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Aerosolterapia Conceito: É a administração de pequenas partículas de água em oxigênio ou ar comprimido, com ou sem medicação nas vias aéreas superiores. Finalidade: - Alívio de processos inflamatórios, congestivos e obstrutivos; - Umidificação - para tratar ou evitar desidratação excessiva da mucosa das vias aéreas; - Fluidificação - para facilitar a remoção das secreções viscosas e densas; - Administração de mucolíticos - para obter a atenuação ou resolução de espasmos brônquicos; - Administração de corticosteróides - ação antiinflamatória e anti-exsudativa; - Administração dos agentes anti-espumantes - nos casos de edema agudo de pulmão. Indicações: - Obstrução inflamatória aguda subglótica ou laríngea; - Afecções inflamatórias agudas e crônicas das vias aéreas; - Sinusites, bronquites, asma brônquica, pneumonias, edema agudo de pulmão e outros; - Pós-operatório. Cuidados na terapêutica de nebulização: - Preparar o material necessário de forma asséptica; - Anotar a freqüência cardíaca antes e após o tratamento (se uso de broncodilatador); - Montar o aparelho regulando o fluxo de O2 ou ar comprimido com 4 a 5 litros por minuto. - Colocar o paciente numa posição confortável, sentado ou semi - fowler (maior expansão diafragmática); - Orientar o paciente que inspire lenta e profundamente pela boca; - Checar na papeleta e anotar o procedimento, reações do paciente e as características das secreções eliminadas; - Orientar o paciente para manter os olhos fechados durante a nebulização se em uso de medicamentos; - Orientar o paciente a lavar o rosto após a nebulização, SOS; - Providenciar a limpeza e desinfecção dos materiais usados (aparelho); - Usar solução nebulizadora ou umidificadora estéril. Medicação: 1- Berotec - Antiasmático e broncodilatador - age sobre os receptadores B-2 adrenergéticos da musculatura brônquica promovendo efeito broncoespasmolítico rápido e de longa duração; tem como efeitos colaterais tremores dos dedos, inquietação, palpitação. 2- Fluimucil - mucolítico - estimula a secreção de surfactante e transporte mucociliar; pode causar broncoconstricção; as ampolas quebradas só podem ser guardadas no refrigerador por um período de 24 horas. 3- Muscosolvan - mucolítico e expectorante - corrige a produção de secreções traqueobrônquicas, reduz sua viscosidade e reativa a função mucociliar; pode causar broncoconstricção e transtornos gastrintestinais. Umidificação ou Vaporização: Conceito: É um processo terapêutico que distribui água na forma molecular de vapor, associado ou não a medicamentos nas vias aéreas para alivio de processos inflamatórios, congestivos e obstrutivos. Indicações: Idem indicações da nebulização, quando a patologia tratada ou condições do paciente requerem maior umidade e/ou aquecimento do ar inspirado como traqueostomias, respiração bucal em pacientes comatosos ou debilitados, desidratação, pacientes com secreção brônquica espessa, em pós-cirurgias torácicas ou cirurgias onde tenham sido administrados gases secos. A névoa de vapor é normalmente criada por misturas de ar e oxigênio que são quebradas em pequenas bolhas e captam moléculas de água, formando vapor d'água. O aquecimento da água aumenta o vapor produzido; Neste último caso o vapor é produzido sem resfriamento, impedindo maior irritação da mucosa traqueobrônquica. Certos umidificadores já incorporam um aquecedor de imersão no sistema de umidificação (ex. umidificador em cascata) Cuidados de Enfermagem: 1- Evitar dirigir o jato de vapor diretamente para o rosto do paciente; 2- Evitar correntes de ar (portas, janelas e outros); 3- Dar assistência direta ao paciente durante o procedimento. 4- Durante a vaporização (15') orientar o paciente para manter os olhos fechados; 5- Caso a temperatura esteja elevada, não aplicar a vaporização; 6- Colocar uma tenda no leito (criança) deixando a abertura para a penetração do vapor; 7- Manter o vaporizador a uma distância de 50 cm do leito; 8- Evitar queimaduras pelo vapor e a água quente; 9- Evitar resfriamento súbito, retirando a tenda aos poucos; 10- Trocar a roupa do paciente e da cama (SOS); 11- Oferecer líquidos para o paciente; 12- Registrar o procedimento, anotando as reações se houver. Medicação: Bicarbonato de sódio, vick vaporub, folhas de eucalipto ou água simples. Obs: Se houver nebulização, fazer antes da vaporização. Bibliografia: - SCHIMITZ, Edilza Maria