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Licenciado e Bacharel em Educação Física – UNISUAM; Pós-Graduado em Treinamento Desportivo e Fisiologia do Exercício – UCB; Técnico em Biomecânica dos Exercícios de Musculação – UNISAUDE – RJ; Membro do Grupo de Pesquisas em Fisiologia e Metabolismo – GPFM; Pesquisador e Autor de Artigos Científicos na Área de Medidas e Avaliação; Diretor da Benassi & Salvador Fisiologia do Exercício e Consultoria; Proprietário e RT do Studio SK2 Science & Training; Preparador Físico especializado na área de esportes de combate; Consultor de Gestão em Fitness e Fisiologia do Exercício Aplicada. INTRODUÇÃO • Avaliação Física: Uma visão mercadológica • Importância da Avaliação Funcional para a empresa, para o cliente, e para o profissional de EF • Qual o perfil do meu cliente, e como identificar quais suas necessidades? PROTOCOLOS BÁSICOS PARA AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO • Massa Corporal e Estatura (Recursos materiais, Pontos anatômicos e Forma de análise) • Circunferências (Recursos materiais, Pontos anatômicos e Forma de análise) • Dobras Cutâneas (Recursos materiais, Leitura do adipômetro, Pontos anatômicos e Forma de análise) PROTOCOLOS BÁSICOS PARA AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO • Avaliação postural (Recursos materiais, Pontos anatômicos, Forma de análise, Interpretação dos dados) • Prática INTRODUÇÃO A AVALIAÇÃO FÍSICA (ANTROPOMÉTRICA, BIOMECÂNICA E FISIOLÓGICA), PODE SER CONSIDERADA O PONTO CRUCIAL PARA O SUCESSO DE UM PLANEJAMENTO DE TREINAMENTO, POIS ALÉM DE PROPORCIONAR DADOS SÓLIDOS PARA UMA EXCELENTE PRESCRIÇÃO, IRÁ PROPORCIONAR AO TREINADOR O CONTROLE AMPLO DAS VARIÁVEIS RESULTANTES DESTE PROCESSO. É, efetivamente, o instrumento certo no processo de obtenção, aplicação e delineação de informações descritivas de julgamento sobre a capacidade física funcional e de proporções morfológicas que visam um perfil global do condicionamento físico do sócio, para interpretação e análise dos dados obtidos. (Molinari, 2000) PARA A EMPRESA • Maior captação de recursos; • Maior índice de vendas de serviços; • Maior visibilidade da marca no mercado (seriedade); • Maior retenção de clientes; • Capacitação homogênea do corpo técnico (padronização); • Maior satisfação do cliente. PARA O CLIENTE • Maior compreensão e acompanhamento das mudanças físicas e funcionais obtidas em cada momento; • Maior valorização dos serviços da academia; • Maior confiança nos serviços da academia; • Maior confiança no corpo técnico da academia. PARA O PROFISSIONAL DE EF • Maior valorização profissional; • Melhor remuneração por serviço prestado (valor hora-trab); • Maior possibilidade de captação de clientes particulares; • Maior gama de serviços a oferecer; • Possibilidade de terceirização de serviços de outras empresas. • Atleta (Alto-Rendimento); • Estética (Emagrecimento / Hipertrofia); • Profilaxia (Meia Idade >>> Idosos); • Terapêutico (Tratamento e Prevenção). Durante a avaliação, o profissional deve possuir o bom senso de analisar as necessidades do cliente, assim como, direcioná-lo (ETICAMENTE) para uma ou mais atividades que se enquadram no seu perfil. CUIDADO COM OS MODISMOS!!! PROTOCOLOS BÁSICOS PARA AVALIAÇÃO EM ACADEMIAS CONVENÇÃO ANATÔMICA (International Society for the Advancement of Kinanthropometry - ISAK) CABEÇA, OMBRO E TÓRAX COTOVELO, PUNHO E MÃO QUADRIL E JOELHO PÉ E TORNOZELO ANAMNESE (Padrão básico de análise social, de costumes e de riscos, apresentados pelo avaliado) Na visão médica, a Anamnese consiste no histórico de todos os sintomas narrados pelo paciente sobre determinado caso clínico. Nas academias, a Anamnese é um dos pontos mais importantes na avaliação, pois através dela, conheceremos melhor os