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Resumo Bovino de Leite prova 2 2012

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Resumo Bovino de Leite prova 2 2012/02 by Myself
Assunto da prova (continuação de seleção animal; Manejo de bezerras e novilhas “aula helder”; Escore corporal; manejo de vacas no pré-parto)
1-) Seleção
Garupa
Não há relação de garupa com fertilidade e longevidade, contudo há relação com a facilidade do parto.
Características:
Nivelamento: busca-se valor intermediário entre 5-7 mede-se a altura entre isquios e ileo, extremo superior caracteriza escorrida, e o extremo inferior invertida.
Largura: distancia entre os isquios, busca-se a maior distancia possível, busca-se o valor 9.
Força Leiteira
São características que favorecem a produção de leite.
Angulosidade: Indica acumulo de gordura, é única característica com alta correlação com a produção de leite. Busca-se valores intermediários (5-7) porque o extremo inferior indica pouca deposição de gordura e massa muscular, são vacas que tendem a magreza, consequentemente pré-dispostas a problemas metabólicos. Já o extremo superior ocorre muita deposição de gordura e consequentemente problemas reprodutivos.
Estatura/Tamanho: Também altamente herdável, hoje busca-se vacas pequenas porque já foi comprovado que a produção é semelhante, contudo a eficiencia alimentar, fertilidade e longevidade de vacas menores é melhor, além de se moverem com maior facilidade.
Largura de peito: influencia pouco sobre longevidade, busca-se valor intermediário vacas muitos largas tendem a sofrer mais de deslocamento de abomaso.
Profundidade corporal: busca-se valor 7 indica boa harmonia e equilibrio entre as partes do animal.
Características gerais
As características de maior importância são 
Produção de gordura e proteína
Longevidade
Fertilidade
Facilidade de parto
Ubere
Pernas e pés
2-) Avaliação Genética do Touro
Hoje é feita pela interbull, enquanto que a divulgação fica por conta do produtor.
A avaliação é feita pela progênie, por esta razão é um método muito caro devido ao longo tempo e alta logísticas.
Os primeiros resultados saem em 5 anos, hoje ocorre a tendência em substituir por avaliação genomica, entretando como ainda existem altas variações não decodificadas é um teste com menor confiabilidade, apesar de ser mais rápido.
Determinar valor genético:
	O valor genético de um touro é feito com a comparação dos filhos entre o grupo de manejo que os filhos se inserem, dessa forma uniformiza o sistema de criação.
Como é feito nos países
	Nos EUA e BRA é feito por PTA (predicted transmiting ability) que vale ½ do valor genético (que vem do touro apenas); enquanto que no Canadá e Europa é feito por PTAx2.
Confiabilidade
	Varia diretamente conforme numero de filhos e parentes, numero do rebanho, herdabilidade.
Desempenho
	Os filhos obedecem a distribuição normal, contudo as chances de se obter um filho bom é maior em touros testados.
EUA: é feito a partir de uma base genética fixa que é alterada a cada 5 anos.
3-) Criação de novilhas e bezerras (aula Helder)
Objetiva-se: para um animal descartado ter dois para repor; deve-se sempre buscar aumento do nível genético, inclusive para ter mais valor de venda; a bezerra deve estar 1 geração a frente da mãe para se ter o melhor potencial genético.
Metas: Mortalidade menor que 5%; crescimento, desenvolvimento e peso ao parto adequados; primeiro parto aos 24m (H), 22m (J); reduzir consumo do leite comercializavel.
Necessidades: Manejo adequado do rebanho; Alimento; Sanidade; Mão-de-obra (principal pq a partir deste que se tem os demais).
Reposição: O esquema de reposição mais utilizado é o da própria reposição. Os pontos positivos de se adotar auto-reposição são os de melhoramento a partir de animais conhecidos; redução de introdução de doenças; receita adicional pela venda de machos. Entretando é discutivel a possibilidade de ser mais econômico.
