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Aula 11: LEI DE CRIMES HEDIONDOS (LEI 8.072/90).

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Aula 11
Noções de Direito Penal p/ PRF - Policial - 2016 (com videoaulas)
Professor: Renan Araujo
 
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SUMÁRIO 
1. LEI DE CRIMES HEDIONDOS ........................................................................ 2 
1.1. Considerações iniciais .................................................................................. 2 
1.2. Anistia, graça e indulto ................................................................................. 4 
1.3. Fiança e Liberdade provisória ........................................................................ 4 
1.4. Regime de cumprimento da pena .................................................................. 5 
1.5. Suspensão condicional da pena em crimes hediondos (sursis) ........................... 6 
1.6. Penas restritivas de direitos e crimes hediondos .............................................. 7 
1.7. Recolhimento à prisão para apelar ................................................................. 7 
1.8. Outras disposições importantes ..................................................................... 7 
2. EXERCÍCIOS PARA PRATICAR .................................................................... 10 
3. EXERCÍCIOS COMENTADOS ....................................................................... 14 
4. GABARITO ................................................................................................. 26 
 
 
Olá, meu povo! 
 
Hoje vamos estudar a Lei de Crimes Hediondos. 
Muita atenção aos posicionamentos jurisprudenciais da aula de hoje, 
galera! Temos decisões bem recentes! 
Nossa aula já está atualizada de acordo com as recentes Leis 
13.104 e 13.142/15, que alteraram a Lei de crimes hediondos. 
Como esta é nossa última aula, desejo a todos uma excelente 
maratona de estudos! 
Prof. Renan Araujo 
Periscope: @profrenanaraujo 
AULA 11: LEI DE CRIMES HEDIONDOS (LEI 
8.072/90). 
 
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1. LEI DE CRIMES HEDIONDOS 
 
1.1. Considerações iniciais 
A lei 8.072/90 veio ao nosso ordenamento jurídico para regulamentar 
o que se pode denominar de CRIMES HEDIONDOS, que são aqueles 
crimes que causam repulsa maior na sociedade, ou seja, são os 
crimes mais graves em um determinado ordenamento jurídico-penal. 
A previsão de que devesse haver uma Lei que disciplinasse quais 
crimes seriam considerados hediondos consta na própria Constituição 
Federal de 1988. Vejamos o art. 5°, XLIII da CRFB/88: 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou 
anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o 
terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os 
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; 
 
Nesse sentido, a Lei 8.072/90 cumpriu o seu papel, e em seu art. 1° 
estabeleceu os crimes que são considerados HEDIONDOS. Vejamos: 
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no 
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, 
consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930, de 1994) 
I – homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de 
extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado 
(art. 121, § 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI e VII); (Redação dada pela 
Lei nº 13.142, de 2015) 
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão 
corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra 
autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, 
integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no 
exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, 
companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa 
condição; (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015) 
II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 
1994) 
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o); (Inciso incluído pela Lei 
nº 8.930, de 1994) 
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e 
§§ lo, 2o e 3o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) 
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); (Redação dada pela Lei nº 12.015, 
de 2009) 
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o); (Redação 
dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). (Inciso incluído pela Lei 
nº 8.930, de 1994) 
VII-A – (VETADO) (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998) 
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado 
a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, 
com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998). (Inciso 
incluído pela Lei nº 9.695, de 1998) 
 
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VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração 
sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, 
e §§ 1º e 2º). (Incluído pela Lei nº 12.978, de 2014) 
Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio 
previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro de 1956, 
tentado ou consumado. (Parágrafo incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) 
 
Assim, pode-se dizer que o Brasil adotou o chamado CRITÉRIO 
LEGAL, estabelecendo TAXATIVAMENTE quais crimes são 
hediondos, não havendo margem para ampliação deste rol por via 
interpretativa. 
Percebam que as Leis 13.104/151 e 13.142/15 alteraram a 
redação da Lei de Crimes Hediondos. A primeira incluiu o “inciso VI” do 
§2º do art. 121 do CP. O que isso significa? A Lei 13.104/15 criou a 
figura do feminicídio, que agora é considerado homicídio qualificado. 
Assim, por se tratar de homicídio qualificado, deveria constar no rol dos 
crimes hediondos, já que todos os demais casos de homicídio qualificado 
já figuravam na lista. 
A Lei 13.142/15, por sua vez, incluiu o inciso VII no §2º do art. 121 
do CP, criando também mais uma forma de homicídio qualificado 
(praticado contra agentes das forças armadas, de segurança pública e 
seus familiares, dentre outros). Assim, foi necessário alterar a Lei de 
Crimes Hediondos. 
Além disso, a Lei 13.142/15 incluiu o até então inexistente 
inciso “I-A” no art. 1º da Lei 8.072/90. Este novo inciso passou a 
considerar como hediondo o crime de lesão corporal gravíssima ou lesão 
corporal seguida de morte quando praticada contra agentes das forças 
armadas, de segurança pública e seus familiares, dentre outros, 
exatamente como ocorreu em relação ao homicídio. 
Além destes crimes chamados de hediondos, existem outros crimes 
que, embora não sejam considerados hediondos são denominados de 
EQUIPARADOS A HEDIONDOS, ou seja, recebem o mesmo tratamento 
dispensado aos crimes hediondos. São eles: 
! Tortura (Lei 9.455/97) 
! Tráfico ilícito de entorpecentes (Lei 11.343/06) 
! Terrorismo (Art. 20 da Lei 7.170/83) 
 
 
1 A Lei 13.104/15 não consta na transcrição do artigo porque, com a superveniência da 
Lei 13.142/15, a redação do inciso I passou a ser aquela dada por esta última Lei. 
 
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1.2. Anistia, graça e indulto 
Os crimes hediondos e os equiparados a hediondos são 
insuscetíveis de ANISTIA, GRAÇA E INDULTO. Vejamos o que dispõe 
o art. 2°, I da Lei: 
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de: 
I - anistia, graça e indulto; 
 
A anistia, a graça e o indulto são modalidades muito parecidas de 
extinção da punibilidade. Entretanto, não se confundem. 
A anistia exclui o próprio fato criminoso, ou seja, o Estado 
determina que as condutas praticadas (já praticadas, ou seja, fatos 
consumados) pelos agentes sejam “perdoadas”. A anistia pode ser 
concedida pelo Poder Legislativo, e pode ser conferida a qualquer 
momento (inclusive após a sentença penal condenatória transitada em 
julgado). 
Já a Graça e o indulto são bem mais semelhantes entre si, pois não 
excluem o FATO criminoso em si, mas apenas extinguem a 
punibilidade em relação a determinados agentes (podem ser 
todos), e só podem ser concedidos pelo Presidente da República. 
A Graça é conferida de maneira individual, e o indulto é conferido 
coletivamente (a um grupo que se encontre na mesma situação). 
A anistia só pode ser causa de extinção total da punibilidade (pois, 
como disse, exclui o próprio crime). Já a Graça e o indulto podem ser 
parciais. 
Todas as três modalidades de extinção da punibilidade estão 
VEDADAS para aqueles que cometem crimes hediondos e 
EQUIPARADOS. 
 