hábitos sociais, funcionais, emocionais, e também o quadro clínico do avaliado, que serão de grande valia na hora da escolha da melhor atividade para o cliente. INSTRUMENTOS MODELO BSFEC MODELO BSFEC MODELO BSFEC É muito importante que o avaliador possua uma base sólida de conhecimentos científicos e práticos, para interpretar as informações coletadas na anamnese!!! MASSA CORPORAL E ESTATURA (Fernandes Filho, 2003) INSTRUMENTOS IDEAL SEM VALIDADE MASSA CORPORAL (PROTOCOLO) • Avaliado em pé, e de costas para a balança; • Pés posicionados na plataforma; • Posição ortostática, e em inércia; • Utilizar o mínimo de vestimentas; • Realizar apenas uma aferição; • Em balanças mecânicas – Calibrar o “zero”; • Em balanças digitais – Observar nivelamento e se a mesma está no “zero”; • Balanças com precisão de 0,1Kg (10g). ESTATURA (PROTOCOLO) • Avaliado em pé, e de costas para o estadiômetro; • Pés posicionados na plataforma; • Posição ortostática, e em inércia; • Utilizar o mínimo de vestimentas; • Posicionar a cabeça no “Plano de Frankfurt” • Solicitar que o avaliado realize uma inspiração máxima; • Baixar o aferidor no Vértex do avaliado, e aferir em centímetros (Cm) a estatura. ESTATURA (PROTOCOLO) IMC (Calle, et al., 1999; WHO, 2010) CIRCUNFERÊNCIAS SEGMENTARES (Fernandes Filho, 2003) Segundo Fernandes Filho (2003) • São definidas pelos perímetros segmentares; • São os perímetros máximos de um segmento corporal; • São aferidas em um ângulo reto, em relação ao seu maior eixo INSTRUMENTOS IDEAL SEM VALIDADE PONTOS ANTROPOMÉTRICOS PARA AFERIÇÃO PRECAUÇÕES NA AVALIAÇÃO • Marcar corretamente os pontos dos perímetros, utilizando lápis dermográfico; • Mensurar sempre em um ponto fixo (Variação aumenta nível do erro padrão); • Medir sempre sobre a pele nua; • Nunca utilizar fitas elásticas; • Não esquecer o dedo entre a fita e a pele; • Realizar 3 medidas e calcular a média (cientifico); • Não medir o avaliado após qualquer tipo de atividade física. • A fita deve sempre cruzar seus pontos, sendo realizada a aferição no ponto “zero” PONTOS PARA AFERIÇÃO • Pescoço • Torax (Masculino e Feminino) • Cintura • Abdômen • Membros superiores (Biceps e Braquiorradial) • Quadril • Membros inferiores (Coxa proximal, média e distal; Gastrocnêmios) PERMETRIA DO PESCOÇO (PROTOCOLO) • Avaliado em Posição Ortostática; • Passar a fita logo abaixo da epiglote (pomo-de-adão); • Cruzar a fita e aferir em centímetros (Cm) a perimetria. • Avaliador posicionado ao lado ou à frente do avaliado; PERMETRIA DO TÓRAX (PROTOCOLO) • Avaliado em Posição Ortostática; • Realizar uma inspiração máxima; • Passar a fita no plano horizontal, passando sobre a cicatriz mamilar (Homens); • Passar a fita abaixo das linhas axilares (Mulheres). • Avaliador posicionado à frente do avaliado. PERMETRIA DA CINTURA (PROTOCOLO) • Avaliado em Posição Ortostática; • Manter abdômen relaxado; • Fita posicionada no ponto de menor circunferência, abaixo da última costela. • Avaliador posicionado atrás ou à frente do avaliado PERMETRIA DO ABDÔMEN (PROTOCOLO) • Avaliado em Posição Ortostática; • Manter abdômen relaxado; • Fita posicionada na linha da cicatriz umbilical • Avaliador posicionado atrás ou à frente do avaliado PERMETRIA DO QUADRIL (PROTOCOLO) • Avaliado em Posição Ortostática; • Pés aproximados e braços levemente afastados; • Aferição se dá no ponto de maior massa muscular glútea; • Avaliador deve se posicionar lateralmente ao avaliado. PERMETRIA DA COXA (PROTOCOLO) • Avaliado em Posição Ortostática; • Pernas levementeafastadas; • Fita posicionada logo abaixo da prega glútea (proximal), e no ponto entre a prega inguinal e a borda superior da patela (média); • Avaliador posicionado lateralmente ao avaliado. PERMETRIA DO GASTROCNÊMIO (PROTOCOLO) • Avaliado