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O PLANEJAMENTO DE ENSINO NA REDE MUNICIPAL DE JOSÉ DE FREITAS-PI: UMA AÇÃO MEDIADORA

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1 
 
 
ANNE SULLIVAN UNIVERSITY. 
REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO 
MESTRADO INTERNACIONAL EM EDUCAÇÃO 
 
 
 
O PLANEJAMENTO DE ENSINO NA REDE MUNICIPAL DE 
JOSÉ DE FREITAS-PI: UMA AÇÃO MEDIADORA 
 
 
 
JOSÉ GOMES DE ABREU 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA (PI), 
OUTUBRO, 2017 
 
 
 
 
 
2 
 
 
ANNE SULLIVAN UNIVERSITY. 
REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO 
MESTRADO INTERNACIONAL EM EDUCAÇÃO 
 
 
 
 
JOSÉ GOMES DE ABREU 
 
 
 
 
 
O PLANEJAMENTO DE ENSINO NA REDE MUNICIPAL DE 
JOSÉ DE FREITAS-PI: UMA AÇÃO MEDIADORA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA (PI), 
OUTUBRO, 2017 
 
3 
 
JOSÉ GOMES DE ABREU 
 
 
 
 
O PLANEJAMENTO DE ENSINO NA REDE MUNICIPAL DE 
JOSÉ DE FREITAS-PI: UMA AÇÃO MEDIADORA 
 
 
 
 
 
 
 
Dissertação apresentada ao Programa do Mestrado Internacional em 
Educação da Unisullivan Inc. como requisito para a obtenção do título de 
Mestre em Educação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª. Msc. Olivette Rufino Borges Prado Aguiar: 
Doutora em Educação UFRN (2006) 
 
4 
 
 JOSÉ GOMES DE ABREU 
 
 
 
 
O PLANEJAMENTO DE ENSINO NA REDE MUNICIPAL DE 
JOSÉ DE FREITAS-PI: UMA AÇÃO MEDIADORA 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
_______________________________________________ 
Prof°. Dr. Mariano Alves de Brito 
 
________________________________________________ 
Profª. Dra. Lucinete de Aragão Mascarenhas e Silva. 
 
________________________________________________ 
Profª. Dra. Olivette Rufino Borges Prado Aguiar. 
 
 
 
Aprovada em: _______/_________/____________ 
 
 
 
 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 Agradeço a Deus pelo dom da vida, pela fé e perseverança para vencer os 
obstáculos, aos meus familiares principalmente, minha esposa Ana Cristina, minhas 
filhas Giovana Valentina e Maria Cecilia e meu primogênito Vitor Emannuel, meus pais 
Silvestre e Maria Gomes, minha sogra Lucilene Araujo meu sogro João de Deus e aos 
demais. 
 Aos professores, mestres e doutores pela ajuda que nos deram, a Doutoranda 
Lucinete Aragão Mascanheras pelo espaço, compreensão e amizade que sempre teve 
comigo. Finalmente a Dra. Olivette pela ajuda nestes meses de atividades, 
contribuindo para o meu crescimento profissional e a todos que de alguma forma 
colaboraram para a concretização deste trabalho. 
 
 
6 
 
DEDICATÓRIA 
 Dedico este trabalho em primeiro lugar a Deus por permitir que este momento de 
alegria esteja acontecendo em minha vida. Aos colegas de turma pela grande amizade 
que tiveram a mim. 
 O Instituto Mascanheras, doutoranda Lucinete Aragão Mascanheras pelo espaço 
e dedicação que teve a mim, a University Anne Sullivan em especial aos doutores que 
representam a mesma. Dr. Marcos Lima, por acreditar em nós mestrandos. À 
professora Dra. Olivette Rufino Borges Prado Aguiar pelas tão lindas palavras 
positivas que sempre nos destes e ao Prof. José Gomes pela confiança e 
disponibilidade. 
 A minha família que sempre me deu força, coragem e determinação para 
alcançar este tão grande e almejado objetivo. 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“É muito melhor lançar-se em busca de 
conquistas grandiosas, mesmo expondo-se ao 
fracasso, do que alinhar-se com os pobres de 
espírito, que nem gozam muito nem sofrem 
muito, porque vivem numa penumbra cinzenta, 
onde não conhecem nem vitória, nem derrota. ” 
(Theodore Roosevelt) 
 
8 
 
RESUMO 
Buscamos com a construção dessa pesquisa, que se atrela à linha de pesquisa 
“Formação de professores, Currículos e Práticas Pedagógicas”, contemplar a arte de 
planejar, assumindo como objeto de estudo, “o planejamento de ensino na rede 
municipal de José de Freitas-PI: uma ação mediadora”, por conta dessa, queremos 
dizer que é necessário, possível e aceitável, planejar ações pedagógicas, para que se 
possam planejar as formas de como se deve exigir na forma correta das crianças, com 
isso, destaca-se aqui a seguinte problemática detectada, “como facilitar o 
entendimento para os professores no que diz respeito entre o que foi planejado e o 
que vai ser aplicado e os tipos de planejamento desenvolvidos junto às crianças da 
escola da rede municipal de José de Freitas-PI”, dessa forma os relatos e 
considerações levantados depois do questionário aplicado, foi o que deu origem a 
esta pesquisa. Os resultados esperados foram coletados conforme o questionário 
aplicado aos professores, este evidenciou que a referida Instituição de Ensino possui 
no planejamento como ação pedagógica dentro de seu ambiente escolar no Ensino 
Fundamental I, embora diferentes entre si e a pesquisas nos mostra que a referida 
modalidade teve pouca preocupação na construção de um desenvolvimento saudável 
da criança nessa etapa de ensino. Considerando os vários fatores que devem ser 
pensados na elaboração do planejamento pedagógico na Educação como um todo, 
foi que nos surgiu os questionamentos sobre o que fazer e como planejar o trabalho 
educativo observando e a prática em sala de aula. Contudo verificou-se que o registro 
do planejamento que é feito através de temas e projetos, em conjunto com outras 
educadoras e sob orientação da instituição. Nossas pesquisas se basearam no 
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, na LDB 9394/96, em obras 
de, Vasconcellos (2005), Ilza (2008), Menegola (2010) Ilca Oliveira (1986), entre 
outros e na observação direta do planejamento e prática pedagógica dentro do 
cotidiano da escola pesquisada. 
 
Palavras – chave: Planejamento Pedagógico, Educação, Ensino e Aprendizagem. 
 
 
9 
 
ABSTRACT 
We seek with the construction of this research, which bundles the research line 
"training of teachers, curricula and Educational Practices", contemplate the art of 
planning, taking as object of study, "the teaching planning at municipal José de Freitas-
PI: an action mediator ", by this, we mean that it is necessary, feasible and acceptable, 
pedagogical, plan actions to plan ways of how one should require the correct way of 
children, with that, stresses the following problems detected," to facilitate the 
understanding for teachers in that respect between what was planned and what will be 
applied and the types of planning developed by the school children of municipal José 
de Freitas-PI ", thus the reports and considerations raised after questionnaire applied, 
was what gave rise to this survey. The expected results were collected as the 
questionnaire applied to teachers, this showed that the said educational institution has 
in planning as pedagogical action within your school environment in elementary school 
I, although different between you and Research shows us that this modality had little 
concern in building a healthy development of the child in this step. Considering the 
various factors that should be considered in the preparation of educational planning in 
education as a whole, was that we came the questions about what to do and how to 
plan the educational work observing and practice in the classroom. However it was 
found that the planning that is done through themes and projects, together with other 
educators and under the guidance of the institution. Our research based on National 
Curriculum Frame for early childhood education, in LDB 9394/96, in works of, 
Vasconcellos (2005), Ilza (2008), Menegola (2010) Ilca Oliveira (1986), among others 
and in direct observation of planning and pedagogicalpractice within the everyday 
school search. 
Keywords: Pedagogical Planning, Education, Teaching and Learning. 
 
 
10 
 
LISTA DE SIGLAS 
CNAS – Conselho Nacional de Assistência Social 
DUDH – Declaração Universal dos Direitos do Homem 
ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio 
FUNDESCOLA – Fundo de Fortalecimento da Escola 
IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica 
INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa 
LDB – Lei de Diretrizes e Base 
MEC – Ministério da Educação e Cultura 
ONGS – Organização Não Governamentais 
ONU – Organização das Nações Unidas 
PCNS – Parâmetros Curriculares Nacionais 
PDE – Plano de Desenvolvimento da Educação 
PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola 
PPP – Projeto Político Pedagógico 
PTD – Plano de Trabalho Docente 
RCNEI – Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil 
SAEB – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Basica 
SEED – Schlumberger Excellence in Educational Development 
TIC – Tecnologias de Informação e Comunicação 
UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura 
 
