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Modelo_Apostila_Neonatologia

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I
Modelo de Apostila
Enfermagem em 
Neonatologia 
 
 II
 
 III
Código: 120315A 
Autora: Valdirene dos Santos Lopes 
Enfermagem em 
Neonatologia 
 
 I
Índice 
Apresentação ........................................................................................................................................................ 1 
Objetivos ............................................................................................................................................................... 1 
Unidade I – Assistência ao recém‐nascido normal.................................................................................................. 2 
Aulas 01 a 03 – Assistência ao recém‐nascido na sala de parto............................................................................... 3 
Sala de reanimação ....................................................................................................................................................................... 3 
Etapas da assistência ao recém‐nascido termo na sala de parto.................................................................................................. 4 
Atividades...................................................................................................................................................................................... 5 
Aulas 04 e 05 – Aula prática em laboratório I ......................................................................................................... 7 
Cuidados imediatos ao recém‐nascido na sala de parto............................................................................................................... 7 
Aulas 06 a 08 – Assistência ao recém‐nascido no alojamento conjunto .................................................................. 8 
Alojamento conjunto .................................................................................................................................................................... 8 
Aleitamento materno.................................................................................................................................................................... 9 
Avaliação do recém‐nascido ....................................................................................................................................................... 15 
Declaração de nascido vivo e teste do pezinho .......................................................................................................................... 20 
Atividades.................................................................................................................................................................................... 21 
Aulas 09 a 11 – Técnicas Básicas de Enfermagem em Neonatologia ..................................................................... 26 
Higiene do recém‐nascido........................................................................................................................................................... 26 
Verificação de sinais vitais .......................................................................................................................................................... 27 
Sondagem gástrica ...................................................................................................................................................................... 27 
Administração de medicação em neonatologia.......................................................................................................................... 29 
Coleta de glicemia capilar (dextro) ............................................................................................................................................. 30 
Anotação de enfermagem em neonatologia .............................................................................................................................. 31 
Atividades.................................................................................................................................................................................... 33 
Aulas 12 a 14 – Aula prática em laboratório II ...................................................................................................... 34 
Higiene do recém‐nascido........................................................................................................................................................... 34 
Verificação de sinais vitais .......................................................................................................................................................... 34 
Sondagem gástrica e alimentação por sonda ............................................................................................................................. 34 
Administração de medicação em neonatologia.......................................................................................................................... 35 
Coleta de glicemia capilar (dextro) ............................................................................................................................................. 35 
Unidade II – Patologias do recém‐nascido............................................................................................................ 36 
Aulas 15 e 16 – Patologias clínicas........................................................................................................................ 37 
Icterícia neonatal ........................................................................................................................................................................ 37 
Doença hemolítica do recém‐nascido......................................................................................................................................... 39 
Hipoglicemia................................................................................................................................................................................ 40 
Síndrome da morte súbita .......................................................................................................................................................... 41 
Hipotireoidismo congênito ......................................................................................................................................................... 41 
Fenilcetonúria ............................................................................................................................................................................. 41 
Enterocolite necrotisante............................................................................................................................................................ 42 
Hemangioma............................................................................................................................................................................... 42 
Síndrome da aspiração meconial ................................................................................................................................................ 43 
Refluxo gastroesofágico .............................................................................................................................................................. 43 
Luxação congênita de quadril ..................................................................................................................................................... 44 
Atividades.................................................................................................................................................................................... 45 
 
 
 
 II
Aulas 17 a 19 – Malformações congênitas............................................................................................................ 46 
Síndrome de Down......................................................................................................................................................................46 
Malformações neurológicas........................................................................................................................................................ 47 
Malformações gastrintestinais.................................................................................................................................................... 48 
Malformações do sistema cardiovascular................................................................................................................................... 49 
Atividades.................................................................................................................................................................................... 54 
Unidade III – Apêndice I ....................................................................................................................................... 56 
Portaria Ministério da saúde 1.016............................................................................................................................................. 56 
 
 1
Apresentação 
O nascimento é uma das fases de transição e de adaptação do ser humano. 
O  recém‐nascido  possui  características  e  necessidades  específicas  sendo  totalmente  dependente  de  cuidados 
especializados. 
A atuação da enfermagem em neonatologia requer conhecimento das características normais do recém‐nascido e 
das  patologias  que  acometem  a  criança  nesta  fase  para  a  promoção  de  um  crescimento  e  desenvolvimento 
saudável. 
 
 
Objetivos 
ƒ Apresentar as características do recém‐nascido a termo. 
ƒ Fornecer subsídios para a realização de cuidados imediatos no recém‐nascido sadio. 
ƒ Apresentar os equipamentos, materiais e instrumentos da unidade neonatal. 
ƒ Descrever as patologias clínicas e as más formações que acometem o recém‐nascido. 
ƒ Orientar os aspectos essenciais no manejo da amamentação. 
 
 
 
 2
Unidade I – Assistência ao recém‐nascido normal 
Aulas 01 a 03 – Assistência ao recém‐nascido na sala de parto  
ƒ Sala de reanimação 
ƒ Etapas da assistência ao recém‐nascido a termo na sala de parto 
ƒ Atividades 
Aulas 04 e 05 – Aula prática em laboratório I 
ƒ Cuidados imediatos ao recém‐nascido na sala de parto 
Aulas 06 a 08 – Assistência ao recém‐nascido no alojamento conjunto 
ƒ Alojamento conjunto 
ƒ Aleitamento materno 
ƒ Avaliação do recém‐nascido 
ƒ Declaração de nascido vivo e teste do pezinho 
ƒ Atividades 
Aulas 09 a 11 – Técnicas básicas de enfermagem em Neonatologia 
ƒ Higiene do recém‐nascido 
ƒ Verificação de sinais vitais 
ƒ Sondagem gástrica 
ƒ Administração de medicação em neonatologia 
ƒ Coleta de glicemia capilar (dextro) 
ƒ Anotação de enfermagem em neonatologia 
ƒ Atividades 
Aulas 12 a 14 – Aula prática em laboratório II 
ƒ Higiene do recém‐nascido 
ƒ Verificação de sinais vitais 
ƒ Sondagem gástrica e alimentação por sonda 
ƒ Administração de medicação em neonatologia 
ƒ Coleta de glicemia capilar (dextro) 
 
 3
Aulas 01 a 03 – Assistência ao recém‐nascido na sala de parto  
Sala de reanimação 
ƒ O nascimento  consiste na  transição da  vida  fetal  para  a  vida uterina. Durante  este processo  a  criança deve 
receber cuidados em condições ideais para sua adaptação. 
ƒ A  recepção e a  reanimação do  recém‐nascido devem acontecer o mais próximo do  local do nascimento, em 
geral dentro da própria sala de parto. 
As  maternidades  possuem  em  cada  sala  obstétrica  o  local  para  recepção  e  reanimação  do  recém‐nascido, 
evitando assim, a separação mãe e filho. 
1.  Preparo da sala de reanimação 
ƒ A  área  de  reanimação  do  recém‐nascido  fica  localizada  dentro  do  centro  cirúrgico  sendo  dessa  forma 
obrigatório o uso de roupa privativa. 
ƒ A temperatura do local deve ser ajustada para evitar a perda de calor no recém‐nascido. 
ƒ Deve conter: 
ƒ rede de oxigênio, ar comprimido, vácuo de preferência central; 
ƒ fonte de calor radiante: Berço aquecido deve ficar ligado para manter a temperatura; 
ƒ material de reanimação; 
ƒ relógio de parede; 
ƒ balança para pesar o recém‐nascido; 
ƒ incubadora de transporte. 
Tabela 1 – Materiais da sala de reanimação 
Procedimentos  Materiais 
Recepção  Luva de procedimento e campo esterilizado aquecido. 
Reanimação  Luvas de procedimento e cirúrgica, sondas de aspiração n° 04, 06, 08 e 10 cateter 
umbilical para recém‐nascido termo e pré‐termo, dreno de tórax, fio cirúrgico, gaze 
estéril, agulhas, seringas 1,3,5,10 e 20ml, soro fisiológico, soro glicosado, água 
destilada, caixa de pequena cirurgia, lâmina de bisturi, estestocópio, campo 
fenestrado, solução antisséptica, equipo, material de entubação, medicamentos de 
reanimação, foco de luz. 
Vitamina K. 
Identificação do 
recém‐nascido 
Pulseiras de identificação, tinta para identificação plantar, gaze. 
Clampeamento do 
coto umbilical 
Clamp para cordão umbilical, gaze estéril, álcool a 70%, luvas, tubos para coleta de 
exames, seringa. 
Credê ocular  Solução de nitrato de prata, gaze. 
 