1.3. Fiança e Liberdade provisória 
Os crimes hediondos e equiparados também são insuscetíveis de 
FIANÇA, nos termos do art. 2°, II da Lei: 
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de: 
(...) 
II - fiança. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) 
 
Vejam, portanto, que a lei veda tão-somente a fiança, mas não veda 
a concessão de liberdade provisória. Entretanto, na redação original, 
previa-se que tanto a liberdade provisória quanto a fiança eram proibidas. 
No entanto, a Lei 11.464/07 alterou a redação original da Lei 
8.072/90, RETIRANDO A VEDAÇÃO DE CONCESSÃO DA LIBERDADE 
PROVISÓRIA, e dando fim a um impasse jurisprudencial acerca da 
 
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matéria, pois parcela da Jurisprudência entendia que a impossibilidade, 
por lei, de concessão da liberdade provisória, violava o direito do 
Magistrado de, no caso concreto, avaliar se a pessoa deveria ou não 
receber a liberdade provisória. 
 
1.4. Regime de cumprimento da pena 
Segundo a redação original da Lei 8.072/90, os apenados por crimes 
hediondos e equiparados deveriam cumprir a pena em regime 
INTEGRALMENTE FECHADO, sendo vedada qualquer progressão de 
regime. 
O STF, no entanto, passou a entender que isso seria inconstitucional, 
por VIOLAR O PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA na fase 
de execução. 
Como o STF passou a entender inconstitucional a vedação de 
progressão de regime, o Congresso editou a Lei 11.464/07, que, dentre 
outras coisas, estabeleceu um REGRAMENTO DIFERENCIADO DE 
PROGRESSÃO DE REGIME DE CUMPRIMENTO DE PENA, 
estabelecendo que o regime não será mais integralmente fechado, mas 
INICIALMENTE FECHADO. Vejamos o art. 2°, §§1° e 2° da Lei 
8.072/90: 
Art. 2º § 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida 
inicialmente em regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) 
§ 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos 
neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se 
o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente. (Redação 
dada pela Lei nº 11.464, de 2007) 
 
Assim, os apenados por crimes hediondos e assemelhados não 
progridem de regime a cada 1/6 de pena cumprida, como os demais 
presos, mas a cada 2/5 de pena cumprida (se primários) ou 3/5 de pena 
cumprida (se reincidentes). 
Contudo, posteriormente, o STF declarou a inconstitucionalidade 
da obrigatoriedade de regime INICIAL fechado para os 
condenados por crimes hediondos, de forma que, atualmente, embora 
os critérios para a progressão sejam diversos, o regime inicial deve ser 
fixado na forma do art. 33 do CP. O STJ seguiu a mesma linha.2 
Além disso, o STF entende, ainda, que se o crime foi praticado 
ANTES da entrada em vigor da Lei 11.464/07, não se aplicam ao 
2 (...) O Supremo Tribunal Federal, nos autos do HC n. 111.840/ES, reconheceu a 
inconstitucionalidade, de forma incidental, do § 1º, do art. 2º, da Lei n. 8.072/90, não 
sendo mais obrigatório o regime inicial fechado para os crimes hediondos. 
Agravo regimental desprovido. 
(AgRg no AREsp 521.849/MG, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 
07/05/2015, DJe 15/05/2015) 
 
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condenado as regras do art. 2º, §2º da Lei 8.072/90 (Progressão 
com 2/5 ou 3/5 de cumprimento da pena, se primário ou reincidente, 
respectivamente), devendo a progressão ser regida pelas regras 
aplicáveis aos crimes em geral. Ou seja, se o delito foi praticado antes da 
entrada em vigor da Lei 11.464/07, o condenado poderá progredir de 
regime após cumprido 1/6 da pena aplicada. 
O quadro abaixo ajudará na compreensão: 
 
 
Por fim, cabe ao Juízo da Execução Penal avaliar o cumprimento dos 
requisitos para a progressão de regime, em cada caso, DEVENDO 
observar a inconstitucionalidade declarada pelo STF, bem como 
PODENDO realizar exame criminológico. 
Isto consta na SÚMULA VINCULANTE nº 26 do STF: 
“Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime 
hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a 
inconstitucionalidade do art. 2º da Lei n. 8.072, de 25 de julho de 1990, 
sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos 
objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de 
modo fundamentado, a realização de exame criminológico.” 
 
 
1.5. Suspensão condicional da pena em crimes hediondos 
(sursis) 
O STF sempre se posicionou pela inaplicabilidade do sursis aos 
crimes hediondos, em razão da gravidade abstratamente considerada 
destes delitos. 
 
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No entanto, com o advento da Lei 11.464/07 e a possibilidade de 
progressão de regime, o posicionamento vem se alterando3, embora o 
STJ mantenha o entendimento pela vedação.4 
 
1.6. Penas restritivas de direitos e crimes hediondos 
Após o reconhecimento da inconstitucionalidade da obrigatoriedade 
do regime inicial fechado, bem como a declaração de 
inconstitucionalidade da vedação da conversão ao crime de tráfico de 
drogas, parece que o caminho adotado pelo STF é seguir na linha da 
possibilidade de substituição aos crimes hediondos, desde que 
presentes os demais requisitos do art. 44 do CP. 
 
1.7. Recolhimento à prisão para apelar 
O art. 2°, §3° da Lei 8.072/90 determina que o Juiz, na sentença, 
decidirá de maneira fundamentada se o réu poderá apelar em Liberdade. 
Vejamos: 
§ 3o Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente 
se o réu poderá apelar em liberdade. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 
2007) 
 
A Doutrina e a jurisprudência majoritárias vêm entendendo que o 
Juiz deve analisar se estão presentes os requisitos que autorizam 
a decretação da prisão preventiva. Caso contrário, não será possíveldeterminar seu recolhimento à prisão para apelar, pois toda e qualquer 
prisão antes da condenação é considerada cautelar, de forma que devem 
estar presentes os requisitos da cautelaridade. 
 
1.8. Outras disposições importantes 
Estabelece o §4° do art. 2° um prazo diferenciado para PRISÃO 
TEMPORÁRIA quando decretada no bojo de investigação policial acerca 
de crime hediondo. Nessas hipóteses, o prazo será de 30 dias, 
prorrogáveis por mais 30 dias, num total de 60 DIAS DE PRISÃO. 
Vejamos: 
Art. 2º (...) § 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 
21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 
30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e 
comprovada necessidade. (Incluído pela Lei nº 11.464, de 2007) 
 
3 HC 86698 
4 Ver, por todos: (REsp 1264745/RJ, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, 
Rel. p/ Acórdão Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 
25/03/2014, DJe 02/06/2014) 
 
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Segundo o art. 3°, os apenados por crimes hediondos e 
assemelhados, quando considerados de alta periculosidade, devem 
cumprir pena em ESTABELECIMENTOS DE SEGURANÇA MÁXIMA: 
Art. 3º A União manterá estabelecimentos penais, de segurança máxima, 
destinados ao cumprimento de penas impostas a condenados de alta 
periculosidade, cuja permanência em presídios estaduais ponha em risco a 
ordem ou incolumidade pública. 
 