 
11 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO --------------------------------------------------------------------------------- 13 
1.1 Objetivos -------------------------------------------------------------------------------------- 17 
1.1.1 Geral ----------------------------------------------------------------------------------------- 17 
1.1.2 Específicos --------------------------------------------------------------------------------- 17 
2. O PLANEJAMENTO COMO UMA AÇÃO MEDIADORA -------------------------- 18 
2.1 Histórico do Planejamento ---------------------------------------------------------------- 18 
2.2 O Planejamento Pedagógico no Ensino Fundamental I --------------------------- 24 
2.3 O Planejamento Frente as Diferentes Pedagogias -------------------------------- 24 
2.4 Planejamento Participativo ---------------------------------------------------------------- 26 
2.5 Breve Desmistificação do Conceito de Planejamento ----------------------------- 28 
2.6 O Planejamento na Escola Pública ---------------------------------------------------- 28 
2.7 Níveis de Planejamento ------------------------------------------------------------------- 29 
2.8 Como os Professores Usufruem do Planejamento -------------------------------- 31 
2.9 Flexibilidade em Questão ----------------------------------------------------------------- 33 
2.10 Planejamento e Organização do Trabalho Escolar ------------------------------- 34 
2.11 O Significado do Planejamento -------------------------------------------------------- 35 
2.12 Planejamento: Um Processo Contínuo ----------------------------------------------- 37 
2.12.1 Dimensões da gestão escolar e suas competências--------------------------- 37 
2.12.2. Planejar representa definir compromissos de ação --------------------------- 38 
2.13 Contribuições objetivas do planejamento -------------------------------------------- 38 
2.14 Planejar é um processo de reflexão -------------------------------------------------- 39 
2.14.1 Dimensões da Gestão Escolar e Suas Competências ------------------------ 40 
2.14.2 Dimensões da Gestão Escolar e Suas Competências Planejadas -------- 40 
3 TIPOS DE PLANEJAMENTO -------------------------------------------------------------- 42 
3.1 Projeto Político-Pedagógico – PPP ---------------------------------------------------- 42 
3. 2 Plano de Desenvolvimento da Escola – PDE --------------------------------------- 43 
3.3 A Estruturação do PDE Considera ------------------------------------------------------ 43 
3.4 Plano de Ensino ----------------------------------------------------------------------------- 44 
3.5 Plano de aula --------------------------------------------------------------------------------- 44 
3.6 Planejamento participativo ---------------------------------------------------------------- 45 
3.7 Cuidados na orientação pelo diretor ao processo de planejar ------------------- 45 
3.8 Planejamento de resultados educacionais -------------------------------------------- 46 
3.8.1 Dimensões da gestão escolar e suas competências ---------------------------- 48 
3.9 A Definição e Característica de Indicadores Educacionais ----------------------- 49 
3.10 Tipos de Indicadores ---------------------------------------------------------------------- 50 
3.11 O Papel das Avaliações Externas para Verificação do Desempenho 
Escolar ---------------------------------------------------------------------------------------------- 50 
3.12 A centralidade da gestão pedagógica ------------------------------------------------ 51 
3.13 O Papel do Diretor na Construção da Cultura Escolar de Caráter 
 Educativo ------------------------------------------------------------------------------------------ 56 
3.14 A Desconexão Entre os Objetivos Educacionais e os Objetivos Expressos 
na Cultura Escolar Planejada ----------------------------------------------------------------- 59 
3.14.1 O Papel do Poder na Cultura Organizacional ------------------------------------ 60 
3.15 A Lógica do Perde-Ganha se Opõe a do Ganha-Ganha ------------------------ 61 
3.16 Características da cultura organizacional ------------------------------------------- 64 
 
12 
 
3.17 Dimensões da Gestão Escolar e suas Competências quanto a -------------- 66 
3.18 Dimensões do Planejamento Escolar e suas Competências (Gestão) ------ 67 
3.19 Dimensões da gestão escolar e suas competências Eixos Situacionais ---- 70 
4. METODOLOGIA ------------------------------------------------------------------------------ 84 
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES --------------------------------------------------------- 86 
6. CONSIDERAÇÕES -------------------------------------------------------------------------- 91 
REFERENCIAS ----------------------------------------------------------------------------------- 93 
APÊNDICES -------------------------------------------------------------------------------------- 95 
ANEXOS -------------------------------------------------------------------------------------------- 102 
 
 
 
13 
 
INTRODUÇÃO 
 A escola tem papel fundamental na formação do indivíduo. Tendo no 
professor a função de destaque em todo contexto geral. Cabe a ele refletir sobre como 
desenvolverá essa importante função. Nessa circunstância tem-se a necessidade de 
planejar, coordenar e administrar. 
 A opção por este tema surgiu diante do fato da existência de professores 
que tem visões negativas inerentes ao planejamento de uma forma geral. O que nos 
despertou o desejo de compreender de que forma o planejamento de ensino é, como 
ele é visto pelos professores da instituição de ensino na qual nos serviu de palco para 
esse estudo. Assim, a importância desse assunto justifica-se por ser o planejamento 
um orientador das ações que serão desenvolvidas para o professor atingir seus 
objetivos, permitindo-o uma constante reflexão sobre sua prática docente. 
 Com isso ressaltamos que as boas práticas em sala de aula mostram-se 
eficientes e eficazes no cenário educacional, justamente porque são planejadas a 
partir de uma postura crítica e reflexiva. O planejamento facilita esse trabalho 
educativo do professor, possibilitando ao aluno um resultado eficiente que contribuirá 
na preparação para a sua vida familiar, social e profissional. (LUCKESSI, 1980, 108). 
 E como objetivo, analisar o planejamento de ensino como um plano 
estratégico na escola da rede municipal de José de Freitas-PI. Até por que sabemos 
que ao se planejar, se almeja identificar, verificar e por fim aplicar, uma vez que esse 
é nosso intuito em dar seguimento a esta pesquisa. 
 Conforme o acima exposto, devemos levar em conta a influência da 
dimensão objetivasobre a subjetiva das formas de planejar, pois essa reflexão precisa 
ajudar com clareza este nosso esforço no decorrer desta. Ao nosso ver, semelhante 
empenho deve ser feito no processo de formação dos educadores, se desejamos 
contribuir para a mudança concreta da prática educacional. 
 Buscaremos mostrar como objetivos específicos: Identificar de que forma é 
aplicado o planejamento dos professores nas escolas da rede municipal de José de 
Freitas-PI. Verificar como os professores aceitam o planejamento enquanto 
ferramenta de ensino. Avaliar de que forma é aplicado o conteúdo planejado pelos 
professores. 
 A partir de observações teóricas sustentadas nas Lei de Diretrizes e Bases, 
Planos Curriculares Nacionais, e na vivência contínua da prática educativa em sala 
de aula e na escola, buscamos responder ao problema enfatizado na introdução, mas 
14 
 
como melhorar a qualidade de ensino neste contexto educacional, evitando a evasão 
e estimulando professores e alunos, para muitos professores, à medida que vão 
questionando suas diversas práticas, identificadas, conhecidas e analisadas através 
de processos de pesquisa, são os que podem efetivar intervenções no cotidiano das 
escolas, desenvolvendo alternativas às propostas oficiais. Essa 
possibilidade/necessidade, é sentida a partir da compreensão das diferenças culturais 
existentes em nossa sociedade. 
 É, pois, com seus estudos que começamos em nosso país a relacionar 
cotidiano escolar com cultura, com isso, surge desse ramo a inquietante pergunta: O 
planejamento pode interferir na qualidade de ensino no processo de educação? 
Acreditamos, que é por isso que nos limitamos a Modalidade Ensino Fundamental I, 
do município de José de Freitas, da supracitada, que é possível a partir da observação 
do planejamento e conscientização de trabalhar de forma a serem citados no tópico 
Introdução, que gera a nosso ver o analfabetismo funcional no ensino fundamental 
público e nos subsequentes anos da educação básica. 
 É nesse momento que ocorre um choque entre o tradicionalismo das 
instituições de educação e as múltiplas vertentes de como se aprende. A sociedade 
atual vem de um histórico em que aprender era papel do aluno. Ou seja, o professor 
transmitia e o aluno assimilava. Paulo Freire denominou esse sistema de “educação 
bancária”, cuja concepção era: 
 
O educador é o que educa; os educandos, os que são educados; o 
educador é o que sabe; os educandos, os que não sabem; o educador 
é o que pensa; os educandos, os pensados; o educador é o que diz a 
palavra; os educandos, os que a escutam docilmente; o educador é o 
que disciplina; os educandos, os disciplinados; o educador é o que 
opta e prescreve sua opção; os educandos os que seguem a 
prescrição; o educador é o que atua; os educandos, os que têm a 
ilusão de que atuam; o educador escolhe o conteúdo programático; os 
educandos, se acomodam a ele; o educador identifica a autoridade do 
saber com sua autoridade funcional, que opõe antagonicamente à 
liberdade dos educandos; estes devem adaptar-se às determinações 
daquele; o educador, finalmente, é o sujeito do processo; os 
educandos, meros objetos. (FREIRE, 1983, p. 68, grifo do autor). 
 
 
 É exigido dos docentes que eles estejam o tempo todo inovando, 
estudando, buscando novas metodologias para se adequar ao ensino de alunos com 
dificuldades em aprendizagem. Contudo, não é sempre que estes estão preparados 
15 
 
para além do seu domínio cognitivo, assimilar e enfrentar de forma tão rápida e intensa 
os desafios desse novo modelo de educação. 
 Assim, frequentemente o professor tem que lidar com alunos que 
apresentam distúrbios de aprendizagem, entretanto sabemos que a maioria dos 
educadores não foi e não está habilitada ou preparada para compreender e lidar com 
essa gama tão ampla de modelos mentais que geram transtornos em aprendizagem. 
 