Reposição: O ideal é de 40-41% sendo 20-21% até o primeiro ano e mais 20/21% depois do primeiro ano. A taxa de descarte, a idade ao primeiro parto e a mortalidade influenciam diretamente na taxa de reposição.
Idade ao primeiro parto: Holandesa 24m, Jersey 22m; Caso atrase ocorrem meses adicionais na procriação da cria, perda de produção vitalícia, aumento no número de reposição.
3.1-) Alimentação
Do nascimento aos 10m é o ponto mais crucial do manejo alimentar, representa 15-20% do custo de produção do leite, deve-se ser feito adequadamente para se garantir o primeiro parto no tempo indicado. Deve-se objetivar a redução do consumo de leite comercializável sem prejudicar o desenvolvimento da bezerra, as necessidades diárias são de 4L de leite por dia por bezerro.
Características do colostro: Ocorre somente na primeira ordenha, é espesso, cremoso, amarelado. Da segunda ordenha até o quarto dia é considerado leite de transição. Esse leite de transição não pode ser comercializado, entretando serve como alimento para a novilha.
A composição do colostro é rica em gordura, proteína, vitamina ADE, e mais pobre em lactose (o que favorece a não diarréia). Portanto, quanto mais denso o colostro melhor será a qualidade.
Imunoglobulinas: A IgG, IgA e IgM são as imunoglobulinas que compõe o colostro. A IgG representa a maior fração com 80-86% e faz proteção sistêmica concomitantemente com a IgM (7-10%), enquanto que a IgA faz a proteção de mucosa intestinal e representa 7-10%.
A função do colostro é de tranferência de imunidade, alimento altamente concentrado, e laxante (eliminar mecônio)
Absorção: Deve-se fornecer o colostro até 4h depois do parto sendo necessário 4L dentro desse tempo, fracionado em duas porções de 2L; depois até a 12h de vida deve ser fornecido mais 2L. Deve-se lembrar que a quantidade ideal é de 8-10% do PV durante as primeiras 4h de vida (como nasce com média de 40kg (H). Sendo que durante as 4 primeiras horas de vida a absorção de anti-corpos é de no mínimo 20% do que se tem no colostro, depois desse tempo começa a reduzir significantemente, em 24h não ocorre mais absorção imunológica significativa. Palavras-chave: Quando, quanto, qualidade.
Modos defornecimento do colostro: Pode-se fornecer o colostro pela amamentação materna, amamentação em mamadeira ou balde com bico, sonda, balde. As melhores formas de se fornecer são a da amamentação materna (requer treinamento para conferir se obteve colostro suficiente) e o de amamentação em mamadeira (já mede-se a quantidade fornecida, além de ser mimético ao aot de mamar natural). Sonda somente após arduo treinamento e balde totalmente não recomendado.
Temperatura e estocagem: O colostro deve ser fornecido na temperatura de 39ºC (temperatura corportal), deve ser sempre aquecido a essa temperatura antes de fornecer. Pode-se fazer banco de colostro para sempre se precaver quanto ocorrer da impossibilidade da mãe não puder fornecer o colostro, caso seja da própria fazenda melhor pq o colostor já possui as características protetoras da fazenda, contudo se não há colostro em banco pode-se buscar co vizinhos, entretando esse colostro não será o de melhor qualidade porque cada fazenda possui patógenos e características específicas. O descongelamento deve ser feito em banho-maria de 45-50ºC para evitar a desnaturação das imunoglobulinas, além de evitar queimar a bezerra.
Estômago do recém nascido: O abomaso é o principal estomago no momento do nascimento, o rumen ainda é afuncional, e ocorre a formação da goteira esofágica que permite a ligação do esofago-abomaso, permitindo que o leite não caia em outro compartimento estomacal. Dos 2m-5m inicia o desenvolvimento ruminal, o bezerro ainda mama contudo já começa a experimentar a ingestão de sólidos. Dos 6m (desmama) em diante o animal já é considerado um ruminante, não mama mais e obtem a limentação somente de sólidos.