em Posição Ortostática; • Pernas levemente afastadas; • Fita posicionada no ponto de maior massa muscular do gastrocnêmio; • Avaliador posicionado lateralmente ao avaliado. PERMETRIA DO BÍCEPS (NORMAL) (PROTOCOLO) • Avaliado em Posição Ortostática; • Antebraços em posição supinada, e cotovelos em extensão; • Fita posicionada no ponto meso- umeral (Entre o acrômio e o olecrano); • Avaliador posicionado lateralmente ao avaliado. PERMETRIA DO BÍCEPS (CTR) (PROTOCOLO) • Avaliado em Posição Ortostática; • Ombros flexionados em 90º, com cotovelos flexionados em 90º, e contra- resistência distal no punho; • Avaliado realiza uma contração máxima ao sinal do avaliador; • Fita posicionada na maior circunferência da massa muscular do braço; • Avaliador posicionado lateralmente ao avaliado. PERMETRIA DO BRAQUIORRADIAL (PROTOCOLO) • Avaliado em Posição Ortostática; • Antebraços em posição supinada; • Cotovelos em extensão; • Fita posicionada no ponto de maior massa muscular do braquirradial; • Avaliador posicionado lateralmente ao avaliado; • Leitura da fita com visão superior. RELAÇÃO CINTURA X QUADRIL (RCQ) RCQ= PC/PQ RELAÇÃO CINTURA X QUADRIL (RCQ - FOTOGRAFAR) COMPOSIÇÃO CORPORAL (Fernandes Filho, 2003) ELEVADOS NÍVEIS DE GORDURA HIPERTENSÃO DIABETES IMPOTÊNCIAARTERIOSCLEROSE BAIXOS NÍVEIS DE GORDURA (ALTO RENDIMENTO) PREDOMINÂNCIA DA MASSA MAGRA MELHOR RELAÇÃO PESO X POTÊNCIA OTIMIZAÇÃO DA PERFORMANCE RESULTADOS POSITIVOS (Lancha & Lancha Jr., 2017) ADIPOMETRIA • Técnica simples; • Baixo custo; • Fácil manuseio; • Alta fidedignidade científica (Correlação alta com o “padrão ouro”); • Método preferido por pesquisadores da área de fisiologia do exercício; (Fernandes Filho, 2003) Protocolo 7 dobras – Jackson & Pollock (1978) • TRICIPTAL (TR) • SUBESCAPULAR (SE) • PEITORAL (PT) • AXILAR MÉDIA (AX) • SUPRA ILIACA (SI) • ABDOMINAL (AB) • COXA (CX) PRECAUÇÕES • Utilizar equipamentos específicos e validados cientificamente (Cescorf e Sanny – 0,1mm; Lange – 0,5mm); • Identificar os pontos de referência, e demarca-los; • Ajustar o equipamento no ponto “zero” (quando possuir relógio comparador); • O adipômetro deve estar perpendicular à dobra; • As pontas do adipômetro deverão se localizar à 1Cm do ponto médio (Lohman, 1988). PRECAUÇÕES • Demarcar todos os pontos das dobras, com uso de lápis dermográfico (Marcar em “cruz”); • Destacar e pinçar a dobra com os dedos INDICADOR e POLEGAR; • Realizar a leitura, contando no máximo 4 segundos; • Soltar a dobra. PRECAUÇÕES • Não soltar a dobra enquanto realiza a leitura; • Não passar dos 4 segundos para aferição da dobra; • Todas as aferições devem ser realizadas no lado direito; • Não incluir tecido muscular na aferição. Em caso de dúvida, solicitar ao avaliado que realize uma contração muscular antes da aferição; • Em caso de erro na aferição de uma dobra, realizar novamente, após o término das outras aferições (evitar acomodação tecidual adiposa). INSTRUMENTOS IDEAL SEM VALIDADE LEITURA DO ADIPÔMETRO RELÓGIO MAIOR (0,1mm a 9,9mm) RELÓGIO MENOR (10mm a 90mm) LEITURA DO ADIPÔMETRO A cada volta completada no relógio maior, soma-se 10mm, estando o ponteiro do relógio menor posicionado no número 1; Se houver mais uma volta completa no relógio maior, soma-se 20mm (ponteiro do relógio menor ficará no número 2). Caso haja, por exemplo, uma volta não completa, o relógio menor ficará abaixo do número 1, devendo ser realizada a leitura somente no valor do relógio maior. LEITURA DO ADIPÔMETRO TESTE PRÁTICO... VALOR DO RELÓGIO MAIOR: 8,5 VALOR DO RELÓGIO MENOR: 3 RESULTADO??? 38,5mm LEITURA DO ADIPÔMETRO TESTE PRÁTICO... VALOR DO RELÓGIO MAIOR: 7,1 VALOR DO RELÓGIO MENOR: 2 RESULTADO??? 27,1mm LEITURA DO ADIPÔMETRO TESTE PRÁTICO... VALOR DO RELÓGIO MAIOR: 9,0 VALOR DO RELÓGIO MENOR: 0 RESULTADO??? 