É fato que ninguém sabe, de antemão, o que uma criança é capaz de 
aprender. Muitos professores têm a ideia, construída em decorrência 
de sua formação profissional, de que podem determinar o que será 
mais aprendido por esta ou aquela criança e esperam que os alunos 
atendam às suas expectativas. Contudo, o tempo de aprender faz 
parte de cada aluno, mas pode ser ampliado ou reduzido em função 
das condições objetivas e subjetivas do trabalho do professor. 
(SMEHA; FERREIRA, 2008, p. 37-48). 
 
 Alguns nem se percebem do fato, e ignoram que existem aspectos 
orgânicos que impedem os alunos de aprender. Outros reconhecem o problema, mas 
não entendem de que modo podem ajudar o aluno a aprender, outros optam por 
promovê-lo para a série seguinte, por conta de sua “incapacidade”, e há ainda os que 
se revoltam frente à “indústria de laudos” que respalda a irresponsabilidade de 
crianças e adolescentes sem limites e que se utilizam desses meios para conseguir a 
progressão nos estudos. 
 É necessário, portanto, estudar o problema a fundo, conhecer, se informar 
e buscar estratégias de ensino apropriadas para cada caso de dificuldade de 
aprendizagem. O professor deve se preocupar em conhecer pelo menos as 
habilidades mínimas que cada transtorno permite ao aluno realizar, para que dessa 
forma esse aluno aprenda com qualidade e não seja somente um número na sala de 
aula, que espera pacientemente o fim do ano porque sabe que será aprovado. Assim, 
espera-se que a escola não perca de vista a sua essência, que é formar cidadãos 
integralmente, preparados para o mundo, mesmo com suas dificuldades, que devem 
ser superadas e não servirem de escudo para superprotegê-los. 
 
 
 
16 
 
 A má alfabetização, desatenção, hiperatividade, heterogeneidade ou 
diversidade e falta de conhecimento pedagógico-cognitivo e de ensino-aprendizado 
por parte dos professores mediante a aplicação do planejamento, aplicada aos 
professores, à medida que vão questionando suas diversas práticas, identificadas, 
conhecidas e analisadas através de processos de pesquisa, muitos ao decorrer de 
sua vida acadêmica percebem cedo e outros tarde e em raríssimos casos de forma 
alguma, que “algo”, necessita melhorar e é nesse momento que acreditamos que o 
planejamento, é uma ferramenta necessária para que aconteça essa mudança. 
 Buscamos responder ao problema enfatizado na introdução: Como melhorar a 
qualidade de ensino neste contexto educacional, usando a ferramenta planejamento, 
estimulando professores a planejar e alunos a absorver o planejado, com isso vimos que no 
cotidiano das escolas em especial, no início e no final de ano, é realizada uma série de 
práticas, como preencher formulários com objetivos, conteúdos, estratégias, avaliações, 
indicação de livro didático, etc. 
 Em outros momentos, os professores são convocados para discutirem a 
proposta de planejamento da escola, o que se percebe, é que com frequência são 
feitas quase que mecanicamente, cumprindo prazos e rituais formais, vazios de 
sentido. É muito comum, o professor considerar tudo isso como mais uma 
burocracia. Dentre essas ações mecânicas de realização exclusiva dos docentes 
destacamos os fatos e ou situações abaixo relacionadas que nos foram melhor 
visualizados: 
✓ Coordenadores, orientadores e supervisores, cobram exaustivamente os 
professores para que entreguem os planos; 
✓ Os planos por sua vez são entregues, recebidos e posteriormente engavetados; 
✓ A pratica do professor em sala de aula, não leva em conta o que foi colocado no 
plano; 
✓ Planos são copiados do livro didático, do colega (da mesma escola ou de outras), 
ou de um ano para outro; 
✓ Escolas fazem seus projetos e estes ficam esquecidos; 
✓ Escola faz projeto político pedagógico, muda a direção (ou o governoou 
prefeito), e o projeto é arquivado para não dizer esquecido. 
 Sabemos que existe uma ambiguidade na pratica dos professores, pois ao 
mesmo tempo em que não negam a importância do planejamento, percebem sérias 
limitações em sua realização, com vistas a isso, mostraremos aqui como resolver esta 
17 
 
questão, que é uma das maiores responsáveis pelo fracasso iminente de muitos 
alunos e professores durante sua vida escolar. 
1.1 OBJETIVOS 
1.1.1 OBJETIVO GERAL 
Analisar o planejamento de ensino como um plano estratégico na escola da rede 
municipal de José de Freitas-PI. 
1.1.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS 
• Identificar de que forma é aplicado o planejamento dos professores nas escolas 
da rede municipal de José de Freitas-PI. 
• Verificar como os professores aceitam o planejamento enquanto ferramenta de 
ensino. 
• Avaliar de que forma é aplicado o conteúdo planejado pelos professores. 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
2. O PLANEJAMENTO COMO UMA AÇÃO MEDIADORA 
2.1 Histórico do Planejamento 
 O ato de planejar acompanha o homem desde os primórdios da evolução 
humana. Todas as pessoas planejam suas ações desde as mais simples até as mais 
complexas, na tentativa de transformar e melhorar suas vidas ou as das pessoas que 
as rodeiam. Mas não é só na vida pessoal que as pessoas planejam suas ações, o 
planejamento atinge vários setores da vida social. Se o ato de planejar é tão 
importante, porque algumas pessoas ainda resistem em aceitar este fato, 
principalmente no contexto escolar? Diante desse questionamento objetivou-se 
identificar os motivos pelos quais os professores resistem em preparar suas aulas e 
conscientizá-los da importância de utilizar o plano de aula como um norteador da ação 
pedagógica. 
 Dentro de uma compreensão da temática relativa ao planejamento 
educacional na perspectiva da UNESCO (Organização das Nações Unidades para a 
Educação, a Ciência e Cultura) faz‐se necessário entender esta Organização como 
órgão da ONU (Organização das Nações Unidas), especializada em educação. Desde 
a sua constituição em 1945, a UNESCO vem realizando ao redor do mundo um 
conjunto de Conferências Internacionais, com o intuito de definir formas consensuais 
e unitárias de pensamento sobre os temas de interesse dos Estados membros que a 
compõem. Esta analise em forma de pesquisa, se justifica pela dependência desse 
discurso, a formação moral do ser humano, sintonizado com os princípios liberais da 
Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948). 
 Nessas condições, estabeleceu mediações entre as recomendações 
aprovadas e a organização escolar propondo princípios, objetivos, prioridades 
políticas ou valores morais adequados ao momento histórico posterior à Segunda 
Guerra Mundial, num processo contraditório e fortalecedor das relações capitalistas 
de produção. 
 No contexto geral, o Brasil da década de 1960 fortaleceu o perfil urbano 
industrial, que exigiu mão‐de‐obra qualificada para o mercado interno de consumo. 
Essa condição obrigou o Estado a enfrentar sérios problemas sociais, como o 
aumento na inflação, o crescimento urbano, o desenvolvimento econômico industrial, 
aumento no número de desempregados e de analfabetos. 
19 
 
 Sob os cuidados da ditadura, o Estado adotou medidas de restrição dos 
direitos políticos com redução dos direitos econômicos, caracterizando‐se como um 
governo a favor da classe de maior poder aquisitivo, conforme argumentou Sader 
(2007). Em sua concepção, a organização do Estado brasileiro passou de um modelo 
que: 
Atendia estritamente os interesses da oligarquia primário‐exportadora 
e considerava a questão social “um caso de polícia” – nas palavras de 
Washington Luis, o presidente derrubado pela revolução de 1930, 
passava‐se a um Estado nacional que assumia os direitos sociais 
como responsabilidade sua. A criação do Ministério do Trabalho, a 
adoção da Legislação do Trabalho, a criação da Previdência Social, 
assim como da carreira do funcionalismo público, com os concursos 
correspondentes, e dos programas de fomento da produção eram 
algumas marcas do novo tipo de Estado que estava sendo criado e 
que nortearia a transformação do Brasil de um país agrícola e rural em 
um outro, industrial e urbano. (SADER, 2007, p.76). 
 
 Segundo Moretto, percebe-se que o planejamento é fundamental na vida 
do homem, porém no contexto escolar ele não tem tanta importância assim: (2007, p. 
100) “o planejamento no contexto escolar não parece ter a importância que deveria 
ter”. Este fato acontece porque o planejamento só passou a ser bem definido a partir 
do século passado, com a revolução comunista que construiu a União Soviética. 
 Damos continuidade a essa pesquisa informando, que para ensinar, 
precisa-se de no mínimo de recursos, e o máximo de vontade. Esta afirmação é o 
ponto primordial de nosso trabalho empírico e científico, apoiado na dialética 
discursiva a partir de pesquisas bibliográficas e observações em nosso principal 
campo de estudo e amostra, a escola e consequentemente a sala de aula. Até que 
ponto o professor se distancia do puramente profissional e atua como educador, seja 
planejando e aplicando o planejado? 
 O problema do planejamento na aprendizagem não é somente uma 
questão de método, mas, sobretudo, uma questão comportamental do professor e, 
claro, do aluno. Com isso, devemos na posição em que nos encontramos, perguntar: 
qual dos dois lados possui a competência para reconstruir essa realidade 
educacional? 
 Num primeiro momento, notamos que o conhecimento pedagógico por 
parte dos professores é muito limitado. Nas reuniões pedagógicas temos muitas 
discussões soltas, sempre com os mesmos temas, mas com pouca fundamentação 
20 
 