R. A. A Enfermagem em Pediatria e Puericultura. Livraria Atheneu, Rio de Janeiro e São Paulo, 1989. - BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgica. Guanabara Koogan, 7a ed. Rio de Janeiro. Vol 1. - DEF - Dicionário de Especialidades Farmacêuticas Oxigenoterapia Conceito: Consiste na administração de oxigênio numa concentração de pressão superior à encontrada na atmosfera ambiental para corrigir e atenuar deficiência de oxigênio ou hipóxia. Considerações Gerais: - O oxigênio é um gás inodoro, insípido, transparente e ligeiramente mais pesado do que o ar; - O oxigênio alimenta a combustão; - O oxigênio necessita de um fluxômetro e um regulador de pressão para ser liberado; - A determinação de gases arteriais é o melhor método para averiguar a necessidade e a eficácia da oxigenoterapia; - podem ou não existir outros sinais de hipóxia como a cianose. Avaliação Clínica do Paciente: Sinais de hipóxia são: - Sinais respiratórios: Taquipnéia, respiração laboriosa (retração intercostal, batimento de asa do nariz), cianose progressiva; - Sinais cardíacos: Taquicardia (precoce), bradicardia, hipotensão e parada cardíaca (subseqüentes ao 1°); - Sinais neurológicos: Inquietação, confusão, prostração, convulsão e coma; - Outros: Palidez. Métodos de Administração de Oxigênio: a) cânula nasal - é empregado quando o paciente requer uma concentração média ou baixa de O2. É relativamente simples e permite que o paciente converse, alimente, sem interrupção de O2. 1- Vantagens: - Conforto maior que no uso do cateter; - Economia, n~]ao necessita ser removida; - Convivência - pode comer, falar, sem obstáculos; - Facilidade de manter em posição. 2- Desvantagens: - Não pode ser usada por pacientes com problemas nos condutos nasais; - Concentração de O2 inspirada desconhecida; - De pouca aceitação por crianças pequenas; - Não permite nebulização. b) Cateter Nasal - Visa administrar concentrações baixas a moderadas de O2. É de fácil aplicação, mas nem sempre é bem tolerada principalmente por crianças. 1- Vantagens: - Método econômico e que utiliza dispositivos simples; - Facilidade de aplicação. 2- Desvantagens: - Nem sempre é bem tolerado em função do desconforto produzido; - A respiração bucal diminui a fração inspirada de O2; - Irritabilidade tecidual da nasofaringe; - Facilidade no deslocamento do cateter; - Não permite nebulização; - Necessidade de revezamento das narinas a cada 8 horas. c) Máscara de Venturi - Constitui o método mais segurei e exato para liberar a concentração necessária de oxigênio, sem considerar a profundidade ou freqüência da respiração. d) Máscara de Aerosol, Tendas Faciais - São utilizadas com dispositivo de aerosol, que podem ser ajustadas para concentrações que variam de 27% a 100%. Efeitos Tóxicos e Colaterais na Administração de O2 - Em pacientes portadores de DPOC, a administração de altas concentrações de O2 eliminará o estímulo respiratório - apnéia; - Resseca a mucosa do sistema respiratório; - Altas concentrações de O2 (acima de 50%) por tempo prolongado ocasionam alterações pulmonares (atelectasias, hemorragia e outros); - Altas concentrações de O2 (acima de 100%) há ação tóxica sobre os vasos da retina, determinando a fibroplasia retrolenticular. Cuidados com o O2 e com sua Administração - Não administra-lo sem o redutor de pressão e o fluxômetro;- Colocar umidificador com água destilada ou esterilizada até o nível indicado; - Colocar aviso de "Não Fumar" na porta do quarto do paciente; - Controlar a quantidade de litros por minutos; - Observar se a máscara ou cateter estão bem adaptados e em bom funcionamento; - Dar apoio psicológico ao paciente; - Trocar diariamente a cânula, os umidificadores, o tubo e outros equipamentos expostos à umidade; - Avaliar o funcionamento do aparelho constantemente observando o volume de água do umidificador e a quantidade de litros por minuto; - Explicar as condutas e as necessidades da oxigenoterapia ao paciente e acompanhantes e pedir para não fumar; - Observar e palpar o epigástrio para constatar o aparecimento de distensão; - Fazer revezamento das narinas a cada 8 horas (cateter); - Avaliar com freqüência as condições do paciente, sinais de hipóxia e anotar e dar assistência adequada; - Manter vias aéreas desobstruídas; - Manter os torpedos de O2 na vertical, longe de aparelhos elétricos e de fontes de calor; - Controlar sinais vitais.
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