Caso o leite caia no rumem: Ocorre perda de nutrientes além de fermentar, pode causar disturbios como timpanismo e diarréia.
Dieta liquida: Pode ser fornecido o colostro quando em excesso, leite de transição, leite não comercializável (mastite subclínica ou com Atbs), leite desnatado ou subprodutosdo leite, leite comercializável.
Objetivos da dieta liquida: Criar sadiamente as bezerras, crescimento adequado, rápido desenvolvimento ruminal.
Sistema de aleitamento: Pode ser feito de forma natural ou artificial, varia conforme o nv tecnológico e da raça da vaca, por exemplo a Jir necessita do bezerro para descer o leite. Deve ser feito o aleitamente 2-3x ao dia até o desmame.
4-) Condição corporal em bovinos de leite (thaler)
ECC: Serve para medir indiretamente a reserva de gordura, os valores variam de 1-5, possuindo intermediário 0,25 0,5 e 0,75. Um ponto dessa escala é semelhante a 56Kg em média (40-77Kg).
Efeito sanfona: Invariavélmente em bovinocultura de leite o efeito sanfona está presente, isso ocorre porque após o parto até uns 3m a vaca encontra-se em balanço energético negativo, gasta mais energia do que consegue consumir. Esse feito ocorre em TODAS as vavas independente do nível genético ou do destino de produção (corte/misto etc).
O que a perda de 1ponto no ECC representa, 417Mcal, para energia liquida de lactação, equivalente a 564Kg de leite a 4% de gordura, isso par auma vaca de 650Kg. Um kilo de gordura representa em média 7Kg de leite.
Abaixo tabela da pontuação relacionado com o momento da produção.
	Momento
	Ponto
	Variação
	Parto
	3,5
	3,25 – 4-
	Inicio lactação (+/- 70d)
	2,5
	2+ -- 3-
	Meio da lactação (70d-200d)
	3-
	2,5 – 3+
	Final da lactação
	3+
	3 – 3,5
	Novilha
	3
	3- -- 3+
Resumidamente o score varia de inicio na lactação 2,5, meio 2,75 e fim 3
Caso ocorram muita perda de score demora mais na reprodução. O ideal seria que não ocorre perdas, contudo é impossível.
4.1 Caracterização do escore corporal
Em vista lateral: Observa-se ileo, isquio, articulação coxo-femoral, apófise transversa
Em vista posterior: Ligamento sacral, ligamento inserção da cauda, ileo, isquio e articulação coxo-femoral
Abaixo tabela de caracterização de escore
	ECC
	Característica
	1
	Mto magra, sem reserva de gordura, pode ter redução de musculatura
	2
	Observa apófise trannversa em ¾
	2,25
	Apófise em ½
	2,5
	Gordura do isquio, contudo anguloso
	2,75
	Gordura do isquio, com contorno arredondado, ponta dos ileos angulosos
	3
	Ponta dos ileos começam a arredondar, angulo entre ileo, isquio e art. Coxo femoral em “V”
	3,25
	Angulo entre ileo, isquio e art coxo femoral em “U”, ligamento sacral/caudal sentível
	3,5
	Ligamento sacral/caudal parcialmente recoberto com gordura
	3,75
	Ligamento sacral/caudal fracamente sentível
5-) Manejo das Vacas leiteiras no pré-parto
5.1 Período Seco
	Hoje é discutivel a necessidade do periodo seco, dura aproximadamente 60 dias, em pesquisas já mostra-se pouca diferença produtiva se for realizado apenas 30d, isso ocorre porque devido a genética atual somado ao conhecimento de alimentação e fisiologia das vacas, elas tem chegado ao final da lactação com aproximadamente 30L de produção diária. Vacas que foram submetida ao não período de seco demonstraram menores chances de problemas metabólicos, isso porque ocorre menos variação alimentar, sendo que a alimentação durante o periodo seco é a de menor qualidade. Contudo, se reduzir a zero o periodo seco ocorre queda significante na produção leiteira.