teórica, levando, dessa forma, a pauta para o “achismo”, que não é o propósito 
pedagógico do encontro. 
 Não se vê, por exemplo, uma análise com base teórica por parte dos 
professores, ou mesmo, uma orientação psicopedagógico fundamentada 
cientificamente por parte dos gestores, no sentido único de fazer com que os docentes 
utilizem o mesmo discurso pedagógico-disciplinar. Guardadas as devidas proporções, 
as reuniões denunciam um descomprometimento com a tarefa científica, pedagógica 
e árdua que a educação reclama. 
 Não se trata aqui de falarmos, por exemplo, de interdisciplinaridade como 
uma palavra em moda no âmbito da educação, mas entender sua essência como 
elemento constituinte da formação do aluno, ou seja, a percepção que a 
interdisciplinaridade se dá, na verdade, no reforço temático, dentro do conteúdo 
disciplinar, com o objetivo de tornar real e experimental a informação curricular mínimo 
e de forma concomitante à formação referencial do futuro cidadão. 
 Portanto, o que conjeturamos é a conscientização por parte do corpo 
docente em entender plenamente o processo cognitivo do educando. Os professores 
não podem ser indiferentes, devem entender inteiramente seus livros de diretrizes 
educacionais: os PCNs, projetos pedagógicos, bibliografias especializadas, materiais 
esses, que os subsidiarão na compreensão, elaboração das aulas e o funcionamento 
mental do ensino-aprendizado docente/discente. 
 Uma das propostas postuladas é que o corpo docente da escola passasse 
por cursos de qualificação em que pudessem atualizar continuamente seus 
conhecimentos disciplinares e pedagógicos, também, interagindo com outros 
profissionais, trocando experiências, através de pesquisas e de estudos 
sistematizados. Apoiados nessas mídias educacionais, tivessem, também, à sua 
disposição uma bibliografia apropriada e atualizada sempre rematada por cursos de 
qualificação e treinamento no manuseio dosnovos recursos tecnológicos 
(informática), para, assim, fomentar seus conhecimentos pedagógicas e facilitar sua 
didática na educação fundamental. 
 A atuação docente exige a necessária conscientização de que a elaboração 
e a avaliação do planejamento educacional são atribuições precípuas de todos os 
profissionais que atuam na educação. Vale mencionar que a capacidade de planejar, 
definindo metas e objetivos, bem como organizando sistematicamente os recursos e 
21 
 
esforços necessários para tais realizações, avaliando os resultados em confronto com 
as expectativas projetadas, são estratégias relevantes rumo aos objetivos propostos. 
 O planejamento é um alicerce fundamental para a construção de uma 
“educação corajosa, [...] de uma educação que leve o homem a uma nova postura de 
seu tempo e espaço” (FREIRE, 2011, p. 122). Isso porque, afinal, o maior 
compromisso do processo educativo está na crença de que é possível a mudança 
social. Essa mudança deve refletir-se em uma escola que promova uma 
aprendizagem pautada na construção de um planejamento sério e comprometido com 
a realidade dos estudantes; que reconhece esses sujeitos em suas singularidades, 
em suas identidades e com eles estabelece o diálogo esclarecedor, ensinando-os a 
pensar; procura, também, suprimir práticas voltadas à inculcação. 
 O planejamento é um instrumento que possibilita a superação de rotinas. 
Visa organizar e disciplinar a ação. É de fundamental importância em toda a Educação 
Básica e não seria diferente no ensino Superior, uma vez que será o norte do 
professor, e a qualidade da disciplina ministrada depende tanto do conhecimento dele 
quanto de um bom planejamento, de forma que o tempo seja adequado ao 
aprendizado e atividades do discente. O planejamento é um processo de busca de 
equilíbrio para a melhoria do funcionamento do sistema educacional. 
 Como processo o planejamento não deve ocorrer em um momento único e 
sim a cada dia. A realidade educacional é dinâmica, os problemas, a reivindicação 
não tem hora nem lugar para se manifestar. Assim decidimos a cada dia, a cada hora. 
Por vezes, o planejamento é apresentado e desenvolvido como se tivesse um fim em 
si mesmo; outras vezes, é assumido como se fosse um modo de definir a aplicação 
de técnicas efetivas para obter resultados. LUCKESI (1980 p. 115) afirma que: 
O ato de planejar, como todos os outros atos humanos, implica 
escolha e, por isso, está assentado numa opção axiológica. É uma 
"atividade-meio", que subsidia o ser humano no encaminhamento de 
suas ações e na obtenção de resultados desejados, e, portanto, 
orientada por um fim. O ato de planejar se assenta em opções 
filosófico-políticas; são elas que estabelecem os fins de uma 
determinada ação. E esses fins podem ocupar um lugar tanto no nível 
macro como no nível mico da sociedade. Situe-se onde se situar, ele 
é um ato axiologicamente comprometido. 
 
 Os profissionais que planejam fixam na elaboração do "melhor modelo de 
projeto": tópicos, divisões, numerações, recursos, fluxos, cronogramas. Os roteiros 
22 
 
técnicos de elaboração de planejamentos estão se tornando cada vez mais 
direcionados aos detalhes de técnicas eficientes. Porém, pouco ou nada se discute a 
respeito do significado real e aplicável da ação que se está planejando, ou vão além, 
decidem que não mais precisam planejar, talvez já tenha estagnado suas ações e 
pensa que não mais podem ou necessitam construir algo. 
 Não se deve pensar num planejamento pronto, imutável e definitivo. Deve-
se antes acreditar que ele representa uma primeira aproximação de estruturas 
adequadas a uma realidade, tornando-se, através de sucessivos replanejamentos, 
cada vez mais apropriado para enfrentar a problemática desta realidade. 
 Estas medidas favorecem a passagem gradativa de uma situação existente 
para uma situação desejada. Os profissionais da área da educação, em partes, têm 
um sentimento de “descrença em relação ao planejamento”. Sua origem situa-se “em 
uma fase marcada pelo excesso do possível, ou seja, onde tudo parecia muito fácil de 
realizar. ” (VASCONCELLOS, 2000, p.34) Em uma análise sobre a questão em causa, 
VASCONCELOS (2005, p.34) descreve a circunstância afirmando que: inicialmente o 
professor foi “seduzido” pelas promessas do planejamento, como se através dele tudo 
pudesse ser resolvido. Só que depois, à medida que as coisas não aconteciam, foi 
desacreditando, se decepcionou, mas continuou cobrado para que fizesse: caiu-se no 
vazio do fazer alienado. 
 Deixou de ser uma autêntica elaboração, tornando-se uma prática do fazer 
por registro. Como consequência, a prática de realizar o planejamento escolar nas 
unidades passou a representar uma situação não desejada, não valorizada e 
produzida, apenas, para fazer frente a exigências e requisitos legais. 
 Em evidência, aborda-se que esta pesquisa não tem o objetivo de discutir 
estas questões de quem faz ou deixa de realizar o planejamento, e sim, a relevância 
dele dentro do contexto educacional. Para se compreender melhor a importância e 
necessidade de se planejar segue os conceitos básicos de planejamento na área da 
educação segundo VASCONCELOS e FREIRE, 2005: “Planejamento Educacional: é 
o processo de abordagem racional e científica dos problemas de educação, incluindo 
definição de prioridades e levando em Conta a relação entre os diversos níveis do 
contexto educacional. 
 Planejamento Curricular: é uma tarefa multidisciplinar que tem por objeto a 
organização de um sistema de relações lógicas e psicológicas dentro de um ou vários 
campos de conhecimento, de tal modo que se favoreça ao máximo o processo ensino-
23 
 
aprendizagem; é a previsão de todas as atividades que o educando realiza sob a 
orientação da escola para atingir os fins da educação. 
 Planejamento do Ensino: é a previsão inteligente e bem articulada de todas 
as etapas do trabalho escolar que envolvem as atividades docentes e discentes, de 
modo a tornar o ensino seguro, econômico e eficiente; é a previsão das situações 
específicas do professor com a classe; é o processo de tomada de decisões bem 
informadas que visam a racionalização das atividades do professor e do aluno, na 
situação ensino-aprendizagem, possibilitando melhores resultados e, em 
consequência, maior produtividade." Como o planejar... são tão somente uma 
aplicação mais sistemática da Pedagogia (UNESCO). 
 Passamos agora nossa reflexão deste trabalho acerca do desenvolvimento 
do planejamento educacional, pautado nas técnicas, avaliações e replanejamento. É 
necessário repensar com um exemplo que se vivencia a todo o momento: A chegada 
de um professor em uma determinada disciplina e curso no ensino superior. 
 Que passos ele dará para planejar o curso? Revisará o programa utilizado 
pelo docente anterior? Pesquisará todo material possível sobre o curso? Organizará 
seu material selecionado de acordo com a ementa do curso? Fazendo uma 
autocrítica, será que planejamos de forma correta? Esse é o problema em geral dos 
planejamentos: é que em momento algum ele se lembrou do aluno. 
 Ele só levou em conta o conteúdo, os conhecimentos que ele, o professor, 
vai ensinar. Não incluem no seu programa as experiências que o aluno deve viver 
para aprender de forma ativa, criativa, que desenvolva sua pessoa inteira. Para 
FALSTICH (1994): 
Esta deformação se deve ao fato de que os professores são em geral 
especialistas em uma determinada matéria e a concentração no 
campo que dominam lhes faz esquecer outros aspectos do processo 
educacional efetivamente, tem sido permanente a influência exercida 
pelos especialistas das diferentes disciplinas, desde que existem 
programasapelou-se, como fonte de inspiração, aos seus conteúdos 
e, para elaborá-los, àquelas pessoas que tivessem manifestado um 
maior domínio deles. 
 
