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5. Aerosolterapia

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Aerosolterapia 
 
Conceito: 
É a administração de pequenas partículas de água em oxigênio ou ar comprimido, com ou sem medicação nas vias 
aéreas superiores. 
 
Finalidade: 
- Alívio de processos inflamatórios, congestivos e obstrutivos; 
- Umidificação - para tratar ou evitar desidratação excessiva da mucosa das vias aéreas; 
- Fluidificação - para facilitar a remoção das secreções viscosas e densas; 
- Administração de mucolíticos - para obter a atenuação ou resolução de espasmos brônquicos; 
- Administração de corticosteróides - ação antiinflamatória e anti-exsudativa; 
- Administração dos agentes anti-espumantes - nos casos de edema agudo de pulmão. 
 
Indicações: 
- Obstrução inflamatória aguda subglótica ou laríngea; 
- Afecções inflamatórias agudas e crônicas das vias aéreas; 
- Sinusites, bronquites, asma brônquica, pneumonias, edema agudo de pulmão e outros; 
- Pós-operatório. 
 
Cuidados na terapêutica de nebulização: 
- Preparar o material necessário de forma asséptica; 
- Anotar a freqüência cardíaca antes e após o tratamento (se uso de broncodilatador); 
- Montar o aparelho regulando o fluxo de O2 ou ar comprimido com 4 a 5 litros por minuto. 
- Colocar o paciente numa posição confortável, sentado ou semi - fowler (maior expansão diafragmática); 
- Orientar o paciente que inspire lenta e profundamente pela boca; 
- Checar na papeleta e anotar o procedimento, reações do paciente e as características das secreções eliminadas; 
- Orientar o paciente para manter os olhos fechados durante a nebulização se em uso de medicamentos; 
- Orientar o paciente a lavar o rosto após a nebulização, SOS; 
- Providenciar a limpeza e desinfecção dos materiais usados (aparelho); 
- Usar solução nebulizadora ou umidificadora estéril. 
 
Medicação: 
1- Berotec - Antiasmático e broncodilatador - age sobre os receptadores B-2 adrenergéticos da musculatura brônquica 
promovendo efeito broncoespasmolítico rápido e de longa duração; tem como efeitos colaterais tremores dos dedos, 
inquietação, palpitação. 
2- Fluimucil - mucolítico - estimula a secreção de surfactante e transporte mucociliar; pode causar broncoconstricção; 
as ampolas quebradas só podem ser guardadas no refrigerador por um período de 24 horas. 
3- Muscosolvan - mucolítico e expectorante - corrige a produção de secreções traqueobrônquicas, reduz sua viscosidade 
e reativa a função mucociliar; pode causar broncoconstricção e transtornos gastrintestinais. 
 
Umidificação ou Vaporização: 
 
Conceito: 
É um processo terapêutico que distribui água na forma molecular de vapor, associado ou não a medicamentos nas vias 
aéreas para alivio de processos inflamatórios, congestivos e obstrutivos. 
 
Indicações: 
Idem indicações da nebulização, quando a patologia tratada ou condições do paciente requerem maior umidade e/ou 
aquecimento do ar inspirado como traqueostomias, respiração bucal em pacientes comatosos ou debilitados, 
desidratação, pacientes com secreção brônquica espessa, em pós-cirurgias torácicas ou cirurgias onde tenham sido 
administrados gases secos. 
A névoa de vapor é normalmente criada por misturas de ar e oxigênio que são quebradas em pequenas bolhas e 
captam moléculas de água, formando vapor d'água. O aquecimento da água aumenta o vapor produzido; 
Neste último caso o vapor é produzido sem resfriamento, impedindo maior irritação da mucosa traqueobrônquica. 
Certos umidificadores já incorporam um aquecedor de imersão no sistema de umidificação (ex. umidificador em 
cascata) 
 
Cuidados de Enfermagem: 
 
1- Evitar dirigir o jato de vapor diretamente para o rosto do paciente; 
2- Evitar correntes de ar (portas, janelas e outros); 
3- Dar assistência direta ao paciente durante o procedimento. 
4- Durante a vaporização (15') orientar o paciente para manter os olhos fechados; 
5- Caso a temperatura esteja elevada, não aplicar a vaporização; 
6- Colocar uma tenda no leito (criança) deixando a abertura para a penetração do vapor; 
7- Manter o vaporizador a uma distância de 50 cm do leito; 
8- Evitar queimaduras pelo vapor e a água quente; 
9- Evitar resfriamento súbito, retirando a tenda aos poucos; 
10- Trocar a roupa do paciente e da cama (SOS); 
11- Oferecer líquidos para o paciente; 
12- Registrar o procedimento, anotando as reações se houver. 
 
Medicação: 
Bicarbonato de sódio, vick vaporub, folhas de eucalipto ou água simples. 
Obs: Se houver nebulização, fazer antes da vaporização. 
 