	Deve-se reduzir o período seco somente nas condições onde as vacas já são adualtas com ECC de 3,5 e produção na secagem de 15kg/vaca/dia.
Protocolo de secagem (pode causar mastite)
Reduzir alimento dias antes da secagem, fazer teste para mastite clínica, ordenhar e esgotar, aplicar ATB intra-mamário, retirar animal do ambiente de ordenha, alimentação pobre durante 1-2w semanas, não ordenhar mais (mesmo que encha o ubera), observar diariamente, ordenhar somente em caso de dor, aumento de temperatura, vermelhidão, cuidar com a restrição de água não deve-se privar de água pq pode causar aborto.
5.2-) Fisiologia da Lactação
	1ª Fase de involução ativa
Ocorre da interrupção da ordenha até os 30d, inibição da sintese de leite, elevada morte de células epiteliais alveolares (principalmente durantes as 72h iniciais)
	2ª Fase de incolução constante
Possui duração indefinida, diminui o volume de fluido e peso da glandula mamária
	3ª Fase Colostrogênese
Inicia 15-20d antes do parte, regeneração e diferenciação celular do epitélio secretor
O período de transição se caracteriza por dois estágios o 1º período seco (menor requerimento nutritivo) que ainda sub-divide-se em inicio do periodo seco e periodo de transição pré-parto (3-4w antes) e o 2º período é o de transição pós-parto que vai até 2-3w pós parto. O maior requerimento nutricional está na transição pré-parto e na transição pós parto em diante
Problemas metabólicos/reprodutivos durante o periodo de transição
Paresia puerperal, cetose, figado gordo, deslocamento abomaso, distocia, retenção de placenta, mastite, ascitelaminitite.
Ascitelaminite: ocorre devido a problema de manejo no fornecimento de concentrado (excesso)
Deslocamento de abomaso: Ocorre quando não há adaptação alimentar no pré-parto, devido ao espaço físico que ocorre na saída do feto o abomaso pode deslocar e bloquear a passagem alimentar.
Prevenção de cetose e fígado gorduroso: O perigo da cetose subclínica é o de comer menos, quando em cetose clínica come menos ainda, a prevenção ocorre pela adaptação em dieta rica em grãos durante 3w no pré-parto com o fornecimento de 3-4Kg de concentrado ao dia, pode-se ainda lançar mão de aditivos como ionóforo, niacina, leveduras, precursores glucogenicos.
Prevenção de paresia puerperal: É a deficiencia aguda de Ca no pós-parto, pode-se utilizar de dieta anionica geralmente a alimentação normal é positiva o que reduz a absorção de Ca, contudo a dieta anionica promove o resultado de cargas negativas na alimentação promovendo leve acidose e causando maior absorção de Ca. Deve-se fornecer pasto de baixa qualidade ou silagem de milho ou soja. A dieta com baixo K promove pH urinário de 5,8 enquanto que se médio/alto promove ph próximo de 8, o ph urinário para a prevenção é proximo de 6. Busca-se manter o ECC entre 3,25-3,75, adaptar as vacas em dietas ricas em carboidratos sólidos com ph urinário no pré-parto de 6,2-6,8 (H) ou 5,8-6,4 (J), caso o pH seja menor que 5,7 reduz o consumo alimentar.
No pós-parto busca-se fornecer o que há de melhor par a vaca para rapidamente elevar o consumo alimentar para mais de3,5%PV, até o 7d a vaca consome 2,5%, até 14 2,9% e até o 21d 3,4%.
Se objetiva parir sem dificuldade, sem transtorno metabólico, aumento reprodução e consumo alimentar, aumentar o pico de produção de leite aos 60d.
Vacas gordas sofrem mais com o balanço energético negativo, além de demorar mais para a recuperação. As vacas gordas utilizam as reservas corporais mais cedo que vacas normais. Quando as vacas parem inicia a deficiencia energética e consequentemente ocorre aumento de CCs.

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