 
 Em termos curriculares, isto traduziu-se em programas sobrecarregados de 
conteúdos de matéria, com o que se pretendia formar especialistas em miniaturas em 
cada uma das disciplinas. Foi sacrificada ao rigor lógico destas a diversidade que 
representa o grupo humano e as diferenças individuais, inevitavelmente subestimadas 
24 
 
pelo caráter rígido, inflexível e único dos programas elaborados para um grupo 
reduzido e escolhido de alunos. 
 Na ordem pedagógica, semelhante situação expressou-se em um afã de 
aprofundar em todos e cada um dos diversos aspectos do programa, o que converteu 
o professor em agente protagonista do processo de aprendizagem e os alunos em 
sujeitos passivos. O professor, constrangido a “passar” todo o programa, não teve em 
mente as mudanças que se operam nos seus alunos, nem a possibilidade de organizar 
atividades que lhes permitissem desenvolver altos níveis de aprendizagem. 
2.2 O Planejamento Pedagógico no Ensino Fundamental I 
 O Ensino Fundamental é apresentado na atual legislação brasileira como a 
terceira etapa da educação básica, onde a prática pedagógica deve favorecer a 
construção do conhecimento das crianças de 6 a 10 anos de idade. 
2.3 O Planejamento Frente as Diferentes Pedagogias 
 O dentre as diferentes pedagogias verificou-se a existência de um conjunto 
de influências teórico-metodológicas adentrando a construção das propostas 
curriculares, ao longo da história dentro da escola. Conforme Vasconcellos (2005, 22): 
“Na acepção moderna, dialética significa o modo de pensarmos as condições da 
realidade como essencialmente contraditória e em permanente formação”, entre as 
tendências pedagógicas, que se têm estabelecido merecido destaque nas escolas 
através das ações educativas dos professores, podemos classifica-las em: Pedagogia 
Liberal e Pedagogia Progressista. 
 Pedagogia liberal, a escola é tida como instrumento de preparação dos 
indivíduos para a sociedade. É neste grupo, que encontramos a forma tradicional, ou 
seja, a tendência renovada progressista, a tendência renovada não diretiva e a 
tendência tecnicista. 
 Na tendência tradicional, o professor era o total responsável pelo 
planejamento, não considerando nem os interesses nem as necessidades da criança, 
consolidando-se uma prática pedagógica voltada para a construção da moralidade, 
para o cuidado com a higiene e para o treinamento de habilidades, através das 
Unidades Didáticas. 
25 
 
 A tendência progressista compreende: a globalização, o interesse e a 
participação dos alunos, onde os conteúdos escolares foram organizados em torno de 
um ponto de Interesse. 
 Na tendência renovada e não diretiva, a escola em si é a responsável pela 
formação de atitudes na criança, onde a educação estava centrada na mesma. Esta 
tendência tinha como princípios buscar por si só os conhecimentos necessários. 
 Já no âmbito educacional tecnicista, o planejamento didático é formal e 
previamente elaborado, segue um parâmetro pré-definido, introduzido na pedagogia 
comportamental, visando à aquisição de habilidades, atitudes e técnicas específicas 
voltadas a um determinado campo de atuação profissional. 
 Pedagogia progressista, que almejava a transformação da sociedade 
através da análise crítica da realidade, sobressaiu-se a tendência libertadora, a 
tendência libertária e a tendência crítico social dos conteúdos. 
 Tendência libertadora ou método de Paulo Freire abordou os Temas 
Geradores como forma de planejamento. Com concepções epistemológicas 
semelhantes ao planejamento por temas geradores, encontram-se outras formas de 
definir o currículo, difundidos como Rede Temática ou Complexo Temático. Tais 
definições partem do levantamento da realidade local, onde a escola está inserida. 
 Tendência libertária, outra tendência progressista que partia da análise 
crítica da realidade social a qual se inseria num projeto de modificação da sociedade, 
como instrumento de resistência contra a burocracia. Conforme Menegolla (2010, 56) 
“Os conteúdos eram colocados à disposição do aluno, mas não era exigido, sendo o 
principal conhecimento adquirido aquele resultante das experiências grupais 
desenvolvidos pelos alunos através da autogestão”. 
 Tendência crítico-social dos conteúdos assume os Projetos de Trabalho 
como forma de organizar o currículo, valorizando a escola como mediadora entre o 
aluno e o conhecimento. 
 Procurou-se neste item mostrar as diferentes maneiras de abordagens e 
planejamento do ensino abrangendo desde a listagem dos conteúdos da educação 
tradicional, passando pela organização das aprendizagens escolares em torno dos 
centros de interesse, no meio escolar inovado, ou ainda, questões interdisciplinares 
tratadas por temas geradores na pedagogia libertadora e, por fim, os projetos de 
trabalho têm sido difundidos ao longo da história. 
26 
 
2.4 Planejamento Participativo 
 Inicialmente é o planejamento da ação educativa que talvez consista 
apenas em uma luta constante para a elaboração de um rumo, passando por relatórios 
extensos para assumir, nos dias atuais, uma característica especial, em que todos os 
planos de desenvolvimento de um ano letivo se entrelaçam em um dinamismo 
continuo e progressivo, dando assim maior destino de objetivos e fins aos professores 
na educação como um todo 
 Sobre este aspecto o Planejamento educacional tem se tornado uma 
atividade multidisciplinar, que vem a exigir trabalho conjunto e integrado de 
Pedagogos, administradores, e educadores para uma discussão e constante procura 
da conciliação de vários pontos de vista, dando a cada aspecto especifico o real valor 
que possui dentro do contexto e não dar a preferência uns e outros não, gerando, 
contudo, um bem comum aos participantes do ato de planejar. 
De acordo com Ilca (1986, 52): 
 
“O professor deve ser um indivíduo capaz de acercar-se e mesmo 
renunciar, em benefício de outrem. Também necessita ser um 
indivíduo que goste da profissão que abraçou para não ter de fingir e 
violentar a própria na natureza ou transformar-se em marionete da 
situação. Precisa ser um indivíduo que acredite no que faz, em seu 
poder de criador e nos que com ele convivem no trabalho de educar 
gerações em especiais os da educação infantil, chegando ao ponto de 
ser chamado verdadeiramente planejamento participativo”. 
 
 Para tanto ao se trabalhar em regime participativo, precisa-se de indivíduos 
objetivos, com a capacidade de entender a evolução dialética do social e seus pontos 
permanentes, levando a crer que pontos como permanência e atuação são elementos 
de dinamização das estruturas através ato inovador e criador. 
 Portanto não se pode entender a efetivação do Planejamento Participativo 
das atividades escolares sem a participação da família ou algum de seus 
representantes em um trabalho integrado com objetivos e fins comuns, para que isso 
verdadeiramente exista é necessário que exista segundo Ilca (1986 53): 
 
Verdadeiros centros polivalentes, de interesses mais abrangentes 
para a comunidade, a organização e criação de novos centros de 
pesquisas, objetivando investigações sobre o meio urbano e estudo 
de novos modelos de Educação parda entender e atender a uma 
sociedade cada vez mais extensivamente urbanizada e globalizada, 
27 
 
visando por fim uma participação coerente e crescente da comunidade 
no processo global de educação. 
 
 Muitas vezes, o planejamento é visto apenas como uma cobrança, outras vezes, 
o que exigem dos professores o planejamento, elespróprios também sabem planejar, 
os professores inseguros notam a insegurança dos que mandam fazer, onde a pouca 
orientação da aos mesmos levam-nos a desacreditar no planejamento. De acordo com 
Menegolla, (2005, 145): 
O planejamento está presente em nosso dia-a-dia, mesmo que 
implícito, como o caso da pessoa que, ao levantar-se pela manhã, 
pensa no seu dia, no que vai acontecer ao longo dele, como não se 
tem certeza do que realmente irá acontecer no passar dessas vinte e 
quatro horas, a pessoa obriga-se a pensar, prever, imaginar e tomar 
decisões, contudo, ela sempre espera tomar as decisões mais 
acertadas, para que sua ação alcance os objetivos esperados; mesmo 
não tendo consciência de que está realizando um planejamento, esta 
pessoa está fazendo o uso do ato de planejar. 
 
 No caso do planejamento educacional são várias as definições, sendo que cada 
autor procura descrevê-lo sob sua própria visão. Para Ilca (1986, 78), entende-se por 
planejamento: 
Um processo de previsão de necessidades e racionalização de 
emprego dos meios materiais e dos recursos humanos disponíveis a 
fim de alcançar objetivos concretos em prazos determinados e em 
etapas definidas a partir do conhecimento e avaliação cientifica da 
situação original junto ao planejamento. 
 
 Este tipo de definição não se caracteriza por um tipo específico de planejamento, 
podendo também ser compreendido como planejamento econômico, industrial ou 
ainda como o tipo de planejamento que a presente pesquisa se propõe a apresentar, 
ou seja, o planejamento educacional. Para Menegolla e Ilca (2001, p. 25): 
 
Planejar o processo educativo é planejar o indefinido, porque 
educação não é o processo, cujos resultados podem ser totalmente 
pré-definidos, determinados ou pré-escolhidos, como se fossem 
produtos de correntes de uma ação puramente mecânica e 
impensável. Devemos, pois, planejar a ação educativa para o homem 
não lhe impondo diretrizes que o alheiem. Permitindo, com isso, que a 
educação, ajude o homem a ser criador de sua história. 
 
