Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 13: Equac¸o˜es lineares na˜o homogeˆneas. Disciplina: Equac¸o˜es Diferenciais To´pico: Equac¸o˜es lineares na˜o homogeˆneas Professora: Luiza Vidigal Gonc¸alves Vamos aprender a resolver equac¸o˜es diferenciais lineares na˜o homogeˆneas com coeficientes constantes, isto e´, equac¸o˜es da forma: ay′′ + by′ + cy = G(t), onde a, b e c sa˜o constantes e G e´ uma func¸a˜o cont´ınua. A equac¸a˜o homogeˆnea correspondente ay′′ + by′ + cy = 0 e´ chamada equac¸a˜o complementar e desempenha papel importante na soluc¸a˜o da equac¸a˜o na˜o homogeˆnea. Teorema: Seja yp uma soluc¸a˜o particular da equac¸a˜o ay ′′ + by′ + cy = G(t). Sejam y1(t) e y2(t) soluc¸o˜es fundamentais da equac¸a˜o homogeˆnea correspon- dente. Enta˜o a soluc¸a˜o geral da equac¸a˜o na˜o homogeˆnea ay′′ +by′ +cy = G(t) e´ y(t) = c1y1(t) + c2y2(t) + yp(t) . Ou seja, a soluc¸a˜o geral da equac¸a˜o diferencial linear de 2a ordem na˜o ho- mogeˆnea e´ a soma da soluc¸a˜o geral da equac¸a˜o homogeˆnea correspondente c1y1(t) + c2y2(t) com uma soluc¸a˜o particular da equac¸a˜o diferencial na˜o homogeˆnea yp(t). A soluc¸a˜o geral da equac¸a˜o homogeˆnea correspondente c1y1(t) + c2y2(t) pode ser denotado por yc. Dessa forma y(t) = yc(t) + yp(t) Demonstrac¸a˜o: 1 O que temos de verificar e´ que se y for qualquer soluc¸a˜o da equac¸a˜o ay′′ + by′ + cy = G(t), enta˜o y − yp sera´ uma soluc¸a˜o de ay′′ + by′ + cy = 0. De fato, a(y − yp)′′ + b(y − yp)′ + c(y − yp) = ay′′ − ay′′p + by′ − by′p + cy − cyp = ay′′ + by′ + cy − (ay′′p + by′p + cyp) = G(t)−G(t) = 0 Ja´ sabemos resolver a equac¸a˜o complementar. E este teorema nos garante que se conhecermos uma soluc¸a˜o particular yp, conheceremos a soluc¸a˜o geral da equac¸a˜o na˜o homogeˆnea. Ha´ dois me´todos para determinar uma soluc¸a˜o particular: o me´todo dos coe- ficientes indeterminados e o me´todo de variac¸a˜o dos paraˆmetros. O primeiro e´ mais simples, mas na˜o funciona sempre. Ja´ o segundo funciona para todo func¸a˜o G. O me´todo dos coeficientes indeterminados. Este me´todo requer uma hipo´tese inicial sobre a forma da soluc¸a˜o particular yp(t) mas com os coeficientes na˜o especificados. Substitu´ımos a expressa˜o hipote´tica na equac¸a˜o ay′′ + by′ + cy = G(t) e tentamos determinar os coeficientes de modo que a equac¸a˜o seja satisfeita. Se tivermos sucesso, teremos encontrado uma soluc¸a˜o da equac¸a˜o diferencial ay′′ + by′ + cy = G(t) e podemos usa´-la como soluc¸a˜o particular yp(t). Se na˜o conseguirmos determinar os coeficientes, isso significa que na˜o existe soluc¸a˜o da forma que supusemos. Nesse caso, temos de modificar a hipo´tese inicial e tentar de novo. 2 A maior vantagem deste me´todo e´ que ele e´ fa´cil de executar, uma vez feita a hipo´tese de yp(t). Mas ele e´ bem restrito, se limita a problemas nos quais a equac¸a˜o homogeˆnea tenha coeficientes constantes e o termo na˜o-homogeˆneo pertenc¸a a uma classe relativamente pequena de func¸o˜es. No caso seriam as func¸o˜es exponenciais, senos, cossenos e polinoˆmios. Vamos primeiro pensar no caso em que G(t) e´ um polinoˆmio. E´ razoa´vel pensar que exista uma soluc¸a˜o particular yp que seja um polinoˆmio de mesmo grau de G(t), pois se y for um polinoˆmio, enta˜o ay′′ + by′ + cy tambe´m sera´ um polinoˆmio. Portanto substitu´ımos yp(t) por um polinoˆmio (de mesmo grau de G) na equac¸a˜o diferencial e determinamos os coeficientes. Exemplo: Resolva a equac¸a˜o diferencial y′′ + y′ − 2y = t2 Se G(t) e´ da forma Cekt, onde C e k sa˜o constantes, enta˜o tomamos como uma tentativa de soluc¸a˜o uma func¸a˜o de mesma ordem Aekt, pois as derivadas de ekt sa˜o mu´ltiplas por constantes de ekt Exemplo: Resolva a equac¸a˜o diferencial: y′′ + 4y = e3t Se G(t) e´ C cos (kt) ou C sen(kt) enta˜o suponha que a soluc¸a˜o particular e´ uma combinac¸a˜o linear de cos (kt) e sen(kt), isto e´: yp(t) = A cos (kt) + Bsen(kt) Exemplo: Resolva a equac¸a˜o diferencial: y′′ + y′ − 2y = sent 3
Compartilhar