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AlfaCon das provas parte geral

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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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ÍNDICE
Direito Probatório �����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Teoria Geral Da Prova �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
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Direito Probatório
Teoria Geral Da Prova
No Direito Processual Civil, a prova é, em linhas gerais, o meio pelo qual será formado o convencimen-
to do magistrado1 sobre a verdade (formal) dos fatos suscitados no processo, geralmente pelas próprias 
partes, que tenham se tornado controvertidos no curso do processo e que, para este, sejam relevantes.
A prova é destinada ao juiz que poderá determinar a produção probatória, inclusive, de ofício, e 
indeferir a produção de provas requeridas pelas partes que não considerar úteis ao deslinde da con-
trovérsia que se pretende dirimir; e também às partes, na medida em que o resultado obtido com a 
prova pode determinar os rumos do processo, inclusive, independentemente da atuação do juízo�
Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao 
julgamento do mérito.
Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente prote-
latórias.
Convém observar que a produção de provas é, antes de tudo, um direito da parte, pelo qual tentará 
persuadir o julgador acerca dos fatos controvertidos existentes no processo� Trata-se de direito fun-
damental que, inclusive, é previsto em tratados e convenções internacionais dos quais o Brasil é sig-
natário e possui respaldo no art� 369 do Código de Processo Civil de 2015 nos seguintes termos:
Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente le-
gítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o 
pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.
O ônus da prova se constitui em ato atribuído à parte para elucidar os fatos por ela apresentados 
em juízo e pode ser dividido em Subjetivo e Objetivo, nos seguintes termos:
Subjetivo: é dirigido às partes e consiste em onerá-las com a prova dos fatos, ligando a parte que 
alegou a provar os fatos suscitados ou a produzir contraprova do fato alegado pela parte adversa�
Objetivo: dirige-se ao magistrado, indicando como deverá julgar na hipótese de as provas produ-
zidas serem insuficientes para dirimir a controvérsia� O princípio do non liquet impede que o magis-
trado se exima de solucionar uma lide pela inexistência de dúvida quanto a veracidade de fatos� Desta 
feita, o juiz deve verificar, com base em critérios previstos em Lei, qual das partes deverá suportar o 
risco inerente ao mau êxito da prova�
A distribuição do ônus da prova feita pelo CPC é de, em regra , incumbe à parte provar os fatos 
por ela alegados, de sorte que o autor deve fazer prova dos fatos constitutivos de seu direito e o réu, 
dos fatos impeditivo, modificativo ou extintivo do direito da parte autora� Vejamos:
Art. 373. O ônus da prova incumbe:
I – ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II – ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
Contudo, há de se considerar que nem sempre essa disposição será suficiente para atender às 
nuances de cada lide, de sorte que a Teoria Dinâmica de Distribuição do ônus da Prova, já entabu-
lada pelo art� 6º do CDC, presta-se a permitir uma flexibilização do comando contido no caput do 
artigo 373�
O Código de Processo Civil de 2015 cuidou de traçar os contornos desta dinamicidade da 
produção probatória nos parágrafos do artigo 373�
Com efeito, o parágrafo 1º do referido artigo contempla a distribuição dinâmica da prova, 
1 Didier, 2016, destaca que além de formar o convencimento do magistrado a prova tem ainda a finalidade de convencer às 
próprias partes e de demonstrar fatos subjacentes às situações jurídicas levadas a juízo�
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permitindo que em casos em que seja muito difícil, ou até mesmo impossível, a produção da prova 
pela parte que alegou o fato, o magistrado determine a inversão do ônus que recairá sobre a parte que 
tem maior facilidade de produzir a prova em questão:
§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou 
à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da 
prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por 
decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe 
foi atribuído.
§ 2º A decisão prevista no § 1º deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo 
pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.