28 
 
 Segundo esta definição pode perceber que os autores se preocupam em 
especificar que tipo de planejamento educacional visa, sobretudo, enfatizar o papel 
como formador de opiniões e acima de tudo capaz de ser o criador de sua história. 
Então se entende que a escola tem um importante papel na formação e no 
desenvolvimento do homem e, um aliado insubstituível dessa concepção de escola, é 
o planejamento educacional que possibilita a ela uma organização metodológica do 
conteúdo a ser desenvolvido pelos professores em sala de aula, baseado na 
necessidade e no conhecimento de mundo dos alunos, que por sua vez são os 
principais interessados e possivelmente os principais beneficiados com o sucesso 
nesse tipo de organização metodológica que visa o crescimento do homem dentro da 
sociedade. 
2.5 – Breve Desmistificação do Conceito de Planejamento 
 A discussão do conceito de planejamento, à primeira vista, pode parecer 
perda de tempo, sendo que, na verdade o ponto de maior importância seria discutir o 
como fazer. Mas torna-se importante perceber que a clareza no conceito do 
planejamento proporciona maior liberdade e mais autonomia do sujeito professor, 
sendo que quanto menor for à conceptualização de planejamento maior será a 
necessidade de receitas, Segundo Vasconcellos (2000) o conceito de planejar fica 
claro, pois: 
Ao se planejar é antecipar mentalmente uma ação ou um conjunto de 
ações a serem realizadas e agir de acordo com o previsto. Planejar 
não é, pois, apenas algo que se faz antes de agir, mas é também agir 
em função daquilo que se pensa. (p.79). 
 
 
 Desta forma, planejar pode ser obra de um indivíduo, de um grupo ou 
mesmo de uma coletividade social bem mais ampla, como no caso do planejamento 
participativo dentro de uma rede de ensino. 
2.6 – O Planejamento na Escola Pública 
 Planejar o conteúdo a ser aplicado durante o ano letivo é uma tarefa que 
envolve tanto professores quanto diretores e coordenadores pedagógicos, enfim, toda 
massa de profissionais voltados para a área da educação pertencentes à escola. 
29 
 
 O planejamento voltado para a área da educação apresenta variações, 
sendo que o mesmo pode ser educacional, curricular ou de ensino. No planejamento 
educacional, a visão que se tem é mais ampla, pensa-se no progresso global do país. 
 Podemos então defini-lo, segundo Ilza (1972, p. 79) como: 
 
Processo contínuo que se preocupa com o para onde ir e quais as 
maneiras adequadas para chegar lá, tendo em vista a situação 
presente e possibilidades futuras, para que o desenvolvimento da 
educação atenda tanto às necessidades do desenvolvimento da 
sociedade, quanto às do indivíduo. 
 
 
 O planejamento curricular visa, sobretudo, a ser funcional, promovendo não 
só a aprendizagem do conteúdo, mas também promovendo condições favoráveis à 
aplicação e integração desses conhecimentos. Podemos definir o planejamento 
curricular, nas palavras de Ilca (1986, p.84) como: Uma tarefa multidisciplinar que tem 
por objetivo a organização de um sistema de relações lógicas e psicológicas dentro 
de um ou vários campos do conhecimento, de tal modo que se favoreça ao máximo o 
processo ensino aprendizagem. 
 O planejamento de ensino está pautado a nível mais específico dentro do 
contexto da escola podendo ser compreendido como: “Previsão das situações do 
professor com a classe”. (Menegolla, 2005, p.14). Este tipo de planejamento vária 
muito de uma instituição para outra. 
2.7 – Níveis de Planejamento 
 No contexto escolar podem ser realizados diferentes níveis de 
abrangências de planejamento. Segundo Vasconcellos (2000, p. 95) são esses os 
diferentes níveis do planejamento: O planejamento da escola trata-se do que 
chamamos de projeto político-pedagógico ou projeto educativo, sendo esse plano 
integral da instituição, o mesmo é composto de marco referencial, diagnóstico e 
programação. 
 Este nível envolve tanto a dimensão pedagógica quanto a comunitária e 
administrativa da escola” Partindo para o nível de abrangência seguinte, Vasconcellos 
(2000, p. 95), define o planejamento curricular como sendo: 
 
30 
 
“A proposta geral das experiências de aprendizagem que serão 
oferecidas pelas Escolas incorporados nos diversos componentes 
curriculares, sendo que a proposta curricular pode ter como referência 
os seguintes elementos: fundamentos da disciplina, área de estudo, 
desafios pedagógicos, encaminhamento, proposta de conteúdo, 
processos de planejamento”. 
 
 Este nível de abrangência das escolas é realizado sempre com base nos 
PCNS (Parâmetros Curriculares Nacionais) que foram elaborados procurando de um 
lado, respeitar diversidades regionais, culturais e políticas existentes no país e, de 
outro lado, considerar a necessidade de construir referências nacionais comuns ao 
processo educativo em todas as regiões brasileiras. 
 Com isso pretende-se criar condições, nas escolas, que permitam aos 
nossos jovens ter acesso ao conjunto de conhecimentos socialmente elaborados e 
reconhecidos como necessários ao exercício da cidadania. Os PCN´s vêm com intuito 
de fortalecer a Escola como unidade do sistema escolar, credenciá-la para a 
elaboração de um projeto educacional. 
 Com base no que diz os PCN´s sobre o nível de projeto educativo: O projeto 
educativo precisa ter dimensão de presente, a criança, o adolescente, o jovem vive 
momentos muito especiais de suas vidas; vivenciam tempos específicos da vida 
humana e não apenas tempos de espera ou de preparação para a vida adulta. Daí a 
importância de a equipe escolar procurar conhecer, tão profundamente quanto 
possível, quem são seus alunos,como vivem, o que pensam, sentem e fazem. 
 Quando os alunos percebem que a escola atenta às suas necessidades, os 
seus problemas, as suas preocupações, desenvolvem autoconfiança e confiança nos 
outros, ampliando as possibilidades de um melhor desempenho escolar; isso vale 
também para os adultos que trabalham na escola ou que estão de alguma forma, 
envolvidos com ela: professores, funcionários, diretores e pais. 
 Para Ilca (1997, p. 87) Todos os níveis do planejamento deveriam tomar 
como base os parâmetros curriculares nacionais, partindo agora para outro nível de 
abrangência do planejamento, uma vez que para Vasconcellos (2000, p. 96) o: 
“Projeto de ensino aprendizagem, que é o planejamento mais próximo da prática do 
professor e da sala de aula, diz respeito mais restritamente ao aspecto didático”. 
 Pode ser subdividido em projeto de curso e plano de aula. A Escola, além 
de desenvolver todos esses níveis de planejamento já acima citados, também deveria 
desenvolver o planejamento de projeto de trabalho que geralmente assume caráter 
31 
 
interdisciplinar, como afirma Vasconcellos (idem) Ilca: “O projeto de trabalho é o 
planejamento da ação educativa baseado no trabalho por projeto: são projetos de 
aprendizagem desenvolvidos na escola por um determinado período, geralmente de 
caráter interdisciplinar ”. 
 Todas as modalidades de planejamento dentro de uma instituição de ensino 
procuram atender aos PCNS, seguindo-o fielmente ou apenas baseando-se nele, mas 
sempre de acordo com o que ele diz. 
2.8 – Como os Professores Usufruem do Planejamento 
 O ato de planejar é de fundamental importância na vida de todo ser 
humano, principalmente quando esse planejar influencia num bom desempenho de 
crescimento intelectual, como é o caso do planejar na educação. Esse tipo de atitude 
favorece a organização das ações pedagógicas bem como estabelece uma 
metodologia de sequência lógica, que influi nos futuros resultados de ensino 
aprendizagem no quais professores e alunos estão submetidos dentro do espaço da 
sala de aula. 
 O planejamento proporciona ao professor uma linha de raciocínio, que o 
direciona em suas ações, sendo que a ação docente vai ganhando eficácia na medida 
em que o professor vai acumulando e enriquecendo experiências ao lidar com 
situações concretas de ensino, pois segundo Ilca (1995, p. 225): “O professor serve, 
de um lado, dos conhecimentos do processo didático e das metodologias específicas 
das matérias e, de outro, da sua própria experiência prática”. O docente, a cada nova 
experiência, vai assim criando sua didática, e com isso, enriquecendo sua prática 
profissional e, também, ganhando mais segurança, sendo que agindo dessa forma, o 
professor acaba usando o seu planejamento como fonte de oportunidade de reflexão 
da sua prática. 
 O professor precisa estar preparado, também, para os momentos em que 
o seu planejamento necessite ser modificado sem que com isso o planejamento perca 
a sua essência, observando também que planejar não significa alienar-se da realidade 
dando assim autonomia para que o mesmo adapte o seu planejamento a cada 
realidade de sala de aula. 
 Mas para que isso aconteça realmente, o professor necessita, cada vez 
mais, compreender que o planejamento é uma prática que procura ajudar a sanar 
problemas de organização de conteúdos e que ele, por si próprio, não é a solução 
32 
 