 
Unidade de calor radiante neonatal 
 
 4
Etapas da assistência ao recém‐nascido termo na sala de parto 
Os objetivos da reanimação na sala de parto são: 
ƒ Promover  boa  expansão  pulmonar,  manter  oxigenação  tecidual  adequada  e  assegurar  débito  cardíaco 
adequado. 
1.  Manutenção da temperatura 
ƒ Receber o recém‐nascido em campo estéril aquecido para evitar a perda de calor por evaporação; 
ƒ atender o recém‐nascido sob fonte de calor radiante; 
ƒ a temperatura deve ser de 30 a 32 graus; 
ƒ secar o corpo do recém‐nascido e retirar os campos úmidos. 
Não pendurar a criança pelos pés, pois essa manobra pode levar a hemorragia intracraniana e luxação de quadril. 
2.  Desobstrução das vias aéreas superiores 
ƒ Transportar a criança em posição trendelemburg lateral para a sala de reanimação. 
ƒ O objetivo é facilitar a drenagem de secreções das vias aéreas. 
ƒ Manter o recém‐nascido em posição de trendelemburg com a cabeça virada para a lateral para evitar a entrada 
de sangue, mecônio, coágulos ou líquidos nas vias respiratórias. 
ƒ A aspiração deverá ser realizada caso a criança apresente dificuldade respiratória ou choro fraco. 
ƒ Aspirar inicialmente a boca e a seguir as narinas. 
ƒ Se a  sonda  for  introduzida nas narinas primeiro poderá desencadear uma  inspiração  levando a aspiração do 
conteúdo da cavidade oral. 
ƒ Utilizar pressão do vácuo em 15 a 20 mmHg. 
ƒ Não aspirar por tempo maior que 10 a 15 segundos para evitar reflexo vagal (bradicardia e apneia). 
ƒ Aspiração  da  cavidade  oral:  Aspirar  o  canto  da  boca  com  movimentos  delicados.  Evitar  tocar  na  faringe 
posterior, pois provoca náuseas. 
ƒ Aspiração das narinas: Introduzir a sonda desligada para não lesar a mucosa, tracionar lentamente aspirando de 
forma intermitente. 
3.  Apgar – Avaliação da vitalidade do recém‐nascido 
ƒ A anestesista Virginia Apgar em 1953 estabeleceu parâmetros que avaliam a vitalidade do  recém‐nascido. O 
boletim de Apgar é aplicado no primeiro e no quinto minuto de vida (Tabela 2). 
ƒ A nota final obtida na avaliação de apgar indica: 
ƒ 0 a 3: Asfixia grave 
ƒ 4 a 6: Asfixia moderada 
ƒ 7 a 10: Boa vitalidade, boa adaptação à vida uterina. 
 
Tabela 2 – Boletim de Apgar 
Sinais  0  1  2 
Frequência cardíaca  Ausente  Abaixo de 100 bpm  Acima de 100 bpm 
Esforços respiratórios  Ausente  Choro fraco  Respiração regular, choro forte. 
Tônus muscular  Flácido  Flexão das extremidades  Movimentação ativa 
Irritabilidade reflexa  Ausente  Careta  Choro, espirro 
Cor da pele  Cianose ou palidez  Corpo róseo  Completamente róseo 
4.  Aspiração do conteúdo gástrico 
ƒ A  aspiração  do  conteúdo  gástrico  tem  por  objetivo  testar  a  permeabilidade  nasal,  diagnosticar  a  atresia  de 
esôfago, além de esvaziaro conteúdo gástrico prevenindo vômitos posteriores. 
ƒ A aspiração do  conteúdo gástrico não é utilizada  como via de  regra por  ser um procedimento  invasivo. Está 
indicada nos casos de mecônio, presença de sangue no líquido amniótico e em crianças com asfixia perinatal. 
ƒ É realizada através da sondagem gástrica via nasal ou via oral. 
 
 
 
 5
5.  Identificação do recém‐nascido 
ƒ colocar as pulseiras de identificação no pulso e tornozelo do recém‐nascido; 
ƒ a pulseira deve conter o nome da mãe (“RN de”), sexo do RN, número do quarto e do  leito materno e hora e 
data de nascimento; 
ƒ realizar o plantigrama (identificação da superfície plantar) na ficha neonatal; 
ƒ utilizar tinta apropriada para evitar borrões, limpar a sujidade (vérnix, secreções); 
ƒ retirar a tinta após. 
6.  Cuidados com o coto umbilical 
ƒ Clampear o cordão umbilical a 3 cm da parede abdominal, seccionando o cordão a 1 cm acima do clamp com 
tesoura ou lâmina de bisturi; 
ƒ observar o número de vasos no cordão, duas artérias e uma veia; 
ƒ proceder a limpeza do coto com álcool a 70%. 
No momento do clampeamento do cordão umbilical colher sangue para tipagem sanguínea (grupo sanguíneo e 
Rh). 
7.  Credê ocular 
ƒ A utilização de nitrato de prata a 1% previne a oftalmia gonocóccica; 
ƒ instilar uma gota do colírio nitrato de prata a 1% em ambos os olhos, retirar o excesso com gaze estéril e seca. 
8.  Apresentação do RN à mãe 
ƒ Colocar a criança em contato com a mãe (se possível); 
ƒ entregar o bebê envolvido em campo aquecido, abrir o campo para que observe seu corpo inteiro; 
ƒ estimular o aleitamento materno. 
9.  Administração de vitamina K 
ƒ Aplicar 1 mg de vitamina K, intramuscular no vasto lateral da coxa; 
ƒ a vitamina K previne a doença hemorrágica do recém‐nascido. 
10.  Transporte do RN ao alojamento conjunto 
ƒ Transportar o recém‐nascido com campo aquecido junto com a mãe para o alojamento conjunto; 
ƒ os bebês aptos para o alojamento conjunto são aqueles que receberam nota acima de 6 no boletim de apgar. 
 
Os bebês que  receberam nota menor que 6  serão encaminhados a unidade neonatal. Na unidade neonatal de 
acordo com as condições serão atendidos no setor de cuidados intermediários (observação), UTI ou isolamento. As 
rotinas destes setores estão descritas na apostila de Cuidados intensivos em Pediatria e Neonatologia. 
Atividades 
01. Quais são as medidas para manter a temperatura do recém‐nascido durante a reanimação? 
_______________________________________________________________________________________________  
_______________________________________________________________________________________________  
_______________________________________________________________________________________________  
_______________________________________________________________________________________________  
_______________________________________________________________________________________________  
_______________________________________________________________________________________________  
_______________________________________________________________________________________________  
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_______________________________________________________________________________________________  
 
 
 6
02. Qual a finalidade de manter o recém‐nascido em trendelemburg com a cabeça lateral durante a reanimação? 
_______________________________________________________________________________________________  
_______________________________________________________________________________________________  
_______________________________________________________________________________________________  
_______________________________________________________________________________________________  
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_______________________________________________________________________________________________  
03. Qual a ordem de aspiração das vias aéreas? 
_______________________________________________________________________________________________  
_______________________________________________________________________________________________  
_______________________________________________________________________________________________  
_______________________________________________________________________________________________  
_______________________________________________________________________________________________  
04. Qual é o objetivo da aspiração do conteúdo gástrico após o nascimento? 
_______________________________________________________________________________________________  
_______________________________________________________________________________________________  
_______________________________________________________________________________________________  
_______________________________________________________________________________________________  
_______________________________________________________________________________________________  
05. Quais são os cuidados com o coto umbilical na sala de reanimação? 
_______________________________________________________________________________________________  
_______________________________________________________________________________________________  
_______________________________________________________________________________________________  
_______________________________________________________________________________________________  
_______________________________________________________________________________________________  
_______________________________________________________________________________________________  
_______________________________________________________________________________________________  
 
 7
Aulas 04 e 05 – Aula prática em laboratório I 
Cuidados imediatos ao recém‐nascido na sala de parto 
1.  Objetivo 
Promover o treinamento dos alunos na assistência ao recém‐nascido na sala de parto. 
ƒ Recepção do recém‐nascido; 
ƒ manutenção da temperatura; 
ƒ desobstrução das vias aéreas; 
ƒ boletim de apgar; 
ƒ identificação do recém‐nascido; 
ƒ clampeamento do cordão umbilical; 
ƒ credê ocular. 
2.  Materiais necessários 
ƒ Luva de procedimento; 
ƒ campo esterilizado aquecido; 
ƒ sondas de aspiração n° 04, 06, 08 e 10; 
ƒ pulseiras de identificação; 
ƒ tinta para identificação plantar; 
ƒ gaze; 
ƒ clamp para cordão umbilical; 
ƒ lâmina de bisturi; 
ƒ álcool a 70%; 
ƒ solução de nitrato de prata a 1%. 
3.  Descrição da técnica 
ƒ Seguir as etapas de assistência ao recém‐nascido descrita nas aulas 01 a 03. 
 