A concessão de LIVRAMENTO CONDICIONAL é PERMITIDA, mas, 
além dos requisitos previstos para os demais crimes, exige-se, ainda: 
! Que o réu tenha cumprido mais de 2/3 da pena 
! Não seja reincidente específico (não seja reincidente em 
crime HEDIONDO) 
 
Vejamos a redação do art. 83, V do CP, conferida pela Lei 8.072/90: 
Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena 
privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que: (Redação 
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
(...) 
V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por 
crime hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas 
afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em 
crimes dessa natureza. (Incluído pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990) 
 
CUIDADO! Não se admite o livramento condicional para os 
reincidentes específicos em crimes hediondos, por força do art. 83, 
V do CP. 
Contudo, houve, e ainda há, certa discussão doutrinária a respeito da 
suposta “revogação” dessa proibição, em razão da alteração legislativa 
que permitiu a progressão de regime para crimes hediondos. Sustentou-
se que, portanto, não havia mais sentido em manter-se a proibição ao 
livramento condicional. 
O STJ, contudo, rechaçou a tese e entende que o art. 83, V, que veda o 
livramento condicional para reincidentes específicos em crimes 
hediondos, continua vigorando: 
(...) I- O Código Penal não admite a concessão do 
livramento condicional ao reincidente específico em 
crimes hediondos ou equiparados (art.83, V, do CP), sendo 
a vedação particularmente reiterada na legislação especial de 
tóxicos, que dispõe (art. 44 da Lei n.11.343/06) não ser 
possível sua concessão ao reincidente específico em tráfico de 
entorpecentes. 
II- A proibição legal não foi revogada pela Lei n. 
11.464/2007, que apenas modificou as hipóteses de 
concessão da progressão de regime e o prazo de prisão 
 
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temporária, no que se refere aos crimes hediondos. 
III- Agravo improvido. 
(AgRg no RHC 38.542/DF, Rel. Ministra REGINA HELENA 
COSTA, QUINTA TURMA, julgado em 10/12/2013, DJe 
13/12/2013) 
Assim, resumidamente: 
CRIMES HEDIONDOS: 
• Cabe livramento condicional, após 2/3 de cumprimento da 
pena 
• Não cabe para reincidentes específicos em crimes hediondos 
 
Por fim, o art. 288 do CP estabelece o crime de ASSOCIAÇÃO 
CRIMINOSA, e prevê determinada pena. No entanto, se esta 
associação criminosa tiver como finalidade a prática de crimes 
hediondos, a pena será maior que a prevista nos demais casos. Vejamos 
o art. 8° da Lei 8.072/90: 
Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do 
Código Penal, quando se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, 
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou terrorismo. 
 
Entretanto, esse dispositivo NÃO SE APLICA AO CRIME DE 
TRÁFICO DE ENTORPECENTES, que, embora ASSEMELHADO A 
HEDIONDO, possui REGRA PRÓPRIA, nos arts. 35 e 36 da Lei 11.343/06.5 
A Lei 8.072/90 prevê, ainda, a chamada DELAÇÃO PREMIADA. 
Assim, caso o delito seja praticado por mais de uma pessoa, se um dos 
participantes denunciar os demais, possibilitando seu desmantelamento, 
terá a pena reduzida.6 
Por fim, vale ressaltar que o art. 9º da Lei, que prevê o aumento 
de pena para diversos delitos, PERDEU sua aplicacabilidade, eis 
que o art. 224 do CP fora revogado, de maneira que não existem mais as 
5 Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou 
não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei: 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 
(mil e duzentos) dias-multa. 
Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para 
a prática reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei. 
Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, 
caput e § 1o, e 34 desta Lei: 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento de 1.500 (mil e quinhentos) 
a 4.000 (quatro mil) dias-multa. 
6 Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou 
quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois 
terços. 
 
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“hipóteses do art. 224”, fazendo com que o referido art. 9º não seja mais 
aplicável. 
 
Bons estudos! 
Prof. Renan Araujo 
 
 
2. EXERCÍCIOS PARA PRATICAR 
 
01. (CESPE - 2011 - PC-ES - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - 
ESPECÍFICOS) 
É irrelevante a existência, ou não, de fundamentação cautelar para a 
prisão em flagrante por crimes hediondos ou equiparados. 
 
02. (CESPE - 2009 - SEJUS-ES - AGENTE PENITENCIÁRIO) 
De acordo com a Lei n.º 8.072/1990, são crimes hediondos, entre 
outros, o latrocínio, a extorsão mediante sequestro, a tortura, o tráfico 
ilícito de drogas e o estupro. 
 
03. (CESPE - 2008 - STJ - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA 
JUDICIÁRIA) 
De acordo com a nova redação da Lei dos Crimes Hediondos, a pena 
será sempre cumprida em regime inicialmente fechado, cabendo a 
progressão de regime após o cumprimento de dois quintos da pena, se o 
apenado for primário. 
 
04. (CESPE - 2004 - POLÍCIA FEDERAL - AGENTE FEDERAL DA 
POLÍCIA FEDERAL - NACIONAL) 
Adriano é chefe de uma quadrilha que seqüestrou um famoso artista e 
libertou-o vivo e sem qualquer ferimento, após o pagamento do resgate. 
Na situação descrita, Adriano praticou crime hediondo, pois extorsão 
mediante seqüestro é crime hediondo mesmo quando não qualificada por 
lesão corporal ou morte do seqüestrado. 
 
05. (CESPE - 2008 - TJ-DF - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA 
JUDICIÁRIA) 
 
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A pena por crime hediondo deve ser cumprida em regime inicialmente 
fechado, podendo o condenado progredir de regime após o cumprimento 
de dois quintos da pena, se for primário, e de três quintos da pena, se 
for reincidente. 
 
06. (CESPE - 2008 - TJ-DF - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA 
JUDICIÁRIA) 
O crime de homicídio é considerado hediondo quando praticado em 
atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só 
agente, e quando for qualificado. 
 
07. (CESPE – 2011 – PC/ES – ESCRIVÃO DE POLÍCIA) 
São considerados hediondos os crimes de estupro e atentado violento ao 
pudor praticados com violência presumida. 
 
08. (CESPE – 2010 – DPE/BA – DEFENSOR PÚBLICO) 
A causa especial de aumento de pena prevista na lei de crimes hediondos, 
com acréscimo de metade da pena, respeitado o limite superior de trinta 
anos de reclusão, foi revogada em relação ao crime de estupro de 
vulnerável. 
 
