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MANDADO DE INJUNÇÃO A Constituição 1988 inseriu o Federal de Mandado de Injunção, o qual passou a ser visto como o grande instrumento de atuação cidadã perante o Judiciário, com a função de promover uma ligação direta entre o texto constitucional e a realidade concreta. A injunção permite ao tribunal coatar lesões a uma pessoa ou grupo de pessoas, ate que o problema possa de outra forma ser resolvido, ou ainda injunção pode evitar lesões definitivamente. A inexecução no comprimento de uma ordem de injunção acarreta revelia. Uma vez distribuída, a injunção pode ser anulada ou casada. O poder judiciário por meio da injunção deverá julgar por meio de equidade. Trata-se, o mandado de injunção, de uma ação constitucional que autoriza o juiz romper com a tradicional aplicação rígida de lei ao caso concreto para, de acordo com o pedido e ordenamento jurídico, construir uma solução satisfatória, de modo a concretizar o direito constitucional do impetrante. Segundo Jose Afonso Da Silva, o mandado de injunção constitui um remédio ou ação constitucional posto à disposição de quem se considerem titular de qualquer daqueles direitos, liberdades ou prerrogativas inviáveis por falta de norma regulamentadora exigida ou suposta pela constituição. A previsão do mandado de injunção, no ordenamento pátrio esta insculpida na Constituição Federal, no art.5° inciso LXXI. O mandado de injunção pode ter como sujeitos ativos (impetrantes), a pessoa individualmente situada, o grupo, a associação, o sindicato, etc. enfim, todas as pessoas referidas no capitulo I, pois o conjunto, é certo, deve prevalecer sobre o individual. O poder judiciário considera ordem de injunção, toda vez que, em razão da falta de norma jurídica, direito ou liberdade constitucional não possa ser fruído, exercido ou aproveitado pelo impetrante. Entende que o mandado de injunção não é um direito, e sim, uma garantia de direitos, tratando-se o mandado de injunção, de uma ação constitucional, é ele sem sobra de duvidas uma das garantias constitucionais postas à disposição de todos aqueles que têm o direito de usufruir direito constitucionais. LEGITIMIDADE ATIVA O mandado de injunção poderá ser proposto por qualquer pessoa física ou jurídica titular de direito previsto na Constituição, inerente à nacionalidade, soberania ou cidadania, que não possa ser exercido por falta de norma infraconstitucional regulamentadora. Terá legitimidade para propositura o titular do direito individual ou o sindicato ou associação que congregue interesses coletivos ou comuns. Tutela tanto direitos individuais, como coletivos. Mandado de injunção coletivo já foi deferido pelo Supremo Tribunal Federal. Por outro lado, nossa Suprema Corte não admitiu mandado de injunção proposto por pessoa jurídica de direito público, um município, solicitando a regulamentação de dispositivo constitucional que versa sobre compensação financeira entre os entes da federação, por entender que essa ação tem por finalidade atender situações que digam respeito a direitos fundamentais, como dignidade, liberdade e igualdade da pessoa humana e não qualquer outro direito previsto na Carta Magna que não possa ser exercido em razão da inércia legiferante. LEGITIMIDADE PASSIVA O mandado de injunção deverá ser proposto contra a pessoa ou órgão responsável pela omissão normativa que inviabilize a concretização do direito previsto na Constituição. Tratando-se de inércia legislativa, a ação terá como réu o próprio Poder Legislativo da respectiva esfera da federação. Tratando-se de projeto de lei que dependa de iniciativa reservada, seja do Presidente da República, ou de Tribunal, a medida deverá ser oferecida contra a autoridade ou o órgão que deixar de cumprir a obrigação constitucional. Considerando que somente aos entes públicos é imposto o dever constitucional de legislar ou expedir atos normativos, o Supremo Tribunal Federal não tem admitido que o mandado de injunção possa ser proposto contra particulares. Não há possibilidade de litisconsórcio passivo, seja necessário ou facultativo, entre particulares e autoridades públicas ou entes estatais. PRESSUPOSTO A concessão do mandado de injunção depende da existência de dois pressupostos. a) Existência de um direito previsto na Constituição inerente à nacionalidade, soberania e cidadania não autoaplicável, pois, Se for autoaplicável, a ausência de norma infraconstitucional que o regulamente não impede o seu exercício, não cabendo a ordem de injunção. b) Falta da norma infraconstitucional regulamentadora que inviabilize o exercício do direito previsto na Constituição. Trata-se da omissão normativa, a não elaboração do ato legislativo ou administrativo que possibilite ao cidadão o exercício do direito que lhe é reconhecido pela ordem constitucional. Entende-se por norma regulamentadora toda medida, legislativa ou administrativa, necessária para tornar efetivo um preceito previsto na Constituição. CATEGORIAS A finalidade do mandado de injunção é efetivar a nova norma constitucional que esteja na dependência de uma regulamentação por parte do legislador. A constituição prevê uma prerrogativa uma vantagem porem ela pede uma complementação legislativa, não surge e faz com que seja cabível o mandato de injunção. O mandato de injunção é um remédio destinado a efetivar as normas constitucionais de eficácia limitada, de acordo com o professor Jose Afonso da silva as normas constitucionais se dividem em três grandes categorias: CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA PLENA: São as normas que consagram direitos e vantagem prerrogativas que já podem ser desde logo exercido desde um momento que a constituição é promulgada, esse direito já são exercitáveis e já são normas executáveis. NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA CONTIDA: São as normas que consagra direitos porem esse direito já podem ser exercido desde logo, também são norma de eficácia plena, elas podem ser oportunamente reduzidos no seu âmbito de incidência. NORMAS DE EFICÁCIA LIMITADA É a norma prevista na constituição; que cria um direito um instituto uma prerrogativa porem esse direito não pode ser imediatamente exercido, fica na dependência de uma lei regulamentadora. LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 21° Ed. São Paulo: Saraiva, 2017. SILVA, José. Curso de Direito Constitucional Positivo, 32°. ed. São Paulo: Malheiros Editora, 2008.
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