Bibliografia: 
- SCHIMITZ, Edilza Maria R. A. A Enfermagem em Pediatria e Puericultura. Livraria Atheneu, Rio de Janeiro e São Paulo, 
1989. 
- BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgica. Guanabara Koogan, 7a ed. Rio de Janeiro. Vol 1. 
- DEF - Dicionário de Especialidades Farmacêuticas 
	
	
	
Oxigenoterapia 
 
Conceito: 
Consiste na administração de oxigênio numa concentração de pressão superior à encontrada na atmosfera ambiental 
para corrigir e atenuar deficiência de oxigênio ou hipóxia. 
 
Considerações Gerais: 
- O oxigênio é um gás inodoro, insípido, transparente e ligeiramente mais pesado do que o ar; 
- O oxigênio alimenta a combustão; 
- O oxigênio necessita de um fluxômetro e um regulador de pressão para ser liberado; 
- A determinação de gases arteriais é o melhor método para averiguar a necessidade e a eficácia da oxigenoterapia; 
- podem ou não existir outros sinais de hipóxia como a cianose. 
 
Avaliação Clínica do Paciente: 
Sinais de hipóxia são: 
- Sinais respiratórios: Taquipnéia, respiração laboriosa (retração intercostal, batimento de asa do nariz), cianose 
progressiva; 
- Sinais cardíacos: Taquicardia (precoce), bradicardia, hipotensão e parada cardíaca (subseqüentes ao 1°); 
- Sinais neurológicos: Inquietação, confusão, prostração, convulsão e coma; 
- Outros: Palidez. 
 
Métodos de Administração de Oxigênio: 
a) cânula nasal - é empregado quando o paciente requer uma concentração média ou baixa de O2. É relativamente 
simples e permite que o paciente converse, alimente, sem interrupção de O2. 
1- Vantagens: 
- Conforto maior que no uso do cateter; 
- Economia, n~]ao necessita ser removida; 
- Convivência - pode comer, falar, sem obstáculos; 
- Facilidade de manter em posição. 
2- Desvantagens: 
- Não pode ser usada por pacientes com problemas nos condutos nasais; 
- Concentração de O2 inspirada desconhecida; 
- De pouca aceitação por crianças pequenas; 
- Não permite nebulização. 
 
b) Cateter Nasal - Visa administrar concentrações baixas a moderadas de O2. É de fácil aplicação, mas nem sempre é 
bem tolerada principalmente por crianças. 
1- Vantagens: 
- Método econômico e que utiliza dispositivos simples; 
- Facilidade de aplicação. 
2- Desvantagens: 
- Nem sempre é bem tolerado em função do desconforto produzido; 
- A respiração bucal diminui a fração inspirada de O2; 
- Irritabilidade tecidual da nasofaringe; 
- Facilidade no deslocamento do cateter; 
- Não permite nebulização; 
- Necessidade de revezamento das narinas a cada 8 horas. 
 
c) Máscara de Venturi - Constitui o método mais segurei e exato para liberar a concentração necessária de oxigênio, 
sem considerar a profundidade ou freqüência da respiração. 
 
d) Máscara de Aerosol, Tendas Faciais - São utilizadas com dispositivo de aerosol, que podem ser ajustadas para 
concentrações que variam de 27% a 100%. 
 
Efeitos Tóxicos e Colaterais na Administração de O2 
- Em pacientes portadores de DPOC, a administração de altas concentrações de O2 eliminará o estímulo respiratório - 
apnéia; 
- Resseca a mucosa do sistema respiratório; 
- Altas concentrações de O2 (acima de 50%) por tempo prolongado ocasionam alterações pulmonares (atelectasias, 
hemorragia e outros); 
- Altas concentrações de O2 (acima de 100%) há ação tóxica sobre os vasos da retina, determinando a fibroplasia 
retrolenticular. 
 
Cuidados com o O2 e com sua Administração 
- Não administra-lo sem o redutor de pressão e o fluxômetro;- Colocar umidificador com água destilada ou esterilizada até o nível indicado; 
- Colocar aviso de "Não Fumar" na porta do quarto do paciente; 
- Controlar a quantidade de litros por minutos; 
- Observar se a máscara ou cateter estão bem adaptados e em bom funcionamento; 
- Dar apoio psicológico ao paciente; 
- Trocar diariamente a cânula, os umidificadores, o tubo e outros equipamentos expostos à umidade; 
- Avaliar o funcionamento do aparelho constantemente observando o volume de água do umidificador e a quantidade 
de litros por minuto; 
- Explicar as condutas e as necessidades da oxigenoterapia ao paciente e acompanhantes e pedir para não fumar; 
- Observar e palpar o epigástrio para constatar o aparecimento de distensão; 
- Fazer revezamento das narinas a cada 8 horas (cateter); 
- Avaliar com freqüência as condições do paciente, sinais de hipóxia e anotar e dar assistência adequada; 
- Manter vias aéreas desobstruídas; 
- Manter os torpedos de O2 na vertical, longe de aparelhos elétricos e de fontes de calor; 
- Controlar sinais vitais.

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