09. (CESPE – 2010 – TCE/BA – PROCURADOR) 
Considere que José, réu em diversas ações penais em andamento no 
momento da condenação, tenha sido condenado por crime hediondo - Lei 
n.º 8.072/1990 e alterações - à pena definitiva de nove anos de reclusão 
em regime fechado e multa. Nessa situação hipotética, considerada a 
simples hediondez do delito em questão, de acordo com jurisprudência 
prevalecente no STJ e no STF, os processos penais em andamento devem 
ser considerados maus antecedentes para fins de fixação da pena-base 
acima do mínimo legal, independentemente de fundamentação específica 
pelo juízo da condenação. 
 
10. (CESPE – 2008 – OAB/SP – EXAME DE ORDEM – 3º EXAME 
UNIFICADO) 
Assinale a opção correta no que concerne à legislação acerca de crimes 
hediondos. 
a) A nova Lei dos Crimes Hediondos prevê, como requisito objetivo para a 
progressão de regime, o cumprimento de um sexto da pena caso o réu 
seja primário. 
b) Em caso de sentença condenatória, o réu não poderá apelar em 
liberdade, haja vista a gravidade dos crimes elencados na referida 
legislação. 
 
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c) É previsto, para a prisão temporária, nos crimes hediondos, o prazo, 
improrrogável, de trinta dias. 
d) A nova Lei dos Crimes Hediondos afasta a obrigatoriedade de 
cumprimento de pena em regime integralmente fechado. 
 
11. (CESPE – 2013 – DEPEN – AGENTE PENITENCIÁRIO) 
Considere que um indivíduo, reincidente, seja condenado, 
definitivamente, a quinze anos de reclusão em regime inicial fechado, 
devido à prática de crime hediondo. Nessa situação, é correto afirmar que 
esse indivíduo somente progredirá de regime do cumprimento da pena 
após cumprir nove anos de reclusão. 
 
12. (CESPE – 2013 – DPE-DF – DEFENSOR PÚBLICO) 
Com relação aos crimes hediondos e ao tráfico ilícito de entorpecentes, 
julgue os próximos itens 
Conforme a mais recente jurisprudência do STF, os condenados por 
crimes hediondos praticados antes da entrada em vigor da Lei n.º 
11.464/2007 podem pleitear a progressão de regime após o cumprimento 
de apenas um sexto da pena aplicada. 
 
13. (CESPE – 2013 – PC-BA – DELEGADO) 
O indivíduo penalmente imputável condenado à pena privativa de 
liberdade de vinte e três anos de reclusão pela prática do crime de 
extorsão seguido de morte poderá ser beneficiado, no decorrer da 
execução da pena, pela progressão de regime após o cumprimento de 
dois quintos da pena, se for réu primário, ou de três quintos, se 
reincidente. 
 
14. (CESPE – 2013 – CNJ – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA 
JUDICIÁRIA) 
Recentemente, ocorreu a inclusão do crime de corrupção ativa no rol dos 
delitos hediondos, fato que, entre outros efeitos, tornou esse crime 
inafiançável e determinou que o início do cumprimento da pena ocorra em 
regime fechado. 
 
15. (CESPE – 2014 – TJ/SE - ANALISTA) 
Julgue os itens subsecutivos, acerca de crime e aplicação de penas. 
Considere que um indivíduo tenha sido condenado por crime hediondo. 
Nesse caso, para que possa requerer progressão de regime de pena, esse 
indivíduo deve cumprir dois quintos da pena que lhe foi imputada, se for 
primário, e três quintos dessa pena, se for reincidente. 
 
 
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16. (CESPE – 2014 – TJ/CE – AJAJ - ADAPTADA) 
A respeito dos crimes contra o patrimônio, dos crimes contra a fé pública, 
da Lei de Crimes Hediondos, da Lei Maria da Penha e da Lei Antidrogas, 
assinale a opção correta. 
Um réu reincidente, condenado à pena de dez anos de reclusão em 
regime fechado pelo crime de estupro simples, somente poderá progredir 
de regime depois de cumpridos seis anos de pena. 
 
17. (CESPE – 2013 – SEGESP-AL – PAPILOSCOPISTA) 
Julgue os itens a seguir, acerca de crimes contra a administração pública, 
crimes hediondos e crimes contra a pessoa. 
É vedada a concessão de fiança à pessoa plenamente capaz que cometer 
homicídio simples, por ser considerado crime hediondo, e a pena a ser 
aplicada nesse caso será cumprida no regime inicialmente fechado. 
 
18. (CESPE – 2013 – PRF – POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) 
Considera-se crime hediondo o homicídio culposo na condução de veículo 
automotor, quando comprovada a embriaguez do condutor. 
 
19. (CESPE – 2010 – TCE-BA – PROCURADOR) 
De acordo com súmula vinculante editada pelo STF, a necessidade de 
realização de exame criminológico para fins de progressão de regime no 
cumprimento de pena por crime hediondo é decorrência automática do 
reconhecimento da inconstitucionalidade do dispositivo legal que vedaria 
a progressão do regime prisional do art. 2.º da Lei n.º 8.072/1990. 
 
20. (CESPE – 2010 – MPU – TÉCNICO) 
Constitui crime hediondo a adulteração de produto destinado a fins 
terapêuticos ou medicinais. 
 
21. (CESPE – 2015 – DPU – DEFENSOR PÚBLICO) 
Gerson, com vinte e um anos de idade, e Gilson, com dezesseis anos de 
idade, foram presos em flagrante pela prática de crime. Após regular 
tramitação de processo nos juízos competentes, Gerson foi condenado 
pela prática de extorsão mediante sequestro e Gilson, por cometimento 
de infração análoga a esse crime. 
Com relação a essa situação hipotética, julgue os próximos itens. 
Conforme entendimento dos tribunais superiores, tendo sido condenado 
pela prática de crime hediondo, Gerson deverá ser submetido ao exame 
criminológico para ter direito à progressão de regime. 
 
 
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22. (CESPE - 2015 - TJDFT - OFICIAL DE JUSTIÇA) 
A respeito dos crimes hediondos, julgue o item que se segue. 
O crime de lesão corporal dolosa de natureza gravíssima é hediondo 
quando praticado contra cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo 
de até terceiro grau, de agente da Polícia Rodoviária Federal e integrante 
do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, em razão 
dessa condição. 
 
23. (CESPE – 2016 – TJDFT – JUIZ) 
Com fundamento na Lei n.º 11.464/2007, que modificou a Lei n.º 
8.072/1990 (Lei dos Crimes Hediondos), assinale a opção correta acerca 
dos requisitos objetivos para fins de progressão de regime prisional. 
a) O regime integral fechado poderá ser aplicado no caso de prática de 
crime de tráfico internacional de drogas, em que, devido à hediondez da 
conduta, que atinge população de mais de um país, o réu não poderá ser 
beneficiado com a progressão deregime prisional. 
b) Como exceção à regra prevista na legislação de regência, a progressão 
de regime prisional é vedada ao condenado, que deve cumprir regime 
integral fechado, pela prática de crime de epidemia de que resulte morte 
de vítimas. 
c) Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos 
antes da vigência da Lei n.º 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no 
artigo 112 da Lei de Execução Penal para a progressão de regime, que 
estabelece o cumprimento de um sexto da pena no regime anterior. 
d) A Lei dos Crimes Hediondos é especial e possui regra própria quanto 
aos requisitos objetivos para a progressão de regime prisional, devendo 
seus atuais parâmetros ser aplicados, independentemente de o crime ter 
sido praticado antes ou depois da vigência da Lei n.º 11.464/2007, com 
base no princípio da especialidade. 
e) Os requisitos objetivos da Lei n.º 11.464/2007 devem ser aplicados 
para fins de progressão de regime prisional, pelo fato de essa lei ser mais 
benéfica que a lei anterior, que vedava a progressão de regime. 
 