 8
Aulas 06 a 08 – Assistência ao recém‐nascido no alojamento conjunto 
Alojamento conjunto 
O alojamento  conjunto  foi  implementado nas maternidades  com o objetivo de propiciar o aleitamento materno 
precoce, além de outros benefícios para mãe e filho.  
Antes deste  sistema os  recém‐nascidos  ficavam no berçário e em alguns períodos eram  levados até a mãe para 
serem amamentados. Os horários de amamentação do berçário nem sempre coincidiam com o horário em que os 
bebês estavam acordados ou com fome, dessa forma muitas mães não conseguiam iniciar o aleitamento durante o 
período de hospitalização. 
1.  Definição 
Consiste em um sistema hospitalar onde o recém‐nascido sadio, logo após o nascimento permanece ao lado da mãe 
24 horas por dia, em um mesmo ambiente até a alta hospitalar.  
Fonte: Ministério da Saúde, portaria 1.016 de 1993 
O estatuto da Criança e do Adolescente (capítulo I, Art. 10°, inciso V) estabelece que: 
"Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes; públicos e particulares são obrigados amanter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe”.  
2.  Vantagens do alojamento conjunto 
ƒ estabelecer e fortalecer o vínculo mãe e filho; 
ƒ estimular e favorecer o aleitamento materno por livre demanda (de acordo com as necessidades da criança); 
ƒ diminuir o risco de infecção hospitalar; 
ƒ promover a oportunidade da mãe conhecer e observar seu filho. A mãe aprende a lidar e a cuidar da criança. 
ƒ favorecer a orientação da mãe através do contato direto com a enfermagem e a equipe médica. 
ƒ recuperação mais rápida da mãe e com menor complicação. 
 
Pesquisas  realizadas com mães que utilizaram o  sistema de alojamento conjunto demonstraram que a maioria 
(mais de 75%) aprovam o fato de permanecerem  junto ao filho e que o aleitamento materno foi favorecido por 
esse sistema. 
3.  Estrutura do alojamento conjunto 
ƒ Recursos humanos 
O  alojamento  conjunto  deve  contar  com  um  enfermeiro  para  30  binômios  e  01  auxiliar  ou  técnico  de 
enfermagem para 8 binômios. 
Um médico pediatra para 20 crianças e um obstetra para 20 mães. 
Deve possuir também assistente social, psicólogo, nutricionista, fonoaudiólogo. 
ƒ Planta física 
As enfermarias devem  ter no máximo 6 binômios,  com 5 m² para cada um  (leito/berço). A distância mínima 
entre um berço e outro deve ser de 2 metros. 
Em cada conjunto deve haver uma cama, mesa de cabeceira, berço e cadeira para amamentação. 
Cada enfermaria deve possuir 1 lavatório e um recipiente com tampa para recolhimento de roupa usada. 
 
As crianças aptas para o alojamento conjunto devem ter:  
Controle térmico e boa sucção. 
Peso maior que 2 kilos. 
Idade gestacional maior que 35 semanas. 
APGAR maior que 6 no quinto minuto. 
 
 
 
 
 
 9
4.  Ações de enfermagem no alojamento conjunto 
ƒ prestar assistência de enfermagem ao binômio mãe/filho; 
ƒ avaliar se o recém‐nascido apresenta as condições necessárias para permanecer em alojamento conjunto; 
ƒ orientar e treinar a mãe no cuidado do recém‐nascido; 
ƒ sanar dúvidas relativas aos cuidados com a criança; 
ƒ orientar e promover o aleitamento materno com livre demanda; 
ƒ não  oferecer  ao  recém‐nascido  outro  alimento  ou  dar  bicos  ou  chupetas  as  crianças  amamentadas  ao  seio 
materno; 
ƒ proibir as mães que amamentem outros recém‐nascidos que não o seu a fim de evitar infecção cruzada. 
Ao  contrário  do  que  se  pensa  a  finalidade  do  alojamento  conjunto  não  é  diminuir  a  carga  de  trabalho  da 
enfermagem. A  enfermagem  deve  orientar  e  acompanhar  a mãe  durante  a  prestação  de  cuidados  ao  recém‐
nascido, bem como durante a amamentação. 
Deve manter vigilância constante da interação mãe e filho e de possíveis alterações que venham a surgir tanto no 
estado geral da mãe quanto do recém‐nascido. 
5.  Contraindicações para o alojamento conjunto 
ƒ todas  as  situações  devem  ser  analisadas  individualmente,  mas  a  única  contraindicação  para  o  alojamento 
conjunto é doença infecciosa aguda da mãe com risco de contaminação do bebê; 
ƒ psicose puerperal, parto cesáreo, doença mental não são contraindicações para o alojamento conjunto; 
ƒ os casos de fototerapia podem ser realizados em alojamento conjunto. 
Acesse a portaria 1.016 do Ministério da Saúde que trata das normas para instalação do alojamento conjunto em 
anexo I desta apostila.  
Acesse‐o no final do material ou em Anexos no menu do curso on‐line. 
Aleitamento materno 
Cada espécie produz o leite adequado ao seu filho, o ser humano não é diferente. 
O leite materno é o mais completo alimento para o recém‐nascido e deve ser exclusivo até os 6 meses. 
1.  Leite humano 
1.1.  Produção de leite 
Anatomia das mamas: 
ƒ As  mamas  possuem  em  média  20  unidades  lactíferas  envoltas  por  tecido  conjuntivo,  vasos  sanguíneos  e 
linfáticos. 
ƒ Cada unidade lactífera é formada por alvéolos com glândulas secretoras.  
ƒ Os  alvéolos  são  estruturas  arredondadas  agrupadas  como  em  um  cacho  de  uva,  estão  unidos  pelos  canais 
lactíferos ou galactóforos, os quais se abrem no mamilo. São responsáveis pela produção do leite. 
 
Anatomia das mamas 
 
 
 
 
 10
Produção do leite: 
ƒ O hormônio prolactina secretado pela hipófise é o responsável pelo estímulo dos alvéolos para a produção de 
leite. A produção de prolactina pode ser estimulada através da sucção do mamilo;  
ƒ os mamilos possuem terminações nervosas que uma vez estimuladas  (sucção do bebê) enviam mensagem ao 
hipotálamo e deste à hipófise para a produção de prolactina. 
 
Importante  saber  que  a  sucção  do  seio  materno  pelo  recém‐nascido  serve  de  estímulo  para  a  produção  de 
prolactina, que estimula a produção de leite. 
 
Descida do leite: 
ƒ O hormônio ocitocina produzido pela hipófise é responsável pela descida do leite; 
ƒ com a sucção do mamilo a hipófise é estimulada a liberar a ocitocina que age nas mamas contraindo os ductos 
mamários facilitando assim a saída do leite; 
ƒ a ocitocina ao mesmo tempo em que age nas mamas age também no útero promovendo sua contração, essa 
contração é importante para fazer o útero retornar ao normal no período pós‐parto. 
A ocitocina além de promover a “descida” do leite promove também a contração do útero. 
1.2. Composição do leite humano 
ƒ O colostro é a primeira secreção produzida pela glândula mamária, é um líquido claro, rico em proteínas, sódio, 
potássio e em anticorpos; 
O  colostro é  chamado de primeiro  leite. Ele é  rico  em anticorpos e  funciona  como uma  vacina para a  criança 
protegendo‐a das doenças até que ela adquira sua própria imunidade. É muito importante que a criança receba o 
colostro nas primeiras semanas de vida. 
ƒ o  leite  maduro  que  é  produzido  após  o  colostro  é  um  leite  com  maior  teor  de  gordura,  essa  gordura  se 
comparada com a do leite de vaca possui maior qualidade e maior facilidade de digestão; 
ƒ o volume de leite aumenta entre o terceiro e quarto dia, esse período é conhecido como a descida do leite ou 
pojadura; 
ƒ o leite materno possui proteínas, vitaminas e ferro em quantidade adequada ao recém‐nascido; 
ƒ o leite humano é rico em água, ele é constituído por 85% de água, não sendo necessária a complementação de 
água durante a amamentação exclusiva (6 primeiros meses de vida). 
2.  Vantagens do aleitamento materno 
ƒ Vantagem nutricional 
ƒ O leite humano é o alimento completo para o crescimento do recém‐nascido; 
ƒ sendo um alimento completo, não é necessário a complementação com água, chás ou sucos durante os 6 
primeiros meses. 
ƒ Vantagem imunológica 
ƒ Proteção contra infecções (diarreias, otites e infecções respiratórias); 
ƒ proteção contra alergia alimentar; 
ƒ proteção contra o câncer. 
ƒ Vantagem econômica 
ƒ É prático e econômico, não necessita preparo ou armazenamento e ainda vem na temperatura certa. 
ƒ Vantagem psicossocial 
ƒ O aleitamento materno fortalece o vínculo mãe‐filho; 
ƒ estimula o desenvolvimento psicomotor,  social e mental. Pesquisas mostram que  crianças  amamentadas 
são mais seguras; 
ƒ favorece o desenvolvimento da estrutura facial e de suas funções: mastigação, fala, alinhamento dos dentes 
e respiração; 
ƒ reduz o risco de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, arterioesclerose. 
 