absoluta de todos os problemas que surgirão quanto à organização metodológica, 
tendo em vista que o planejamento é somente um passo de uma caminhada longa. 
 Como afirma Menegolla (1994, p. 225): “O planejamento não assegura, por 
si só, o andamento do processo de ensino”. O importante é salientar que o 
planejamento sirva para o professor e para os alunos, que ele seja útil e funcional a 
quem se destina objetivamente, através de uma ação consciente, responsável e 
libertadora, desconsiderando a noção de planejamento como uma receita pronta, pois 
sabemos que cada sala de aula é uma realidade diferente, com problemas e soluções 
diferentes. 
 Cabe ao professor, em conjunto com os demais profissionais na área de 
educação pertencentes à escola, adaptar o seu planejamento, para que assegure o 
bom desenvolvimento a que ele se propõe, que é o de nortear as práticas docentes 
em sala de aula. Em alguns determinados momentos ressaltamos que a maioria dos 
professores se mostra descrentes, na metodologia do planejamento. 
 Segundo Menegolla e Ilza (2001, p. 43), alguns professores não simpatizam 
com o ato de planejar: Parece ser uma evidência que muitos professores não gostem 
e poucos simpatizem em planejar suas atividades escolares. O que se observa é uma 
clara relutância contra a exigência de elaboração de seus planos. Há certa descrença 
manifesta nos olhos, na vontade e disposição dos professores, quando convocados 
para planejamento. 
 O que acontece com esses profissionais para que se mostrem 
desmotivados com a metodologia do planejamento ninguém sabe ao certo, mas 
acreditamos que seja devido à descrença, pois esses profissionais acreditam que 
planejar é apenas atender à burocracia escolar, evidenciando a não utilização do que 
se planeja, pois a partir do momento que não acreditamos nos resultados de nossas 
ações deixamos de praticá-las da forma que ela está prevista, ou seja, planejamos 
mas não usamos o planejamento, tendo em vista que não acreditamos no possível 
sucesso desta metodologia. 
 Cabe ao professor uma mudança de postura: procurar conhecer melhor as 
vantagens e desvantagens de usar o planejamento para então, depois, resolver se é 
ou não viável utilização dessa metodologia, que se encontra desacreditada por alguns 
docentes. 
 
33 
 
2.9 – Flexibilidade em Questão 
 É comum quando ouvimos falar em planejamento, sobre a flexibilidade, que 
necessita ser uma característica essencial do ato de planejar, mas por outro lado, 
segundo Vasconcellos (2000, p. 159) há uma questão que precisa ser levada em 
considerarão pelo planejador: “Estamos aqui correndo o risco de duas tentações 
extremas: de um lado, o planejamento se tornar o tirano da ação, ou de outro, se tornar 
um simples registro, um jogo de palavras desligado da prática efetiva do professor”. 
 Já por outro lado, também corremos o risco de sermos flexíveis aos 
extremos, perdendo assim a essência do planejamento, deixando que essa 
metodologia se torne algo banal, ou seja, um simples registro, um jogo de palavras 
totalmente desligados da prática do educador em sala de aula. Ainda relatamos que 
Vasconcellos (2000, p. 159) procura atentar-nos para um ponto muito importante: 
 
Precisamos distinguir a flexibilidade de frouxidão, é certo que o projeto 
não pode se tornar uma camisa de força, obrigando o professor a 
realizá-lo mesmo que as circunstâncias tenham mudado radicalmente, 
mas isto também não pode significar que por qualquer coisa o 
professor estará desprezando o que foi planejado”. 
 
 O planejamento não pode ser colocado, como diz Vasconcellos, como uma 
camisa de força, que aprisiona quem a veste, mas, por outro lado, a frouxidão das 
ações, também não pode ser encarada como um fator positivo, pois pode colocar o 
planejamento em uma posição ridicularizada, fazendo com que ele perca a sua 
credibilidade, que arranha ainda mais a imagem de uma prática, que para alguns 
professores já nasce fadada ao descrédito. 
 Uma coisa é certa, em qualquer momento, alguma das ações previstas pelo 
planejamento não serão concretizadas, mas, saibamos que isto ficará por conta de 
fatores adversos, que são difíceis de serem previstos, ou seja, significa que se algo 
não for realizado como estava previstono planejamento, uma explicação lógica para 
a sua não realização deverá partir do professor para justificar a tal mudança, daí a 
existência do termo adequação, pois será verificado a partir de então a capacidade de 
adequação do docente. O mais importante deve ser a postura de comprometimento 
que o professor tende a assumir, visando à prevenção de uma possível acomodação, 
já que o planejamento pode assumir uma postura flexível em alguns raros e possíveis 
momentos. 
34 
 
2.10 Planejamento e Organização do Trabalho Escolar 
 Planejar é fazer possível o necessário. A melhor forma de viver o futuro é 
criá-lo. Competências de planejamento e organização do trabalho escolar 
A Função Diretor e o Planejamento 
 Estabelece na escola a prática do planejamento como um processo 
fundamental de gestão, organização e orientação das ações em todas as áreas e 
segmentos escolares, de modo a garantir a sua materialização e efetividade. Orienta 
a elaboração de planos de ação segundo os princípios e normas do planejamento, 
como instrumento de delineamento de política e estratégia de ação. Promove e lidera 
a elaboração participativa, do Plano de Desenvolvimento da Escola e o seu Projeto 
Político-Pedagógico, com base em estudo e adequada compreensão sobre o sentido 
da educação, suas finalidades, o papel da escola, diagnóstico objetivo da realidade 
social e das necessidades educacionais dos alunos e as condições educacionais para 
atendê-las. 
 Orienta e coordena a elaboração de planos de ensino e de aula pelos 
professores, a serem adotados como instrumento norteador do processo ensino-
aprendizagem, segundo as proposições legais de educação e o Projeto Político-
Pedagógico da escola. 
 Promove o delineamento de visão, missão e valores com os participantes 
da comunidade escolar e a sua tradução em planos específicos de ação, de modo a 
integrá-los na organização e modo de fazer das diferentes áreas de atuação da escola. 
Promove a realização sistemática de diagnóstico da realidade escolar, compreensão 
dos seus desafios e oportunidades, como subsídios para a elaboração de planos de 
melhoria. Estabelece o alinhamento entre o Projeto Político-Pedagógico, Plano de 
 Desenvolvimento da Escola e o Regimento Escolar e sua incorporação nas 
ações educacionais. Reforça e orienta a prática de planejamento em diversos níveis 
e âmbitos de ação como instrumento de orientação do trabalho cotidiano, de modo a 
dar-lhe unidade, organização, integração e operacionalidade. 
 A importância e a necessidade do planejamento em educação, conforme 
indicado na unidade anterior, a ação do gestor escolar será tão ampla ou limitada, 
quão ampla ou limitada for sua concepção sobre a educação, sobre a gestão escolar 
e o seu papel profissional na liderança e organização da escola. 
35 
 
 No entanto, essa concepção, por mais consistente, coerente e ampla que 
seja, de pouco valerá, caso não seja colocada em prática mediante uma ação 
sistemática, de sentido global, organizada, seguramente direcionada e 
adequadamente especificada em seus aspectos operacionais. E essas condições 
somente são garantidas mediante a adoção de uma sistemática de planejamento das 
ações educacionais em todos os segmentos de trabalho da escola. 
 Isso porque sem planejamento, que organize e dê sentido e unidade ao 
trabalho, as ações tendem a ser improvisadas, aleatórias, espontaneístas, 
imediatistas e notadamente orientadas pelo ensaio e erro, condições que tantos 
prejuízos causam à educação. 
 Sem planejar, trabalha-se, mas sem direção clara e sem consistência entre 
as ações. Dá-se aula, mas não se promove aprendizagens efetivas; realizam-se 
reuniões, mas não se promove convergência de propósitos em torno das questões 
debatidas; realiza-se avaliações, mas seus resultados não são utilizados para 
melhorar os processos educacionais; enfrenta-se os problemas, mas de forma 
inconsistente, reativa e sem visão de conjunto, pela falta de análise objetiva da sua 
expressão e da organização das condições para superá-las. 
2.11 O Significado do Planejamento 
 Planejar constitui-se em um processo imprescindível em todos os setores 
da atividade educacional. É uma decorrência das condições associadas à 
complexidade da educação e da necessidade de sua organização, assim como das 
intenções de promover mudança de condições existentes e de produção de novas 
situações, de forma consistente. O planejamento educacional surgiu como uma 
necessidade e um método da administração para o enfrentamento organizado dos 
desafios que demandam a intervenção humana. Cabe destacar também que, assim 
como o conceito de administração evoluiu para gestão, também o planejamento como 
formalidade evoluiu para instrumento dinâmico de trabalho. 
 Planejar a educação e a sua gestão implica em delinear e tornar clara e 
entendida em seus desdobramentos, a sua intenção, os seus rumos, os seus 
objetivos, a sua abrangência e as perspectivas de sua atuação, além de organizar, de 
forma articulada, todos os aspectos necessários para a sua efetivação. Para tanto, o 
planejamento envolve, antes de tudo, uma visão global e abrangente sobre a natureza 
da Educação, da gestão escolar e suas possibilidades de ação. 
36 
 