3. EXERCÍCIOS COMENTADOS 
 
01. (CESPE - 2011 - PC-ES - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - 
ESPECÍFICOS) 
É irrelevante a existência, ou não, de fundamentação cautelar 
para a prisão em flagrante por crimes hediondos ou equiparados. 
 
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COMENTÁRIOS: Toda prisão em flagrante é uma prisão realizada 
administrativamente, e não judicialmente, de forma que não é 
necessária fundamentação cautelar. 
No entanto, para a manutenção da prisão seria necessária a decretação 
da prisão preventiva, caso presentes os requisitos, de forma que, nesse 
caso, deveria haver fundamentação cautelar idônea. 
Portanto, A AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
02. (CESPE - 2009 - SEJUS-ES - AGENTE PENITENCIÁRIO) 
De acordo com a Lei n.º 8.072/1990, são crimes hediondos, entre 
outros, o latrocínio, a extorsão mediante sequestro, a tortura, o 
tráfico ilícito de drogas e o estupro. 
COMENTÁRIOS: A questão está errada, pois os crimes de tortura e 
tráfico ilícito de drogas são EQUIPARADOS A HEDIONDOS. Vejamos a 
redação do art. 2° da Lei 8.072/90: 
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de: 
Portanto, vemos que, embora assemelhados a hediondos, não são 
propriamente hediondos. 
ASSIM, A AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA. 
 
03. (CESPE - 2008 - STJ - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA 
JUDICIÁRIA) 
De acordo com a nova redação da Lei dos Crimes Hediondos, a 
pena será sempre cumprida em regime inicialmente fechado, 
cabendo a progressão de regime após o cumprimento de dois 
quintos da pena, se o apenado for primário. 
COMENTÁRIOS: Com o advento da Lei 11.464/07, passou-se a admitir a 
progressão de regime para os apenados por crimes hediondos e 
assemelhados, devendo estes cumprir 2/5 da pena, no caso de primários, 
e 3/5, no caso de serem reincidentes. Vejamos a nova redação do art. 2°, 
§2° da Lei 8.072/90: 
§ 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos 
neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se 
o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente. (Redação dada 
pela Lei nº 11.464, de 2007) 
Assim, o regime será inicialmente fechado, mas admitida a progressão 
de regime. Vejamos o art. 2°, §1° da Lei: 
§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em 
regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) 
Contudo, o STF declarou a inconstitucionalidade da 
OBRIGATORIEDADE do regime inicial fechado. 
PORTANTO, A AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA (PARCIALMENTE 
DESATUALIZADA). 
 
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04. (CESPE - 2004 - POLÍCIA FEDERAL - AGENTE FEDERAL DA 
POLÍCIA FEDERAL - NACIONAL) 
Adriano é chefe de uma quadrilha que seqüestrou um famoso 
artista e libertou-o vivo e sem qualquer ferimento, após o 
pagamento do resgate. Na situação descrita, Adriano praticou 
crime hediondo, pois extorsão mediante seqüestro é crime 
hediondo mesmo quando não qualificada por lesão corporal ou 
morte do seqüestrado. 
COMENTÁRIOS: A extorsão mediante sequestro é sempre crime 
hediondo, seja na forma simples ou qualificada, conforme podemos 
analisar do art.1°, IV da Lei 8.072/90: 
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no 
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou 
tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930, de 1994) 
(...) 
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e 
§§ lo, 2o e 3o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) 
PORTANTO, A AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
05. (CESPE - 2008 - TJ-DF - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA 
JUDICIÁRIA) 
A pena por crime hediondo deve ser cumprida em regime 
inicialmente fechado, podendo o condenado progredir de regime 
após o cumprimento de dois quintos da pena, se for primário, e 
de três quintos da pena, se for reincidente. 
COMENTÁRIOS: Com o advento da Lei 11.464/07, passou-se a admitir a 
progressão de regime para os apenados por crimes hediondos e 
assemelhados, devendo estes cumprir 2/5 da pena, no caso de primários, 
e 3/5, no caso de serem reincidentes. Vejamos a nova redação do art. 2°, 
§2° da Lei 8.072/90: 
§ 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos 
neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se 
o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente. (Redação dada 
pela Lei nº 11.464, de 2007) 
Assim, o regime será inicialmente fechado, mas admitida a progressão de 
regime. Vejamos o art. 2°, §1° da Lei: 
§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em 
regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) 
Contudo, o STF declarou a inconstitucionalidade da 
OBRIGATORIEDADE do regime inicial fechado. 
PORTANTO, A AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA (PARCIALMENTE 
DESATUALIZADA). 
 
 
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06. (CESPE - 2008 - TJ-DF - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA 
JUDICIÁRIA) 
O crime de homicídio é considerado hediondo quando praticado 
em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido 
por um só agente, e quando for qualificado. 
COMENTÁRIOS: Vejamos a redação do art. 1°, I da Lei 8.072/90: 
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no 
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, 
consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930, de 1994) 
I – homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de 
extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado 
(art. 121, § 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI e VII); (Redação dada pela 
Lei nº 13.142, de 2015) 
Vemos, portanto, que se trata da redação literal do dispositivo legal. 
PORTANTO, A AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
07. (CESPE – 2011 – PC/ES – ESCRIVÃO DE POLÍCIA) 
São considerados hediondos os crimes de estupro e atentado 
violento ao pudor praticados com violência presumida. 
COMENTÁRIOS: O crime de atentado violento ao pudor fora abolido 
FORMALMENTE em 2009, mas não deixou de ser crime, pois a conduta 
descrita como AVP passou a integrar o tipo do ESTUPRO (art. 213 do CP), 
de forma que temos o que se chama de continuidade típico-normativa. 
Bom, com relação à questão propriamente,por ter sido aplicada em 
2011, é estranha, na medida em que, como disse, atualmente só existe 
estupro e não mais atentado violento ao pudor, embora a conduta do AVP 
tenha sido absorvida pelo estupro. 
Com relação à hediondez, de fato, o crime de estupro (e a conduta de 
AVP, hoje integrante do estupro) também é hediondo se praticado na 
forma presumida, nos termos do art. 1º, V e VI do da Lei 8.072/90: 
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no 
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, 
consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930, de 1994) 
(...) 
V - estupro (art. 213 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo 
único); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) 
VI - atentado violento ao pudor (art. 214 e sua combinação com o art. 223, 
caput e parágrafo único); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) 
Portanto, a afirmativa está CORRETA. 
 