 11
3.  Obstáculos ao aleitamento materno 
3.1. Em relação ao recém‐nascido 
Algumas situações devem ser observadas para evitar o desmame.  
A puérpera deve receber apoio e orientações para promover o aleitamento materno. 
ƒ Gemelaridade 
Os gêmeos podem ser amamentados em horários alternados ou os dois ao mesmo tempo. A produção de leite 
obedece ao estímulo de sucção, quanto mais sucção houver maior será a produção de leite. 
 
Posições para amamentar  gemelares 
ƒ Sucção inadequada  
A pega incorreta do mamilo pode levar a uma sucçãoineficiente. 
ƒ “Confusão de bicos” 
Se a criança for alimentada através de bico artificial durante os primeiros dias pode apresentar dificuldade em 
aceitar o seio materno. 
ƒ Prematuridade 
O  recém‐nascido  prematuro  apresenta  sucção  fraca,  porém  pode  ser  estimulado  através  de  técnicas  de 
relactação ou ser alimentado através de sonda gástrica com o leite materno. 
ƒ Presença de fenda palatina 
A mãe deve ser orientada por profissional especializado (fonoaudióloga) para promover o aleitamento materno 
nestes casos. 
3.2. Em relação à mãe 
Algumas situações maternas podem dificultar ou até mesmo impedir o aleitamento materno: 
ƒ depressão puerperal; 
ƒ carcinoma em tratamento com quimioterápicos; 
ƒ uso de drogas ilícitas. 
 
Situações preveníveis: 
ƒ ingurgitamento mamário; 
ƒ prevenção através do esvaziamento das mamas após as mamadas; 
ƒ mamilo doloroso; 
ƒ prevenção de pega correta; 
ƒ mamilos planos ou invertidos; 
ƒ prevenção através de exercícios durante a gestação. 
 
 
 
 12
3.3. Mitos 
Alguns mitos podem prejudicar o aleitamento materno, são eles: 
ƒ Leite fraco 
Orientar a nutriz que o colostro não é um leite fraco, e sim o primeiro e mais importante leite devido à presença 
de anticorpos. 
ƒ Amamentação deforma o corpo 
As alterações das mamas ocorrem durante a gestação e não durante a amamentação. 
 
Inimigos do peito: 
Medo de não ter leite; 
A mamadeira; 
Medo de peito caído ou deformado; 
Erros na técnica de amamentação (causam insatisfação do bebê e rachadura de mamilo); 
Introdução de água, chá ou outro alimento nos primeiros 6 meses; 
A enfermagem tem papel decisivo na promoção do aleitamento materno através da orientação e do auxílio à mãe 
durante a amamentação. O acompanhamento deve ter início no período de gestação. 
4.  Como amamentar? 
ƒ Preparo dos mamilos 
No caso de mamilos invertidos podem ser realizados exercícios de Hoffman. 
 
Exercícios de Hoffman 
Durante a amamentação evitar o uso de cremes e pomadas na região dos mamilos.  
Realizar higiene corporal diária (banho).  
A pele do mamilo pode ser hidratada com o próprio leite após a mamada. 
ƒ Duração do aleitamento 
O aleitamento materno deve ser exclusivo até os seis meses de idade. Após essa idade devem ser introduzidos 
alimentos sólidos.  
A  criança  deve  ser  avaliada  pelo  pediatra  em  relação  ao  crescimento  e  desenvolvimento  para  verificar  a 
necessidade de complemento durante os seis meses. 
Se a mãe  trabalha  fora deve  ser orientada para a  introdução dos alimentos durante  sua ausência e  sobre a 
ordenha e armazenamento do leite. 
O desmame  deve  ser  feito de maneira  lenta,  retirar uma mamada por mês,  evitar o uso da mamadeira,  se 
possível passar a criança do peito para o copo. A criança deve mamar no mínimo até o primeiro ano de vida. 
ƒ Horário e duração da mamada 
É aconselhável que a  criança  faça  seu horário que em geral oscila entre 2 a 3 horas de  intervalo entre uma 
mamada e outra. 
Crianças preguiçosas devem  ser acordadas  se ultrapassarem mais de 4 horas, principalmente  se estiver  com 
ganho de peso inadequado. Retirar a roupa e colocar em posição de cavaleiro estimula a criança a ficar alerta. 
 
 13
A  criança deve mamar aproximadamente 15 minutos em  cada  seio. Os  seios devem  ser alternados durante as 
mamadas.  
Nos primeiros dias o  recém‐nascido mama 5 minutos, este  tempo aumenta gradativamente  com o passar dos 
dias. 
Se  o  bebê mama menos  que  5 minutos  e mais  que  30 minutos  observar  se  existe  algum  erro  na  técnica  de 
amamentação (pega incorreta, mamas cheias, entre outros). 
5.  Posições para amamentar 
ƒ A posição deve ser a mais confortável para mãe e filho. A mãe pode amamentar deitada ou sentada de acordo 
com as suas condições físicas.  
5.1. Posição deitada:  
ƒ Essa posição é indicada após partos cesáreos; 
ƒ em decúbito  lateral,  ficar com as pernas um pouco encolhidas, manter o bebê de  lado  (barriga com barriga), 
olhando para a mãe. Uma das mãos repousa sobre a cama e puxa o bebê para si enquanto a outra mão oferece 
a mama ao bebê; 
ƒ utilizar coxins (travesseiro) para apoiar o bebê. 
 
Posição deitada 
5.2. Posição sentada 
ƒ Apoiar as costas com travesseiros, manter a coluna ereta e apoio nos pés; 
ƒ trazer o bebê junto ao corpo, não curvar as costas; 
ƒ a cabeça do bebê deve ficar livre, as costas devem ser apoiadas pelo antebraço da mãe; 
ƒ na posição sentada a criança pode ficar deitada, em cavaleiro ou em posição invertida. 
       
Posição da criança em cavaleiro       Posição sentada 
ƒ Pega do mamilo 
ƒ a mãe deve  segurar a mama  com o polegar e  indicador  formando um  “C” ou em  forma de  tesoura, não 
pressionar; 
ƒ passar com delicadeza o mamilo no canto da boca da criança; 
ƒ ajudar a criança a abocanhar boa parte da aréola; 
ƒ para retirar a criança do mamilo: colocar o dedo mínimo (quinto dedo) na lateral da boca da criança, assim 
ela sugará o dedo e soltará o mamilo. 
 
 14
     
Pega inadequada do mamilo               Pega correta do mamilo 
 
ƒ Eructação 
ƒ A eructação consiste na eliminação de ar que foi ingerido durante a mamada; 
ƒ após a mamada colocar a criança para eructar (arrotar) com a cabeça mais alta que o corpo por 5 minutos, 
em pé no ombro da mãe, deitado de bruços no colo, ou sentado no colo da mãe inclinado para a frente; 
ƒ após a eructação colocar a criança no berço ou carrinho em decúbito lateral com apoio de coxins. 
 
Posições para eructação  
Assista ao vídeo do Ministério da saúde sobre amamentação. Acesse em bibliografia.  
 
ƒ Ingurgitamento mamário 
ƒ Se a mama não for esvaziada de forma adequada pode causar desconforto e dor para a mãe; 
ƒ após a mamada realizar a palpação das mamas com as pontas dos dedos e procurar por regiões endurecidas 
“caroços”; 
ƒ para realizar a ordenha manual colocar os polegares  lado a  lado e os dedos das mãos encaixados sobre a 
mama, exercer pressão suave de cima para baixo na direção do mamilo. Manter a mama apoiada com uma 
das mãos, com a mão livre colocar o indicador e polegar na borda da aréola, realizar pressão até a saída do 
leite. 
Durante a ordenha não realizar pressão sobre os mamilos e sim sobre a linha areolar.  
Não utilizar bombinhas para retirada de leite. 
O leite ordenhado pode ser armazenado ou doado para banco de leite. 
 
Ordenha manual 
Assista aos vídeos sobre ordenha. Acesse as sugestões de links em bibliografia. 
 
