quando o editor é o mesmo autor, não mencioná-lo como editor. Quando houver mais de uma editora, 
indica-se a que aparecer com maior destaque na folha de rosto, as demais podem ser também registradas com 
os respectivos lugares.
Ex: São Paulo : Nobel
Rio de Janeiro: Makron; São Paulo: Nobel
8.3 Data
o Nota: A data de publicação deve ser indicada em algarismos arábicos. Por se tratar de elemento essencial 
para a referênia, sempre deve ser indicada uma data, seja da publicação, da impressão, do copirraite ou outra. 
Quando a data não consta na obra, registrar a data aproximada entre colchetes. 
[ 1981 ou 1982] um ano ou outro
[1995?] data provável
[1995] data certa não indicada na obra
[ entre 1990 e 1998] use intervalos menores de 20 anos
[ca.1978] data aproximada
[199-] década certa 
[199?] década provável
[19--] para século certo 
[19--?] para século provável 
9 SÉRIES E COLEÇÕES 
o Nota : Ao final da referência indicam-se os títulos das Séries e Coleções e sua numeração tal como figuram 
no documento, entre parênteses
PÁDUA, Marsílio. O defensor da paz . Tradução e notas de José Antônio Camargo
Rodrigues de Souza, introdução de José Antônio Camargo Rodrigues de Souza; Gregório Francisco 
Bertolloni. Petrópolis : Vozes, 1997. 701 p. (Clássicos do Pensamento Político).
10 NOTAS 
São informações complementares acrescentadas no final da referência sem destaque tipográfico.
10.1 Abstracts
BIER, Ethan. Anti-neural inhibition:a conserved mechanism for neural induction. Cell, Cambridge, 
v.89, n.5, 1997. P. 681-684. Chemical abstracts , Ohio : CAS, v. 127, n.6. ago, 1997. p.409. Abstracts .
10.2 Autor desconhecido
PROCURA-SE um amigo. In: SILVA, Lenilson Naveira e. Gerência da vida : reflexões filosóficas. 
3. ed. Rio Janeiro : Record, 1990. 247 p. p. 212-213. Autor desconhecido.
o Nota: Em obras cuja autoria é desconhecida, a entrada deve ser feita pelo título. O termo anônimo nunca 
deverá ser usado em substituição ao nome do autor.
10.3 Dissertações e teses 
AMBONI, Narcisa de Fátima. Estratégias organizacionais: um estudo de multicasos em sistemas 
universitários federais das capitais da Região Sul do País. Florianópolis, 1995. 143f. Dissertação 
(Mestrado em Administração) - Curso de Pós-graduação em Administração, Universidade Federal de 
Santa Catarina.
LOPES, Heitor Silveira. Analogia e aprendizado evolucionário : aplicação em diagnóstico clínico. 
Florianópolis, 1996.179 f.Tese (Doutorado em Engenharia Elétrica) - Curso de Pós-Graduação em 
Engenharia Elétrica, Universidade

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