08. (CESPE – 2010 – DPE/BA – DEFENSOR PÚBLICO) 
A causa especial de aumento de pena prevista na lei de crimes 
hediondos, com acréscimo de metade da pena, respeitado o limite 
superior de trinta anos de reclusão, foi revogada em relação ao 
crime de estupro de vulnerável. 
 
!∀#∃∀%& (∃)∗+ , (#− ./0123
(&+∀4∀∗+ #&!&5∀6#∀& −∃!∃#∗+
%789:; 7 7<79=>=:8? =8≅7ΑΒ;Χ8?
(98∆Ε #7Α;Α ∗9;ΦΓ8 , ∗ΦΗ; 11
(98∆Ε#7Α;Α ∗9;ΦΓ8 ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ ∀#∃%&∋ 18 () 23
COMENTÁRIOS: Nos termos do 9º da Lei dos Crimes Hediondos, as 
penas dos crimes de estupro e atentado violento ao pudor são acrescidas 
de metade, estando a vítima em qualquer das hipóteses referidas no 
artigo 224 do Código Penal. 
No entanto, o art. 224 do CP fora revogado, e as hipóteses ali 
contempladas passaram a ser elementos constitutivos do crime de 
estupro de vulnerável, não mais podendo caracterizar, ao mesmo tempo, 
causas de aumento de pena desse mesmo delito, sob pena de "bis in 
idem", o que é vedado. 
Também não será aplicável ao artigo 213 o aumento do artigo 9º da Lei 
8072/90, pois para a caracterização do crime de estupro a vítima não 
pode estar em nenhuma das hipóteses do antigo 224 do CP, pois, se 
estiver, o crime agora será o do artigo 217-A. 
Portanto, constata-se que HOUVE RVOGAÇÃO PARCIAL DO ART. 9º 
DA LEI 8.072/90, EM RELAÇÃO AO ESTUPRO DE VULNERÁVEL. 
Assim, a afirmativa está CORRETA. 
 
09. (CESPE – 2010 – TCE/BA – PROCURADOR) 
Considere que José, réu em diversas ações penais em andamento 
no momento da condenação, tenha sido condenado por crime 
hediondo - Lei n.º 8.072/1990 e alterações - à pena definitiva de 
nove anos de reclusão em regime fechado e multa. Nessa situação 
hipotética, considerada a simples hediondez do delito em questão, 
de acordo com jurisprudência prevalecente no STJ e no STF, os 
processos penais em andamento devem ser considerados maus 
antecedentes para fins de fixação da pena-base acima do mínimo 
legal, independentemente de fundamentação específica pelo juízo 
da condenação. 
COMENTÁRIOS: O STJ e o STF entendem que a simples hediondez do 
delito não são suficientes para autorizar que processos em curso e 
inquéritos policiais abertos sejam usados como maus-antecedentes. 
Vejamos a súmula 444 do STJ: 
Súmula n.º 444 de 13/05/2010: 
"É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso 
para agravar a pena-base". 
Portanto, a afirmativa está ERRADA. 
 
10. (CESPE – 2008 – OAB/SP – EXAME DE ORDEM – 3º EXAME 
UNIFICADO) 
Assinale a opção correta no que concerne à legislação acerca de 
crimes hediondos. 
 
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a) A nova Lei dos Crimes Hediondos prevê, como requisito 
objetivo para a progressão de regime, o cumprimento de um sexto 
da pena caso o réu seja primário. 
b) Em caso de sentença condenatória, o réu não poderá apelar em 
liberdade, haja vista a gravidade dos crimes elencados na referida 
legislação. 
c) É previsto, para a prisão temporária, nos crimes hediondos, o 
prazo, improrrogável, de trinta dias. 
d) A nova Lei dos Crimes Hediondos afasta a obrigatoriedade de 
cumprimento de pena em regime integralmente fechado. 
COMENTÁRIOS: Com o advento da Lei 11.464/07, passou-se a admitir a 
progressão de regime para os apenados por crimes hediondos e 
assemelhados, devendo estes cumprir 2/5 da pena, no caso de primários, 
e 3/5, no caso de serem reincidentes. Vejamos a nova redação do art. 2°, 
§2° da Lei 8.072/90: 
§ 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos 
neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se 
o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente. (Redação 
dada pela Lei nº 11.464, de 2007) 
Assim, o regime, nos termos da lei, será inicialmente fechado, mas 
admitida a progressão de regime. Vejamos o art. 2°, §1° da Lei: 
§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em 
regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) 
Porém, o STF declarou a inconstitucionalidade da 
OBRIGATORIEDADE do regime inicial fechado. 
Portanto, a alternativa CORRETA É A LETRA D. 
 
11. (CESPE – 2013 – DEPEN – AGENTE PENITENCIÁRIO) 
Considere que um indivíduo, reincidente, seja condenado, 
definitivamente, a quinze anos de reclusão em regime inicial 
fechado, devido à prática de crime hediondo. Nessa situação, é 
correto afirmar que esse indivíduo somente progredirá de regime 
do cumprimento da pena após cumprir nove anos de reclusão. 
COMENTÁRIOS: No caso de reincidência o condenado somente poderá 
obter a progressão de regime após cumpridos 3/5 da pena. Isso está 
previsto no art. 2º, §2º da Lei 8.072/90: 
Art. 2º (...) 
§ 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos 
neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se 
o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente. (Redação 
dada pela Lei nº 11.464, de 2007) 
Ora, como o agente foi condenado a 15 anos de privação da liberdade, 
somente poderá progredir após cumpridos 09 anos de pena (equivalente 
a 3/5 de 15 anos). 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
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12. (CESPE – 2013 – DPE-DF – DEFENSOR PÚBLICO) 
Com relação aos crimes hediondos e ao tráfico ilícito de 
entorpecentes, julgue os próximos itens 
Conforme a mais recente jurisprudência do STF, os condenados 
por crimes hediondos praticados antes da entrada em vigor da Lei 
n.º 11.464/2007 podem pleitear a progressão de regime após o 
cumprimento de apenas um sexto da pena aplicada. 
COMENTÁRIOS: O STF, de fato, passou a entender, em 2006, que a 
vedação à progressão de regime para os crime hediondos era 
inconstitucional. O Poder Legislativo, assim, editou a Lei 11.464/07, 
criando um sistema próprio de progressão de regime para estes crimes 
(2/5 do cumprimento da pena se o réu for primário e 3/5 se o réu for 
reincidente em crime hediondo). Vejamos: 
Art. 2º (...) 
§ 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos 
neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se 
o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente. (Redação 
dada pela Lei nº 11.464, de 2007) 
Contudo, o STF entende que este dispositivo só se aplica àqueles que 
praticaram o delito após a entrada em vigor da Lei 11.464/07. Para os 
que praticaram o crime antes desta lei, deve ser aplicada a regra geral 
prevista para a progressão de regime em relação a qualquer delito 
(cumprimento de 1/6 da pena, no mínimo).Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
13. (CESPE – 2013 – PC-BA – DELEGADO) 
O indivíduo penalmente imputável condenado à pena privativa de 
liberdade de vinte e três anos de reclusão pela prática do crime de 
extorsão seguido de morte poderá ser beneficiado, no decorrer da 
execução da pena, pela progressão de regime após o cumprimento 
de dois quintos da pena, se for réu primário, ou de três quintos, se 
reincidente. 
COMENTÁRIOS: O crime de extorsão seguido de morte é considerado 
hediondo, nos termos do art. 1º, III da Lei 8.072/90. Vejamos: 
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no 
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, 
consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930, de 1994) (Vide 
Lei nº 7.210, de 1984) 
(...) 
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o); (Inciso incluído pela Lei 
nº 8.930, de 1994) 
Nesse caso, deve ser aplicada a regra do §2º do art. 2º da Lei 8.072/90 
no que se refere à progressão de regime: 
Art. 2º (...) 
 