 15
ƒ Armazenamento de leite 
ƒ A mãe que trabalha  fora tem a opção de ordenhar o  leite e guardá‐lo para oferecer ao bebê durante sua 
ausência; 
ƒ Retirar o leite através de ordenha manual.  
ƒ Prender os cabelos e lavar as mãos antes de realizar a ordenha; 
ƒ Armazenar o leite em frascos de vidro que devem ser fervidos por 15 minutos para sua desinfecção; 
ƒ O leite pode ser armazenado por 24 horas em geladeira ou 48 horas em congelador da geladeira; 
ƒ Para aquecer o leite utilizar banho‐maria, não utilizar micro‐ondas; 
ƒ Oferecer o leite com copinho ou com colher. Não utilizar mamadeira. 
ƒ Medicamentos e amamentação 
ƒ Os  medicamentos  passam  para  o  leite  materno.  Alguns  medicamentos  podem  ser  utilizados  durante  a 
amamentação, consulte o médico para utilização de qualquer medicamento neste período. 
Veja mais  informações  sobre aleitamento materno  e desmame no manual: Dez passos para uma alimentação 
para crianças brasileiras menores de dois anos do ministério da saúde. 
Avaliação do recém‐nascido 
1.  Classificação do recém‐nascido 
1.1. Conforme o peso 
ƒ RN pequeno para a idade gestacional (PIG) 
Peso menor que 2500g. 
ƒ RN com peso adequado para idade gestacional (AIG) 
Peso entre 2500g e 4000g 
ƒ RN grande para a idade gestacional (GIG) 
Peso acima de 4000g. 
1.2. De acordo com aidade gestacional 
ƒ RN pré‐termo (RNPT) 
Nascido até completar 37 semanas, pode ser: 
ƒ RNPT limítrofe: Entre 35 e 36 semanas; 
ƒ RNPT moderado: Entre 30 e 34 semanas; 
ƒ RNPT extremo: Abaixo de 30 semanas. 
ƒ RN termo (RNT) 
ƒ Nascido entre 37 até 42 semanas. 
ƒ RN pós‐termo 
ƒ Nascido acima de 42 semanas. 
Independente da idade gestacional qualquer criança nascida viva com menos de 2500g é considerada baixo peso 
e as crianças nascidas com menos de 1000g são consideradas muito baixo peso. 
1.3. Avaliação da idade gestacional 
A avaliação da idade gestacional é realizada pelo Pediatra com base em parâmetros preestabelecidos. 
Ao situar um recém‐nascido em determinada idade gestacional é possível avaliar o risco de doenças e até mesmo de 
mortalidade. Exemplo: risco de mortalidade e complicações estão aumentadas no RNPT extremo. 
2.  Métodos de avaliação da idade gestacional 
ƒ A partir da data da última menstruação da mãe. 
A idade gestacional pode ser obtida através da data da última menstruação da mãe, porém nem sempre estes 
dados são fidedignos.  
ƒ A partir das características do recém‐nascido. 
Existem vários métodos para determinação da idade gestacional a partir das características do recém‐nascido. O 
método mais utilizado é o de CAPURRO. 
No  método  CAPURRO  são  avaliados  cinco  itens:  formação  do  mamilo,  textura  da  pele,  forma  da  orelha, 
tamanho da glândula mamária e os sulcos plantares. 
 
 16
Tabela 3 ‐ Método de Capurro na Avaliação da Idade Gestacional 
Método de Capurro: (Somático e Neurológico) 
Formação mamilo 
 
 
 
 
A 
Mamilo pouco 
visível 
sem aréola 
 
 
0 
Mamilo nítido; 
aréola lisa 
diâmetro 
 < 0,75 cm 
 
5 
Mamilo puntiforme 
aréola de borda 
não elevada 
 > 0,75 cm 
10 
Mamilo 
puntiforme 
aréola de 
borda elevada 
 > 0,75 cm 
15 
 
Textura da pele 
 
 
 
 
B 
Fina, 
gelatinosa 
 
 
 
0 
Fina e lisa 
 
 
 
 
5 
Algo mais grossa, 
com discreta 
descamação 
Superficial 
 
20 
Grossa, com 
sulcos 
superficiais, 
descamação de 
mãos e pés 
15 
Grossa, 
apergaminhada 
com sulcos 
profundos 
 
20 
Forma da orelha 
 
 
 
C 
Chata, 
disforme 
pavilhão não 
encurvado 
0 
Pavilhão 
parcialmente 
encurvado na 
borda 
8 
Pavilhão parcialmente 
encurvado em toda 
borda superior 
 
16 
Pavilhão 
totalmente 
encurvado 
 
24 
 
Tamanho da 
glândula mamária 
 
D 
Ausência de 
Tecido 
mamário 
0 
Diâmetro 
 < 5 mm 
 
5 
Diâmetro  
5 mm  a 10 mm 
 
10 
Diâmetro 
 > 10 mm 
 
15 
 
Sulcos plantares 
 
 
 
 
E 
Ausentes 
 
 
 
 
0 
Marcas mal 
definidas na 
metade 
anterior da 
planta 
5 
Marcas bem 
definidas na 
metade anterior e 
no terço anterior 
10 
Sulcos na 
metade 
anterior da 
planta 
 
 
15 
Sulcos em mais 
da metade 
anterior da 
planta 
 
20 
Sinal do Xale 
(posição do 
cotovelo) 
 
F 
Na linha axilar 
do lado oposto 
 
0 
Entre a linha 
axilar anterior 
do lado oposto 
e a linha média 
6 
Ao nível da  linha 
média 
 
 
12 
Entre a linha 
média e a linha 
axilar anterior 
do mesmo lado 
18 
 
Posição da cabeça 
ao levantar o RN 
(ângulo (Â) 
cérvico‐torácico) 
G 
Totalmente 
deflexionada 
 = 270º 
 
0 
 entre 180º ‐ 
270º 
 
 
4 
 = 180º 
 
 
 
8 
 < 180º 
 
 
 
12 
 
 
Idade Gestacional:  
ƒ Somático: Somatório dos pontos em A, B, C, D , E + 204 /7 
ƒ Somático‐neurológico: Somatória dos pontos B, C, D,E, F, G + 200/7 
 
 17
 
Método CAPURRO 
3.  Exame clínico do recém‐nascido 
ƒ O exame clínico do  recém‐nascido é  realizado na  sala de parto e no alojamento conjunto pelo Pediatra,  tem 
como objetivo detectar alterações. 
3.1. Estado geral 
ƒ São observadas fácies, postura, choro, reação. 
ƒ Sinais de normalidade: RN ativo e reativo com choro forte. 
3.2. Pele 
ƒ A pele do RN é avermelhada, nas primeiras horas e está coberta por vérnix caseoso. Sua textura varia de macia e 
sedosa à seca e degenerativa no recém‐nascido pós‐termo; 
ƒ Observar a presença de cianose, icterícia, palidez, manchas, cistos, petéquias; 
ƒ Sinais de normalidade: Pele corada e hidratada. 
Alterações comuns da pele: 
Pequenos pontos brancos podem estar presentes na face, nariz, testa e queixo. São chamados de millium sebáceo, 
originam‐se a partir de glândulas sebáceas obstruídas. 
Manchas  azuladas  extensas na  região glútea  e  lombossacra podem aparecer nas  crianças negras, amarelas  e 
índias,  são  manchas  de  origem  racial  chamadas  de  mancha  mongólica,  seu  desaparecimento  ocorre 
gradativamente.  
Uma penugem muito fina chamada de lanugem pode estar presente nos prematuros. 
 
Mancha mongólica 
3.3. Crânio 
É observada sua simetria e a presença de alterações como: 
ƒ Craniossinostose: fechamento precoce das suturas. 
 
 18
ƒ Cefaloematoma: Coleção sanguínea na superfície da abóboda craniana do recém‐nascido que pode surgir após 
parto laborioso, especialmente com o uso do fórceps. 
ƒ Bossa serossanguinea: edema tecidual mole sem limites precisos ultrapassando as linhas das suturas. 
As  linhas das suturas são salientes e podem ser observadas entre os ossos parietais  (sutura sagital), entre os 
ossos parietais e frontal (sutura coronariana) e entre os ossos parietais e occipital (sutura lambdoide). 
ƒ Exame das fontanelas 
Verificar a tensão das fontanelas bregmática e lambdoide. 
 
Cefaloematoma         Fontanela bregmática ou anterior  
3.4.  Face 
ƒ Observar simetria, implantação das orelhas, aparência sindrômica, distância entre os olhos, tamanho de queijo, 
nariz e língua. 
3.5.  Olhos 
ƒ Pesquisar  hemorragia  subconjuntival,  estrabismo,  pupila  branca  (sinal  de  catarata  congênita),  presença  de 
secreção ocular. 
A presença de  secreção ocular está associada à conjuntivite química que pode ocorrer em  reação ao colírio de 
nitrato de prata (crede ocular). 
3.6.  Orelha 
ƒ Observar forma, tamanho, implantação da orelha, audição, presença de apêndices pré‐auriculares. 
ƒ Algumas alterações de forma e tamanho da orelha são sugestivas de alterações renais. 
3.7.  Nariz 
ƒ Observar forma, tamanho, permeabilidade dos canais, presença de secreção. 
3.8.  Boca 
ƒ Verificar integridade do palato, lábios e língua;. 
ƒ Presença de dentes congênitos; 
ƒ Posição da mandíbula. 
 