Ressalta-se que o NCPC também possibilita a realização de negócios processuais que contem-
plem a distribuição dinâmica do ônus probatório, desde que não recaia sobre direito indisponível ou 
que não dificulte o exercício do direito da parte:
§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando:
I – recair sobre direito indisponível da parte;
II – tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo.
Importa mencionar que há fatos que independem da produção de provas, consoante a previsão 
do artigo 374 do NCPC que assim dispõe:
Art. 374. Não dependem de prova os fatos:
I – notórios;
II – afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
III – admitidos no processo como incontroversos;
IV – em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.
Ademais, fatos impertinentes ao litígio também não serão objeto de produção de provas�
De salutar importância no estudo do direito probatório é a ideia de que a Constituição da República 
traz o status de direito fundamental do jurisdicionado a vedação à produção de prova ilícita, nos 
termos do artigo 5º, LVI.
Art. 5º[...]
LVI – são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
Trata-se de regra que objetiva assegurar a materialização do devido processo legal� Com base 
em tal vedação, provas tais como coação em depoimento pessoal da parte, prova documental obtida 
mediante furto, provas obtidas em inobservância ao contraditório, dentre outros exemplos, não 
podem ser toleradas no processo, uma vez que desatendem ao ordenamento jurídico�
Há de se ressaltar que a prova também poderá ser ilícita por derivação, que corresponde àquelas provas 
lícitas, mas originadas de uma prova ilícita, ocasião em que prevalecerá a aplicação da Teoria dos 
frutos da árvore venenosa, segundo a qual o vício se transmite da prova ilícita à prova lícita (STF – HC 
69.912-RS).
A decisão fundada exclusivamente em prova ilícita será, portanto, decisão nula�
Há ocasiões em quea produção da prova é considerada impossível ou extremamente difícil à parte. 
Trata-se do que a doutrina nomeou de Prova Diabólica, que abrange, além da prova de fato negativo, a 
impossibilidade de produção da prova por aquele que deveria fazê-lo, ocasião em que se poderá, se for o 
caso, empregar a distribuição dinâmica da prova para obter sua produção.
Por fim, cumpre destacar que o artigo 372 do CPC de 2015, trouxe dispositivo não existente no 
Código de 1973 que contempla a chamada Prova Emprestada, que nada mais é do que a possibilidade 
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de que uma determinada prova, produzida em um outro processo, seja importada à relação proces-
sual como prova documental, observando, para tanto, o devido contraditório�
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe 
o valor que considerar adequado, observado o contraditório.
EXERCÍCIOS
Em ação indenizatória embasada no Código Civil, alega o autor ter sofrido danos materiais e 
morais causados por suposta ação imprudente do réu, que teria causado um acidente de trânsito� O 
réu, em contestação, nega a prática da suposta ação imprudente e alega não ter o demandante sofrido 
danos materiais ou morais� Depois de dada a oportunidade às partes de produzir provas, a demanda 
é julgada parcialmente procedente, considerando-se que nem o autor e nem o réu haviam se desin-
cumbido dos seus ônus probatórios�
Levando em conta que nenhuma das partes tenha produzido provas, a decisão do magistrado
a) está correta, considerando que a prova da prática de ação imprudente e da ocorrência dos 
danos incumbia ao autor, e que a prova da inexistência da ação imprudente e dos danos 
incumbia ao réu�
b) está incorreta, e a demanda deveria ter sido julgada procedente, considerando que o réu 
tinha o ônus de provar os fatos impeditivos, modificativos e extintivos alegados�
c) está correta, considerando que o autor estava desincumbido da prova dos danos, por conta 
de presunção legal que militava a seu favor, e que a prova da inexistência da ação imprudente 
e dos danos incumbia ao réu�
d) está incorreta, e a demanda deveria ter sido julgada improcedente, considerando que o autor 
não se desincumbiu de fazer provas sobre os fatos constitutivos do seu alegado direito, e que 
o réu não detinha ônus de provar, considerando suas alegações defensivas�
GABARITO
01 – D
	Direito Probatório
	Teoria Geral Da Prova

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