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§ 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos 
neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se 
o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente. (Redação 
dada pela Lei nº 11.464, de 2007) 
Apenas uma observação que faço: Considerando o entendimento do STF, 
se o crime foi cometido ANTES da Lei 11.464/07, o agente poderá 
progredir com o cumprimento de apenas 1/6 da pena. A questão não 
chega a estar errada, pois ela dá entender que estamos falando de 
alguém que pratica o delito neste momento. Fica só o registro! 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
14. (CESPE – 2013 – CNJ – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA 
JUDICIÁRIA) 
Recentemente, ocorreu a inclusão do crime de corrupção ativa no 
rol dos delitos hediondos, fato que, entre outros efeitos, tornou 
esse crime inafiançável e determinou que o início do cumprimento 
da pena ocorra em regime fechado. 
COMENTÁRIOS: O item está errado por dois motivos. Primeiro porque o 
crime de corrupção ativa não integra o rol dos crimes hediondos. 
Vejamos: 
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no 
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, 
consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930, de 1994) (Vide 
Lei nº 7.210, de 1984) 
I – homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de 
extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado 
(art. 121, § 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI e VII); (Redação dada pela 
Lei nº 13.142, de 2015) 
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão 
corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra 
autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, 
integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no 
exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, 
companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa 
condição; (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 
1994) 
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o); (Inciso incluído pela Lei 
nº 8.930, de 1994) 
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e 
§§ lo, 2o e 3o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) 
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); (Redação dada pela Lei nº 
12.015, de 2009) 
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o); (Redação 
dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). (Inciso incluído pela Lei 
nº 8.930, de 1994) 
VII-A – (VETADO) (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998) 
 
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VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado 
a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, 
com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998). (Inciso 
incluído pela Lei nº 9.695, de 1998) 
Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio 
previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro de 1956, 
tentado ou consumado. (Parágrafo incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) 
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual 
de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 
2º). (Incluído pela Lei nº 12.978, de 2014) 
 
Em segundo lugar, o item está errado porque o STF passou a entender 
que a obrigatoriedade do regime inicial fechado (prevista no art. 2º, §1º 
da Lei 8.072/90) é inconstitucional. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA. 
 
15. (CESPE – 2014 – TJ/SE - ANALISTA) 
Julgue os itens subsecutivos, acerca de crime e aplicação de 
penas. 
Considere que um indivíduo tenha sido condenado por crime 
hediondo. Nesse caso, para que possa requerer progressão de 
regime de pena, esse indivíduo deve cumprir dois quintos da pena 
que lhe foi imputada, se for primário, e três quintos dessa pena, 
se for reincidente. 
COMENTÁRIOS: Item correto, pois esta é a exata previsão do art. 2º, 
§2º da Lei 8.072/90: 
Art. 2º (...) 
§ 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos 
neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se 
o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente. (Redação 
dada pela Lei nº 11.464, de 2007) 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
16. (CESPE – 2014 – TJ/CE – AJAJ - ADAPTADA) 
A respeito dos crimes contra o patrimônio, dos crimes contra a fé 
pública, da Lei de Crimes Hediondos, da Lei Maria da Penha e da 
Lei Antidrogas, assinale a opção correta. 
Um réu reincidente, condenado à pena de dez anos de reclusão em 
regime fechado pelo crime de estupro simples, somente poderá 
progredir de regime depois de cumpridos seis anos de pena. 
COMENTÁRIOS: O item está correto, pois o crime de estupro é 
considerado hediondo e os condenados por crimes hediondos, quando 
reincidentes, somente podem progredir de regime após cumpridos 3/5 da 
pena imposta, nos termos do art. 2º, §2º da Lei 8.072/90. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
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17. (CESPE – 2013 – SEGESP-AL – PAPILOSCOPISTA) 
Julgue os itens a seguir, acerca de crimes contra a administração 
pública, crimes hediondos e crimes contra a pessoa. 
É vedada a concessão de fiança à pessoa plenamente capaz que 
cometer homicídio simples, por ser considerado crime hediondo, e 
a pena a ser aplicada nesse caso será cumprida no regime 
inicialmente fechado. 
COMENTÁRIOS: Item errado, por dois motivos: Primeiro, o homicídio 
simples, nestas circunstâncias, não é crime hediondo, por força do art. 1º 
da Lei 8.072/90; segundo porque o STF declarou inconstitucional a 
previsão de que os condenados por crimes hediondos ou equiparados 
devam, necessariamente, iniciar o cumprimento da pena em regime 
fechado (inconstitucionalidade do art. 2º, §1º da Lei 8.072/90). 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA. 
 
18. (CESPE – 2013 – PRF – POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) 
Considera-se crime hediondo o homicídio culposo na condução de 
veículo automotor, quando comprovada a embriaguez docondutor. 
COMENTÁRIOS: Item errado, pois o crime de homicídio culposo não 
integra o rol dos crimes hediondos, previsto no art. 1º da Lei 8.072/90. O 
homicídio só é considerado hediondo quando for praticado na forma 
qualificada (art. 121, §2º do CP) ou em atividade típica de grupo de 
extermínio. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA. 
 
19. (CESPE – 2010 – TCE-BA – PROCURADOR) 
De acordo com súmula vinculante editada pelo STF, a necessidade 
de realização de exame criminológico para fins de progressão de 
regime no cumprimento de pena por crime hediondo é decorrência 
automática do reconhecimento da inconstitucionalidade do 
dispositivo legal que vedaria a progressão do regime prisional do 
art. 2.º da Lei n.º 8.072/1990. 
COMENTÁRIOS: Item errado. O exame criminológico não é uma 
decorrência lógica da permissão de progressão, tanto o é que a súmula 
vinculante nº 26 do STF determina que o Juiz PODE realizar o exame 
criminológico, de acordo com cada caso: 
SÚMULA VINCULANTE nº 26 do STF 
“Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime 
hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a 
inconstitucionalidade do art. 2º da Lei n. 8.072, de 25 de julho de 1990, sem 
prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos 
 
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e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo 
fundamentado, a realização de exame criminológico.” 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA. 
 