 Vale dizer que as finalidades, princípios e diretrizes da educação somente 
são promovidos, na medida em que sejam traduzidos por ações integradas, 
sistemáticas, organizadas e orientadas por objetivos detalhados, responsabilidades e 
competem dimensões da gestão escolar e suas competências cias estabelecidas, 
tempo e recursos previstos e especificados. Esse processo de planejamento resulta 
em um plano de ação, cujo papel é o de servir como mapa norteador da ação 
educacional, em vista do que deve estar continuamente sobre a mesa de trabalho. 
Planos nas gavetas e que não são cotidianamente consultados para a orientação das 
ações a serem realizadas e para o monitoramento já realizadas, têm valor meramente 
formal (Lück, 2008). Como vimos, o planejamento é inerente ao processo de gestão, 
constituindo-se na sua primeira fase. 
 É considerado como a mais básica, essencial e comum de suas dimensões, 
uma vez que é inerente a todas as outras, já que sem planejamento não há a 
possibilidade de promover os vários desdobramentos da gestão escolar, de forma 
articulada. Apesar da importância do planejamento, no entanto, há fortes indícios de 
que as ações educacionais carecem de um processo de planejamento competente e 
apropriado para produzir planos ou projetos com capacidade clara de orientar todos e 
cada momento das ações necessárias. 
 Observa-se haver em várias circunstâncias do contexto educacional a 
desconsideração em relação à importância do planejamento para a determinação da 
qualidade do ensino, pela organização do seu trabalho com esse foco. 
 Essa desconsideração é demonstrada quando os planos são delineados 
com uma orientação formal, de que resulta, por exemplo, que o Projeto Político-
Pedagógico da Escola e o seu Plano de Desenvolvimento fiquem guardados em 
gavetas ou armários, em vez de estarem na mesa do diretor, dos coordenadores ou 
supervisores pedagógicos e dos professores; que até mesmo sejam desconhecidos 
por profissionais que trabalham na escola; que os planos de aula sejam cópias 
daqueles realizados em outras turmas e outros anos letivos, isto é, “planeja-se”, mas 
não se usa o plano resultante para orientar o cotidiano do trabalho escolar (ou, na pior 
das hipóteses, que esses planos nem existem, por falta de acompanhamento e reforço 
por parte do diretor escolar); que os planos sejam considerados como meros 
instrumentos burocráticos e não como mapas orientadores do trabalho.37 
 
2.12 Planejamento: Um Processo Contínuo 
 A partir de uma visão abrangente e integradora, o planejamento contribui 
para a coerência e consistência das ações, promovendo a superação do caráter 
aleatório, ativista e assistemático. Como instrumento de preparação para a promoção 
de objetivos, ele antecede as ações, criando uma perspectiva de futuro, mediante a 
previsão e preparação das condições necessárias para promovê-lo e, acima de tudo, 
a visualização, pelos seus executores, de suas responsabilidades específicas e das 
competências e determinações necessárias para assumi-las adequadamente. 
 Embora, no entanto, o planejamento esteja associado à fase que antecede 
as ações, é necessário ter em mente que deve estar também presente em todos os 
momentos e fases das mesmas, constituindo-se, dessa forma, em um processo 
contínuo: planeja-se antes, durante e depois das ações, pois não é possível prever 
antecipadamente todas as condições de execução de planos, notadamente, das 
dinâmicas sociais, como é o caso da educação. 
 2.12.1 Dimensões da Gestão Escolar e Suas Competências 
 Há, pois, a necessidade de, diante de imprevistos e novas condições que 
ocorrem naturalmente no processo educacional, estar mentalmente preparado e bem 
informado para tomar decisões de forma contínua sobre a necessidade de correção 
de rumos, reorganização e reorientação de ações. Portanto, como um plano ou projeto 
educacional, por mais bem delineado que seja, não consegue prever todas as 
condições e situações da dinâmica educacional, não deve ser considerado como uma 
camisa de força que tolha iniciativas necessárias para fazer face a situações não 
previstas e emergentes; deve também prever a necessidade de adaptações, a partir 
do princípio de flexibilidade. 
 Daí porque a tomada de decisões do processo de planejamento deve 
acompanhar também a implementação dos planos delineados, seu monitoramento. 
Essa característica que exprime uma condição de sucesso ao exercício do trabalho 
escolar, também demanda do diretor um posicionamento claro, porém flexível e 
compreensivo em relação aos fenômenos e circunstâncias inerentes à dinâmica 
social. 
 
 
38 
 
 2.12.2. Planejar Representa Definir Compromissos de Ação 
 O tempo e o esforço despendido em planejamento, são válidos caso o 
plano ou projeto delineado seja implementado, isto é, que as idéias desenvolvidas e 
as decisões tomadas sejam postos em ação. É, portanto, inócuo, o planejamento e o 
bom plano ou projeto que não venham a resultar em uma mudança e melhor 
desempenho. Um plano ou projeto constitui, portanto, um compromisso de ação, com 
percepções claras e específicas sobre o que será feito, como, quando, por quem, para 
quem e com que objetivos. 
 Esse compromisso é construído a partir de um processo analítico de 
compreensão dos múltiplos desdobramentos de ações e de correspondente 
responsabilização pela efetivação da proposta de trabalho, a fim de que resultados 
pretendidos sejam efetivados. Para tanto, o planejamento envolve a previsão, 
provisão, organização, ordenação, articulação, sistematização de esforço e de 
recursos voltados para promover a realização de objetivos. 
 Pelo planejamento delineia-se o sentido, os rumos, a abrangência, as 
perspectivas e as especificidades das ações necessárias para o alcance dos 
resultados pretendidos. É importante ter em mente que de nada valem as boas idéias, 
se não vierem se converter em ações que as ponham em prática. Assim como não se 
à deve pensar em ações, sem que se considere as suas dimensões conceituais de 
sentido amplo. 
2.13 Contribuições Objetivas do Planejamento 
 O planejar e liderar o processo de planejamento, cabe ao diretor escolar 
promover as condições para que o processo seja realizado de modo a contribuir, como 
é o sentido do planejamento, para que se promova: 
 • o desenvolvimento de maior compreensão dos fundamentos e dos 
desdobramentos 
Dimensões da gestão escolar e suas competências das ações educacionais; 
 • a construção de um quadro abrangente e com maior clareza sobre o conjunto 
dos elementos envolvidos em relação à situação sobre a qual se vai agir e sua relação 
com interfaces; 
 • uma maior consistência e coerência entre as ações educacionais; 
 • uma preparação prévia para a realização das ações; 
 • um melhor aproveitamento do tempo e dos recursos disponíveis; 
39 
 
 • uma concentração de esforço na direção dos resultados desejados; 
 • uma superação da tendência à ação reativa, improvisada, rotineira e orientada 
 pelo ensaio e erro; 
 • um controle e redução das hesitações, ações aleatórias e de ensaio e erro; 
 • a formação de acordos e integração de ações; 
 • a definição de responsabilidades pelas ações e seus resultados; 
 • o estabelecimento de unidade e continuidade entre operações e ações, 
superando-se a fragmentação e mera justaposição destas. 
2.14 Planejar é um Processo de Reflexão 
 Quem planeja, examina e analisa dados, comparando-os criteriosamente, 
coteja-os com uma visão de conjunto, estuda limitações, dificuldades e identifica 
possibilidades de superação das mesmas. Esse processo de análise, cotejamento, 
dentre outros processos mentais, define o planejamento como um processo de 
reflexão diagnóstica e prospectiva mediante o qual se pondera a realidade 
educacional em seus desdobramentos e se propõe intervenções necessárias. 
 O planejamento será, portanto, tanto mais eficaz quanto mais cuidada for a 
reflexão promovida: rigorosa, crítica, de conjunto e livre de tendências e de idéias 
preconcebidas. Conforme Padilha (2001, p. 30) afirma, “o ato de planejar é sempre 
processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação, de previsão de 
necessidades e racionalização do emprego de meios necessários para a 
concretização de objetivos”. Aponta-se como sendo comum, embora limitada e 
negativa, a concepção, entre os educadores, de que planejar corresponde à 
elaboração de um plano ou projeto, com um valor em si mesmo. 
 Planejar é muito mais do que isso: planos e projetos constituem-se apenas 
em documentos em que registram os resultados do processo de planejamento, de 
modo a não se perder a sua riqueza de detalhes e variedade de aspectos envolvidos, 
sua seqüenciação, etc. 
Em última instância constitui um processo mental, dinâmico, continuo e complexo, de 
modo a acompanhar os estágios de tomada de decisão que antecedem, acompanham 
e sucedem a realização de intervenções sistematizadas e orientadas para a 
consecução de resultados. 
 Dentre as operações mentais da reflexão que o planejamento envolve 
destacam-se as de identificação, análise, previsão e decisão a respeito do quê, por 
40 
 
quê, para quê, como, quando, onde, com quem e para quem se quer promover uma 
mudança, em relação a uma dada realidade. 
 2.14.1 Dimensões da Gestão Escolar e Suas Competências 
 O conjunto dos elementos do planejamento o que diz respeito ao conteúdo 
da ação, o conceito principal a ser trabalhado. Por que se refere aos pressupostos da 
ação, os antecedentes da orientação para se estabelecer uma linha de ação. Para 
que diz respeito aos objetivos, as mudanças a serem alcançadas, os resultados a 
serem promovidos. Como se refere aos métodos, técnicas, procedimentos e passos 
das ações. Quando se refere à especificação do tempo necessário para a realização 
de uma ação e a sua cronologia. Onde consiste nas circunstâncias de espaço. 
Com quem nomeia as pessoas a serem envolvidas como agentes. 
Para quem aponta o benificiário da ação. 
 • identificar, analisar, prever, decidir, O quê, por quê 
 • para quê 
 • como 
 • quando 
 • onde 
 • com quem 
 • para

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