 19
 
Alterações em lábios e palato  
3.9.  Pescoço 
ƒ Pesquisar massas, cistos e presença de dor o que pode ser sugestivo de torcicolo congênito. 
3.10.  Tórax 
ƒ Pesquisar simetria e presença de deformações. 
3.11.  Clavículas 
ƒ Pesquisar presença de fraturas. 
3.12.  Abdome 
ƒ O abdome do recém‐nascido é globoso e flácido. 
ƒ Pesquisar a presença de circulação colateral, distensão, massas. À ausculta deve ser observada a presença de 
ruídos hidroaéreos, a ausência destes sugere quadro de íleo paralítico. 
3.13.  Genitália 
Masculina 
ƒ Observar  o  pênis,  orifício  uretral,  prepúcio  (fimose),  presença  dos  testículos  na  bolsa  escrotal  ou  na  região 
inguinal. 
ƒ Pesquisar presença de hérnia, hipospádia, epispádia. 
Feminina 
ƒ Observar tamanho do clitóris, fusão dos grandes lábios, orifício da vagina e uretra. 
ƒ Pesquisar presença de fístulas. 
3.14.  Membros 
ƒ Observar simetria e pesquisar malformações. 
ƒ Pesquisar sinais de luxação congênita de quadril com a manobra de Ortolani. 
 
Polidactilia  
3.15.  Avaliação neurológica 
ƒ Observar postura, simetria de movimentos, tônus muscular, choro (se é estridente ou não). 
ƒ Pesquisar a presença dos reflexos de sucção e deglutição, de preensão, de marcha, de moro. 
3.16.  Exame pulmonar 
ƒ Observar a frequência dos movimentos respiratórios. 
ƒ Pesquisar sinais de desconforto, tiragem, batimentos de asas de nariz, gemido. 
A respiraçãodo recém‐nascido é abdominal. 
 
 20
3.17.  Exame cardiovascular 
ƒ Observar pulso, frequência, presença de sopros. 
3.18. Sinais vitais 
Tabela 4 – Sinais vitais do recém‐nascido 
Sinais vitais  Normalidade  Características 
Frequência respiratória  RNT – 40 movimentos respiratórios por 
minuto 
RNPT – 60 movimentos respiratórios por 
minuto. 
Respiração é abdominal. 
Frequência cardíaca  120 a 160 bpm.  Verificar o pulso apical na região 
precordial abaixo do mamilo 
esquerdo com estetoscópio. 
Temperatura axilar  36,5 a 37°C   
Pressão arterial  70/40 mmHg  Não é verificada rotineiramente. 
Fonte: Porto, A. Curso didático de enfermagem, 2010 
Declaração de nascido vivo e teste do pezinho 
1.  Declaração de nascido vivo 
A  declaração  de  nascido  vivo  (DN)  consiste  em  um  documento  padronizado  pelo  Ministério  de  Saúde,  que  é 
preenchido no momento do nascimento de todas as crianças vivas.  
Tem o objetivo de recolher informações acerca da gestação e das condições de nascimento do recém‐nascido para 
fornecer  indicadores  de  saúde  do  pré‐natal,  assistência  ao  parto,  vitalidade  ao  nascer,  mortalidade  infantil  e 
materna.  
As informações pesquisadas são: 
ƒ Materna:  idade, escolaridade, profissão, número de gestações, número de filhos vivos, abortos, tipo de parto, 
número de consultas pré‐natal. 
ƒ Recém‐nascido: peso, sexo, apgar, presença de malformações congênitas. 
1.1. Instruções para preenchimento 
ƒ É composta de três vias em cores distintas, numeradas.  
ƒ A primeira via branca fica no Hospital até ser recolhida pela secretaria da saúde. 
ƒ A segunda via amarela é entregue a família para ser levada em cartório para registro da criança. 
ƒ A terceira via rosa fica arquivada no prontuário da criança no estabelecimento onde ocorreu o parto. 
ƒ Seu  preenchimento  é  de  caráter  obrigatório,  devendo  ser  preenchida  pelo  médico  ou  por  profissional  de 
enfermagem com treinamento para tal. 
ƒ Em caso de erro inutilizar as três vias e encaminhar as mesmas para secretaria. 
ƒ Não deve conter rasuras e as  informações devem ser fidedignas, em caso de desconhecimento da  informação 
colocar traço ou o código de ignorado, não deixar o campo em branco. 
A enfermagem deve preencher o documento de forma completa, buscar as informações necessárias junto à mãe e 
no prontuário da criança, uma vez que esses dados  servem de base para  intervenções de programas de  saúde 
para o bem‐estar da mãe e filho. 
1.2.  Registro em cartório 
ƒ A declaração de nascido vivo deve ser  levada ao cartório para que seja realizada a certidão de nascimento da 
criança.; 
ƒ A emissão da certidão de nascimento é gratuita; 
ƒ É importante que a enfermagem oriente os pais sobre a importância de realizar o registro da criança. 
 
 
 
 
 21
Em Junho de 2012, foi aprovada a Lei n° 12.662 que determina que a declaração de nascido vivo (DN) constitui 
documento provisório de identificação e deve ser aceita em todo território nacional. 
Importante  orientar  os  pais  que  a  DN  não  substitui  o  registro  civil  de  nascimento,  sendo  este  obrigatório. 
Importante salientar que os pais não danifiquem ou extraviem a DN, pois para emissão da certidão de nascimento 
é necessário o número de identificação da DN. 
Acesse o manual de  instruções para preenchimento da declaração de nascido vivo do Ministério da  saúde nos 
arquivos do curso desta apostila. 
2.  Teste do pezinho 
O  teste do pezinho ou  triagem neonatal é um exame  laboratorial que  tem como objetivo a detecção precoce de 
doenças metabólicas,  genéticas  ou  infecciosas,  as  quais  poderão  causar  lesões  irreversíveis  na  criança  caso  não 
sejam tratadas. 
 
São detectadas as seguintes patologias: 
ƒ Fenilcetonúria 
ƒ Doença hereditária causada pela ausência ou diminuição de uma enzima, prejudicando a metabolização do 
aminoácido fenilalanina. Pode causar retardo mental grave. 
ƒ Hipotireoidismo congênito 
ƒ A falta de hormônio tireoidiano pode provocar retardo mental e de crescimento. 
ƒ Anemia facilforme 
ƒ É uma doença causada pela alteração estrutural da hemoglobina, pode  levar a diversas complicações e a 
quadros de anemia, infecções e dores. 
O teste do pezinho básico descrito anteriormente é gratuito, entretanto existe o teste do pezinho mais e super que 
detectam até 40 patologias. Saiba mais no site da APAE:  
http://www.apaesp.org.br/OQueFazemos/ParaAPrevencaoDaDeficienciaIntelectual/Paginas/testes.aspx 
2.1.  Coleta  
ƒ O teste do pezinho como próprio nome sugere é colhido do calcanhar do bebê.  
ƒ Não traz riscos ao bebê. 
ƒ Deve ser colhido após 48 horas do início da alimentação do recém‐nascido.  
ƒ É  importante que a enfermagem oriente a mãe sobre a  importância da coleta do exame se esta tiver alta 
antes das 48 horas. 
ƒ Devem ser seguidas as orientações para que não ocorram interferências ou erros durante a coleta e análise. 
Saiba mais sobre as orientações para coleta acessando o manual de  instruções de coleta do teste do pezinho da 
APAE São Paulo, disponível nos arquivos do curso desta apostila. 
Atividades 
01. Qual é o conceito de alojamento conjunto? 
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02. Fale sobre as vantagens do alojamento conjunto. 
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03. Qual situação contraindica o alojamento conjunto? 
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04. É correto afirmar que quanto mais o bebê suga maior quantidade de leite é produzida? Justifique sua resposta. 
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05. Quais são os hormônios da lactação? E quais são suas funções? 
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06. Uma mãe pede sua orientação para utilização de leite artificial, pois acredita que seu leite é fraco. Ela refere que 
seu leite parece uma água rala. O que você orientaria para esta mãe? Ela encontra‐se no segundo dia pós‐parto. 
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07. Quais são os inimigos do peito e como esses fatores podem ser eliminados? 
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08. No caso de recém‐nascidos que são preguiçosos para mamar o que pode ser feito? 
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09. Leia os textos e responda: 
Texto 1: Hospital amigo da criança 
Fonte: http://www.unicef.org/brazil/pt/activities_9994.htm 
“A Iniciativa Hospital Amigo da Criança – IHAC – foi idealizada em 1990 pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e 
pelo UNICEF para promover, proteger e apoiar o aleitamento materno. O objetivo é mobilizar os funcionários dos 
estabelecimentos de saúde para que mudem condutas e rotinas responsáveis pelos elevados  índices de desmame 
precoce. Para isso foram estabelecidos os Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno. 
Ao assinar, em 1990, a Declaração de Innocenti, em encontro em Spedale degli Innocenti, na Itália, o Brasil, um dos 
12 países escolhidos para dar partida à IHAC, formalizou o compromisso de fazer dos Dez Passos uma realidade nos 
hospitais do País. Em março de 1992, o Ministério da Saúde e o Grupo de Defesa da Saúde da Criança, com o apoio 
do UNICEF e da OPAS (Organização Pan‐Americana de Saúde), deram os primeiros passos. 
 
