Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Reação de caramelização Escurecimento não-enzimático 5. Transformações dos carboidratos por ação do calor F o n te : R ib e ir o e S e ra v a lli , 2 0 0 7 ; O rd o ñ e z e t a l. , 2 0 0 5 Desidratação dos açúcares ligações duplas formação de anéis insaturados Cor: absorção de luz pelas duplas ligações Cor e aroma: anéis condensam-se, polímeros de estrutura variável, complexa Grupos hidroxila de acidez variável, carbonilas, carboxilas, enólicos, fenólicos 5.1 Reação de caramelização F o n te : R ib e ir o e S e ra v a lli , 2 0 0 7 ; O rd o ñ e z e t a l. , 2 0 0 5 Pigmentos caramelo – corante, flavorizante Caramelo cor parda: sacarose + bissulfito de amônio; bebidas tipo cola, bebidas ácidas, xaropes Caramelo avermelhado: glicose + sais de amônio; produtos de confeitaria e xaropes Caramelo cor pardo-avermelhada: açúcar sem sais de amônio; cor de malte em bebidas tipo cerveja, bebidas alcoólicas 5.1 Reação de caramelização Sacarose - ~200ºC 160ºC separação de glicose e frutose Formação de caramelos específicos de acordo com a temperatura submetida, com características próprias 5.1 Reação de caramelização Diferencia reações de escurecimento que ocorre nos vegetais – oxigênio + substrato fenólico – sem intervenção dos carboidratos Ocorrem durante os processos tecnológicos ou armazenamento dos alimentos Acelera-se pelo calor Cocção, pasteurização, esterilização, desidratação 5.2 Escurecimento não-enzimático Açúcares redutores (capacidade de formar aldeído ou cetona – frutose, glicose, maltose, lactose) Açúcar redutor + proteínas caramelo pardo-escuro Modificações no odor e sabor dos alimentos 5.2 Escurecimento não-enzimático F o n te : R ib e ir o e S e ra v a lli , 2 0 0 7 ; O rd o ñ e z e t a l. , 2 0 0 5 Reação de Maillard - reação entre carboidratos e proteínas ou aminoácidos Café, cacau, carne cozida, pão, bolos... Sabor, aroma e cor Leite em pó, ovos e derivados Perda de nutrientes; melanoidina; marrom-claro até preto 5.2 Escurecimento não-enzimático Aspecto dourado dos alimentos Quando o alimento é aquecido (cozido) o grupo carbonila (=O) do carboidrato interage com o grupo amino (-NH2) do aminoácido ou proteína, e após várias etapas produz as melonoidinas, que dão a cor e o aspecto característicos dos alimentos cozidos ou assados. Dependem dos tipos de carboidratos e proteínas presentes 5.2 Escurecimento não-enzimático F o n te : R ib e ir o e S e ra v a lli , 2 0 0 7 ; O rd o ñ e z e t a l. , 2 0 0 5 Reação de Maillard Decréscimo valor nutritivo do alimento – destruição dos aminoácidos essenciais (L- histidina, L-arginina, ácido ascórbico, vitamina K) 5.2 Escurecimento não-enzimático F o n te : R ib e ir o e S e ra v a lli , 2 0 0 7 ; O rd o ñ e z e t a l. , 2 0 0 5 Diferem do processo de caramelização e tostação por não envolverem proteínas. Fatores que afetam a reação de Maillard Temperatura – acima de 70 ºC preferencialmente pH – máxima entre 6 e 7 Tipo de açúcar – pentoses > hexoses > dissacarídeos F o n te : R ib e ir o e S e ra v a lli , 2 0 0 7 5.2 Escurecimento não-enzimático Atividade de água – maior escurecimento entre 0,6 a 0,8; Catalisadores Acelerada por: citrato, fosfato, íons metálicos em meio ácido F o n te : R ib e ir o e S e ra v a lli , 2 0 0 7 5.2 Escurecimento não-enzimático Formada durante a reação de Maillard Aquecimento altas temperaturas – processamento ou preparação Fritura, panificação, assados – ricos em amido Não detectados em alimentos não aquecidos ou cozidos por fervura em água Neurotóxica, fraco carcinogênico para humanos F o n te : D a m o ra d a n , 2 0 1 0 5.3 Formação de acrilamida Açúcar redutor + asparagina (aa) Níveis detectáveis – alimentos aquecimento prolongado em altas temperaturas Temperatura mínima de 120ºC – 200ºC Baixo teor de umidade F o n te : D a m o ra d a n , 2 0 1 0 5.3 Formação de acrilamida Estratégias para diminuir a formação de acrilamida Remoção de um ou ambos substratos Alteração das condições de processamento Remoção da acrilamida do alimento após sua formação – branqueamento, maceração em água Incorporação de sais F o n te : D a m o ra d a n , 2 0 1 0 5.3 Formação de acrilamida Variação da concentração da acrilamida encontrada em produtos alimentícios que contém essa substância em níveis elevados F o n te : D a m o ra d a n , 2 0 1 0 5.3 Formação de acrilamida Alimento Acrilamida, ppb Amêndoas (tostadas) 236-457 Roscas 0-343 Pães 0-364 Cereais matinais 34-1057 Cacau 0-909 Café 3-374 Café com chicória 380-609 Biscoitos 36-432 Crackers e produtos relacionados 26-1540 Fonte: Center of Food Safety and Applied Nutrition F o n te : D a m o ra d a n , 2 0 1 0 5.3 Formação de acrilamida cont. Alimento Acrilamida, ppb Batatas fritas 20-1325 Chips de batata 117-196 Pretzels 46-386 Tortilhas 10-33 Chips de tortilhas 117-196 Amido Glicogênio Celulose Hemiceluloses Ciclodextrinas Substâncias pécticas Gomas Fibra 6. Principais polissacarídeos F o n te : R ib e ir o e S e ra v a lli , 2 0 0 7 ; O rd o ñ e z e t a l. , 2 0 0 5 Referências DEMORADAN, S.; PARKIN, K. L.; FENNEMA, O. R. Química de Alimentos de Fennema. Tradução: Adriano Brandelli et al. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. 900p. RIBEIRO, E. P.; SERAVALLI E. A. G. Química de Alimentos. 2. ed. São Paulo: Blucher, 2007. 184p. KATTAH, L. R.; BORGES, M. H.; ALMEIDA, F. de M. As bases do conhecimento bioquímico. São Paulo: Iátria, 2007. 206p. KOBLITZ, M.G.B; Bioquímica de Alimentos: Teoria e Aplicações Práticas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
Compartilhar