9,0mm PROTOCOLO DE AFERIÇÃO DAS DC´S DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR (PROTOCOLO) • Avaliado em Posição Ortostática; • Realizar marcação com lápis dermográfico; • Dobra obtida obliquamente ao eixo longitudinal (45º inferior) • Localizada 2Cm abaixo do ângulo inferior da escápula. DOBRA CUTÂNEA TRICIPTAL (PROTOCOLO) • Avaliado em Posição Ortostática; • Realizar marcação com lápis dermográfico; • Dobra obtida paralelamente ao eixo longitudinal do braço, na face posterior; • Localizada no ponto médio entre a borda súpero-lateral do acrômio e o olecrano. DOBRA CUTÂNEA PEITORAL (PROTOCOLO MASCULINO) • Avaliado em Posição Ortostática; • Realizar marcação com lápis dermográfico; • Dobra obtida obliquamente; • Localizada na metade da distância entre a linha axilar anterior e a cicatriz mamilar. DOBRA CUTÂNEA PEITORAL (PROTOCOLO FEMININO) • Avaliado em Posição Ortostática; • Realizar marcação com lápis dermográfico; • Dobra obtida obliquamente; • Localizada em 1/3 da distância da linha axilar anterior e a mama. DOBRA CUTÂNEA AXILAR MÉDIA (PROTOCOLO) • Avaliado em Posição Ortostática; • Realizar marcação com lápis dermográfico; • Dobra obtida obliquamente; • Localizada no ponto da intersecção da linha média e o apêndice xifoide; • Avaliado deve posicionar o braço para frente (ombros em flexão 90º) DOBRA CUTÂNEA SUPRA ILIACA (PROTOCOLO) • Avaliado em Posição Ortostática; • Realizar marcação com lápis dermográfico; • Dobra obtida obliquamente; • Localizada 2Cm acima da crista ilíaca, ântero-superior (alinhada a DC AX) • Avaliado deve posicionar o braço levemente para trás (ombros em extensão 30º) DOBRA CUTÂNEA ABDOMINAL (PROTOCOLO) • Avaliado em Posição Ortostática; • Realizar marcação com lápis dermográfico; • Dobra obtida no eixo longitudinal; • Localizada 2Cm à direita da cicatriz umbilical; DOBRA CUTÂNEA ABDOMINAL (PROTOCOLO) • Avaliado em Posição Ortostática; • Realizar marcação com lápis dermográfico; • Dobra obtida no eixo longitudinal; • Localizada 2Cm à direita da cicatriz umbilical; DOBRA CUTÂNEA DA COXA (PROTOCOLO) • Avaliado em Posição Ortostática; • Realizar marcação com lápis dermográfico; • Dobra obtida no eixo longitudinal; • Localizada 1/3 acima da distância do ligamento inguinal e a borda superior da patela (Pollock et al., 1993). AVALIAÇÃO POSTURAL INSTRUMENTOS Precauções (Magee, 2002) Desenvolvimento corporal (Magee, 2002) • A postura correta, é a posição na qual um mínimo de estresse é aplicado em cada articulação (Magee, 2002); • Consiste no alinhamento do corpo com eficiências fisiológicas e biomecânicas máximas, minimizando os estresses e sobrecargas sofridas pelo efeito da gravidade (Palmer & Apler, 2000); Redução da altura total (Vértex) PONTOS ANATÔMICOS MODELO BSFEC MODELO BSFEC GENO FLEXO GENO RECURVATUM MODELO BSFEC CAUSA-EFEITO DAS ALTERAÇÕES POSTURAIS NA AVALIAÇÃO POSTURAL PODEMOS: • Diagnosticar desequilíbrios musculares / segmentares (hiper ou hipotonia); • Diagnosticar possíveis causas de disfunções funcionais (marcha; ADM; mobilidade); • Elaborar um programade treinamento mais eficiente e eficaz; • Sugerir ao PEF responsável pela prescrição, exercícios e intervenções específicas. AVALIAÇÃO PRÁTICA POSTURAL POSTURAL POSTURAL CONCLUSÃO Medir, Testar e avaliar, são partes altamente importantes de um planejamento que visa aptidão física, performance, profilaxia, e ciência. Não existe evidência científica se não houverem testes e mensurações. Não existe diagnóstico, se não houver avaliações. Ser avaliador é ser o coração de um projeto de sucesso, pois sem esta função, não sabemos de onde partirmos, nem para onde iremos, e muito menos como faremos para chegar. OBRIGADO
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