A IHAC soma‐se aos esforços do Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno (PNIAM/MS), coordenado 
pelo Ministério da Saúde para:  
ƒ informar profissionais de saúde e o público em geral;  
ƒ trabalhar pela adoção de leis que protejam o trabalho da mulher que está amamentando;  
ƒ apoiar rotinas de serviços que promovam o aleitamento materno;  
ƒ combater a livre propaganda de leites artificiais para bebês, bem como bicos, chupetas e mamadeiras.” 
 
Texto 2: Iniciativa Hospital amigo da criança (IHAC) 
Fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=24229 
Foi incorporada pelo Ministério da Saúde como ação prioritária em 1992. Desde então, com o apoio das Secretarias 
Estaduais e Municipais de Saúde, vem capacitando profissionais de saúde, realizando as avaliações e estimulando a 
rede hospitalar para o credenciamento. Já são mais de 20 mil hospitais credenciados na IHAC em todo o mundo e no 
Brasil já há 336 Hospitais Amigos da Criança. 
Ao  ser  reconhecido  com  o  título  Hospital  Amigo  da  Criança,  estes  estabelecimentos  se  tornam  referência  em 
amamentação para  seu município,  região  e  estado. Nestes hospitais,  as mães  são orientadas  e  apoiadas para o 
sucesso da amamentação desde o pré‐natal até o puerpério, aumentando dessa  forma os  índices de aleitamento 
materno  exclusivo  e  continuado  e  reduzindo  a morbimortalidade materna  e  infantil,  o  que  tem  gerado  grande 
interesse pelos gestores nessa habilitação. 
Objetivo 
 
 
 
 24
Mobilizar  toda  a  equipe  de  saúde  dos  hospitais‐maternidade,  estabelecimentos  com  leitos  de  parto  para  que 
modifiquem  condutas  e  rotinas  responsáveis  pelos  altos  índices  de  desmame  precoce  e,  para  isso,  foram 
estabelecidos os DEZ PASSOS PARA O SUCESSO DO ALEITAMENTO MATERNO. 
Vantagens para a instituição 
ƒ Ambiente mais calmo e tranquilo 
ƒ Menor taxa infecção neonatal 
ƒ Estimula o trabalho em equipe 
ƒ Melhor imagem e maior prestígio 
ƒ Mais seguro em emergências 
ƒ Vantagens econômicas 
a. Você conhece o programa Hospital Amigo da Criança? 
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b. Em sua opinião este programa incentiva o aleitamento materno? 
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c. Acesse a  lista dos Hospitais Amigo da Criança e  localize o mais próximo de  você,  são 335 Hospitais no Brasil. 
Acesse o link: http://www.unicef.org/brazil/pt/activities_9998.htm  
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10. Descreva as características normais do recém‐nascido relativo a: 
Estado Geral: ____________________________________________________________________________________  
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Pele: ___________________________________________________________________________________________  
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Abdome:  _______________________________________________________________________________________  
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11. Qual é o objetivo do teste do pezinho (triagem neonatal)? 
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12. Quais doenças podem ser detectadas precocemente com o teste do pezinho (básico)? 
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Aulas 09 a 11 – Técnicas Básicas de Enfermagem em Neonatologia 
Higiene do recém‐nascido 
1.  Banho do recém‐nascido 
O banho deve ser realizado após a verificação dos sinais vitais.  
Ao despir o recém‐nascido aproveitar para aferir o peso. 
Material necessário 
ƒ Banheira, mesa auxiliar, toalha de banho, sabonete líquido neutro, gaze ou bolas de algodão, lençol para berço, 
saco de lixo, luva de procedimento. 
Descrição da técnica 
ƒ Colocar água na banheira na temperatura de 37° a 38°C;  
ƒ testar a água. Se necessário utilizar termômetro de banho; 
ƒ calçar as luvas de procedimento;. 
ƒ despir o recém‐nascido e mantê‐lo envolto em toalha; 
ƒ lavar o rosto do recém‐nascido com água, enxaguar; 
ƒ o rosto e a cabeça podem ser lavados sem retirar a roupa da criança; 
ƒ lavar a cabeça com sabonete e movimentos circulares, enxaguar; 
ƒ secar o rosto e os cabelos; 
ƒ despir  a  criança  e  colocá‐la na banheira  com o  tórax  apoiado  em uma das mãos  (decúbito  ventral),  colocar 
inicialmente os pés, jogar água aos poucos nas costas da criança.; 
ƒ a  criança  em decúbito  ventral  sente‐se mais protegida, uma  vez que  está  sem  roupa. Colocar  a  criança  aos 
poucos na banheira permite que a mesma se adapte a temperatura da água; 
ƒ segurar o bebê com firmeza e o colocar sentado na banheira; 
ƒ lavar o pescoço, tórax, axilas, braços, pernas e genitais; 
ƒ proceder à higiene das costas, e pernas; 
ƒ retirar o bebê da água e envolver em toalha macia; 
ƒ secar com movimentos suaves; 
ƒ vestir a roupa do bebê (parte superior); 
ƒ proceder à higiene do coto umbilical; 
ƒ vestir a fralda e o restante da roupa.; 
ƒ anotar o procedimento e organizar a unidade.. 
Em casa a mãe pode ser orientada para fazer o banho de balde que tem como objetivo acalmar e relaxar o bebê. 
Veja mais sobre o balde assistindo aos vídeos. Acesse‐os no link em bibliografia. 
2.   Higiene do coto umbilical 
A higiene do coto umbilical deve ser realizada três vezes ao dia ou de acordo com a necessidade. 
Material necessário 
ƒ Cotonetes; 
ƒ álcool a 70%. 
Descrição da técnica 
ƒ Umedecer o cotonete com álcool a 70%; 
ƒ o álcool a 70% é antisséptico e auxilia no processo de mumificação do coto; 
ƒ proceder à limpeza da base do coto umbilical com movimentos circulares; 
ƒ com outro cotonete pincelar todo o coto umbilical com álcool a 70%; 
ƒ se o clamp estiver presente realizar desinfecção com álcool a 70%; 
ƒ observar presença de hiperemia ou sangramento; 
 
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ƒ colocar a fralda descartável. 
Não utilizar faixa, pois provoca infecção devido ao calor e umidade. 
Verificação de sinais vitais 
Aferição de temperatura, frequência cardíaca e respiratória. 
Material necessário 
ƒ Estetoscópio; 
ƒ termômetro; 
ƒ relógio; 
ƒ gaze; 
ƒ álcool a 70%. 
Descrição da técnica 
ƒ Temperatura: 
ƒ lavar as mãos; 
ƒ realizar desinfecção do termômetro com álcool a 70%; 
ƒ colocar o termômetro por 5 minutos na região axilar; 
ƒ proceder à leitura da temperatura e anotar. 
ƒ Frequência respiratória: 
ƒ realizar a  contagem dos movimentos  respiratórios por um minuto através da observação da elevação do 
abdome da criança. Anotar; 
ƒ a respiração do recém‐nascido é abdominal. Casos de respiração torácica sugerem desconforto respiratório. 
ƒ Frequência cardíaca: 
ƒ realizar desinfecção do estetoscópio com álcool a 70%; 
ƒ auscultar a região precordial, abaixo do mamilo esquerdo. Contar por 1 minuto. Anotar; 
ƒ organizar a unidade. 
A pressão arterial é verificada na unidade de cuidados intensivos com o auxílio de um monitor. 
Sondagem gástrica 
A sondagem gástrica é utilizada para: 
ƒ remoção de secreçõesdo estômago na sala de reanimação; 
ƒ em casos de distensão abdominal, para drenagem de suco gástrico; 
ƒ para alimentação dos recém‐nascidos. 
Tipos: 
ƒ a  sondagem orogástrica é a mais apropriada para o  recém‐nascido, pois evita  traumatismo das narinas e as 
mantém livre para respiração; 
ƒ a  sondagem  nasogástrica  é  utilizada  nos  casos  em  que  é  necessário  o  treinamento  de  sucção,  transição  de 
alimentação por sonda para via oral. 
Considerações: 
ƒ a passagem de sonda gástrica pode desencadear reflexo vagal com apneia e bradicardia. Ter próximo ao  leito 
material para oxigenação; 
ƒ quando a opção for a sondagem nasogástrica, alternar as narinas para evitar lesões.  
Trocar a sonda a cada 48 horas. 
 