20. (CESPE – 2010 – MPU – TÉCNICO) 
Constitui crime hediondo a adulteração de produto destinado a 
fins terapêuticos ou medicinais. 
COMENTÁRIOS: Item correto, pois esta é a previsão contida no art. 1º, 
VII-B da Lei de crimes hediondos 
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no 
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, 
consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930, de 1994) (Vide 
Lei nº 7.210, de 1984) 
(...) 
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado 
a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, 
com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998). (Inciso 
incluído pela Lei nº 9.695, de 1998) 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
21. (CESPE – 2015 – DPU – DEFENSOR PÚBLICO) 
Gerson, com vinte e um anos de idade, e Gilson, com dezesseis 
anos de idade, foram presos em flagrante pela prática de crime. 
Após regular tramitação de processo nos juízos competentes, 
Gerson foi condenado pela prática de extorsão mediante 
sequestro e Gilson, por cometimento de infração análoga a esse 
crime. 
Com relação a essa situação hipotética, julgue os próximos itens. 
Conforme entendimento dos tribunais superiores, tendo sido 
condenado pela prática de crime hediondo, Gerson deverá ser 
submetido ao exame criminológico para ter direito à progressão 
de regime. 
COMENTÁRIOS: Item errado, pois a submissão ao exame criminológico 
não é obrigatória, podendo ser determinada pelo Juiz, de acordo com as 
circunstâncias, conforme entendimento sumulado do STJ: 
Súmula 439 do STJ 
Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em 
decisão motivada. 
Admite-se, portanto, o exame criminológico, desde que por decisão 
motivada. Fundamentar a decisão, simplesmente, no fato de que se trata 
de crime hediondo não é fundamentação idônea: 
(...) 3. No caso, as razões de decidir do Desembargador prolator do voto 
condutor do julgado são padronizadas, não adaptadas ao caso concreto. 
Nelas, não se consignou nada de substancial sobre a situação fática do ora 
Reeducando. Há tão somente mera fundamentação uniforme, com a 
 
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qual referido Julgador exige exame criminológico para a progressão 
de regime de condenados por crimes graves e hediondos, 
equivalendo, portanto, a ato jurisdicional desprovido de motivação. 
4. Restabelecimento da decisão do Juízo das Execuções que se impõe. 
Agravo regimental desprovido. 
(AgRg no HC 287.507/MG, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, 
julgado em 27/05/2014, DJe 03/06/2014) 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA. 
 
22. (CESPE - 2015 - TJDFT - OFICIAL DE JUSTIÇA) 
A respeito dos crimes hediondos, julgue o item que se segue. 
O crime de lesão corporal dolosa de natureza gravíssima é 
hediondo quando praticado contra cônjuge, companheiro ou 
parente consanguíneo de até terceiro grau, de agente da Polícia 
Rodoviária Federal e integrante do sistema prisional e da Força 
Nacional de Segurança Pública, em razão dessa condição. 
COMENTÁRIOS: Item correto, pois tal conduta passou a ser considerada 
crime hediondo, nos termos do art. 1º, I-A da Lei 8.072/90, incluído pela 
Lei 13.142/15. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
23. (CESPE – 2016 – TJDFT – JUIZ) 
Com fundamento na Lei n.º 11.464/2007, que modificou a Lei n.º 
8.072/1990 (Lei dos Crimes Hediondos), assinale a opção correta 
acerca dos requisitos objetivos para fins de progressão de regime 
prisional. 
a) O regime integral fechado poderá ser aplicado no caso de 
prática de crime de tráfico internacional de drogas, em que, 
devido à hediondez da conduta, que atinge população de mais de 
um país, o réu não poderá ser beneficiado com a progressão de 
regime prisional. 
b) Como exceção à regra prevista na legislação de regência, a 
progressão de regime prisional é vedada ao condenado, que deve 
cumprir regime integral fechado, pela prática de crime de 
epidemia de que resulte morte de vítimas. 
c) Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados 
cometidos antes da vigência da Lei n.º 11.464/2007 sujeitam-se 
ao disposto no artigo 112 da Lei de Execução Penal para a 
progressão de regime, que estabelece o cumprimento de um sexto 
da pena no regime anterior. 
d) A Lei dos Crimes Hediondos é especial e possui regra própria 
quanto aos requisitos objetivos para a progressão de regime 
prisional, devendo seus atuais parâmetros ser aplicados, 
independentemente de o crime ter sido praticado antes ou depois 
 
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da vigência da Lei n.º 11.464/2007, com base no princípio da 
especialidade. 
e) Os requisitos objetivos da Lei n.º 11.464/2007 devem ser 
aplicados para fins de progressão de regime prisional, pelo fato de 
essa lei ser mais benéfica que a lei anterior, que vedava a 
progressão de regime. 
COMENTÁRIOS: 
a) ERRADA: Item errado, pois o regime INTEGRAL fechado foi revogado 
pela Lei 11.464/07, de forma a adequar a Lei ao entendimento adotado 
pelo STF, no sentido de que tal previsão era inconstitucional. 
b) ERRADA: Item errado, pois tal crime, apesar de hediondo, não obriga a 
que o condenado cumpra a pena em regime integralmente fechado, 
diante da revogação de tal previsão. 
c) CORRETA: Item correto. Aqueles que praticaram crime hediondo 
ANTES da entrada em vigor da Lei 11.464/07 devem se submeter à regra 
geral de cumprimento de apenas 1/6 da pena para que possam progredir 
de regime (critério objetivo), pois entende-se que antes de tal lei não 
havia regulamentação específica (havia, mas foi declarada 
inconstitucional e, portanto, inaplicável). 
d) ERRADA: Item errado, pois o regramento atual não se aplica àqueles 
que praticaram crime hediondo antes da entrada em vigor da Lei 
11.464/07. 
e) ERRADA:Item errado. A princípio, a Lei 11.464/07 poderia ser 
considerada mais benéfica, já que seu texto é menos gravoso que o 
previsto anteriormente (regime integralmente fechado). Contudo, o 
regime anterior foi considerado inconstitucional e, portanto, inaplicável. 
Desta forma, para saber se a lei 11.464/07 é mais benéfica, devemos 
confrontá-la com o regime que vigorava antes de sua entrada em vigor. 
Neste caso, chegaremos à conclusão de que ela é mais gravosa, pois o 
regime que vigorava era o geral (progressão com cumprimento de um 
sexto da pena), já que o regramento específico anterior foi considerado 
INCONSTITUCIONAL. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 
 
 
4. GABARITO 
 
 
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(98∆Ε#7Α;Α ∗9;ΦΓ8 ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ ∀#∃%&∋ 23 () 23
1. CORRETA 
2. ERRADA 
3. CORRETA 
4. CORRETA 
5. CORRETA 
6. CORRETA 
7. CORRETA 
8. CORRETA 
9. ERRADA 
10. ALTERNATIVA D 
11. CORRETA 
12. CORRETA 
13. CORRETA 
14. ERRADA 
15. CORRETA 
16. CORRETA 
17. ERRADA 
18. ERRADA 
19. ERRADA 
20. CORRETA 
21. ERRADA 
22. CORRETA 
23. ALTERNATIVA C

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