 
 
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Material necessário: 
ƒ sonda gástrica longa ou curta nos números 4 a 8; 
ƒ seringa de 5ml; 
ƒ água destilada; 
ƒ gaze; 
ƒ micropore; 
ƒ esparadrapo; 
ƒ estetoscópio; 
ƒ fita reagente de pH; 
ƒ luvas de procedimento. 
Descrição da técnica: 
ƒ preparar o material; 
ƒ lavar as mãos; 
ƒ tocar  o  recém‐nascido,  antes  de  iniciar  o  procedimento,  com  delicadeza  e  falar  o  que  será  realizado.  Se 
necessário envolver o recém‐nascido em um lençol; 
ƒ colocar o recém‐nascido em posição dorsal com a cabeça mediana; 
ƒ calçar as luvas; 
ƒ abrir o invólucro da sonda protegendo‐a nas mãos; 
ƒ medir a sonda a partir do  lóbulo da orelha à ponta do nariz e deste ponto até o apêndice xifoide, marcar este 
ponto com esparadrapo; 
ƒ flexionar a cabeça da criança durante a introdução da sonda; 
ƒ introduzir a sonda lentamente até a marca, observar reações do recém‐nascido; 
ƒ aspirar o conteúdo gástrico e realizar o teste de pH; 
ƒ pH ácido (5) indica conteúdo gástrico, enquanto pH alcalino (7) indica conteúdo duodenal; 
ƒ na ausência de retorno gástrico injetar 1ml de ar para RNT e 0,5 ml para RNPT e auscultar a região epigástrica 
para constatar a presença de ruídos; 
ƒ fixar a sonda; 
ƒ retirar as luvas; 
ƒ colocar o recém‐nascido em posição confortável; 
ƒ organizar a unidade; 
ƒ lavar as mãos; 
ƒ anotar o procedimento. 
Anotar a data de passagem da sonda para programar a troca em 48 horas. 
     
Teste da sonda com ar           Fixação da sonda no recém‐nascido  
1.  Alimentação por sonda gástrica 
Material necessário: 
ƒ recipiente com leite; 
ƒ seringa de 10 ou 20 ml; 
ƒ gaze; 
ƒ ampola de água destilada; 
ƒ estetoscópio. 
 
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Descrição da técnica: 
ƒ conferir na prescrição e no frasco o volume e o tipo de leite a ser administrado; 
ƒ verificar a temperatura do leite; 
ƒ realizar o  teste da  localização da  sonda através da aspiração do  conteúdo gástrico ou  injetar 0,5 ml de ar e 
auscultar o ruído; 
ƒ medir o resíduo gástrico, verificar o aspecto, de acordo com o mesmo desprezar ou devolver; 
ƒ resíduo gástrico leitoso deve ser devolvido; 
ƒ em caso de resíduo sanguinolento ou de cor escura comunicar o médico ou enfermeiro para verificar qual 
conduta deverá ser tomada; 
ƒ de acordo com o volume de resíduo suspender ou descontar do volume total de leite a ser infundido; 
ƒ manter o recém‐nascido em posição semifolwer; 
ƒ introduzir a dieta através de gavage ou por bomba de infusão; 
ƒ para  introduzir a dieta por gavage: aspirar o conteúdo na seringa e conectar a sonda,  retirar o êmbolo e 
deixar descer por gravidade, manter a seringa em altura acima da cabeça do recém‐nascido; 
ƒ observar a presença de distensão abdominal ou alterações respiratórias; 
ƒ lavar a sonda com 0,5ml de água para remover o resíduo de leite; 
ƒ manter a criança em decúbito ventral ou lateral ao término da dieta; 
ƒ lavar as mãos; 
ƒ anotar o procedimento no prontuário. 
Administração de medicação em neonatologia 
1.  Administração de medicação por via oral 
Material necessário: 
ƒ medicação; 
ƒ seringa, colher ou copinho; 
ƒ gaze; 
ƒ água destilada. 
Descrição da técnica: 
ƒ verificar  a dose, horário,  via de  administração do medicamento  com  a prescrição  e  com o nome do  recém‐
nascido; 
ƒ lavar as mãos; 
ƒ aspirar a medicação ou diluí‐la se necessário; 
ƒ reconferir a dose, horário, via de administração e nome da criança.; 
ƒ elevar a cabeça da criança, abrir sua boca e administrar a medicação com a ajuda de conta gotas, seringa, colher 
ou copinho; 
ƒ colocar sobre a língua em pequenas quantidades, aguardar deglutição; 
ƒ limpar os lábios com gaze; 
ƒ lavar as mãos; 
ƒ anotar e checar o procedimento. 
Na administração de medicação por sonda, realizar o teste de posicionamento da sonda,  introduzir  lentamente, 
lavar após com água destilada e manter a sonda fechada por uma hora. 
2.  Administração de medicação por via ocular 
Material necessário: 
ƒ medicação; 
ƒ gaze. 
 
 
 
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Descrição da técnica: 
ƒ verificar  a dose, horário,  via de  administração do medicamento  com  a prescrição  e  com o nome do  recém‐
nascido; 
ƒ lavar as mãos; 
ƒ manter a criança em decúbito dorsal, separar a pálpebra com auxílio da gaze e  instilar as gotas prescritas no 
saco conjuntival; 
ƒ secar o excesso com a gaze; 
ƒ lavar as mãos; 
ƒ anotar e checar o procedimento. 
3.  Administração de medicação por via intramuscular 
Material necessário: 
ƒ seringa com medicação;. 
ƒ agulha de  insulina (13x4,5) para recém‐nascido menor que 2500g, agulha 25x6 para recém‐nascido maior que 
2500g. 
Descrição da técnica 
ƒ verificar  a dose, horário,  via de  administração do medicamento  com  a prescrição  e  com o nome do  recém‐
nascido; 
ƒ lavar as mãos; 
ƒ aspirar a medicação ou diluí‐la se necessário; 
ƒ reconferir a dose, horário, via de administração e paciente; 
ƒ trocar a agulha conforme a necessidade; 
ƒ conversar com a criança, tocá‐la antes do procedimento; 
ƒ preparar a criança para o procedimento; 
ƒ pedir para uma pessoa auxiliar oferecendo dedo enluvado com glicose para a criança sugar, conter a criança 
com as mãos ou com um pano para dar sensação de segurança; 
ƒ realizar a imobilização da perna com a mão, realizar a antissepsia com álcool a 70%; 
ƒ a região ideal para recém‐nascido é o terço superior da face lateral da coxa; 
ƒ introduzir no máximo 1ml; 
ƒ segurar o tecido muscular e introduzir a agulha; 
ƒ aspirar para verificar retorno de sangue, na ausência deste injetar lentamente a medicação; 
ƒ retirar a agulha e comprimir o local com algodão; 
ƒ vestir a criança e confortá‐la; 
ƒ colocar no colo da mãe se estiver presente.; 
ƒ lavar as mãos; 
ƒ anotar e checar o procedimento. 
Coleta de glicemia capilar (dextro) 
Material necessário: 
ƒ lanceta; 
ƒ fita reagente; 
ƒ álcool a 70%; 
ƒ algodão. 
Descrição da técnica: 
ƒ certificar na prescrição médica sobre o procedimento; 
ƒ lavar as mãos; 
ƒ preparar a criança para o procedimento: 
conversar com a criança, tocá‐la antes do procedimento; 
pedir para uma pessoa auxiliar oferecendo dedo enluvado com glicose para a criança sugar, conter a criança 
com as mãos ou com um pano para dar sensação de segurança; 
 
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ƒ aquecer o pé da criança se estiver frio, essa manobra promove a vasodilatação para saída adequada de sangue; 
ƒ realizar a antissepsia com álcool a 70%; 
a região a ser puncionada é a face lateral do calcanhar; 
não introduzir a lanceta na face central do calcâneo com o risco de perfuração óssea; 
realizar rodízio do local da punção; 
 
Punção para glicemia capilar  
ƒ introduzir a lanceta e ordenhar uma gota de sangue na fita; 
ƒ colocar a fita no aparelho e comprimir o local da punção; 
ƒ vestir a criança e confortá‐la; 
colocar no colo da mãe se estiver presente; 
ƒ lavar as mãos; 
ƒ anotar e checar o procedimento. 
Anotação de enfermagem em neonatologia 
1.  Estado geral 
ƒ Atividade: Ativo, hipoativo ou arreativo. 
ƒ Mucosas: Corado ou hipocorado 
ƒ Hidratação: hidratado ou desidratado. 
2.  Sinais vitais 
ƒ Respiração: Eupneico,

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